sexta-feira, 28 de junho de 2019

DESIGREJADOS

                                           OS DESIGREJADOS

Os Desigrejados ( O membro San Peregrino,queixou-se em um post que não obteve resposta sobre seu posicionamento quanto aos desigrejados e que recebeu muitas acusações,peço desculpas pelas provocações e peço que leia esse post,não vou debater sobre para não criar mais polêmica ok?)

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Para mim resta pouca dúvida de que a igreja institucional e organizada está hoje no centro de acirradas discussões em praticamente todos os quartéis da cristandade, e mesmo fora dela. O surgimento de milhares de denominações evangélicas, o poderio apostólico de igrejas neo pentecostais, a institucionalização e secularização das denominações históricas, a profissionalização do ministério pastoral, a busca de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado, a variedade infindável de métodos de crescimento de igrejas, de sucesso pastoral, os escândalos ocorridos nas igrejas, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes – tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.

Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja. Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma. Todavia, existem aqueles que, além de não mais frequentarem a igreja, tomaram esta bandeira e passaram a defender abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus. Estas idéias vêm sendo veiculadas através de livros, palestras e da mídia. Viraram um movimento que cresce a cada dia. São os desigrejados.

Muitos livros recentes têm defendido a desigrejação do cristianismo (*). Em linhas gerais, os desigrejados defendem os seguintes pontos.

1) Cristo não deixou qualquer forma de igreja organizada e institucional.

2) Já nos primeiros séculos os cristãos se afastaram dos ensinos de Jesus, organizando-se como uma instituição, a Igreja, criando estruturas, inventando ofícios para substituir os carismas, elaborando hierarquias para proteger e defender a própria instituição, e de tal maneira se organizaram que acabaram deixando Deus de fora. Com a influência da filosofia grega na teologia e a oficialização do cristianismo por Constantino, a igreja corrompeu-se completamente.

3) Apesar da Reforma ter se levantado contra esta corrupção, os protestantes e evangélicos acabaram caindo nos mesmíssimos erros, ao criarem denominações organizadas, sistemas interligados de hierarquia e processos de manutenção do sistema, como a disciplina e a exclusão dos dissidentes, e ao elaborarem confissões de fé, catecismos e declarações de fé, que engessaram a mensagem de Jesus e impediram o livre pensamento teológico.

4) A igreja verdadeira não tem templos, cultos regulares aos domingos, tesouraria, hierarquia, ofícios, ofertas, dízimos, clero oficial, confissões de fé, rol de membros, propriedades, escolas, seminários.

5) De acordo com Jesus, onde estiverem dois ou três que crêem nele, ali está a igreja, pois Cristo está com eles, conforme prometeu em Mateus 18. Assim, se dois ou três amigos cristãos se encontrarem no Frans Café numa sexta a noite para falar sobre as lições espirituais do filme O Livro de Eli, por exemplo, ali é a igreja, não sendo necessário absolutamente mais nada do tipo ir à igreja no domingo ou pertencer a uma igreja organizada.

6) A igreja, como organização humana, tem falhado e caído em muitos erros, pecados e escândalos, e prestado um desserviço ao Evangelho. Precisamos sair dela para podermos encontrar a Deus.

Eu concordo com vários dos pontos defendidos pelos desigrejados. Infelizmente, eles estão certos quanto ao fato de que muitos evangélicos confundem a igreja organizada com a igreja de Cristo e têm lutado com unhas e dentes para defender sua denominação e sua igreja, mesmo quando estas não representam genuinamente os valores da Igreja de Cristo. Concordo também que a igreja de Cristo não precisa de templos construídos e nem de todo o aparato necessário para sua manutenção. Ela, na verdade, subsistiu de forma vigorosa nos quatro primeiros séculos se reunindo em casas, cavernas, vales, campos, e até cemitérios. Os templos cristãos só foram erigidos após a oficialização do Cristianismo por Constantino, no séc. IV.

Os desigrejados estão certos ao criticar os sistemas de defesa criados para perpetuar as estruturas e a hierarquia das igrejas organizadas, esquecendo-se das pessoas e dando prioridade à organização. Concordo com eles que não podemos identificar a igreja com cultos organizados, programações sem fim durante a semana, cargos e funções como superintendente de Escola Dominical, organizações internas como uniões de moços, adolescentes, senhoras e homens, e métodos como células, encontros de casais e de jovens, e por ai vai. E também estou de acordo com a constatação de que a igreja institucional tem cometido muitos erros no decorrer de sua longa história.

Dito isto, pergunto se ainda assim está correto abandonarmos a igreja institucional e seguirmos um cristianismo em vôo solo. Pergunto ainda se os desigrejados não estão jogando fora o bebê junto com a água suja da banheira. Ao final, parece que a revolta deles não é somente contra a institucionalização da igreja, mas contra qualquer coisa que imponha limites ou restrições à sua maneira de pensar e de agir. Fico com a impressão que eles querem se livrar da igreja para poderem ser cristãos do jeito que entendem, acreditarem no que quiserem – sendo livres pensadores sem conclusões ou convicções definidas – fazerem o que quiserem, para poderem experimentar de tudo na vida sem receio de penalizações e correções. Esse tipo de atitude anti-instituição, antidisciplina, anti-regras, anti-autoridade, antilimites de todo tipo se encaixa perfeitamente na mentalidade secular e revolucionária de nosso tempo, que entra nas igrejas travestida de cristianismo.

É verdade que Jesus não deixou uma igreja institucionalizada aqui neste mundo. Todavia, ele disse algumas coisas sobre a igreja que levaram seus discípulos a se organizarem em comunidades ainda no período apostólico e muito antes de Constantino.

1) Jesus disse aos discípulos que sua igreja seria edificada sobre a declaração de Pedro, que ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.15-19). A igreja foi fundada sobre esta pedra, que é a verdade sobre a pessoa de Jesus (cf. 1Pd 2.4-8). O que se desviar desta verdade – a divindade e exclusividade da pessoa de Cristo – não é igreja cristã. Não admira que os apóstolos estivessem prontos a rejeitar os livre-pensadores de sua época, que queriam dar uma outra interpretação à pessoa e obra de Cristo diferente daquela que eles receberam do próprio Cristo. As igrejas foram instruídas pelos apóstolos a rejeitar os livre-pensadores como os gnósticos e judaizantes, e libertinos desobedientes, como os seguidores de Balaão e os nicolaítas (cf. 2Jo 10; Rm 16.17; 1Co 5.11; 2Ts 3.6; 3.14; Tt 3.10; Jd 4; Ap 2.14; 2.6,15). Fica praticamente impossível nos mantermos sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos, confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados.

2) A declaração de Jesus acima, que a sua igreja se ergue sobre a confissão acerca de sua Pessoa, nos mostra a ligação estreita, orgânica e indissolúvel entre ele e sua igreja. Em outro lugar, ele ilustrou esta relação com a figura da videira e seus galhos (João 15). Esta união foi muito bem compreendida pelos seus discípulos, que a compararam à relação entre a cabeça e o corpo (Ef 1.22-23), a relação marido e mulher (Ef 5.22-33) e entre o edifício e a pedra sobre o qual ele se assenta (1Pd 2.4-8). Os desigrejados querem Cristo, mas não querem sua igreja. Querem o noivo, mas rejeitam sua noiva. Mas, aquilo que Deus ajuntou, não o separe o homem. Não podemos ter um sem o outro.

3) Jesus instituiu também o que chamamos de processo disciplinar, quando ensinou aos seus discípulos de que maneira deveriam proceder no caso de um irmão que caiu em pecado (Mt 18.15-20). Após repetidas advertências em particular, o irmão faltoso, porém endurecido, deveria ser excluído da “igreja” – pois é, Jesus usou o termo – e não deveria mais ser tratado como parte dela (Mt 18.17). Os apóstolos entenderam isto muito bem, pois encontramos em suas cartas dezenas de advertências às igrejas que eles organizaram para que se afastassem e excluíssem os que não quisessem se arrepender dos seus pecados e que não andassem de acordo com a verdade apostólica. Um bom exemplo disto é a exclusão do “irmão” imoral da igreja de Corinto (1Co 5). Não entendo como isto pode ser feito numa fraternidade informal e livre que se reúne para bebericar café nas sextas à noite e discutir assuntos culturais, onde não existe a consciência de pertencemos a um corpo que se guia conforme as regras estabelecidas por Cristo.

4) Jesus determinou que seus seguidores fizessem discípulos em todo o mundo, e que os batizassem e ensinassem a eles tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20). Os discípulos entenderam isto muito bem. Eles organizaram os convertidos em igrejas, os quais eram batizados e instruídos no ensino apostólico. Eles estabeleceram líderes espirituais sobre estas igrejas, que eram responsáveis por instruir os convertidos, advertir os faltosos e cuidar dos necessitados (At 6.1-6; At 14.23). Definiram claramente o perfil destes líderes e suas funções, que iam desde o governo espiritual das comunidades até a oração pelos enfermos (1Tm 31-13; Tt 1.5-9; Tg 5.14).

5) Não demorou também para que os cristãos apostólicos elaborassem as primeiras declarações ou confissões de fé que encontramos (cf. Rm 10.9; 1Jo 4.15; At 8.36-37; Fp 2.5-11; etc.), que serviam de base para a catequese e instrução dos novos convertidos, e para examinarem e rejeitarem os falsos mestres. Veja, por exemplo, João usando uma destas declarações para repelir livre-pensadores gnósticos das igrejas da Ásia (2Jo 7-10; 1Jo 4.1-3). Ainda no período apostólico já encontramos sinais de que as igrejas haviam se organizado e estruturado, tendo presbíteros, diáconos, mestres e guias, uma ordem de viúvas e ainda presbitérios (1Tm 3.1; 5.17,19; Tt 1.5; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12; 1Tm 5.9; 1Tm 4.14). O exemplo mais antigo que temos desta organização é a reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém para tratar de um caso de doutrina – a inclusão dos gentios na igreja e as condições para que houvesse comunhão com os judeus convertidos (At 15.1-6). A decisão deste que ficou conhecido como o “concílio de Jerusalém” foi levada para ser obedecida nas demais igrejas (At 16.4), mostrando que havia desde cedo uma rede hierárquica entre as igrejas apostólicas, poucos anos depois de Pentecostes e muitos anos antes de Constantino.

6) Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer o pão e beber o vinho em memória dele (Lc 22.14-20). Os apóstolos seguiram a ordem, e reuniam-se regularmente para celebrar a Ceia (At 2.42; 20.7; 1Co 10.16). Todavia, dada à natureza da Ceia, cedo introduziram normas para a participação nela, como fica evidente no caso da igreja de Corinto (1Co 11.23-34). Não sei direito como os desigrejados celebram a Ceia, mas deve ser difícil fazer isto sem que estejamos na companhia de irmãos que partilham da mesma fé e que crêem a mesma coisa sobre o Senhor.

