segunda-feira, 22 de junho de 2020

DNA de nazireu

                                                                   DNA do nazireu

Nazireu: Separado, purificado, feito para refletir a glória de Deus, elevado acima do normal e que recebeu autoridade sobre a nação. (John Munlinde)

Há momentos na História em que uma porta se abre para uma mudança enorme.

As grandes revoluções para o bem ou para o mal ocorrem no vácuo criado por essas aberturas.

É nesses tempos que os homens e as mulheres de grande destaque, e até gerações inteiras, arriscam tudo para se tornar o pivô da história — o mesmo que a dobradiça que determina o lado que a porta se movimenta. 

Nas Escrituras, alguns desses homens e mulheres de grande destaque eram nazireus.

Durante as horas mais tenebrosas de Israel, e em tempos de seu maior declínio moral, Deus levantou pessoas e grupos proféticos de jovens nazireus, homens e mulheres para deterem a onda da apostasia.

Os nazireus entraram em cena na nação como uma resistência cultural à imoralidade sexual existente e à adoração aos ídolos da época. 

Aquelas pessoas consagradas, no modo de vida e na unção 
Tiraram o povo de sua acomodação e confrontaram o status quo religioso com entusiasmo fervoroso em prol do nome e da notabilidade de Deus.

Repetidas vezes, quando Deus começou a reformar um Israel apóstata, foi instituído o voto do
nazireado, que concedia, àqueles que Deus chamou, autoridade para julgar Israel, censurar os sumos sacerdotes apóstatas e nomear os governantes da nação

Esses homens, cuja vida girava em torno de limites auto impostos de consagração e que se identificavam por ter uma vasta cabeleira natural, eram quase sempre encontrados no deserto, empurrados para lá por uma terra extremamente impura e chamados para exercer sua missão,

Por que estamos respirando se não cremos em tal coisa? 
A décima parte desta geração já foi preparada como oferta ao Senhor. 
São jovens e estão inflamados de paixão por Jesus. Separados. Fervorosos. 

No Antigo Testamento, aqueles que possuíam essas características recebiam um nome especial: nazireus — os consagrados função em uma nova criação

Nessas ocasiões, os homens, que em seus dias gloriosos foram o centro da nação, escolhiam uma vida de isolamento nas periferias sujas ou o exílio voluntário em um lugar muito afastado.

Sempre que chegava a hora de Deus fazer uma renovação, ela começava pelo povo, ainda impuro do Egito ou da Babilônia, ajuntando-se no deserto sob o ministério daqueles homens. 

A terra de Gósen, o deserto do Sinai [...] e a desolada Jerusalém viram Deus em ação, restaurando a obediência de seu povo sob a tutela de um homem de Deus. 

Nenhuma outra mensagem que preguei foi mais apoiada de modo profético e sobrenatural que "O Chamado do Nazireado". 

 Por quê? 
Porque uma geração de nazireus é uma manifestação clara e vital do exército da madrugada.

Na verdade, há um novo chamado aos nazireus, só que dessa vez o chamado não era apenas para os jovens, mas para todos! 

Deus  me mostra que deseja reagrupar e reconsagrar com um novo sentido de missão e propósito para as gerações  que têm caminhado com perseverança.

Creio que uma volta à consagração do nazireado, nascida da graça e do amor zeloso e ardente de Deus por nós, é a única esperança do Brasil e todas as nações da terra retornarem para Deus. 

Ele foi, é e precisa continuar a ser a preparação do solo, mesmo para o precursor, para o maior despertamento e a maior colheita espirituais que o mundo já viu. 

Frank Bartleman foi um nazireu modelo para Azusa, da mesma forma que Edwards, Finney e Wesley foram os pais nazireus dos movimentos anteriores. 

Quem pavimentará o caminho nazireu para nossa geração? A História aguarda a resposta.

Os nazireus foram várias vezes o pivô da História. 

. Desenvolveram-se e multiplicaram-se quando a nação enfrentou situações impossíveis, para as quais a única esperança era a intervenção divina. 
. Foi exatamente a extremidade dessas épocas que provocou a consagração deles.

