JAEL ( Juízes 4:9,11,17-24; 5:24-27 )
SIGNIFICADO DO NOME: No hebraico significa “cobra selvagem”.
LOCAL: Carvalho de Zaanaim, próximo a
Quedes, na tribo de Naftali
(originalmente os queneus moravam em
Midiã, quando o sogro de Moisés o
acompanhou na conquista da Terra,
recebeu uma parte do território da tribo
de Judá; Héber saiu de Judá e foi morar
na tribo de Naftali – Jz 1:16).
A finalidade desse blog é instruir os crentes sobre as grandes verdades da fé e como aplicá-las.O dom de ensino,tão difundido no cristianismo nascente é muito presente em cada sermão,assim se eu conseguir atingir o desejo de aprender que existe em cada cristão,previní-lo de perigos tão comuns hoje,dar embasamento à suas ações e contribuir para o crescimento dos que lerem cada sermão,darei-me por satisfeito
quarta-feira, 29 de julho de 2020
terça-feira, 28 de julho de 2020
A direção do seu olhar
A DIREÇÃO DO SEU OLHAR
A vida segue na direção do seu olhar:
Se você olhar para baixo é para lá que você vai.
Se você olhar para o horizonte é para lá que você irá.
Se você olhar para o alto lá será o seu lugar
Porque a vida segue na direção do seu olhar
As advertências de Deus em nossas vida precisam nos fazer tremer e temer e nos fazer respeitar a direção do seu olhar,pois sempre haverá o último expediente de Deus para amar e salvar o homem.
Há uma linha invisível que separa a paciência De Deus do seu juízo e misericórdia de Cristo de sua graça.
O juizo é quando eu recebo o que mereço
A misericórdia é quando eu não recebo o que mereço
Graça é quando eu mereço o juízo mas sou surpreendido com amor
O lugar secreto não é o lugar para onde eu vou,é o lugar que eu me torno.
Olhar para dentro de si e contemplar o lugar que eu estou é compreender o que de fato necessito.
Por isso analise as intenções sobre o lugar que tem olhado...
Pois a vida segue na direção do seu olhar
A vida segue na direção do seu olhar:
Se você olhar para baixo é para lá que você vai.
Se você olhar para o horizonte é para lá que você irá.
Se você olhar para o alto lá será o seu lugar
Porque a vida segue na direção do seu olhar
As advertências de Deus em nossas vida precisam nos fazer tremer e temer e nos fazer respeitar a direção do seu olhar,pois sempre haverá o último expediente de Deus para amar e salvar o homem.
Há uma linha invisível que separa a paciência De Deus do seu juízo e misericórdia de Cristo de sua graça.
O juizo é quando eu recebo o que mereço
A misericórdia é quando eu não recebo o que mereço
Graça é quando eu mereço o juízo mas sou surpreendido com amor
O lugar secreto não é o lugar para onde eu vou,é o lugar que eu me torno.
Olhar para dentro de si e contemplar o lugar que eu estou é compreender o que de fato necessito.
Por isso analise as intenções sobre o lugar que tem olhado...
Pois a vida segue na direção do seu olhar
Mulheres : 1. Débora
DÉBORA ( Juízes 4:4-23, 5:1-31 )
SIGNIFICADO DO NOME: Em hebraico significa “Abelha”.
LOCAL: Nas Palmeiras de Débora, local que ficava entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim, ao sul de Israel.
RELACIONAMENTO COM DEUS: Débora tinha um relacionamento íntimo com Deus e seguia retamente a sua lei e justiça.