É curioso que a passagem predileta dos desigrejados – “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) – foi proferida por Jesus no contexto da igreja organizada. Estes dois ou três que ele menciona são os dois ou três que vão tentar ganhar o irmão faltoso e reconduzi-lo à comunhão da igreja (Mt 18.16). Ou seja, são os dois ou três que estão agindo para preservar a pureza da igreja como corpo, e não dois ou três que se separam dos demais e resolvem fazer sua própria igrejinha informal ou seguir carreira solo como cristãos.

O meu ponto é este: que muito antes do período pós-apostólico, da intrusão da filosofia grega na teologia da Igreja e do decreto de Constantino – os três marcos que segundo os desigrejados são responsáveis pela corrupção da igreja institucional – a igreja de Cristo já estava organizada, com seus ofícios, hierarquia, sistema disciplinar, funcionamento regular, credos e confissões. A ponto de Paulo se referir a ela como “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15) e o autor de Hebreus repreender os que deixavam de se congregar com os demais cristãos (Hb 10.25). O livro de Atos faz diversas menções das “igrejas”, referindo-se a elas como corpos definidos e organizados nas cidades (cf. At 15.41; 16.5; veja também Rm 16.4,16; 1Co 7.17; 11.16; 14.33; 16.1; etc. – a relação é muito grande).

No final, fico com a impressão que os desigrejados, na verdade, não são contra a igreja organizada meramente porque desejam uma forma mais pura de Cristianismo, mais próxima da forma original – pois esta forma original já nasceu organizada e estruturada, nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento. Acho que eles querem mesmo é liberdade para serem cristãos do jeito deles, acreditar no que quiserem e viver do jeito que acham correto, sem ter que prestar contas a ninguém. Pertencer a uma igreja organizada, especialmente àquelas que historicamente são confessionais e que têm autoridades constituídas, conselhos e concílios, significa submeter nossas idéias e nossa maneira de viver ao crivo do Evangelho, conforme entendido pelo Cristianismo histórico. Para muitos, isto é pedir demais.

Eu não tenho ilusões quanto ao estado atual da igreja. Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu for membro dela. A teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares.

Cristianismo sem igreja é uma outra religião, a religião individualista dos livre-pensadores, eternamente em dúvida, incapazes de levar cativos seus pensamentos à obediência de Cristo.

A ORDEM DA SALVAÇÃO SEGUNDO O CALVINISMO

                                                    A ORDEM DE SALVAÇÃO(CALVINISMO)

                                                                    CHAMADO
ESTUDO 1

I. INTRODUÇÃO
A. A Ordem da Salvação, do termo latino Ordo Salutis, “descreve o processo por meio

do qual a obra de salvação, produzida em Cristo, se cumpre de forma subjetiva nos co-
rações e vidas dos pecadores”.

B. É um processo unitário efetuado por Deus em vários movimentos.

C. A Bíblia não específica exatamente uma Ordem de Salvação. Esta ordem é compila-
da pelos teólogos.

D. Este estudo toma por base a obra básica de Louis Berkhof, com a inclusão de outros
autores reformados.
E. A Ordem da Salvação começa como o chamado, também conhecido como vocação.
II. O CHAMADO EM GERAL
A. A Trindade está envolvida em o nosso chamado:
1. Deus, o Pai: 1 Co 1.9; 1 Ts 2.12; 1 Pd 5.10
2. Deus, o Filho: Mt 11.28; Lc 5.32; Jo 7.37
3. Deus, O Espírito Santo e a palavra: Mt 10.20; Jo 15.26; At 5.31-32
B. Geralmente nós temos dois aspectos do chamado. Um é conhecido como Chamado
Geral ou Externo e o outro é o Chamado Eficaz ou Interno.
1. Chamado Geral: É designado pelos teólogos como vocatio realis. Este é um
chamado que vem a todas as pessoas através da natureza e da história. Estas duas
coisas apontam para a existência de um Criador, sem contudo mostrar o caminho
da salvação ou as obras de Cristo. Ver Salmos 19.-14; Rm 1.19-21.

2. Chamado Eficaz: É designado pelo teólogos como vocatio verbalis. A sua de-
finição poderia ser: “O ato bondoso de Deus por meio do qual ele convida os pe-
cadores para que aceitem a salvação que se oferece em Cristo Jesus”.

a. Este chamado se dá pela pregação da palavra de Deus.
b. Na teologia Reformada o chamamento do evangelho não é efetivo em
si mesmo; porém se faz eficaz mediante a operação do Espírito Santo
quando aplica a palavra salvadora ao coração do ser humano, e se aplica
desta maneira somente nos corações e na vidas dos eleitos.
c. A salvação é uma obra de Deus desde o seu princípio. Deus, através da
sua graça capacita a pessoa a atender o chamado do Evangelho.
d. No chamado não existe nada no ser humano que possa dar início a este
processo.

III. ASPECTOS DO CHAMADO (G. W. Bromiley)
A. O alvo do chamado. Nós somos chamados para a salvação, santidade e fé (2 Ts
2.13ss); para o reino e glória de Deus (1 Ts 2.12; para uma herança eterna (Hb 9.15);
para a comunhão (1 Co 1.9) e serviço (Gl 1).
B. Os meios do chamado. Chamados através da graça (Gl 1.15); do ouvir o evangelho (2
Ts 2.14; Rm 10.14ss). O Espírito Santo é o mediador do chamado através do evangelho
(1 Ts 1.15).    

C. A base do chamado. Estabelecido conforme 2 Tm 1.9. Não as obras mas o propósito
e graça de Deus em Cristo Jesus desde o princípio para o chamado divino.
D. A natureza do chamado. O chamado não será revogado (Rm 11.20); um chamado
para o alto (Fp 3.14; celestial (Hb 3.1); santo (2 Tm 1.9); associado com esperança (Ef
4.4). Os crentes são chamados a viver de acordo com o chamado (Ef 4.1; cf. 2 Ts 1.11).
IV.UM CHAMADO QUE ENGLOBA TODA A VIDA
A. Existe a tendência de separar os chamados de Deus: um chamado para a salvação e
outro para o serviço.

B. K. L. Schmidt insiste que no NT existe somente um chamado, ou seja: para ser cris-
tão.

C. Karl Barth argumenta que o chamado na Escritura nunca existe solitariamente exclu-
indo a santificação e o serviço.

D. O chamado em si mesmo não muda, somente a forma e a esfera onde ele é exercita-
do.

V. CONCLUSÃO
A. Todos os que estão em Cristo, foram chamados pela graça de Deus.
B. Todos os chamados em Cristo, foram chamados para o serviço a Deus, para a honra e
glória da Trindade.

REGENERAÇÃO
ESTUDO 2

I. INTRODUÇÃO
A. É o mistério que operou na nascimento de Cristo que agora opera no coração do ser
humano.
B. É uma obra completa do Espírito Santo.
II. OS TERMOS USADOS PELA BÍBLIA E IMPLICAÇÕES
A. O termo grego palingenesia (regeneração) é encontrado em Mt 19.28 e Tt 3.5

B. A idéia é melhor expressa através do verbo gennao. Significando gerar de novo, con-
ceber ou nascer: Jo 1.13; 3.3-8; 1 Pd 1.23; 1 Jo 2.29; 3.9; 4.7; 5.1,4,18.

III. AS IMPLICAÇÕES DESTES TERMOS
A. A regeneração é uma obra criadora de Deus. O ser humano é passivo por completo.
O ato da salvação está nas mãos de Deus somente.
B. A obra criadora de Deus produz uma nova vida. A pessoa é vivificada em Cristo,
participando da ressurreição, podendo ser chamada de nova criação, cf. Ef 2.8-10
C. Distinguem-se dois elementos na regeneração:
1. a regeneração ou concepção de uma nova vida

2. a produção, ou fazer nasce-la. A regeneração implanta o princípio da nova vi-
da na alma e o novo nascimento faz com que este princípio entre em ação.

IV. A NATUREZA ESSENCIAL DA REGENERAÇÃO
A. Alguns erros que devem ser evitados neste estudo da regeneração:
1. A regeneração não é uma troca na substância da natureza humana. Não é o
pecado sendo substituído por uma outra substância.
2. Não é a troca de uma ou mais faculdades da alma, como a vida emocional.
3. Não é a troca por completa ou perfeita de toda a natureza humana quanto a
não capacidade de pecar.
B. Positivamente vemos a regeneração:
1. Consiste na implantação do princípio da nova vida espiritual no ser humano, é
uma troca radical da disposição regente da alma, que debaixo da orientação do
Espírito Santo, dá nascimento a uma vida que se move em direção a Deus. Este
princípio afeta o ser humano por completo:
a. seu intelecto: I Co 2.14-15; 2 Co 4.6; Ef. 1.18
b. sua vontade: Sl 110.3; Fp 2.13; 2 Ts 3.5; Hb 13.21
c. seus sentimentos/emoções: Sl 42.1-2; Mt 5.4; 1 Pd 1.8

2. É uma troca instantânea da natureza do ser humano. Não existem estágios in-
termediários entre a vida e a morte. Alguém vive ou está morto. Não é um pro-
cesso gradual como a santificação.

3. Num sentido mais restrito é uma troca que ocorre no sub-consciente. É uma
obra secreta e inescrutável de Deus que nunca se percebe diretamente pelo ser
humano, a menos que coincide regeneração com conversão.
V. DEFINIÇÃO DE REGENERAÇÃO

A. A regeneração é o ato de Deus por meio do qual o princípio da nova vida é implanta-
do no ser humano, e que torna santa a disposição regente da alma.

B. Assegura o exercício santo para a disposição quanto ao novo nascimento.

CONVERSÃO
ESTUDO 3

I. INTRODUÇÃO
A. Mediante uma operação especial do Espírito Santo, a regeneração leva à conversão.

B. A conversão pode ser uma crise repentina e aguda na vida do indivíduo, porém, ge-
ralmente vem de maneira gradual.

II. A IDEIA BÍBLICA DA CONVERSÃO
A. Conversões Temporais
1. Pessoas que não apresentaram uma troca de coração
2. A parábola do semeador, Mt 13.21-21
3. Himineo e Alexandre, 1 Tm 1.19-20
4. Ver também 2 Tm 2.17-18; 4.10; Hb 6.4-6 e 1 Jo 2.19
B. Conversões Verdadeiras
1. A conversão verdadeira nasce de uma tristeza santa e desemboca em uma vida
de devoção a Deus, 2 Co 7.10.
2. É uma troca cuja raiz está na obra de regeneração. Envolve a convicção de

que a primeira direção da vida era néscia, equivocada e transtornava o curso in-
teiro da vida.

3. Existem dois lados da conversão:
a. Conversão ativa: É o ato de Deus por meio do qual ele faz com que o
pecador seja regenerado em sua vida consciente, para voltar-se a Deus
com arrependimento e fé.
b. Conversão passiva: O ato consciente do pecador regenerado por meio

do qual ele mediante da graça divina volta-se para Deus com arrependi-
mento e fé.