Em um contexto moderno, nazireus são aqueles que aceitam o convite do céu para buscar os mais altos níveis de devoção pessoal. A vida deles arde de paixão.

Os nazireus do Antigo Testamento tinham cabelos compridos, mas esse não é o ponto principal.

O ponto principal é um coração ardente! Os nazireus sofrem por amor. 

Alguns usam tatuagens, piercings, cabelos compridos ou roupas próprias para usar na mata.

Não façam pouco caso deles,de uma forma pura e simples, para eles não há questões secundárias. 

Estão dispostos a esticar os limites da dedicação. 

Como pode uma alma ser abandonada por Deus? Os nazireus mostram o caminho.

O voto em três partes do amor ardente: 

Para nossa suscetibilidade moderna, o voto do nazireado parece estranho. 

Os nazireus não cortavam o cabelo

1. Não bebiam vinho 

2. Não se contaminavam de forma alguma. 
(O voto deles era tão rigoroso que estavam proibidos de se aproximar de um cadáver, mesmo para assistir ao enterro de um membro da família)

Alguns dos homens mais radicais da Escritura — Sansão, Samuel, João Batista — foram nazireus a vida inteira. 

3. Não comer nada que viesse da videira eram emblemas de seu total comprometimento

Os vários símbolos de não cortar o cabelo nem de não comer nada que viesse da videira eram emblemas de seu total comprometimento. 

Aqueles homens de cabelos compridos e aparência selvagem eram uma classe à parte, santificada ao Senhor.

O tipo de jejum do qual estou falando é um convite para permanecer à margem.

Como poderia ser de outra maneira? Se somos implacavelmente sinceros, sem a cegueira causada pelo “sonho latino-americano” (a esperança de ter o básico), precisamos admitir que os dias de normalidade ficaram muito para trás. 

Se estamos vivendo verdadeiramente à margem do tempo, à margem da História, então é quase certo que o “igrejismo” não tem sido suficiente para deter as pragas do mal que varrem a terra.

Preste atenção ao que vou dizer! Fomos criados para fazer mais:

A "Ekklesia" de Deus, o Corpo de Cristo, não é nada menos que a presença personificada de Cristo na terra. 

Mas, até que os caminhos dele se tornem nossos, não podemos manifestar a plenitude de seu poder e propósito. 

Assim, por termos até certo ponto ritualizado a normalidade e idolatradocomplacência, o “cristianismo normal” precisa retornar à sua herança original apostólica

A fé dos apóstolos começou como um movimento marginal entre os judeus; no Antigo Testamento, a expressão usada para estar à margem era ser nazireu”.


[O nazireu] terá que se abster de vinho e de outras bebidas fermentadas e não poderá beber vinagre feito de vinho ou de outra bebida fermentada. Não poderá beber suco de uva nem comer uvas nem passas. Enquanto for nazireu, não poderá comer nada que venha da videira, nem mesmo as sementes ou as cascas (Números 6.3,4).

Os judeus não eram abstêmios: 
.Ingerido com moderação, o vinho era um prazer legítimo, símbolo de alegria e comemoração. .As uvas, as passas e o vinho eram as guloseimas dos judeus, semelhantes aos doces e ao sorvete em nossa sociedade. 
.Todos apreciavam esses prazeres comuns, concedidos por Deus, com exceção dos nazireus, que não podiam apreciá-los. Por quê?

A resposta encontra- se no centro do voto do nazireado
"Aqueles homens santos que amavam a Deus negavam voluntariamente a si mesmos os prazeres legítimos desta vida a fim de experimentar com mais totalidade os supremos prazeres de conhecer Deus."

O equivalente disso no Novo Testamento encontra-se em Efésios 5.18

Não se embriaguem com vinho,que leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito”.

. Em vez de buscar a embriaguez do vinho terreno, os nazireus deviam estarsob a influência” do novo vinho do Espírito de Deus. 