RELACIONAMENTOS COM O PRÓXIMO: ESPOSO: Lapidote
PESSOAS ENVOLVIDAS: Baraque, Jael, Sísera
RESUMO DA VIDA: Champlin (2001) assinala que Débora pode ter pertencido à tribo de Efraim ou à tribo de Issacar (Jz 5.15). Ela era casada com Lapidote, habitava debaixo de palmeiras, que ficou conhecida como “As Palmeiras de Débora”, local em que o povo a encontrava para ouvir os oráculos de Deus. Débora era juíza e também profetisa. Quando os cananeus atacaram o norte de Israel, Débora recebeu a ordem de Deus para buscar Baraque, um homem da tribo de Naftali, para combater os inimigos. Baraque vai com uma condição: se Débora o acompanhasse. Apesar de saber que a honra da vitória seria de uma mulher, Baraque só vai à luta na companhia da "mãe" de Israel, Débora. Antes da batalha, Débora dá uma palavra de encorajamento da parte de Deus a Baraque e a guerra se inicia com favorecimento do povo de Israel, pois o terreno argiloso e molhado (margens do ribeiro de Quisom) e as fortes chuvas prejudicaram os carros de ferro dos cananeus (Jz 4:3). Sísera, o capitão do exército do rei Jabim, fugiu e refugiou-se na casa de Héber, onde estava Jael, mulher aliada ao povo de Deus. Jael tratou Sísera muito bem, esperou ele dormir e o matou. Débora canta a vitória de Jael e a forma como Deus havia trabalhado para dar vitória ao seu povo. Israel teve paz por 40 anos.
PROPÓSITO: • Deixar um legado como a primeira e única mulher que Deus levantou para ocupar um cargo de liderança político e religioso, salvando Israel dos ataques inimigos e reavivando a fé em Deus.
DEVO IMITAR:
• Devo imitar a coragem, determinação e fidelidade a Deus que Débora possuía;
• Posso ser tão ousada e tão humilde como Débora foi;
• Preciso ser sensível à voz de Deus e obedecê-la integralmente;
• Devo pedir a Deus sabedoria, dons e voz de autoridade para o serviço no lar e na igreja;
• Preciso viver os princípios e caminhos de Deus para transmiti-los a outras pessoas;
• Que as minhas palavras encorajem pessoas a agir conforme a vontade de Deus.
DESTAQUE “[…] Débora e Jael, com o auxílio de Deus, contribuíram para que o povo de Israel se reerguesse da triste condição espiritual em que viviam e voltassem seu coração para Deus. Nós vivemos numa época de grande espiritual também. Para ser fel testemunha, como foram aquelas mulheres, é preciso abrir a Palavra de Deus com regularidade. É isso que Ele nos pede que façamos.
Débora
Encontramos logo no primeiro versículo sobre Débora um currículo de peso: mulher profetisa, esposa de Lapidote, juíza de Israel. O final da história de Débora reúne mais outras qualidades, pois ela nos revela ser uma poetisa, compositora, cantora e também mãe de Israel. Débora foi uma mulher de fé e coragem, que não temeu estar diante da guerra, pois conhecia de perto o Deus a quem servia. Ela também não temia falar com ousadia para grandes homens ou mulheres. Devemos, entretanto, observar um detalhe, a Bíblia não narra como Débora iniciou sua caminhada com Deus. Ficamos sem saber cada passo de fé que ela precisou dar para construir um relacionamento íntimo com Deus, os sacrifícios, a dedicação e a santificação que ela fez diariamente, a busca intensa em seu coração antes de se tornar essa grande mulher. Os inícios não são fáceis, mas são eles que deixam um legado de história grandioso como o de Débora.
“Levantou-se uma mãe em Israel.” (Jz 5:7).
Ser mãe, na antiga cultura dos hebreus, era a mais honrada posição para uma mulher. A paciente educadora, a sábia guia e autoridade digna da honra dos flhos. O signifcado de Débora se levantar como uma mãe em Israel tem um signifcado que vai além da honra do título. O povo de Israel naquela época vivia em seus caminhos torcidos, se guiando pelo enganoso coração e fazendo o que achava certo aos próprios olhos. Quando Deus chama Débora, ela se levanta assumindo todos os riscos para atender a um chamado que requer sacrifícios pessoais, dedicação a Deus, desgastes físicos, mentais e psicológicos. Ela primeiro se dedica a adquirir a sabedoria vinda de Deus, conhecendo profundamente a lei do SENHOR e ouvindo claramente as orientações dEle, para, depois, ensinar o povo a andar nos caminhos retos de Deus, corrigir com autoridade e cuidar dos flhos e flhas de Israel como seus próprios flhos. Débora possuía voz de autoridade para falar as verdades que Deus lhe comunicava, e também tinha palavras encorajadoras, segundo as palavras que Deus colocava em seu coração, de forma que os israelitas eram atraídos para ouvir seus conselhos, profecias e juízos. O local fxo onde todos a podiam encontrar, ganhou o seu nome: “As Palmeiras de Débora”. A confança dela estava enraizada na Rocha. Com o episódio da guerra, enfrentado por Débora e Baraque, o poder de influência de Deus na vida dos israelitas aumentou, porque, com a vitória, Débora atraiu a atenção de todos eles para o Pai Celestial que não os abandonaria jamais. E o povo por 40 anos teve paz, em outras palavras, por 40 anos o povo atendeu à voz de Deus, que era pronunciada pelo ensino dedicado de uma mãe corajosa e incansável.