C. Conversões Freqüentes
1. Depois de convertida a pessoa que tem uma queda temporal nos caminhos de

pecado volta-se para Deus. A sua volta para Deus pode ser chamada de conver-
são. Ap 2.5, 16, 21 e 22 e 3.3, 19.

2. Conversão no sentido salvador é um ato único que não se repete.
III. AS CARACTERÍSTICAS DA CONVERSÃO

A. Na conversão a pessoa desperta para uma garantia de que todos os seus pecados es-
tão perdoados na base dos méritos de Jesus Cristo.

B. A conversão não se dá na vida subconsciente do pecador, mas no seu consciente.
Esta conversão está intimamente ligada com a regeneração.
C. A conversão marca o princípio consciente da morte da velha vida e o surgimento da
nova vida. O pecador, conscientemente, abandona a vida de pecado e busca a santidade
de Deus.
D. No sentido mais definido da palavra a conversão é um ato único que não se repete
mais.
IV. O AUTOR DA SALVAÇÃO
A. Deus é o autor da conversão.Somente Deus pode ser considerado o autor da criação,
Sl 85.4; Jr 31.18; Lm 5.21.

B. O indivíduo coopera na conversão. Devemos ressaltar que existe uma certa coopera-
ção humana na salvação. Is 55.7; Jr 18.11; Ez 18.23, 32; 33.11; At 2.38, 17.30.

ARREPENDIMENTO
ESTUDO 4

I. INTRODUÇÃO
A. Junto com a fé, são os dois ingredientes necessários para que haja conversão.
II. OS ELEMENTOS DO ARREPENDIMENTO

A. Um elemento intelectual. Há uma mudança de opinião, um reconhecimento do peca-
do com a culpa pessoal, a corrupção e a incapacidade que envolve. Ver Rm 3.20 compa-
rado com 1.32. Se o arrependimento não é acompanhado pelos outros elementos que se

seguem, pode manifestar-se como o temor do castigo, ainda que careça do ódio ao pe-
cado.

B. Um elemento emocional. Há uma mudança de sentimento que se manifesta em triste-
za pelo pecado cometido contra um Deus santo e justo. Sl 51.2, 10, 14. Se é acompa-
nhado do elemento seguinte é uma tristeza de Deus, porém, se não é acompanhado é

uma tristeza do mundo, que se manifesta em remorso e desespero, 2 Co 7.9,10; Mt 27.3;
Lc 18.23.

C. Um elemento volitivo. Há um elemento da vontade que consiste na mudança de pro-
pósito, um íntimo voltar-se do pecado e uma disposição a buscar o perdão e a pureza, Sl

51.5, 7, 10; Jr 25.5. O elemento volitivo inclui os outros dois elementos e é o aspecto
mais importante do arrependimento, At 2.38; Rm 2.4.
III. O CONCEITO BÍBLICO DO ARREPENDIMENTO

A. As Escrituras ensinam que o arrependimento é um ato interno e não deve confundir-
se com a mudança de vida que flui dele. A confissão de pecados e a reparação dos erros

cometidos, são frutos do arrependimento.
B. Arrependimento é uma condição negativa e não uma meio positivo de salvação. Ou
seja, o arrependimento não constituí uma obra meritória que dê bases para a salvação.
Ainda que o arrependimento seja o dever do pecador, não cumpre as demandas da lei
em relação as transgressões passadas.
C. O verdadeiro arrependimento somente existe em conjunto com a fé e jamais separado
da mesma. Os dois elementos fazem parte da mesma volta - um regresso do pecado em
direção a Deus. São partes do mesmo processo, e que se complementam.
IV. OS MOTIVOS DO ARREPENDIMENTO
A. O pecador experimenta a bondade de Deus, Rm 2.4; o amor de Deus, Jo 3.16; e o
desejo ardente de Deus em ver os pecadores salvos, Ez 33.11; 1 Tm 2.4.
B. O pecador experimenta a inevitável conseqüência do pecado, Lc 13.1-5; da demanda
universal do evangelho, At 17.30; a esperança da vida espiritual, Jo 3.16; e a afiliação
no reino de Deus, Mc 1.15.


ESTUDO 5

I. INTRODUÇÃO
A. O arrependimento é o aspecto negativo da conversão.
B. A fé é o aspecto positivo da mesma conversão.
II. O SIGNIFICADO DE FÉ
A. Fé Objetiva: Aquilo que se acredita, isto é: o credo, o cristianismo. Uso limitado nas

Escrituras, principalmente nas Pastorais. É mais usado na teologia. A fé objetiva só e-
xiste por causa da fé subjetiva.

B. Fé Subjetiva: A fé é depositada em Cristo, neste caso consiste na entrega da vida aos

cuidados do Salvador. A pessoa tem o desejo de ser como Cristo e o Espírito Santo pas-
sa a operar nesta vida.

C. Fé Virtude: Resultado da fé subjetiva na vida diária (Gl 5.22).
III. OS ELEMENTOS DA FÉ
A. O elemento intelectual (notitia)
1. Consiste no reconhecimento da verdade e a pessoa aceita tudo o que Deus diz
nas Escrituras, especialmente quanto a depravação total do ser humano e acerca
da redenção que há em Cristo Jesus.
2. Este conhecimento da fé é algo seguro, certo, incontestável. Hb 11.1, faz com
que as coisas invisíveis para o crente sejam realidades. A certeza dessa fé parte
do próprio Deus e nada pode abalar isso.

3. Para se ter essa fé é necessário oferecer a pessoa o mínimo para que possa e-
xercitar a sua fé.

B. O elemento emocional (assentimento)
1. O momento existencial da vida da pessoa que deixa de considerar o objeto da
fé como algo separado e indiferente, e começa a sentir-se vivamente interessado
por ela.

2. A pessoa abraça a fé salvadora com um profundo sentimento de aquilo é ver-
dade. Isso satisfaz a sua vida, sua existência.

C. O elemento volitivo (fiducia)
1. É o elemento culminante da fé. É a confiança em Cristo.
2. A fé é também assunto da vontade que determina a direção da alma, um ato da
alma que sai em direção ao objeto e o o apropria.
IV. A FÉ PRODUZ
A. Esperança, Rm 5.2
B. Alegria, At 16.34; 1 Pe 2.6
C. Paz, Rm 15.13
D. Confiança, Is 28.16, cf 1 Pe 2.6
E. Ousadia na Pregação, Sl 116.10 cf. 2 Co 4.13
V. ALGUMAS IDEIAS SOBRE A FÉ
A. Os Reformadores ensinam que a fé que justifica não justifica por alguma eficácia
meritória ou inerente, senão que é um instrumento para receber ou reter o que Deus
prometeu nos méritos de Cristo, cf Ef 2.8-10.

B. Consideraram esta fé como um dom de Deus e somente na forma secundária, como
atividade do ser humano em sua dependência de Deus.
C. A fé é mais do que uma mera opinião. É uma certeza imediata. É uma convicção
fundamentada sobre o testemunho e envolve confiança.

JUSTIFICAÇÃO
ESTUDO 6

I. INTRODUÇÃO
II. A IDÉIA DA JUSTIFICAÇÃO
A. A palavra justificação vem do latim justificare compostas de duas palavras justus e
facere e que portanto significa: fazer justo.

B. Justificar no sentido bíblico é executar uma relação objetiva, o estado de justiça, me-
diante sentença judicial.

1. Mediante a imputação a uma pessoa a justiça de outra, ou seja, contando como
justo ainda que interiormente seja injusto.
III. A NATUREZA E AS CARACTERÍSTICAS DA JUSTIFICAÇÃO
A. A justificação é uma ato judicial de Deus no qual ele declara, sobre a base da justiça
de Jesus Cristo que todas as demandas da lei estão satisfeitas com respeito ao pecador.
B. É diferente dos outros atos da ordem da salvação. A justificação não muda a vida
íntima da pessoa, não afeta a sua condição, mas sim o seu estado (posição). Envolve o
perdão dos pecados e o fato de ser restaurado ao favor divino. Rm 5.1-10 e At 26.18.

1. A justificação remove a culpa do pecado e restaura ao pecador todos os direi-
tos filiais incluídos em seu estado como filhos de Deus, juntamente com uma he-
rança eterna.

2. A justificação acontece fora do pecador, no tribunal de Deus e não muda a vi-
da interior , todavia, o sentencia a voltar ao lar.

3. A justificação acontece de uma vez para sempre, é um ato único. Ou é com-
pletamente justificado ou não é.

4. A causa meritória da justificação está nos méritos de Cristo.
IV. OS ELEMENTOS DA JUSTIFICAÇÃO
A. O elemento negativo
1. A remissão dos pecados com base na obra expiatória de Cristo.

2. O perdão concedido na justificação se aplica a todos os pecados, passado, pre-
sente e futuro e envolve a remoção de toda a culpa e castigo, Rm 5.21; 8.1, 32-

34; Hb 10.14.
3. A dificuldade é que os crentes seguem pecando. Barth: o homem continua
sendo pecador, somente que pecador justificado.
4. Deus remove a culpa, mas não a culpabilidade.
B. O elemento positivo
1. Ela é baseada na obediência ativa de Cristo

2. A justificação é mais do que o mero perdão. Zc 3.4, o primeiro aspecto é ne-
gativo e o segundo positivo. Cf At 26.18.

a. A adoção de filhos. Os crentes são filhos de Deus por adoção e não por
natureza. Jo 1.12; Rm 8.15-16; Gl 3.26-27; 4.5-6
b. O direito à vida eterna. São investidos com todos os direitos legais da
adoção e são herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, Rm 8.7

V. A BASE DA JUSTIFICAÇÃO
A. Negativamente. Não está fundamente em nenhuma obra meritória da pessoa. Esta
pratica uma justiça imperfeita e as melhores obras dos cristãos estão corrompidas pelo
pecado. Ademais, a Bíblia ensina que a pessoa é justificada gratuitamente pela  graça de Deus, Rm 3.24 e que ninguém pode ser justificado pelas obras da lei, Rm 3.28; Gl 2.16;
3.11.
B. Positivamente. A base da justificação é fundamentada na justiça perfeita de Cristo.
Rm 3.24, 5.9, 19; 8.1; 10.4; I Co 1.30; 6.11; 2 Co 5.21; Fp 3.9. A base é encontrada em
Cristo que se fez maldito por nós, Gl 3.13.