Devemos ser possuídos apenas pelo Espírito Santo
João Batista foi cheio do Espírito Santo desde o nascimento 
.Isso o capacitou a pôr sua consagração em prática no ambiente inóspito do deserto
 - jejuando com frequência 
 - alimentando-se apenas de gafanhotos e mel. 
. Foi o fogo do Espírito Santo nele que incentivou seu voto de nazireado e sua vida de jejum.

Não há motivo para discutir a restrição dos nazireus se não entendermos o ponto central da escolha:
.Não se trata de pecado — beber vinho e comer o fruto da videira não são pecados, mas atividades boas e legítimas —, e sim de deleite.

Para os religiosos, a separação dos nazireus desses prazeres pode ter soado como legalismo:

 “Não toque, não prove, não coma”.
Para o nazireu, essa separação não era um legalismo lamentável — era amor
Eles viviam por prazeres mais sublimes.

Os nazireus buscam o prazer ao extremo, mas com a sabedoria de buscá-lo no lugar mais gratificante,que é o próprio Deus. 

. O salmista descreveu desta maneira: “Na tua destra [há] delícias perpetuamente” (Salmos 16.11). 
.Paulo exortou os cristãos do Novo Testamento para que focassem seus pensamentos nas coisas do alto, não nas coisas de baixo ( Colossenses 3.1,2). 
O nazireu era um homem pertencente ao céu, ao passo que os outros eram meros homens da terra.
Números 6.2: “ Se um homem ou uma mulher [desejar fazer] um voto especial, um voto de separação para o Senhor como nazireu”.

No sonho a palavra “desejar” saltou da página como fogo em meu coração. 
Entendi imediatamente que o desejo do nazireu era, na verdade, produto de um desejo anterior — o desejo de Deus e a busca intensa do nazireado. 

Em outras palavras, o desejo por Deus não começa com você; ao contrário, a busca de Deus por você é o catalisador

Na verdade, o voto do nazireado inicia-se no coração de Deus
O nazireu apenas mostra-se sensível a ele. 

Isso é muito importante. A paixão ardente de Deus por ser íntimo de nós excede qualquer quantidade de força de vontade e dedicação que possamos reunir. 
Comece a clamar: “Deus, busca-me com ardor! Busca meus filhos com ardor!”. 
Tenha esse espírito de intercessão .

O Espírito estava de fato fazendo as orações de Jesus por seu intermédio, expressando seu desejo de que pessoas o amassem intensamente e consagrassem sua vida inteiramente a ele.

Tudo isso precisa ser uma oferta espontânea do coração. 
.Se for imposto por culpa e medo, será mais que inútil — será prejudicial à alma porque é uma manifestação da lei e da descrença! “[...] a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3.6 ).

Não sou capaz de enfatizar o suficiente como isso se torna o fio de navalha da consagração.

É lamentavelmente como o desafio ao nazireado é mal interpretado por outras, o que pode produzir decepção,exaustão e derrota pessoal. 

Quero abordar o assunto com absoluta clareza: Você não está lutando para ter Deus — ele já é seu! 
Sua consagração não pode mudar ou melhorar sua posição no amor de Deus. 

Por exemplo, você não é amado mais quando jejua nem amado menos quando não jejua.

O amor de Deus é supremo e completo e não tem nada que ver com seu grau de fervor ou de devoção.

Em última análise, qualquer esforço que você fizer para ter um estilo de vida nazireu só será sustentável porque o amor de Deus está agindo dentro de você. 
.O trabalho é dele, não nosso.

Você é alguém e faminto no espírito? 
Está disposto a controlar os apetites da carne com o único objetivo de aproveitar-se de tudo o que Deus tem para você? 

Se sim, Deus está à sua procura.  

Deus está também à procura de pais e mães no Espírito que aceitem com alegria a chance de participar dos anseios de outra geração em vez de aposentar-se e jogar golfe e regalar-se nas festas do clube de campo. 

Dentro de minhas possibilidades, faço uma convocação a todas as gerações para que sintam a fome verdadeira e tenham vida significativa.

Quero dar a você liberdade de ação: o Reino não apenas permite intensidade espiritual, mas a plenitude do destino exige isso. 