SIGNIFICADO DO NOME: Em hebraico significa “Abelha”.
LOCAL: Nas Palmeiras de Débora, local que ficava entre Ramá e Betel, nas montanhas de Efraim, ao sul de Israel.
RELACIONAMENTO COM DEUS: Débora tinha um relacionamento íntimo com Deus e seguia retamente a sua lei e justiça.
RELACIONAMENTOS COM O PRÓXIMO: ESPOSO: Lapidote
PESSOAS ENVOLVIDAS: Baraque, Jael, Sísera
RESUMO DA VIDA: Champlin (2001) assinala que Débora pode ter pertencido à tribo de Efraim ou à tribo de Issacar (Jz 5.15). Ela era casada com Lapidote, habitava debaixo de palmeiras, que ficou conhecida como “As Palmeiras de Débora”, local em que o povo a encontrava para ouvir os oráculos de Deus. Débora era juíza e também profetisa. Quando os cananeus atacaram o norte de Israel, Débora recebeu a ordem de Deus para buscar Baraque, um homem da tribo de Naftali, para combater os inimigos. Baraque vai com uma condição: se Débora o acompanhasse. Apesar de saber que a honra da vitória seria de uma mulher, Baraque só vai à luta na companhia da "mãe" de Israel, Débora. Antes da batalha, Débora dá uma palavra de encorajamento da parte de Deus a Baraque e a guerra se inicia com favorecimento do povo de Israel, pois o terreno argiloso e molhado (margens do ribeiro de Quisom) e as fortes chuvas prejudicaram os carros de ferro dos cananeus (Jz 4:3). Sísera, o capitão do exército do rei Jabim, fugiu e refugiou-se na casa de Héber, onde estava Jael, mulher aliada ao povo de Deus. Jael tratou Sísera muito bem, esperou ele dormir e o matou. Débora canta a vitória de Jael e a forma como Deus havia trabalhado para dar vitória ao seu povo. Israel teve paz por 40 anos.
PROPÓSITO: • Deixar um legado como a primeira e única mulher que Deus levantou para ocupar um cargo de liderança político e religioso, salvando Israel dos ataques inimigos e reavivando a fé em Deus.
DEVO IMITAR:
• Devo imitar a coragem, determinação e fidelidade a Deus que Débora possuía;
• Posso ser tão ousada e tão humilde como Débora foi;
• Preciso ser sensível à voz de Deus e obedecê-la integralmente;
• Devo pedir a Deus sabedoria, dons e voz de autoridade para o serviço no lar e na igreja;
• Preciso viver os princípios e caminhos de Deus para transmiti-los a outras pessoas;
• Que as minhas palavras encorajem pessoas a agir conforme a vontade de Deus.
DESTAQUE “[…] Débora e Jael, com o auxílio de Deus, contribuíram para que o povo de Israel se reerguesse da triste condição espiritual em que viviam e voltassem seu coração para Deus. Nós vivemos numa época de grande espiritual também. Para ser fel testemunha, como foram aquelas mulheres, é preciso abrir a Palavra de Deus com regularidade. É isso que Ele nos pede que façamos.
Débora
Encontramos logo no primeiro versículo sobre Débora um currículo de peso: mulher profetisa, esposa de Lapidote, juíza de Israel. O final da história de Débora reúne mais outras qualidades, pois ela nos revela ser uma poetisa, compositora, cantora e também mãe de Israel. Débora foi uma mulher de fé e coragem, que não temeu estar diante da guerra, pois conhecia de perto o Deus a quem servia. Ela também não temia falar com ousadia para grandes homens ou mulheres. Devemos, entretanto, observar um detalhe, a Bíblia não narra como Débora iniciou sua caminhada com Deus. Ficamos sem saber cada passo de fé que ela precisou dar para construir um relacionamento íntimo com Deus, os sacrifícios, a dedicação e a santificação que ela fez diariamente, a busca intensa em seu coração antes de se tornar essa grande mulher. Os inícios não são fáceis, mas são eles que deixam um legado de história grandioso como o de Débora.