SANTIFICAÇÃO
ESTUDO 7

I. Introdução
II. Os Termos no Novo Testamento

A. O sentido intelectual que se aplica a pessoas ou coisas. Significa considerar um obje-
to santo, atribuir santidade ou reconhecer a santidade por palavra ou ato, Mt 6.9; Lc

11.2 e 1 Pe 3.15.
B. As vezes se emprega no sentido ritual, no sentido de separado do uso comum para
fins sagrados, ou por aparte para um determinado oficio, Mt 23.17,19; JO 17.36; 2 Tm
2.21.
C. Usado também para determinar aquela operação divina mediante a qual Deus produz
de maneira especial na pessoa mediante seu Espírito a qualidade subjetiva de santidade,
Jo 17.17; At 20.32; 26.18; 1 Co 1.2; 1 Ts 5.23.
III. A Natureza da Santificação
A. Obra Sobrenatural de Deus
1. Consiste fundamental e principalmente em uma operação divina na alma, por
meio do qual, aquela disposição santa nascida na regeneração é fortalecida e
aumenta a sua atividade santa.
2. É uma obra de Deus, 1 Ts 5.23; HB 13.20, 21.
3. Fruto da união da vida com Cristo, Jo 15.4; Gl 2.20 e 4.19.
4. Uma obra realizada no interior do ser humano, Ef 3.16; Cl 1.11
B. Consiste em duas partes
1. A mortificação da velha natureza, ou seja, o corpo de pecado. A mancha e a
corrupção do pecado se vai removendo gradualmente. É a crucificação da velha
natureza em Cristo, Rm 6.6; Gl 5.24.

2. A vivificação do novo ser, criado em Jesus Cristo para as boas obras. Fortale-
ce a disposição santa da alma, promovendo um novo curso de vida. A velha es-
trutura de pecado vai sendo destruída ao poucos e um nova estrutura criada por

Deus assume o lugar daquela. Freqüentemente este nome é chamado nas Escritu-
ras de "uma ressurreição juntamente com Cristo", Rm 6.4,5; Cl 2.12; 3.1, 2.

C. A santificação afeta ao novo crente por inteiro: corpo e alma, intelecto, afetos e von-
tade. Se o ser interior é transformado, mudado, também é mudado ou transformado o

aspecto exterior da vida., 1 Ts 5.23; 2 Co 5.17; Rm 6.12; 1 Co 6.15, 20.
D. O novo crente é participante ativo no processo de santificação. Vemos nas repetidas
admoestações para que se evite os perigos da vida, Rm 12.9, 16, 17; 1 Co 6.9, 10; Gl
5.16-23. Os crentes devem empregar os meios a sua disposição para ter uma vida santa,
Jo 15.2, 8, 16; Rm 8.12, 13; 12.1,2,17; Gl 6.7,8,15.
IV. As Características da Santificação
A. É uma obra da qual Deus é o autor e não o ser humano.

B. Tem lugar na forma parcial na vida subconsciente e como tal é uma operação imedia-
ta do Espírito Santo; porém também de forma parcial tem lugar na vida consciente e

depende então do uso dos meios determinados: fé, estudo da palavra, oração e associa-
ção com os outros crentes.

C. A santificação é um processo lento e nunca alcança a perfeição nesta vida.
D. A santificação plena é alcançada somente na entrada no reino eterno.

Monergismo.com – “Ao Senhor pertence a salvação” (Jonas 2:9)

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PERSEVERANÇA DOS SANTOS

ESTUDO 8

I. Introdução
A. A doutrina da perseverança dos santos significa que aqueles a quem Deus regenerou
e chamou eficazmente a um estado de graça, não podem cair nem total nem finalmente
daquele estado, senão que perseverarão com toda a segurança e até o fim e serão salvos
por toda a eternidade.
II. Definição da doutrina da perseverança
A. Os que são chamados não podem cair por completo e deixar de alcançar a salvação
eterna, ainda que podem algumas vezes ser vencidos pelo mal e cair em pecado.
B. Definição: “Aquela operação continua do Espírito Santo no crente, mediante a qual a
obra da graça divina que teve início no coração irá continuar até ser completada”.

C. Os crentes continuam firmes até o fim, devido a que Deus nunca abandona a sua o-
bra.

III. Provas da doutrina da perseverança
A. Afirmações diretas da Bíblia
1. João 10.27-29, as ovelhas jamais perecerão.
2. Romanos 11.29, os dons de Deus são irrevogáveis.
3. Filipenses 1.6, a obra será completada.
4. Ver ainda 2 Tessalonicenses 3.3 e 2 Timóteo 1.12
B. Provas através da inferência
1. A doutrina da eleição - os eleitos serão salvos e jamais deixarão de alcançar a
salvação final.
2. A doutrina do pacto da redenção - Deus prometeu baseado na sua pessoa e
não na fidelidade do ser humano. Nada pode separar o crente de Deus, Romanos
8.38-39.
3. Da eficácia dos méritos e da intercessão de Cristo - Cristo pagou o preço para
comprar o perdão e intercede sempre pelos seus, João 11.42; Hebreus 7.25.
4. Da união mística com Cristo - os que estão unidos a Cristo mediante a fé são
participantes do seu Espírito.

5. Da obra do Espírito Santo no coração - o crente já está de posse da vida eter-
na, João 3.36; 5.24; 6.54.

6. Da segurança da salvação - A Bíblia dá evidências da segurança da salvação,
Hebreus 3.14; 6.11; 10.22; 2 Pedro 1.10.
IV. A negação desta doutrina faz a salvação depender da vontade do ser humano

Violência: Força transitória

                                                        Violência: Força transitória

A violência:quebra,elimina,despedaça,mas "não repara".

A violência é uma força transitória.(superficial)

A "mansidão" é durável:

- Penetra na alma

- Vai à região onde nasce os afetos,emoções e resoluções.

A mansidão é como óleo:

- Cura e fortifica

- Antídoto aos males do coração

Deixemo-nos  ganhar pela bondade.

Tenha vontade enérgica,mas não precipitada:

- Precavido e presente mas não precipitado

- Forte e valente mas não agitado

Apliquemos esses princípios em nós mesmos

- Não se irrite contra sí mesmo após as falhas:

- Humilhemo-nos

- Recomecemos corretamente com confiança e coragem redobrada

" JESUS ESTÁ CONOSCO... "

quinta-feira, 27 de junho de 2019

A Entrada Triunfal em Jerusalém

                     A Entrada Triunfal em Jerusalém

"Dizei à filha de Sião: Eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em um jumento, num jumentinho, cria de animal de carga." — Mateus 21:5.

Nós lemos o capítulo do qual nosso texto é tomado; deixe-me agora recontar o incidente para sua audiência. Havia uma expectativa na mente popular do povo judeu, que o Messias estava para vir. Eles esperavam que ele fosse um príncipe temporal, alguém que devia guerrear contra os Romanos e restaurar aos Judeus sua nacionalidade perdida. Havia muitos que, embora não cressem em Cristo com uma fé espiritual, esperavam entretanto que talvez Ele pudesse ser para eles um grande libertador temporal, e nós lemos que em uma ou duas ocasiões eles quiseram tomá-lo para fazê-lo rei, mas ele ocultou-se. Havia um ansioso desejo que uma pessoa ou outra deveria levantar o estandarte da rebelião e liderar o povo contra seus opressores. Vendo os feitos poderosos de Cristo, o desejo é pai do pensamento, e eles imaginaram que Ele podia, provavelmente, restaurar a Israel o reino e torná-los livres. O Salvador à distância via que estava adentrando a uma crise. Para ele, ela deveria ser morta por ter desapontado a expectativa popular, ou deveria ceder aos desejos do povo, e ser feito rei. Você sabe qual foi a escolha. Ele veio para salvar outros, e não para fazer-se rei no sentido em que eles entendiam. O Senhor tinha operado o mais notável milagre, ele tinha ressuscitado Lázaro da morte após ele ter estado por quatro dias na sepultura. Este era um milagre tão inesperado e tão espantoso, que tornou-se o assunto da cidade. Multidões foram de Jerusalém a Betânia, eram somente duas milhas de distância, para ver Lázaro. O milagre fora bem autenticado, havia uma multidão de testemunhas, e foi em geral aceito como sendo uma das grandes maravilhas do século, e eles inferiram disto que Cristo devia ser o Messias. O povo determinou que agora eles deveriam fazê-lo rei, e que agora ele deveria liderá-los contra as hostes de Roma. Ele, não pretendia tais coisas, entretanto prevaleceu o entusiasmo deles pelo qual Ele pôde ter a oportunidade de realizar o que tinha sido escrito pelos profetas. Você deve imaginar que todos aqueles que espalharam os galhos no caminho e clamaram "Hosana" desejavam Cristo como príncipe espiritual. Não, eles pensavam ser ele um libertador temporal, e quando eles descobriram mais tarde que estavam enganados odiaram-no na mesma proporção que o tinham amado, e "Crucifica-o, crucifica-o" era um clamor tão alto e veemente quanto "Hosana, bendito o que vem em nome do Senhor." Nosso Salvador assim utilizou-se do equivocado entusiasmo deles para diversos fins e propósitos. Era necessário que a profecia fosse cumprida - "Alegra-te muito, ó filha de Sião; Exulta ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta." Era necessário além disso, que ele reivindicasse publicamente ser o Filho de Davi, e que reivindicasse ser o legítimo herdeiro do trono de Davi, - isto ele fez nesta ocasião. Era necessário também, que ele deixasse seus inimigos sem desculpas. A fim de que eles não dissessem: "Se tu és o Messias, dize-nos claramente," ele disse-lhes claramente. Este adentrar montado pelas ruas de Jerusalém era um manifesto e proclamação de seus direitos reais tão claro quanto poderia ser emitido. Eu penso, além disso, - e sobre isso eu construirei o discurso destas manhã, - Eu penso que Cristo utilizou o fanatismo popular como uma oportunidade de pregar-nos um vivo sermão, incluindo grandes verdades que são tão sujeitas a serem esquecidas por causa de nosso caráter espiritual, incluindo-as na forma externa e símbolo sua própria montaria como rei escoltado por hostes de seguidores. Nós viemos a isto como o assunto do nosso sermão. Dependamos dele.