A radicalização passou a ser normal. Se não for assim, não teremos esperança.

Bem-vindo ao grupo impetuoso do jejum e da oração. Torne-o importante!

As pessoas de mais idade talvez se sintam desconfortáveis com esse tipo de conversa, mas prefiro acreditar que muitas sentem realmente que estão animadas com o entusiasmo juvenil só em pensar nisso. Renove-se! 

E, quando o verdadeiro coração de um nazireu quiser alçar voo, não o impeça! 

Ai de nossa nação se reprimirmos esses jovens incendiários! 

Quando o Espírito Santo inspirar uma geração inteira a dizer: “Sim, seremos radicais em relação a Deus. Pagaremos o preço.

Teremos uma vida santa e contrária à cultura”, não a restrinja! 

O profeta Amós condenou a sociedade de sua época por esta não honrar o chamado santo desses jovens extremistas. Ele repreendeu os pais por não permitirem que o dom profético explodisse dentro dos filhos:
“Também escolhi alguns de seus filhos para serem profetas e alguns de seus jovens para serem
nazireus. Mas vocês fizeram os nazireus beber vinho e ordenaram aos profetas que não
profetizassem. Agora, então, eu os amassarei como uma carroça amassa a terra quando carregada de trigo" (2.11-13).

Essa é a maldição que cai sobre um país quando seus jovens nazireus não têm permissão para cumprir seu chamado. Proibir os jovens de sentirem uma paixão santa por Deus é alimentar o extremismo demoníaco. Há, porém, outra maneira.

Ame-os. Alimente-os. Reúna-os e libere-os.
Os assuntos fundamentais como identidade e aconselhamento não são insignificantes para Deus.
Observe o que motivou o jejum de Jesus: a declaração de seu Pai: “Tu és o meu Filho amado” (Marcos 1.11). 

O momento é crucial. Jesus foi declarado Filho amado antes de fazer qualquer coisa notável.

Nenhum milagre, nenhum sinal, nenhuma obra poderosa. Tudo o que ele realizou baseou-se na certeza de que tinha o amor e a aprovação do Pai, e deveria ser assim conosco. 

.Comece sentindo a segurança do amor; não se esforce para isso com jejuns ou votos de nazireu.

No mais profundo de sua alma, abra espaço para a obra do Espírito pela graça, não pelo esforço humano, que é o caminho para a exaustão. 

O nazireu do Antigo Testamento é um tipo de uma realidade muito maior da nova aliança.

Tome cuidado para não tentar seguir a antiga aliança de acordo com a Lei.
(Ele não poderá aproximar-se de um cadáver)
Lemos em Números 6.6: “Durante todo o período de sua separação para o Senhor, [o nazireu] não poderá aproximar-se de um cadáver”. 

A segunda proibição do voto de nazireu pode parecer estranha a princípio; em circunstâncias normais,enterrar um membro da família é uma importante demonstração de respeito. 
O nazireu, no entanto, era constrangido por Deus a agir de outra forma. O que isso significa?

Precisamos entender não apenas a função dos nazireus, mas entender também como símbolo o lugar que eles ocupam na sociedade. 

Os nazireus personificavam radicalmente o chamado da nação para a pureza absoluta. 

Não era errado sepultar um morto, mas o nazireu estava comprometido com um padrão mais alto de vida.

Uma vez que a morte é a consequência derradeira do pecado no mundo, eles não podiam ter parte com o pecado nem se associar a ele. 

Os nazireus tinham de manter-se puros.

Vamos aplicar esse princípio à nossa vida. 

Você está tocando em algo que o faça morrer espiritualmente? 

As janelas da pornografia, por exemplo, estão matando espiritualmente milhares de cristãos. 

O nazireu não deve, não pode tocar na morte. 

Você está sucumbindo a qualquer tipo de pressão dos amigos que o tentam forçar a transigir? 

Suas portas estão abertas às contaminações do mundo do divertimento, da moda ou das falsas expectativas da família e dos amigos — aquelas coisas que, em todas as gerações, querem espremer a alma do nazireu para que ele se renda? 