“Levantou-se uma mãe em Israel.” (Jz 5:7).
Ser mãe, na antiga cultura dos hebreus, era a mais honrada posição para uma mulher. A paciente educadora, a sábia guia e autoridade digna da honra dos flhos. O signifcado de Débora se levantar como uma mãe em Israel tem um signifcado que vai além da honra do título. O povo de Israel naquela época vivia em seus caminhos torcidos, se guiando pelo enganoso coração e fazendo o que achava certo aos próprios olhos. Quando Deus chama Débora, ela se levanta assumindo todos os riscos para atender a um chamado que requer sacrifícios pessoais, dedicação a Deus, desgastes físicos, mentais e psicológicos. Ela primeiro se dedica a adquirir a sabedoria vinda de Deus, conhecendo profundamente a lei do SENHOR e ouvindo claramente as orientações dEle, para, depois, ensinar o povo a andar nos caminhos retos de Deus, corrigir com autoridade e cuidar dos flhos e flhas de Israel como seus próprios flhos. Débora possuía voz de autoridade para falar as verdades que Deus lhe comunicava, e também tinha palavras encorajadoras, segundo as palavras que Deus colocava em seu coração, de forma que os israelitas eram atraídos para ouvir seus conselhos, profecias e juízos. O local fxo onde todos a podiam encontrar, ganhou o seu nome: “As Palmeiras de Débora”. A confança dela estava enraizada na Rocha. Com o episódio da guerra, enfrentado por Débora e Baraque, o poder de influência de Deus na vida dos israelitas aumentou, porque, com a vitória, Débora atraiu a atenção de todos eles para o Pai Celestial que não os abandonaria jamais. E o povo por 40 anos teve paz, em outras palavras, por 40 anos o povo atendeu à voz de Deus, que era pronunciada pelo ensino dedicado de uma mãe corajosa e incansável.
terça-feira, 21 de julho de 2020
É possível ser neutro?
A IMPOSSIBILIDADE DE SER NEUTRO (Mateus 12:30)
A figura de ajuntar e espalhar que Jesus emprega nesta frase pode provir de dois panos de fundo.
1.Pode referir-se à colheita, que não participa da coleta do grão, o espalha e deixa que o leve o vento.
2.Pode fazer referência aos pastores; quem não ajuda a proteger o rebanho, o expõe ao perigo; quem não o reúne o conduz às montanhas perigosas e inóspitas.
Nesta frase penetrante Jesus estabelece a impossibilidade de alguém permanecer neutro.
W. C. Allen escreve: "Nesta luta contra as fortalezas de Satanás só há dois lados:
.Com Jesus ( recolher com Jesus )
.Contra Jesus ( esparramar com Satanás )
Podemos tomar uma analogia muito simples.
Podemos tomar esta frase e aplicar a nós mesmos e à Igreja:
Se nossa presença não fortalecer a Igreja, nossa ausência a debilita. (Não há um ponto intermediário)
Se um país estiver em guerra, a nação que permanece neutra está ajudando o inimigo ao negar a ajuda que poderia ter brindado.
Em todas as coisas deste mundo o homem deve escolher um lado.
Abster-se de decidir a ação suspensa, não é uma saída porque a mera negação de ajuda a um lado significa ajuda ao outro.
Há três coisas que impulsionam um homem a procurar esta neutralidade impossível.
(1) A inércia da natureza humana.
Há muitos a respeito de quem se pode dizer que seu único desejo é não se incomodarem. Afastam-se automaticamente de tudo o que os perturba, e até escolher os incomoda.
(2) A covardia natural da natureza humana.
Mais de uma pessoa rejeita o caminho de Cristo porque no fundo de seu coração teme assumir a posição que o cristianismo exige. O que está na base de sua rejeição é a consideração do que pensará e dirá o resto das pessoas. Em seus ouvidos, a voz de seus vizinhos é mais forte que a voz de Deus.