I. Uma das primeiras coisas que aprendemos é isto. Por este modo através das ruas em pompa, Jesus Cristo foi aclamado como um rei. Aquela reivindicação tinha sido em grande medida, até agora, conservada na obscuridade, mas antes que Ele fosse para o seu Pai, quando a ira de seus inimigos tivesse alcançado sua mais extrema fúria, e quando sua própria hora de mais profunda humilhação tivesse chegado, ele fez uma reivindicação aberta diante dos olhos de todos os homens para ser chamado e reconhecido como um rei. Ele intima primeiro seus arautos. Dois discípulos vêm. Ele envia sua ordem - "Ide a aldeia que está diante de vós, e logo achareis presa uma jumenta e, com ela um jumentinho." Ele reúne sua corte. Seus doze discípulos, aqueles que sempre acompanhavam-no, estão a sua volta. Ele monta o jumento, que em tempos antigos tinha sido domado pelos legisladores judaicos, os governadores do povo. Ele começa a cavalgar através das ruas e as multidões batem suas mãos. É reconhecido que não menos do que três mil pessoas deveriam estar presentes naquela ocasião, alguns indo adiante, alguns seguindo após ele, e outros parados ao lado para ver o espetáculo. Ele cavalgava para sua capital; as ruas de Jerusalém, a cidade real, estão abertas para Ele, como um rei, Ele sobe para seu palácio. Ele era um rei espiritual, e portanto Ele não ia para o palácio temporal mas para o palácio espiritual. Ele cavalga para o templo, e então tomando posse dele, começa a ensinar nele como não tinha feito antes. Ele tinha estado algumas vezes no pórtico de Salomão, mas ele estava mais freqüentemente na encosta da montanha do que no templo; mas agora, como um rei, ele toma posse de seu palácio, e ali, sentado em seu trono profético, ele ensina o povo em sua corte real. Vós príncipes da terra, dêem ouvidos, há alguém que clama ser enumerado convosco. É Jesus, o Filho de Davi, o Rei dos Judeus. Dai lugar a Ele, vós imperadores, daí lugar a Ele! Dai lugar ao homem que nasceu numa manjedoura! Dai lugar ao homem cujos discípulos eram pescadores! Dai lugar a Ele cuja veste foi de um camponês, sem costura, tecido de cima abaixo! Ele não usa nenhuma coroa, exceto a coroa de espinhos, contudo ele é mais nobre do que vocês. Sobre seus lombos ele não veste púrpura, entretanto ele é muito mais real do que vocês. Sobre seus pés não havia nenhuma sandália prateada adornada com pérolas, porém ele é mais glorioso do que vocês. Dai lugar a Ele! Dai lugar a Ele! Hosana! Hosana! Deixem-no ser novamente proclamado Rei! Rei! Rei! Deixem-no valorizar seu lugar sobre Seu trono, alto acima dos reis da terra. Isto é o que Ele fez, proclamou-se Rei.

II. Além disto, Cristo por seu ato mostrou que tipo de Rei ele poderia ter sido se tivesse se agradado, e que tipo de rei ele pode ser agora, se ele desejar. Tinha sido este o desejo de nosso Senhor, aquelas multidões que seguiram-no nas ruas realmente tinham-no coroado lá e então, e dobrando os joelhos, eles tinham-no aceito como o ramo que brotou da seca raiz de Jessé - a ele que tinha vindo - o governante, o Siló entre o povo de Deus. Tivesse ele dito apenas uma palavra, e eles teriam arremetido com ele sobre suas cabeças para o palácio de Pilatos, e tomando-no de surpresa, com uns poucos soldados na terra, Pilatos poderia logo ter sido feito prisioneiro, e ter sido provado por sua vida. Diante do indomável valor e da tremenda fúria de um exército judeu, a Palestina poderia ter sido rapidamente limpa de todas as legiões romanas, e ter se tornado novamente uma terra real. Mais ainda, nós afirmamos, com seu poder de operar milagres, com poder pelo qual os soldados recuaram quando ele disse: "sou eu;" Ele podia ter limpado não somente aquela terra, mas todas as outras, ele podia ter marchado de país em país, e de reino em reino, até que toda cidade real e cada estado régio tivesse cedido a sua supremacia. Ele poderia ter feito aqueles que vivem em ilhas no mar curvarem-se diante dele, e aqueles que habitam o deserto poderiam ter sido obrigados a lamber o pó. Não havia razão, Ó vós reis da terra, para que Cristo não tivesse sido mais poderoso do que vocês. Se seu reino fosse deste mundo, ele poderia ter fundado uma dinastia mais duradoura do que as vossas, ele poderia ter reunido tropas diante das quais vossas legiões se derreteriam como a neve diante do sol de verão, ele poderia ter destruído a imagem de Roma, até, uma massa despedaçada, como um vaso de cerâmica destruído por uma haste de ferro, ele poderia ser feito em pedaços.
Ainda é assim, meu irmão. Se for a vontade de Deus, ele pode fazer seus santos, cada um deles, príncipes, ele pode fazer sua Igreja rica e poderosa, ele pode elevar sua religião se ele preferir, e fazê-la a mais magnificente e suntuosa. Se esta for sua vontade, não há razão para que toda a glória que nós lemos no Velho Testamento sob Salomão, não possa ser dada a Igreja sob o grande Filho de Davi. Mas ele não veio para fazer isto, e por isso a impertinência daqueles que pensam que Cristo deve ser adorado com uma esplêndida arquitetura, com magníficas vestimentas, com orgulhosas procissões, com a aliança do estados com igrejas, fazendo os bispos da igreja magnificentes senhores e governadores, erguendo a própria igreja, e tentando colocar sobre seus ombros aquelas roupas que nunca lhe caberão, vestimentas que nunca foram destinadas a ela. Se Cristo se preocupasse com esta glória do mundo, ela logo estaria a seus pés. Se ele desejasse tomá-la, quem levantaria uma palavra contra sua reivindicação, ou quem levantaria um dedo contra o seu poder! Mas ele não se preocupa com isso. Levem suas quinquilharias para outro lugar, tirem suas lantejoulas daqui, ele não as quer. Removam sua glória, e sua pompa, e seu esplendor, ele não necessita de nada de suas mãos. Seu reino não é deste mundo, de outro modo seus servos lutariam, e seus ministros estariam vestidos com mantos de escarlate, e seus servos estariam assentados entre os príncipes, Ele não se preocupa com isto. Povo de Deus, não busque por isso. O que seu Mestre não teria, não procurem para si próprios. Oh! Igreja de Cristo, o que teu marido desdenhou, desdenhe você também. Ele poderia ter tido isso, mas ele não teve. E ele leu para nós a lição, que se todas estas coisas podem ser da Igreja, foi bom para ele ter passado por elas e dizer: "Elas não são para mim - Eu não pretendo brilhar nestas plumas emprestadas.