Se você aceita o chamado para ser semelhante a Sansão, precisa aprender com a vida dele, porque os assédios de Dalila estão por toda parte! 

O nazireu odeia “até a roupa contaminada pela carne” (Judas 23). 
O nazireu não deve, não pode tocar em coisas impuras.

Precisamos entender essas palavras no contexto da nova aliança, porque o chamado do nazireu para uma vida cheia de graça vai muito além de meras proibições exteriores. 

Embora a consagração do nazireu não seja menos radical no Novo Testamento, o coração é motivado pelo amor, não pela Lei. 

Os novos nazireus que Deus está levantando não devem esforçar-se para cumprir legalmente esses votos,porque nossa meta é a consagração do coração, não mera circunstância. 

A única maneira de alcançar isso é por meio da virtude e da revelação do Filho supremo da devoção, o Nazireu total, Jesus, que vive e demonstra total consagração a seu Pai por meio de nós, dentro de nós!

Quais os motivos do coração do nazireu:

O perigo da consagração do nazireu é ser santo por fora, mas carregar dentro de si um coração
insensível e hipócrita que se esconde por trás da máscara da justiça, e ações exteriores impressionantes que dissimulam uma alma moralmente falida. 

Somente o fogo da intimidade interna, a presença plena do Espírito Santo, acompanhada do derramamento contínuo da misericórdia e do deleite de Deus por nós, mesmo quando falhamos, pode libertar-nos do coração farisaico. 

Os nazireus que não vivem em intimidade com o Senhor enfrentam também o perigo da hipocrisia quando se alegram por seu comprometimento com o Senhor Jesus, não pelo próprio Jesus. 

Assim como o fariseu que fez pouco caso do publicano, em Lucas 18.9, admiramos nossa dedicação e menosprezamos a dedicação dos outros. 

É comum julgarmos os outros por suas ações, enquanto julgamos a nós mesmos por nossas intenções. 

coração daqueles que se alegram com a própria força cairá em uma destas armadilhas: .arrogância por suas realizações, como o fariseu, 

.ódio por si mesmo por considerar-se um filho indigno. 

Só conseguiremos evitar isso se aceitarmos com humildade a graça de Deus por nós.

Nenhuma lâmina será usada em sua cabeça.

O nazireu não podia cortar o cabelo. 

A Escritura declara que o voto do nazireu outorgava autoridade especial para conduzir a nação à guerra.

Na época de Débora, os israelitas viviam cruelmente oprimidos pelo poder esmagador de Sísera, o general cananeu, e de seus exércitos invencíveis e carros de ferro. 
Mas, sob a liderança de Débora, os israelitas levantaram-se e derrotaram Sísera com a ajuda sobrenatural do céu. 
Em Juízes 5, Débora entoa um cântico sobre o desfecho da batalha quando “os chefes se puseram à frente de Israel, e o povo se ofereceu voluntariamente” (v. 2)

O fascinante é que a expressão “os chefes se puseram à frente” significa literalmente “os que tinham cabelos compridos e deixavam soltos”. 

Uma tradução alternativa diz o seguinte: “Quando os cabelos longos e trançados ficavam soltos em Israel” — essa era uma alusão ao costume de permitir que o cabelo, que era considerado sagrado, crescesse durante o período de cumprimento de um voto ao Senhor (Números 6.5,18; Atos 18.18). 

Os soldados tinham o costume de não cortar o cabelo quando iam para a guerra, o que dá a entender que estavam engajados em uma guerra santa.

O texto hebraico indica, portanto, que os líderes da batalha de Débora eram de fato nazireus que haviam feito um voto ao Senhor de deixar crescer o cabelo em preparação para o conflito.

Quando os nazireus soltavam as tranças e seus cabelos compridos eram revelados diante das imensas tropas, o exército de cidadãos ficava subitamente cheio de um espírito de fé.