(3) A mera debilidade da natureza humana.
A maior parte das pessoas prefere a segurança à aventura, e quanto mais crescem em idade mais se aferram à segurança.
Um desafio sempre implica uma aventura. Cristo se aproxima de nós com um desafio, e com muita freqüência preferimos o conforto da inação egoísta à aventura da ação para Cristo.
Esta frase de Cristo – "Quem não é comigo, é contra mim" – apresenta-nos um problema, pois tanto Lucas como Marcos têm uma declaração que é o oposto desta: "Quem não é contra nós, é por nós" (Marcos 9:40; Lucas 9:50).
Mas estas duas frases não são tão contraditórias como parecem.
Devemos assinalar que Jesus pronunciou a segunda frase quando seus discípulos se aproximaram para lhe dizer que tinham buscado deter um homem que expulsava demônios em nome de Cristo, e tinham tentado impedir-lo, porque não era um de seus discípulos.
De maneira que se tem feito uma sugestão muito sábia. "Quem não é comigo, é contra mim" é uma prova que devemos nos aplicar a nós mesmos.
Estou em realidade do lado do Senhor, ou trato de passar pela vida em um estado de covarde neutralidade?
"Quem não é contra nós, é por nós", é uma prova que devemos aplicar a outros.
Sou intolerante? Inclino-me a condenar a qualquer um que não fala com minha teologia, que não adora segundo minha liturgia e que não compartilha minhas idéias? Limito o Reino de Deus àqueles que pensam como eu?
A afirmação desta passagem é um desafio e uma prova que devemos nos aplicar a nós mesmos; a declaração de Marcos e Lucas é uma afirmação que devemos aplicar a outros. Porque sempre devemos nos julgar a nós mesmos de maneira estrita e a outros com tolerância
A figura de ajuntar e espalhar que Jesus emprega nesta frase pode provir de dois panos de fundo.
1.Pode referir-se à colheita, que não participa da coleta do grão, o espalha e deixa que o leve o vento.
2.Pode fazer referência aos pastores; quem não ajuda a proteger o rebanho, o expõe ao perigo; quem não o reúne o conduz às montanhas perigosas e inóspitas.
Nesta frase penetrante Jesus estabelece a impossibilidade de alguém permanecer neutro.
W. C. Allen escreve: "Nesta luta contra as fortalezas de Satanás só há dois lados:
.Com Jesus ( recolher com Jesus )
.Contra Jesus ( esparramar com Satanás )
Podemos tomar uma analogia muito simples.
Podemos tomar esta frase e aplicar a nós mesmos e à Igreja:
Se nossa presença não fortalecer a Igreja, nossa ausência a debilita. (Não há um ponto intermediário)
Se um país estiver em guerra, a nação que permanece neutra está ajudando o inimigo ao negar a ajuda que poderia ter brindado.
Em todas as coisas deste mundo o homem deve escolher um lado.
Abster-se de decidir a ação suspensa, não é uma saída porque a mera negação de ajuda a um lado significa ajuda ao outro.
Há três coisas que impulsionam um homem a procurar esta neutralidade impossível.
(1) A inércia da natureza humana.
Há muitos a respeito de quem se pode dizer que seu único desejo é não se incomodarem. Afastam-se automaticamente de tudo o que os perturba, e até escolher os incomoda.
(2) A covardia natural da natureza humana.
Mais de uma pessoa rejeita o caminho de Cristo porque no fundo de seu coração teme assumir a posição que o cristianismo exige. O que está na base de sua rejeição é a consideração do que pensará e dirá o resto das pessoas. Em seus ouvidos, a voz de seus vizinhos é mais forte que a voz de Deus.
(3) A mera debilidade da natureza humana.
A maior parte das pessoas prefere a segurança à aventura, e quanto mais crescem em idade mais se aferram à segurança.
Um desafio sempre implica uma aventura. Cristo se aproxima de nós com um desafio, e com muita freqüência preferimos o conforto da inação egoísta à aventura da ação para Cristo.
Esta frase de Cristo – "Quem não é comigo, é contra mim" – apresenta-nos um problema, pois tanto Lucas como Marcos têm uma declaração que é o oposto desta: "Quem não é contra nós, é por nós" (Marcos 9:40; Lucas 9:50).
