FORNICAÇÃO ( 1 Coríntios 6:12-20 )
Dos processos legais, Paulo volta-se para o relaxamento sexual
No capítulo 5 ele fala de um caso de incesto,e agora trata do princípio geral,fazendo isso em 2 estágios :
a) 12-14,mostrando que a vida corporal é determinada pelo que Deus fez por ele
b) 15-20 aplica isto ao mal específico do pecado sexual.
Ele começa no primeiro estágio falando da liberdade cristã,repetido em 10:23 "Todas as coisas me são lícitas ".
O modo como apresenta dá a impressão que os coríntios usavam a máxima para justificar sua conduta,tirado do ensino de Paulo quando estivera com eles,o que parece que Paulo aceita.
Para Paulo,as regras de outras religiões não cabiam no cristianismo,claro que o cristão evitará coisas más e vãs,mas sem obtenção da salvação,que depende unicamente do que Cristo fez.
Isso não quer dizer que o cristão deve estar desatento às questões morais: "nem todas convém"( são úteis ou aconselháveis).Há coisas que não são proibidas,porém devido os resultados requerem que sejam rejeitadas .
Paulo ainda mostra uma segunda razão: "não me deixarei dominar por nenhuma delas",ou seja um cristão não pode se colocar,agora livre como escravo de nada.
Comer é uma função natural,e os conrintios queriam dar a entender que esta era igual à outras,isso referindo-se à fornicação,ao que Paulo repudia dicididamente,pois o estômago e o alimento são transitórios ( 1:28),mas o corpo não está destinado a ser destruído,pois segundo Filipenses 3:21 haverá uma transformação e uma glorificação deste.
Não há conexão entre entre corpo e desejos como ha entre alimentos e estômago.
Deus não destinou o corpo para a fornicação como destinou o corpo para os alimentos.O corpo é para o Senhor,instrumento em que o homem serve a Deus,logo assim corpo o alimento é para o estômago,o corpo é para o Senhor e não para a fornicação.
O pensamento da ressurreição dominava o cristão primitivo,pois a ressurreição de Cristo mostra a dignidade do corpo com valores permanentes.A ressurreição não permite avaliarmos o corpo de maneira leviana,ela mostra a importância da corpo,"se ele vai ressuscitar não deve ser menosprezado" como se houvesse de ser destruído.
Como já fez 3 vezes no capítulo 6 Paulo usa novamente a fórmula "não sabeis",para chamar a atenção em um assunto de conhecimento geral: "mete"=membros,palavra usada par "partes do corpo"(Romanos 6:13),e nós como membros do corpo de Cristo( 12:12.Efésios 5:23) e isso torna a prática sexual viciosa odiosa,chegando a afirmar que a prática desse pecado "leva um membro embora"(airo),no sentido de serem retirados do seu lugar apropriado.São tornados "membros de uma meretriz",usurpados do seu idôneo Senhor.
Para Paulo a união sexual é tão íntima que faz dos 2 corpos 1 só ( alguns membros se indignaram de uma postagem sobre "vínculos de alma",então deveriam se indignar com Paulo,pois é assim que ele pensa)(16),havendo uma horrível profanação daquilo que deve ser usado apenas para Cristo.
Elevai apelando que isso é de conhecimento geral,de que a natureza do ato sexual não era opinião privada,mas bem conhecida pelos coríntios ( Gênesis 2:24 ),onde a expressão "uma só carne" é o ato sexual,logo quem se une a prostituta "torna-se um com ela".
A palavra "kollomenos"(se une) fala de vínculos estreitos de vários tipos,ou um processo de colagem,laço bem apertado.No anterior ele visava um vínculo físico,mas aqui uma faceta espiritual "um corpo",com o Senhor "um espirito" (2:16 mente de Cristo).Assim ele exorta para o cristão fuja da impureza:"fazer disso um hábito",sendo o único modo de tratar da fornicação,fugindo até do pensamento de fornicação,pois esse pecado fere a constituição essencial do homem.
Esse não é o pior pecado do mundo,mas a relação dele com o corpo é única (bebedice ,glutonaria,também são pecados contra o corpo) mas não como a fornicação,que surge de dentro do corpo,usado em excesso,diferente da lascívia por exemplo.
Godet considera esse pecado uma degradante solidariedade física e incompatível com com a solidariedade espiritual do cristão com Cristo.
Paulo vê esse pecado uma ofensa conra a sua própria personalidade,tanto que ele não usa "hamartia" mas "hamartema" colocando ênfase no resultado.
Paulo persiste em usar "não sabeis" (6 x neste capítulo),aqui ao corpo,afirmando que o mesmo é o santuário,recinto sagrado,lugar de dignidade do espírito Santo.
Onde nós vamos somos portadores do Espírito Santo,templos onde Deus aprouve habitar ( tabernacular)(lugar onde a glória de Deus manifesta),assim nada que seja inconveniente no templo é decente.
O templo é o lugar onde Deus habita,mas o ser que habita neste templo é o Espírito,sendo esse habitar um dom divino e não um merecimento,logo esse templo pertence a Deus,assim não pode fazer o que quer como se fosse dele.
A razão de tal exortação é uma só:"fomos comprados por preço",como o verbo está no aoristo,indica um ato só,uma decisão só no passado: no Calvário.
"Somos livres ( todas as coisas me são lícitas),mas somos escravos (pertencemos a Ele),assim nossa obrigação é glorificar a Deus.
A partícula "de" indica urgência (agora mesmo)
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