Fortalecidos com zelo santo,entravam espontaneamente na batalha, sabendo que o Deus dos nazireus estava com eles. 
É claro que um poder sobrenatural e celestial pousava sobre os nazireus para libertar a nação de seus inimigos.
De maneira semelhante, sob a proteção paternal dos grandes profetas Samuel e Elias, os nazireus e os filhos dos profetas ,lideraram e fomentaram as batalhas culturais e espirituais de sua época.
Guerrearam contra a idolatria, contra sacrifícios de crianças e contra a imoralidade sexual do desprezível culto a Baal que desafiava a adoração pura a Javé em Israel.


“Senhor, tu sabes que estou ardendo como fogo com esta mensagem nazireia.  
Foi uma fé cega. (Sei que esse método nem sempre é aconselhável, mas às vezes funciona!)
Eu nunca havia lido aquele romance. Não era a Bíblia, mas Deus é muito criativo quando nos fala.

O profeta bateu na porta. Um homem alto, muito jovem, de pele escura e forte atendeu. Para surpresa de Elias, o cabelo do homem chegava até a altura dos ombros, embora não fosse despenteado como o dele.
— Você é nazireu? — ele perguntou sem se apresentar.

— Sou — o homem respondeu. — Fiz um voto de que nenhuma lâmina será usada em minha cabeça,enquanto sobrar um único santuário a Aserá em Israel e enquanto houver uma pedra do maldito templo a Melcarte em cima de outra.

Elias gritou de alegria. Deu um salto, rodopiou o corpo no ar e caiu em pé.

— Louvado seja Javé. Eu não acreditava que houvesse uma fé assim em Israel. 

Elias disse ao homem: — Você não me disse seu nome.

— Sou Eliseu — o moço respondeu.

Fiquei estarrecido diante dessa profunda coincidência de Deus. Reli cada palavra. 

Foi como se Deus estivesse gritando para mim: 

Estou levantando nazireus que terão o objetivo de derrubar os altares da pornografia e da imoralidade sexual na terra. Eles fizeram o voto de permanecer contra o aborto e de cuidar da mãe grávida.São totalmente a favor da adoção e totalmente contra a indústria do tráfico sexual.
Invadem corajosamente as falsas ideologias com a luz do evangelho em trabalhos missionários e seguem o caminho de seu mestre, Jesus, que tem um zelo extremo por sua casa. Eles serão espiritualmente violentos ao desafiar os sistemas políticos de morte e injustiça por meio de oração, profecia e guerra espiritual. 

Mas demonstrarão, pela qualidade e pelo sacrifício de sua vida, uma nova alternativa de esperança e compaixão na terra. 

Viverão na prática o Reino de Deus, amando, perdoando e realizando atos extremos de compaixão pelos pobres e oprimidos. “Deles é o Reino de Deus.”

Levantando os cabeludos!

O poder verdadeiro do cabelo comprido era a incorporação do abandono interior.

O que é consagração a não ser obediência total à vontade de Deus?
Vi o poder do cabelo comprido em jovens, o mais velho, que completara 13 anos em 2000. 

Jesse quis jejuar 40 dias tomando apenas suco. Mesmo depois disso, ele continuou determinado a não comer carnes nem doces até o dia do evento . Nunca me esquecerei da paixão em seu rosto quando ele me disse: “Pai, não quero jogar beisebol este ano”

— ele era o melhor lançador do time. — “Tudo o que quero é andar com você, , e orar pelo avivamento no Brasil”.
Fiquei comovido

Deus não participou de minhas preocupações nem esperou que eu decidisse.
Respondeu-me como se ele estivesse correndo em ritmo acelerado atrás de um coração completamente submisso sobre o qual enviaria seu fogo santo. 