Mas estas duas frases não são tão contraditórias como parecem.
Devemos assinalar que Jesus pronunciou a segunda frase quando seus discípulos se aproximaram para lhe dizer que tinham buscado deter um homem que expulsava demônios em nome de Cristo, e tinham tentado impedir-lo, porque não era um de seus discípulos.
De maneira que se tem feito uma sugestão muito sábia. "Quem não é comigo, é contra mim" é uma prova que devemos nos aplicar a nós mesmos.
Estou em realidade do lado do Senhor, ou trato de passar pela vida em um estado de covarde neutralidade?
"Quem não é contra nós, é por nós", é uma prova que devemos aplicar a outros.
Sou intolerante? Inclino-me a condenar a qualquer um que não fala com minha teologia, que não adora segundo minha liturgia e que não compartilha minhas idéias? Limito o Reino de Deus àqueles que pensam como eu?
A afirmação desta passagem é um desafio e uma prova que devemos nos aplicar a nós mesmos; a declaração de Marcos e Lucas é uma afirmação que devemos aplicar a outros. Porque sempre devemos nos julgar a nós mesmos de maneira estrita e a outros com tolerância
Jesus e os espíritos malignos
JESUS E OS ESPÍRITOS MALIGNOS ( Lucas 11:14-26 )
Todos os 3 evangelistas narram esse conflito ( guerra ) de Jesus e as forças do mal,e que Ele constantemente expelia demônios,que Ele exercia poder sobre eles.
Quando os inimigos de Jesus não podiam se opor,eles procuravam desacreditá-lo com calúnias,afirmando que Ele estava usando uma fonte de poder que não era de Deus,mas do diabo.
Lucas narra que Jesus expelia demônios de um mudo (Mateus 12:22 diz que este era cego também,pois no mundo oriental imputava à influência de demônios não somente enfermidade mental e psicológica,mas todas as enfermidades.Então era algo comum se praticar exorcismo.
Segundo Josefo essa prática remonta à época de Salomão e de este conhecedor de ervas,usava-as para expulsar demônios,que inclusive usou os métodos de Salomão com resultados.
1.Então Jesus bate no alvo:" Se eu posso expulsar demônios por estar de acordo com o príncipe deles,com que poder vocês expulsam?Se me condenam,também se condenam..."( 11:19 )
Mateus informa que dentre essas pessoas algumas eram fariseus,Marcos que eram escribas
2. Jesus usa um argumento incontestável : nenhuma nação resiste à uma guerra civil
Se o príncipe dos demônios está emprestando o seu poder para vencer a si mesmo,então ele auto se derrota,e isso é ilógico.
O príncipe dos demônios é citado em vários manuscritos como "Beelzebul" ( um modo mais fácil de pronunciar o seu nome ),na Vulgata como Beelzebub,mas parece claro que seu nome era "Belzebub".
Beelzebub está como o nome do deus de Ecron ( 2 Reis 1:2,3,6 e 16 ) como o "deus das moscas",segundo a tradição os judeus colocaram "Baalzebul",significando "senhor do esterco",ligando esse deus pagão a um demônio,que também era um deus cananita,que significava "senhor do lugar alto".
Num resumo os judeus tomaram o nome de um deus pagão,adaptando o nome em termos hebraicos,num som semelhante que significava "senhor do esterco",aplicando-o a um demônio de destaque,talvez ao próprio satanás,e foi o que Jesus entendeu.
( Um grupo dos que ali estavam,seguiram uma linha diferente,procurando de Jesus um sinal dos céus,mostrando que não acreditavam que a expulsão era um sinal dos céus,pois a visão que tinham era diferente do filho de Davi que viria: Jesus não era um príncipe glorioso rodeado de pompas e cerimônias,mas um simples carpinteiro da Galileia e sua generosidade compassiva.
A este sinal exigido Jesus trata dele no verso 29,chamando aquela geração de "geração perversa",que deveria confiar em Deus e não ficar buscando sinais,e afirma que nenhum sinal seria dado e cita Jonas,onde marcos afirma que não seria dado sinal algum ( Marcos 8:12 )
Deus é encontrado em coisas comuns.Para aquela geração nenhum sinal sobrenatural seria dado a não ser a "ressurreição".