III. Mas em terceiro lugar, e aqui jaz o cerne do assunto, você viu que Cristo reivindicou ser um rei; você viu que tipo de rei ele poderia ter sido e não foi, mas agora você verá que tipo de rei ele é, e que tipo de rei ele reivindica ser. Qual era seu reino? Qual sua natureza? Qual era sua autoridade real? Quais foram seus súditos? Quais suas leis? Qual seu governo? Agora você perceberá imediatamente da passagem tomada como um todo, que o reino de Cristo é um reino muito estranho, totalmente diferente de qualquer coisa que jamais foi vista ou que ainda será vista.
Ele era um reino, em primeiro lugar, no qual os discípulos são os cortesãos. Nosso bendito Senhor não tinha príncipes à espera, nem porteiros de bastão negro, nenhuma guarda real que ocupasse o lugar daqueles altos oficiais? Porque uns poucos pobres e humildes pescadores, que eram seus discípulos. Aprenda , então, que se no reino de Cristo você quer ser um nobre você deve ser um discípulo; sentar aos seus pés é a honra que ele lhe dará. Ouvindo suas palavras, obedecendo seus mandamentos, recebendo sua graça - esta é a verdadeira dignidade, esta é a verdadeira magnificência. O mais pobre homem que ama a Cristo, ou a mais humilde mulher que está desejando aceitá-lo como seu mestre, torna-se imediatamente membro da nobreza que espera por Cristo Jesus. Que reino é este que faz pescadores nobres, e camponeses príncipes enquanto eles ainda continuam pescadores e camponeses! Este é o reino do qual nós falamos, no qual o discipulado é o mais alto grau, no qual o serviço divino é a mais alta patente.
Este era um reino, é estranho dizê-lo, no qual as leis do rei, não estão, nenhuma delas, escritas em papel. As leis do rei não são proclamadas pela boca do arauto, mas escritas no coração. Você não percebe que na narrativa Cristo manda seus servos ir e pegar seu corcel real, tal qual ele estava, e esta era a lei: "Soltai-o e deixai-o ir?" Mas onde estava escrita a lei? Estava escrita no coração do homem a quem pertenciam a jumenta e o jumentinho, pois ele imediatamente disse: "Deixai-os ir" cordialmente e com grande alegria; ele pensou ser uma grande honra contribuir para a cerimônia real deste grande Rei de paz. Assim, irmãos, no reino de Cristo você não verá nenhum enorme livro de leis, nem juristas, nem procuradores, nem advogados que necessitem esclarecer a lei. O livro da lei está aqui no coração, o advogado está aqui na consciência, a lei está escrita não mais em pergaminho, nem mais promulgada e escrita, como foram os decretos de Roma, sobre aço e aflição, mas sobre as tábuas de carne do coração. A vontade humana é persuadida à obediência, o coração humano é moldado à imagem de Cristo, seu desejo se torna o desejo de seus súditos, sua glória seu alvo principal, e sua lei o maior deleite de suas almas. Estranho reino este, que não necessita de nenhuma lei, salvo aquelas que são escritas sobre o coração de seus súditos.
Estranho ainda, como alguns pensarão dele, este era um reino no qual riquezas incertas não partilham o que quer que seja de sua glória. Lá vai o Rei, o mais pobre de toda a classe, por que aquele Rei não tinha onde reclinar a cabeça. Lá vai o Rei, o mais pobre de todos, sobre o jumento de outro homem que ele tinha emprestado. Lá vai o Rei, alguém que está para morrer; desprovido de seu manto para morrer nu e exposto. E ele ainda é o Rei do seu reino, o Principal, o Príncipe, o Líder, o Coroado de toda a geração, simplesmente porque ele tinha o mínimo. Ele era quem tinha dado mais aos outros e retido o mínimo para si mesmo. Ele que era o menos egoísta e mais abnegado, ele que viveu o máximo para os outros, era o Rei deste reino. E olhe para os cortesãos, olhe para os príncipes! Eles eram todos pobres também; eles não tinham nenhuma bandeira para colocar do lado de fora das janelas, então eles lançaram suas pobres roupas sobre as sacadas ou as penduraram das janelas quando ele passava. Eles não tinha púrpura brilhante para fazer um tapete para os pés de seu jumento, então eles lançaram suas próprias roupas surradas no caminho, eles espalharam ao longo do caminho ramos de palmeira que eles podiam facilmente obter das árvores que guarneciam a estrada, porque eles não tinham nenhum dinheiro com o qual custear a despesa de um grande triunfo. A cada caminho este era um pobre fato. Nenhum brilho de ouro, nenhuma bandeira ostentada, nenhum soprar de trombetas de prata, nenhuma pompa, nenhuma circunstância! Era o triunfo da própria pobreza. Pobreza entronizada sobre o animal próprio da pobreza cavalgando através das ruas. Estranho reino este, irmãos! Eu creio que nós o reconhecemos - um reino no qual aquele que é o principal entre nós, não é aquele que é mais rico em ouro, mas aquele que é mais rico em fé; um reino que não depende de nenhum rendimento exceto o rendimento da divina graça, um reino que oferece a cada homem sentar-se sob sua sombra com deleite, seja ele rico ou pobre.
Estranho reino este! Mas, irmãos, aqui está alguma coisa talvez ainda mais excessivamente extraordinária, ele era um reino sem força armada. Oh, príncipe, onde estão teus soldados? Este é teu exército? Este milhares que te servem? Onde estão tuas espadas? Eles carregam galhos de palmeira. Onde estão teus equipamentos? Eles estão quase se desnudando para calçar teu caminho com suas roupas. Estas é tua hoste? Estes são teus batalhões? Oh estranho reino, sem um exército! O mais estranho Rei, que não usa nenhuma espada, mas cavalga adiante no meio deste povo conquistando e para conquistar um estranho reino, no qual há a palma sem a espada, a vitória sem a batalha. Sem sangue, sem lágrimas, sem devastação, sem cidades queimadas, sem corpos mutilados! Rei de paz, Rei de paz, este é teu domínio! Ainda é assim no reino sobre o qual Cristo é rei hoje, não há força para ser usada. Se os reis da terra dissessem para os ministros de Cristo: "Nós lhe emprestaremos nossos soldados," nossa resposta deveria ser: "O que nós podemos fazer com eles? - como soldados eles são inúteis para nós" Será um dia ruim para a igreja quando ela emprestar o exército daqueles iníquos gentios, o imperador Constantino também pensou que poderia fazê-la grande, Ela não nada além de poluição, degradação e vergonha, e aquela igreja que pediu às tropas civis para ajudá-la, aquela igreja que faria seu Sábados obrigatórios às pessoas pela força da lei, aquela igreja que teria seus dogmas proclamados com o ressoar dos tambores, e fez o punho ou a espada tornarem-se suas armas, não conheceu de que espírito ela é. Estas são armas carnais. Elas são fora de propósito em um reino espiritual. Seus exércitos são pensamentos amorosos, suas tropas são palavras amáveis. O poder pelo qual ele governa seu povo não é a mão forte e o braço estendido da polícia ou dos soldados, mas pelas ações de amor e palavras de superabundante bênção ele declara seu soberano poder.
Este era um estranho reino também, meus irmãos, porque ele não tinha qualquer pompa. Se você reclamar sua pompa, que pompa singular ela era! Quando nossos reis são proclamados, três estranhos indivíduos, como nunca se vê em outras ocasiões, chamados arautos, vêm cavalgando à frente para proclamar o rei. Estranhas são suas vestes, romântico seu traje, e com som de trombetas o rei é magnificamente proclamado. Então vem a coroação e como a nação se emociona de ponta a ponta com êxtase quando o novo rei está para ser coroado! Que multidão enche as ruas. Algumas vezes as fontes eram feitas para fluir vinho, e raramente havia uma rua que não estava forrada com trapezistas por toda a parte. Mas aqui vem o Rei dos reis, Príncipe dos reis da terra, nenhum cavalo colorido empinado que mantivesse a distância os filhos da pobreza; ele esta montado sobre um jumento, e enquanto cavalga adiante, fala gentilmente às pequenas crianças que clamam: "Hosana," e quer bem às mães e pais da mais baixa estirpe que se comprimem à sua volta. Ele é acessível; ele não é separado deles; ele não reclama ser seu superior, mas servo deles não menos grandioso que um rei, ele era servo de todos. Sem trombetas soando - ele estava contente com a voz dos homens, nenhum adorno sobre seu jumento, mas as vestimentas de seus próprios discípulos, nenhuma pompa além da pompa que corações amorosos sinceramente rendidos a ele. Assim ele cavalga; seu reino de submissão, o reino de humilhação. Irmãos, nós podemos pertencer àquele reino também; nós podemos sentir em nossos corações que Cristo vem a nós para subjugar toda altivez e todo pensamento orgulhoso, que cada vale seja ser elevado, e cada monte seja humilhado, e toda a terra exaltada naquele dia!
Ouça novamente, e este talvez seja um lado impressionante do reino de Cristo - ele veio estabelecer um reino sem impostos. Onde estão os cobradores de impostos do Rei? Você diz que ele não tinha qualquer imposto; sim ele tinha, mas que imposto ele era! Cada homem, de bom grado, despia-se de suas vestimentas; ele nunca pediu isto; seu rendimento fluía livremente dos presentes dados de bom grado por seu povo. O primeiro tinha emprestado e seu jumento e o jumentinho, os outros tinham entregue suas roupas. Aqueles que tinham poucas roupas para repartir, retiraram os galhos das árvores, e ali estava declarado de vez que não custava qualquer coisa a nenhum homem, ou particularmente que nada era exigido de qualquer homem, mas todas as coisas eram dadas espontaneamente. Este é o reino de Cristo - um reino que não se mantém do dízimo, contribuições à igreja ou impostos de Páscoa, mas um reino que vive sobre a livre vontade de ofertar de um povo disposto, um reino que não exige nada de qualquer homem, mas que vem a ele com uma força mais poderosa eficácia do que exigência, dizendo a ele: "Tu não estás debaixo da lei, mas sob a graça, sendo comprados por preço", dedique a si mesmo e tudo o que você tem ao serviço do Rei dos reis! Irmãos, vocês me acham um louco ou fanático em falar de um reino deste tipo? De fato, seria fanatismo se nós disséssemos que qualquer simples homem pudesse estabelecer tal domínio. Mas Cristo fez isto, e hoje há dezenas de milhares de homens neste mundo que chamam-no Rei, e que sentem que ele é mais Rei deles do que o governante de sua terra nativa; que eles dão a ele uma mais sincera homenagem do que eles deram ao amado soberano, eles sentem que seu poder sobre eles é tal que eles não desejam resistir - o poder do amor, que seus presentes a ele são tão pequenos, por isso eles desejam dar a si mesmos de agora em diante, Isto é tudo o que eles podem fazer. Maravilhoso e inigualável reino! Tal qual nunca se encontrará sobre a terra.
Antes de deixar este ponto, eu gostaria de observar que este era um reino no qual todas as criaturas foram consideradas. Porque Cristo tinha dois animais? Havia um jumento e um jumentinho, cria de jumento; ele montou o filhote de jumento porque ele nunca tinha sido montado antes. Eu já observei diversos comentaristas para ver o que eles dizem acerca disso, e um antigo comentarista me fez rir - Eu creio que ele não fará você rir também - dizendo que Cristo ordenando a seus discípulos para trazerem o filhote e também a mãe nos ensinaria que os infantes devem ser batizados tanto quanto seus pais, o que me parece ser um argumento eminentemente digno do batismo infantil. Pensando no assunto acima, contudo, eu considero que há uma melhor razão a ser dada, - Cristo não teria qualquer dor em seu reino, ele não teria nem mesmo um jumento sofrendo por ele, e se o filhote fosse tirado de sua mãe, lá estaria a pobre mãe no estábulo em casa, pensando em seu filhote, e lá estaria o filhote desejando voltar, como aquelas vacas que os filisteus usaram quando eles devolveram a arca, e que foram mugindo enquanto seguiam seu caminho, porque seus bezerros estavam em casa. Impressionante reino de Cristo no qual o animal natural possuirá sua parte!. "Porque a criatura foi sujeita a vaidade de nosso pecado." Ele era um animal que sofria por causa do nosso pecado, e Cristo pretende que seu reino traga de volta os animais à sua primitiva felicidade. . Ele nos faria homens misericordiosos, considerando até mesmo os animais. Eu creio que quando seu reino vier totalmente, a natureza animal será reconduzida à sua felicidade original. "Então o leão comerá feno como o boi, a criança de peito brincará na toca da áspide, e a criança desmamada colocará sua mão no esconderijo do basilisco." A velha tranqüilidade do Éden, e a familiaridade entre o homem e as criaturas e as criaturas inferiores, retornará novamente. E mesmo agora, sempre que o Evangelho é totalmente conhecido no coração do humano, o homem começa a reconhecer que ele não tem direito deliberado para matar um pardal ou um verme, porque ele está no domínio de Cristo, e aquele que não montou o jumentinho sem ter a mãe dele ao seu lado, para que isso pudesse ser em paz e alegria, não teria qualquer de seus discípulos pensando negligentemente da mais inferior criatura feita pela sua mão. Bendito reino este que considerou até mesmo o desprezado! Deus cuida dos bois? Oh, que ele cuide; e que o próprio jumento, aquele herdeiro do trabalho, seja cuidado. O reino de Cristo, então, cuidará de animais tanto quanto de homens.
Mais uma vez: Cristo montando através das ruas de Jerusalém, ensinou publicamente que seu reino era um reino de alegria. Irmãos, quando grandes conquistadores cavalgam através das ruas, você freqüentemente ouve da alegria do povo; como as mulheres atiram rosas no caminho, como eles se amontoam em volta do herói do dia, e balançam seus lenços para mostrar sua apreciação pela libertação que ele operou. A cidade foi longamente sitiada, o campeão desarraigou os sitiadores, e o povo terá descanso agora. Desocupando totalmente os portões, limpam as estradas e deixam o herói vir, permitem ao mais inferior pajem que está entre seus seguidores seja honrado neste dia por causa da libertação. Ah! Irmãos, quantas lágrimas, contudo, são aquelas ocultadas nestes triunfos! Há uma mulher que ouve o som dos sinos da vitória, e diz: "Ah! Vitória sem dúvida, mas eu estou de luto, e meus pequeninos estão órfãos" E dos balcões de onde a beleza olha para baixo e sorri, há talvez uma desconsideração naquele momento por amigos e parentes sobre os quais eles em breve eles terão de chorar, porque cada batalha é com sangue, e cada conquista é com tristeza, e cada grito de vitória tem seu luto, seu lamento, e ranger de dentes. Cada som de trombetas por causa da vitória conseguida, cobre o choro, os lamentos, e a profunda agonia daqueles que têm perdido seus parentes! Mas em teu triunfo, Jesus, não houve lágrimas! Quando as crianças clamavam: "Hosana," elas não tinham perdido seus pais na batalha. Quando homens e mulheres gritavam: "Bendito o que vem em nome do Senhor," eles não tinha nenhum motivo para chorar com a respiração presa, ou para estragar sua alegria com a lembrança da miséria. Não, em seu reino há alegria pura e sem mistura. Gritem, gritem, vocês que são súditos do Rei Jesus! Vocês têm aflições, mas não dele, problemas podem vir porque vocês estão no mundo, mas elas não vem dele. Seu serviço é perfeita liberdade. Seus caminhos são caminhos de conforto, e suas veredas são paz.
"Alegre-se o mundo, o Salvador vem,
O Salvador há muito prometido;
Prepare cada coração uma canção
E cada voz uma melodia"
Ele vem lançar fora suas lágrima e não fazê-las fluir, ele vem tirar você do seu lamaçal e colocá-lo sobre seu trono, para tirá-lo das suas masmorras e fazê-lo saltar em liberdade.
"Bênçãos abundam onde ele reina,
O prisioneiro salta por quebrar suas cadeias;
O cansado encontra eternal descanso,
E todas as eras de necessidade são abençoadas."
Singular reino este!