Agora que havia encontrado seu nazireu, ele percorreria longas distâncias para confirmar seu prazer! Em um dos encontros mais poderosos de minha vida, ouvi a voz audível de Deus ribombar em meu quarto às 4 horas da manhã, a ponto de me sacudir e me deixar alerta: 

O Brasil está recebendo seus apóstolos, profetas e evangelistas, mas ainda não viram
seus nazireus!
Desnecessário dizer que dei permissão a Jesse. Em resposta, ele se entregou inteiramente naqueles 40 dias (e nos meses seguintes) com um foco que raramente presenciei em um adolescente. Oito meses depois, quando 400 mil jovens se reuniram em Washington, D.C., meu filho apresentou-se naquele grande palco e clamou a Deus para que os nazireus se levantassem nos Estados Unidos. Suas palavras articularam aquilo que já estava ribombando sob a superfície da alma de uma geração inteira.
“Liberem os nazireus!”, Jesse gritou. “Que os cabeludos se levantem!”
Naquele dia, sua voz foi como a erupção de um vulcão no meio do povo. Um grito ecoou daquela grande multidão que, mais de quinze anos depois, continua a ressoar por todos os Estados Unidos e as nações da terra. De fato, nas semanas seguintes, recebemos relatórios do mundo inteiro sobre o impacto da oração de Jesse, que, com o passar do tempo, produziu um movimento nazireu nas Filipinas e se espalhou pelo mundo. Como podemos medir o poder de um coração submisso? Repetindo, o nazireu conduz o caminho. Não se esqueça de meu ponto mais importante: ele jejuou durante 40 dias.
Há algo chegando que nunca vimos — maior que Azusa, maior que a Chuva Serôdia, maior que o Promise Keepers, movimentos de oração, evangelização em tendas e enormes cruzadas internacionais
—, mas há algo criticamente preparatório que já veio.
Uma das grandes verdades deste livro é que podemos olhar profeticamente para o nosso momento atual e declarar com ousadia: “Há algo novo”. No decorrer do século passado, uma onda imensa e poderosa de eventos se iniciou como se fosse programada em sequência. Sem dúvida, aqueles que se envolveram na ocasião não conseguiram perceber a tendência, mas a retrospectiva oferece à nossa geração uma perspectiva única de datas e padrões recorrentes que ajudam a definir uma clara trajetória dos dias futuros. Por cerca de vinte anos, os eventos e ministérios dinâmicos iniciados pelo jejum de Bill Bright em 1996 construíram algo no Espírito.Por meio deles, o Senhor dos Exércitos, o General dos exércitos da madrugada, tem introduzido cuidadosamente uma cultura de entusiasmo no coração de uma geração — que, de acordo com o cronograma estabelecido pela criação do Estado de Israel em 1948, pode ser a geração final. Um exército nazireu levantou-se, e continuará a levantar-se.
Eu pergunto, meu jovem amigo: Deus o está chamando para uma consagração especial por 40 dias ou pela vida inteira? Você deseja ser usado por Deus de uma forma extraordinária? Comece fazendo um jejum dos prazeres deste mundo e busque os prazeres eternos de Deus. Jovem nazireu — moço ou moça —, você quer destacar-se em sua geração?
Recuse, então, a consagração fria e desanimada.
Deixe seu “cabelo espiritual” crescer. Deus não o decepcionará. Ele recompensará aqueles que o
buscam diligentemente. Tome uma decisão. Acerte o rumo de sua vida. Trace uma linha na areia — você é nazireu. Os outros podem trabalhar superficialmente nisto ou naquilo, em coisas menores, mas você não pode. Você foi chamado para a intimidade e a influência nazireias.
A esperança para as nações da terra começa aqui: “Ajuntem os que me são fiéis, que, mediante

sacrifício, fizeram aliança comigo” (Salmos 50.5).