3. No texto de Mateus aparece argumentos interessantes:
Se ele expulsa demônios,como na verdade o fazia,fica claro que Ele invadira o terreno do inimigo e que era como um "salteador",saqueando uma casa,logo fica claro nas palavras de Marcos que ninguém pode entrar em uma casa sem antes amarrar o homem forte e o deixe indefeso e como Ele pôde invadir com tanto êxito é a prova que ele está atado e não pode resistir.( essa imagem do homem forte remete-nos a Isaías 49:24-26 )
Quando esse "homem forte" foi atado ?
Quando o "príncipe dos demônios" teve quebrada suas defesas?
Uma coisa sabemos:que suas forças foram atadas no deserto.Às vezes uma derrota é de tal maneira que torna sua potência bélica fragilizada.
Quando Jesus enfrenta satanás no deserto e o derrotou,algo aconteceu ali,pois pela primeira vez ele encontrou alguém que não pode seduzir com toda sua astúcia,ele não é mais o todo poderoso das trevas,suas defesas se quebraram,pois outros obtiveram a vitória que Cristo obteve.
A prova que o Reino havia chegado era que os que sofriam estavam sendo curados e que a saúde substituía a enfermidade.
É interessante que Lucas usa "o dedo de Deus" pelo qual Jesus expulsava,e Marcos usa "Espirito de Deus",logo como tudo vem de Deus o reino havia chegado,visto no poder que expulsa forças do mal,tirando sua armadura,seus despojos.
Jesus deixa uma lição à sua platéia contando uma história:
Aqui o espirito deixou o homem,e os lugares desertos eram lugares onde os espíritos maus frequentavam,e Jesus retrata esse espirito andando nesses lugares,sem achar repouso,resolvendo voltar ao lugar de onde veio.Apesar de ter deixado o homem ainda o chama de minha casa.Essa casa quando ele volta está varrida e ornamentada,simbolizando apenas uma limpeza moral.
O espirito,porém não vem só,traz outros 7 piores que ele,e voltam a habitar(estabelecer) naquele homem.Com 8 espíritos o homem está pior que antes.
Uma vida vazia não é legal,por isso Efésios 5:18 nos exorta a "enchermo-nos do Espirito"
Todos os 3 evangelistas narram esse conflito ( guerra ) de Jesus e as forças do mal,e que Ele constantemente expelia demônios,que Ele exercia poder sobre eles.
Quando os inimigos de Jesus não podiam se opor,eles procuravam desacreditá-lo com calúnias,afirmando que Ele estava usando uma fonte de poder que não era de Deus,mas do diabo.
Lucas narra que Jesus expelia demônios de um mudo (Mateus 12:22 diz que este era cego também,pois no mundo oriental imputava à influência de demônios não somente enfermidade mental e psicológica,mas todas as enfermidades.Então era algo comum se praticar exorcismo.
Segundo Josefo essa prática remonta à época de Salomão e de este conhecedor de ervas,usava-as para expulsar demônios,que inclusive usou os métodos de Salomão com resultados.
1.Então Jesus bate no alvo:" Se eu posso expulsar demônios por estar de acordo com o príncipe deles,com que poder vocês expulsam?Se me condenam,também se condenam..."( 11:19 )
Mateus informa que dentre essas pessoas algumas eram fariseus,Marcos que eram escribas
2. Jesus usa um argumento incontestável : nenhuma nação resiste à uma guerra civil
Se o príncipe dos demônios está emprestando o seu poder para vencer a si mesmo,então ele auto se derrota,e isso é ilógico.
O príncipe dos demônios é citado em vários manuscritos como "Beelzebul" ( um modo mais fácil de pronunciar o seu nome ),na Vulgata como Beelzebub,mas parece claro que seu nome era "Belzebub".
Beelzebub está como o nome do deus de Ecron ( 2 Reis 1:2,3,6 e 16 ) como o "deus das moscas",segundo a tradição os judeus colocaram "Baalzebul",significando "senhor do esterco",ligando esse deus pagão a um demônio,que também era um deus cananita,que significava "senhor do lugar alto".
Num resumo os judeus tomaram o nome de um deus pagão,adaptando o nome em termos hebraicos,num som semelhante que significava "senhor do esterco",aplicando-o a um demônio de destaque,talvez ao próprio satanás,e foi o que Jesus entendeu.