IV. E agora eu venho para o meu quarto e último tópico. O Salvador, em sua entrada triunfal na capital de seus pais, declarou-nos muito claramente os efeitos práticos do reino. Ora, quais são eles? Um dos primeiros efeitos foi que toda a cidade se comoveu. O que isto significa? Isto significa que cada pessoa tinha alguma coisa a dizer sobre ele, e que cada pessoa sentiu alguma coisa porque Cristo montou através da rua. Havia alguns que inclinavam-se do topo de suas casas, olhavam a rua e diziam um ao outro - "Aha! Você já viu brincadeira mais tola do que esta? Humpf! Lá está Jesus de Nazaré, lá em baixo montando um jumento! Certamente se ele pretendia ser rei podia ter escolhido um cavalo. Olhe pra ele! Eles chamam isto pompa! Lá está um velho pescador atirando somente sua mal-cheirosa roupa; Eu diria que ele estava pescando nelas há uma ou duas horas atrás?" "Olhe," alguém diz, "veja aquele velho mendigo jogando seu gorro pro ar por alegria!" "Aha!" dizem eles, "Há coisa mais ridícula do que esta?" Eu não posso colocar isto nos termos que eles o teriam descrito; se eu pudesse, eu acho penso que o faria. Eu gostaria de fazer você ver quÃo ridículo isto deve ter parecido ao povo. Por que se o próprio Pilatos tivesse ouvido sobre ele teria dito - "Ah! Não há muito o que temer disto. Não há temor que aquele homem derrube César; Não há temor que ele em algum tempo destrua um exército. Onde estão suas espadas? Não há nenhuma espada entre eles! Eles não têm nenhum clamor que soe como rebelião; seus sons são somente alguns versos religiosos tirados dos Salmos." "Oh!" diz ele, "Tudo isto é desprezível e ridículo." E esta era a opinião de um grande número em Jerusalém. Talvez esta seja sua opinião, meu amigo. O reino de Cristo, você diz, é ridículo; você talvez não acredite que há alguma pessoa que é governada por ele embora nós digamos que nós o temos como nosso Rei, e que sentimos que a lei do amor é uma lei que nos constrange a doce obediência. "Oh,"você diz, "isto é fingimento e hipocrisia." E há alguns que estão presentes onde eles têm incensórios dourados, e altares, e sacerdotes e eles dizem: "Oh! Uma religião que é tão simples - cantando uns poucos hinos, e oferecendo improvisada oração! - Ah! Dê-me um bispo com uma mitra - um ótimo indivíduo envolvido em tecido - que isto é coisa para mim." "Oh!," diz outro, "deixe-me ouvir o ressoar dos órgãos; deixe-me ver as coisas feitas sistematicamente, deixe-me ver alguns ornamentos também; deixe o homem surgir coberto em roupas apropriadas para mostrar que ele é um tanto diferente das outras pessoas; não o deixem ficar vestido como se ele fosse um homem comum; deixe-me ver alguma coisa no culto diferente de todas as coisas que eu já vi antes." Eles o querem vestido com alguma pompa, e porque não é assim eles dizem - "Ah! Humpf!" Eles o ridicularizam, e isto é tudo que Cristo tem da multidão de homens que se acham excessivamente sábios. Ele é para eles loucura e eles passam por ele com desprezo. Seus escárnios serão em breve trocados por lágrimas senhores! Quando ele vier com real pompa e esplendor vocês irão chorar e lamentar, porque vocês negaram o Rei da Paz.
"O Senhor virá! De uma terrível forma,
Com coroa de arco-íris e manto de tempestade,
Com voz de querubim e asas de vento,
O Julgamento marcado de toda humanidade."
Então você achará perturbador tê-lo tratado com desprezo. Sem dúvida, havia outros em Jerusalém, que estavam cheios de curiosidade. Eles diziam - "Meu Deus, o que pode ser isto? O que isto significa? O que é isto?" "Eu gostaria que você viesse," eles diziam aos seus vizinhos, "e nos contassem a história deste homem singular, nós gostaríamos de saber sobre ele." Alguns deles diziam: "Ele foi para o templo, eu diria que ele fará um milagre;" Assim afastados eles correram, e se apertaram, e se espremeram, e se amontoaram para ver uma maravilha. Eles eram como Herodes, eles desejavam ver algum milagre operado por ele. Este foi também o primeiro dia da chegada de Cristo, e, é claro o entusiasmo podia durar uns nove dias se ele prosseguisse, assim eles estavam muito curiosos sobre isso. E isso é tudo o que Cristo tem de milhares de pessoas. Eles ouvem sobre um reavivamento da religião. Bem, eles gostariam o que é isso e ouvir sobre isso. Há alguma coisa acontecendo em tal e tal local de culto; bem, eles gostariam de ir mesmo que fosse somente para ver o lugar. "Há um estranho ministro dizendo coisas esquisitas, vamos ouvi-lo. Nós tínhamos intenção de sair" - vocês sabem que eu tenho em vista vocês mesmos - "nós tínhamos a intenção de ir a uma excursão hoje," você diz, "mas, ao invés disto, vamos lá." Apenas isto, curiosidade, curiosidade; isto é tudo tem hoje, e ele que morreu sobre a cruz tornou-se um tema para uma história sem propósito, e ele que é Senhor de anjos e adorado por homens, é discutido como se fosse um Bruxo do Norte ou algum excêntrico impostor! Ah! Daqui a pouco, você achará perturbador tê-lo tratado assim; porque quando ele vier, e quando todo olhos vê-lo, você que simplesmente inquiriu curiosamente por ele descobrirá que ele perguntará por você, não com animosidade mas com ódio, e dirá - "Apartai-vos, vós malditos, para o fogo eterno." Mas anônimos na multidão houve alguns que foram ainda piores, porque eles observavam a coisa toda com inveja. "Ah!" disse o Rabi Simeon para o Rabi Hillel, "o povo nunca esteve tão satisfeito conosco. Nós conhecemos muito mais do que aquele impostor; nós lemos do começo ao fim todos os nossos livros religiosos." "Você não se lembra dele," disse alguém, "que quando ele era um menino era especialmente precoce? Você se lembra quando ele veio ao templo e conversou conosco, e desde então ele enganava o povo," Pensando em que ele brilhava mais do que eles, que ele era mais estimado no coração das multidões do que eles eram, embora eles fossem altamente orgulhosos. "Oh!" disse o fariseu, "ele não usa nenhum filactério, e eu fiz os meus bem grandes; eu fiz minhas vestimentas até quase as extremidades, para que elas possam ser superiores." "Ah!" diz outro, "Eu dizimo minha menta, meu anis, meu cominho, e fico no canto da rua e toco trombeta quando dou um centavo, mas, ainda assim, o povo não me coloca sobre um jumento; eles não batem palmas e dizem: 'Hosana' para mim, mas toda a terra vai atrás deste homem como um bando de crianças. Além disso, pense neles indo ao templo perturbando seus superiores, perturbando a nós que estamos fazendo uma exibição de nossas pretensas orações em pé no pátio!" E isto é o que Cristo tem de um grande número. Eles não gostam de ver a causa de Cristo progredir. Pelo contrário, eles necessitariam que Cristo fosse rebaixado para que eles pudessem engordar a si mesmos com o roubo, eles precisariam que sua igreja fosse desprezível. Eles gostam de ouvir da queda de pastores cristãos. Se eles podem achar falhas em um cristão, "noticiem isto, noticiem isto, noticiem isto," dizem eles. Mas se um homem anda honestamente, se ele glorifica a Cristo, se a Igreja cresce, se almas são salvas, imediatamente há barulho e toda a cidade se movimenta, todo barulho começa e é conduzido por falsidade, fazendo acusações, e calúnias contra o caráter do povo de Cristo. De um modo ou de outro, homens por certo são movidos, se eles não são movidos ao escárnio, se eles não são movidos ao questionamento, eles são movidos a inveja. Mas benditos são aqueles alguns em Jerusalém que foram movidos ao regozijo. Oh! Havia muitos que, como Simeão e Ana regozijaram por ver aquele dia, e muitos deles foram para casa e disseram: "Senhor, agora podes despedir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a tua salvação." Havia uma mulher, há muito acamada, na rua de trás de Jerusalém, que sentou-se me sua cama e disse: "Hosana," e desejou descer para a rua, para que pudesse atirar seu velho manto no caminho, e pudesse saudar aquele que era o Rei dos Judeus. Havia muitos olhos lacrimejantes que lançaram fora suas lágrimas naquele dia, e muitos crentes enlutados que começaram naquela hora a regozijar com indescritível alegria. E assim há alguns de vocês que ouvem de Cristo o Rei com alegria. Você se unem ao hino, não como nós temos todos juntados nossas vozes, mas com o coração.

"Regozijem-se o Salvador reina,
O Deus de paz e amor
Quando ele limpou nossas manchas.
Tomou seu assento nas alturas
Regozijem-se, regozijem-se!
Regozijem-se em alta voz, vós santos, regozijem-se

Este é, então, o primeiro efeito do reino de Cristo! Sempre que ele vem, a cidade é movimentada. Não acredite que o Evangelho é pregado de maneira nenhuma se não faz barulho. Não acredite, meu irmão, que o evangelho é pregado no modo de Cristo se ele não deixa alguns irritados e alguns felizes, se ele não faz muitos inimigos e alguns amigos.