Incendiando uma trilha de múltiplas gerações
Abordarei esse tema mais adiante, mas vale a pena observar este detalhe: o único caminho para
alcançar o propósito completo de Deus é o cordão de duas ou três dobras de múltiplas gerações
tornar-se profundamente entrelaçado pelo amor e pela honra. Os pais e os avós precisam caminhar em harmonia com os filhos — juntos, não como lutadores. Os pais e as mães precisam começar a derramar sua alma — coração, tempo e dons — nos filhos sem reservas. Pais, sua missão principal não é transmitir a seus filhos e filhas seu DNA físico, mas transmitir-lhes a verdadeira genética do céu! Sussurrem na alma de seus filhos e filhas o chamado sublime de Deus para a vida deles. Dominem-nos com a história divina.
Da mesma forma, os filhos precisam abandonar a cultura de rebeldia e voltar a ter estima verdadeira pelos pais, que significa abrir seu coração. A atitude de cinismo e de “eu sei tudo” não é o caminho para a herança plena. Hoje, alguns escolhem deixar o cabelo crescer à moda dos nazireus de antigamente,mas, no fim das contas, esse não é o objetivo do movimento. Quero nazireus de coração, que amem e respeitem os pais, que obedeçam a Deus e não reclamem. Se levantarmos entusiasmo sem honra, o movimento será apaixonado e estéril ao mesmo tempo. Quando estava deixando o cabelo crescer como o de um nazireu, Jesse demonstrou algumas atitudes nocivas. Eu o confrontei: “O cabelo não significa nada, filho, se o coração não for completamente o coração de um nazireu”. Meu amigo, não podemos tolerar mais 40 anos de rebeldia como ocorreu na década de 1960!
Ao contrário, como pedras de fogo, vamos tomar a decisão de seguir um rumo diferente, mais sacrificial.
Os pais não devem apenas iniciar a vida, mas definir identidade. Precisamos sacrificar a vida em favor de nossa esposa e família. Da mesma forma, os precursores e pioneiros são aqueles que incendeiam uma trilha para que os outros prosperem com mais rapidez. Pais, mães e pioneiros no Espírito, abram o caminho, sendo determinados a criar deliberadamente filhos e filhas que se esforçarão ao máximo para conquistar um novo território. (Analisaremos esse assunto com mais detalhes no capítulo 7.)
Você quer ser esse homem ou essa mulher? Se sim, o jejum será muito importante para expandir sua vida com Deus, formando sua voz e adicionando gravidade e peso à sua alma. Biblicamente falando, o jejum é uma forma de guerra. É um mecanismo espiritual não apenas para renovação pessoal, mas para ter firmeza no Espírito e manifestar a vitória de Cristo.
No que se refere a mim, o jejum tem sido um dos principais meios pelos quais aprendi a compreender uma missão vinda do Senhor e levada adiante pela oração.
Por meio de algumas batalhas praticamente independentes de mim, mas muito ligadas ao meu desejo de jejuar, nasceram movimentos dinâmicos que atualmente estão enfrentando as trevas no mundo inteiro com a ajuda de meus filhos e filhas espirituais.

Talvez isso ainda seja muito abstrato. Se for, tenho confiança de que posso demonstrar melhor o
princípio por meio de uma série de histórias pessoais, que contarei nos próximos capítulos. Em tempos
de jejuns estratégicos, Deus tem mantido aceso o meu fogo interior e permitido que eu faça parte da visão inspiradora em outras pessoas para praticar atos de justiça e misericórdia. A atividade divina alinha-se com o homem e a mulher dispostos a jejuar. É assim que você se torna um agente de mudança. Armado com essas batalhas, creio que a fé será liberada para a história que você escreverá com sua vida, e para os filhos e filhas que você terá de criar.

Não se limite a viver a história. Ouse reformulá-la.

O que significa amarrar com 7 tendões frescos?
Frescos - significa algo que nunca foi usado, isso é consagração. De alguma forma, Sansão está dando indicações de algo que está escondido nele, que está na consagração dele o segredo da sua força.
Jz 16.10 - Dalila pergunta ainda uma segunda vez e ela lhe diz: "Sansão, tu estás zombando de mim, tu só estás me contando mentiras". É exatamente assim que o mundo faz. Quando queremos ter aquela vida separada para o SENHOR, o mundo diz: "Ah, tu não me amas". Então Sansão vai dizer que o segredo dele está de alguma forma nas tranças dos seus cabelos. Ele está chegando cada vez mais perto de revelar seu segredo. Se naquele momento ele lembrasse de que era separado para DEUS, que ele não deveria ter-se apegado àquela mulher chamada Dalila e fugisse daquela situação, como o final da história de Sansão seria diferente!

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