Há ainda outro efeito prático do reino de Cristo. Ele subiu ao templo e lá em uma mesa, um monte homens com cestas contendo pares de pombas. "Pombas , senhor, pombas!" Ele olhou para eles e disse: "Tirem essas coisas daí." Ele falou com grande furor. Havia outros trocando dinheiro para que o povo entrasse para pagar seu meio siclo, Ele derrubou as mesas e colocou-os para correr, e logo esvaziou todo o pátio de todos aqueles mercadores tiravam lucro da religiosidade, e fazendo da religião um pretexto para sua própria compensação. Agora isto é o que Cristo faz sempre que ele vem. Eu desejaria que ele viesse um pouco mais na Igreja da Inglaterra, e a purgasse da venda de nomeações, a livra-se daquela maldita simonia que ainda é tolerada pela lei e a limpasse dos homens que são oportunistas, que tomam aquilo que pertence aos ministros de Cristo, e aplicam para seu próprio uso. Eu gostaria que ele estivesse envolvido em todos os nossos lugares de adoração, para que de uma vez por todas pudesse ser visto que aqueles que servem a Deus, o servem porque o amam, e não pelo que podem obter com isso. Eu gostaria que cada professor de religião tivesse completamente claro em sua própria consciência que ele nunca fez uma profissão para gerar respeitabilidade ou estima, mas que somente fez isso naquela que ele pode honrar a Cristo e glorificar seu Mestre. O significado espiritual disso tudo é este - Nós não temos nenhuma casa de Deus hoje; tijolos e argamassa não são santos, os lugares onde nós cultuamos a Deus são lugares de adoração, mas eles não são casas de Deus, não mais do que nós que estamos neles. Nós não cremos na superstição que faz qualquer lugar santo, mas nós somos o templo de Deus. Os próprios homens são templos de Deus, e onde Cristo vem ele expulsa os compradores e negociantes, ele elimina todo o egoísmo. Eu nunca acreditarei que Cristo, o Rei fez de seu coração o palácio dele até que você não seja mais egoísta. Oh, quantos professores há que querem obter tanta honra, tanto respeito! Quanto a dar ao pobre, pensando que é mais abençoado dar do que receber, quanto alimentar o faminto e vestir o desnudo, como vivendo para os outros e não para si mesmos - eles não pensam nisto. Ó Mestre, venha ao teu templo e expele nosso egoísmo, agora vem, tira todas aquelas coisas que fazem-no conveniente para servir Mamom para que sirva a Deus; ajuda-nos a viver para ti, e viver para os outros pelo viver contigo, e não viver para nós mesmos!
O último efeito prático do reino de nosso Senhor Jesus Cristo foi que ele organiza uma grande festa; ele teve, se eu posso falar assim, um dia de recepção na sala real, e quem foi o povo que veio para atendê-lo? Ora, vós cortesãos, os discípulos, nobreza alta e baixa que vêm esperar por ele. Aqui vem um homem, ele tem uma bandagem aqui, e o outro olho tem quase falhando - faça-o entrar, aqui vem outro, seus pés estão totalmente virados e contorcidos - faça-o entrar, aqui vem outro avançando sobre duas muletas, ambas as pernas são defeituosas, e outro perdeu as suas pernas. Aqui eles vêem e aqui está a recepção. O próprio Rei vem aqui e prepara um grande encontro, e o cego e o coxo são seus convidados, e agora ele vem, ele toca aquele olho cego e a luz brilha nele; ele fala a este homem com um perna seca, ele anda; ele toca dois olhos de uma vez, e ambos vêem,e ao outro diz: "Eu lançarei fora suas muletas, ponha-se ereto e regozije e salte com alegria." Isto é o que o Rei faz todas as vezes que ele vem. Venha aqui esta manhã, eu te suplico, tu grande Rei! Há olhos cegos aqui que não podem ver tua beleza. Anda, Jesus, anda no meio desta multidão e toca os olhos. Ah! Então irmãos, se ele fizer isto, você dirá: "Há uma beleza nele que eu nunca vi antes."Jesus, toca seus olhos, eles não podem lançar fora sua própria cegueira, tu podes fazê-lo! Ajude-os a olhar para ti pendurado sobre a cruz! Eles não podem fazê-lo a menos que tu os habilite. Possam eles fazer isto agora, e encontra vida em ti! Ó Jesus, há alguns aqui que estão coxos - joelhos que não se dobram, eles nunca oraram; Há alguns aqui cujos pés não correrão no caminho dos teus mandamentos - pés que não os levarão onde teu nome é louvado, e onde tu és tido em honra. Anda, grande Rei, anda em solene pompa através desta casa, e faze-a como o antigo templo! Mostra aqui o teu poder e prepara teu grande encontro na recuperação do coxo e curando o cego "Oh!" disse alguém, "Eu desejaria que ele abrisse meus olhos cegos." Alma, ele fará isso, sussurre sua oração agora, e isto será feito, porque ele está junto de ti agora. Ele está em pé ao teu lado, ele fala a ti e diz - "Olhe pra mim e seja salvo, tu o mais vil de todos." Há outro, e ele diz - "Senhor, eu quero ser íntegro." Ele diz - "Seja íntegro então." Creia nele e ele te salvará. Ele está próximo a você irmão. Ele não está no púlpito mais do que está no banco, nem em um banco mais do que em outro. Não diga - "Quem irá ao céu para encontrá-lo, ou às profundezas para trazê-lo?" Ele está perto de você; ele ouvirá sua oração mesmo que você não fale; ele ouvirá seu coração falar. Oh! Diga a ele - "Jesus, cura-me," e ele fará isto; ele fará isto agora. Deixe-nos sussurrar um oração, e então nós nos separaremos.
Jesus, cura-nos! Salva-nos Filho de Davi, salva-nos! Tu vês quão cegos nós somos - Oh! Dá-nos a visão da fé! Tu vês o quão coxo nós somos - Oh! Dá-nos a força da graça! E agora, agora mesmo, tu Filho de Davi, arranca nosso egoísmo, e vem e vive e reina em nós como em teu templo-palácio! Nós pedimos isto, Ó tu grande Rei, por tua própria causa. Amém. E antes de deixarmos este lugar, clamemos novamente: "Hosana, hosana, hosana. Bendito o que vem em nome do Senhor."

A auto estima exarcebada

                                       A AUTO ESTIMA EXACERBADA

Muito cuidado com essee embaraço da tristeza com desassossego,pois é "amor próprio" exagerado.,que nos faz achar perfeitos,chegando a ter mais amor por nós mesmos do que por Deus.

Chorar os nossos defeitos,apenas consola nosso "amor próprio",pois é uma atitude passiva e nada muda ou transforma.

A auto estima exacerbada faz tudo parecer estar perdido,tornando-nos surpreendidos,perturbados e impacientes.Ficamos enganados conosco,pois não somos perfeitos,e como já postamos:"enquanto pisarmos na terra,as faltas existirão",e isso não pode nos causar surpresas,pois faltas só não existirão no céu.

Agitações  e ansiedades são estéreis para com o "amor próprio".A comiseração é um sintoma de quem perdeu força,e está agindo com o coração e não com a razão.

Alguns conselhos de quem já cometeu faltas:

1. Não atormente seu coração

2. Conduza seu coração com cautela ao caminho correto

3. Quanto as faltas:

a) Humilhe-se diante de Deus

b) Dê ordens à sua alma ( como Davi fazia" espera em Deus..."(Salmo 42)

c) Coloque-a em confiança para com Deus

4. Aja mais por amor do que por medo:

a) O amor dilata a alma

b) O medo aperta a alma

c) O medo engendra desassossego e  agitação

5. Deixe que Jesus te atraia

6. Expulse todo sentimento repressor, de tristeza e de desânimo,pois são máscaras do amor próprio.



quarta-feira, 26 de junho de 2019

Efeitos da falsa humildade

                                     13 . EFEITOS DA FALSA HUMILDADE


São 13 postagens e eu falei que eram 50,saiba eu não estou te enrolando,é que o caminho em busca da misericórdia é longo...

Um dos inimigos a vencer nessa jornada é a enjoada e terrível "falsa humildade ".

Chamei-a desses adjetivos,porque ela tem duas amigas também chatas: Am de chatas perturbação e a Inquietação. Além de chatas são perigosas,pois causam escuridão na alma,impedindo a redilatação da mesma,postura básica para a receber a misericórdia divina.

Na verdade,essa escuridão,essa poeira e aridez são máscaras que o orgulho usa,gerando 2 tipos de orgulho:

1. Contentamento com si mesmo,sendo o orgulho mais comum e o menos merigoso

2. Descontentamento com si mesmo,menos comum e mais perigosa

. Perigoso porque espera muito de sí

. Vê-se enganado por suas esperanças

Essa máscara de humildade potencializa  a ansiedade da alma,somada com a inquietação de estar curada mais que se curar.Isso gera secretos despeitos em guerra com sua consciência,que a abandona sem esperança de correção.

Desse deserto de falsa humildade,emerge o gigante da melancolia,depois de contemplar  suas faltas,numa necessidade de gemer,lasimar e ser acalentada...

Esse queixume é filho do orgulho,escondido na falsa humildade,que funciona como combustível para manter o fogo da ira,que nasce da falsa humildade aceso,o qual perturba,inflama e inquieta

Como é difícil percorrer esse caminho:vencer a nós mesmos


O PERIGO DAS DISTRAÇÕES

                                          O PERIGO (PODER) DAS DISTRAÇÕES


                                                                               PREGADOR: AP SANDRO
                                                                               TEXTO : Gênesis 3:1-24 e Apocalipse 2

                                                                       INTRODUÇÃO


. "Distrações" faz-nos perder a presença de Deus :

- Falta de concentração ( desalento)
- Desvios  ( distraído)
- Vilão : tentações

. Perigo das distrações ( envolve outros )

- Sem foco ( vagueia )
- Vê o belo como saída

- " ser " com Deus não irá morrer

- Naamã se distrai ( lembra dos belos rios do seu país )
- Distração gera frustração

. Frustração é resultado da distração

- Não atinge com satisfação um alvo
- Quando não há prazer : frustrado

. Distração à todos ( muitos )

- Não cumpre o propósito ( problema )
- Gera a frustração

" RESULTADOS DA DISTRAÇÃO FRUSTRAÇÃO "

1. GERA IMPERFEIÇÃO

. Bate um carro

. Preocupado mais com o que não gosta do que com a Palavra. 

. A serpente chama mais atenção do que a paternidade ( propostas )

      . Filipenses 3:2,Mateus 5:48

2. TORNA DEUS MENTIROSO

. Não enxerga a promessa
. Deixa de acreditar em Deus
. Confia mais na serpente do que em Deus ( absolutos e relativos)
. Frustrado sempre frustra alguém

3. PROCESSO DE ENDEUSAMENTO 

. Gênesis 3:5 ( deus de si mesmo),faz do seu jeito
. Distancia da santidade
  -  Expulsos da presença divina
  -  Mesmo no deserto ainda é melhor

4. GERA ESCONDERIJOS

. Não quer conversar ( esconde )
. Não quer ser visto ( Salmo 133 )
. Dilema de Adão é uma obra depressiva ( esconde-se )
. Davi se distraiu
. Pedro se distraiu
   - Deus usa pessoas para nos lembrar
. Distração na intimidade ( secreto )
 - Alma distraída complica
 - Pródigo se distrai na casa do pai
       . Quer que os outros resolvam seus problemas 
       . Sem iluminação,sem direção
. Distração na presença,perde a presença
 - Luta entre serpente e Deus ( vive essa mentira da dicotomia bem e mal )
 - John Stott " É impossível pensar,dizer ou fazer algo sem a presença de Deus "

OLHANDO APOCALIPSE 2 

. No Édem não podia comer mais da árvore da vida,mas em Apocalipse pode

. O quanto se perde por causa da distração( largam ministérios e dons )

.  Perdemos o melhor quando nos distraímos :

 - Elogios à Éfeso
    . Nicolaítas : “os que exercem domínio sobre o povo”(heresia cristã cujos aderentes são chamados de nicolaítas. A característica pela qual são mais lembrados é a sua posição em relação ao casamento. Segundo alguns autores , eles defendiam a poligamia (ou ter esposas em comum). Também é conhecido como Nicolaíta aquele que defende o casamento do clero.) 
    .falsos apóstolos
    . religiosidade ( abandono )
. Quem era a Igreja de Éfeso?
. Quem era a igreja de Éfeso em apocalipse?

"Perdeu o primeiro amor..."

. Adão abandonou,Éfeso abandonou
. Fazemos por amo ou reclamando?
. Ama todas as coisas menos Jesus

"Se não volta,sua presença é removida"

" NÃO ANDE POR VOZES,ANDE PELA PRESENÇA " ( AP SANDRO MURILO )