( Um grupo dos que ali estavam,seguiram uma linha diferente,procurando de Jesus um sinal dos céus,mostrando que não acreditavam que a expulsão era um sinal dos céus,pois a visão que tinham era diferente do filho de Davi que viria: Jesus não era um príncipe glorioso rodeado de pompas e cerimônias,mas um simples carpinteiro da Galileia e sua generosidade compassiva.
A este sinal exigido Jesus trata dele no verso 29,chamando aquela geração de "geração perversa",que deveria confiar em Deus e não ficar buscando sinais,e afirma que nenhum sinal seria dado e cita Jonas,onde marcos afirma que não seria dado sinal algum ( Marcos 8:12 )
Deus é encontrado em coisas comuns.Para aquela geração nenhum sinal sobrenatural seria dado a não ser a "ressurreição".
3. No texto de Mateus aparece argumentos interessantes:
Se ele expulsa demônios,como na verdade o fazia,fica claro que Ele invadira o terreno do inimigo e que era como um "salteador",saqueando uma casa,logo fica claro nas palavras de Marcos que ninguém pode entrar em uma casa sem antes amarrar o homem forte e o deixe indefeso e como Ele pôde invadir com tanto êxito é a prova que ele está atado e não pode resistir.( essa imagem do homem forte remete-nos a Isaías 49:24-26 )
Quando esse "homem forte" foi atado ?
Quando o "príncipe dos demônios" teve quebrada suas defesas?
Uma coisa sabemos:que suas forças foram atadas no deserto.Às vezes uma derrota é de tal maneira que torna sua potência bélica fragilizada.
Quando Jesus enfrenta satanás no deserto e o derrotou,algo aconteceu ali,pois pela primeira vez ele encontrou alguém que não pode seduzir com toda sua astúcia,ele não é mais o todo poderoso das trevas,suas defesas se quebraram,pois outros obtiveram a vitória que Cristo obteve.
A prova que o Reino havia chegado era que os que sofriam estavam sendo curados e que a saúde substituía a enfermidade.
É interessante que Lucas usa "o dedo de Deus" pelo qual Jesus expulsava,e Marcos usa "Espirito de Deus",logo como tudo vem de Deus o reino havia chegado,visto no poder que expulsa forças do mal,tirando sua armadura,seus despojos.
Jesus deixa uma lição à sua platéia contando uma história:
Aqui o espirito deixou o homem,e os lugares desertos eram lugares onde os espíritos maus frequentavam,e Jesus retrata esse espirito andando nesses lugares,sem achar repouso,resolvendo voltar ao lugar de onde veio.Apesar de ter deixado o homem ainda o chama de minha casa.Essa casa quando ele volta está varrida e ornamentada,simbolizando apenas uma limpeza moral.
O espirito,porém não vem só,traz outros 7 piores que ele,e voltam a habitar(estabelecer) naquele homem.Com 8 espíritos o homem está pior que antes.
Uma vida vazia não é legal,por isso Efésios 5:18 nos exorta a "enchermo-nos do Espirito"
domingo, 19 de julho de 2020
Desordens no Culto Público
DESORDENS NO CULTO PÚBLICO (1 Coríntios 11:2 - 14:40)
1. O VÉU DAS MULHERES ( 11:2-16 )
Lembremos que Paulo não escreve um tratado,mas responde perguntas feitas de um aspecto desse assunto ( "... agora a respeito dos ..." ).Ele tece comentários sobre esse e outros assuntos.
Certamente ouvira mulheres coríntias "emancipadas",que tinha dispensado o uso do véu no culto público,e ele argumenta que as mulheres deveriam usar véu.Aparecer uma mulher de cabeça descoberta em público,era agir de maneira "descarada"como diríamos.Esta era a marca da mulher imoral.Era um ultraje ao decoro,ao que Paulo rejeita decididamente ( não faz da parte da vida do cristão menosprezar as convenções sociais.
verso 2
Primeiro vem uma palavra de louvor,como é hábito de Paulo.Ele relembra algumas ordenanças já dadas sobre o culto público,referindo-se ao ensino oral tão importantes para a instrução cristã primitiva.
Esses ensinamentos não eram de Paulo,mas transmitidos à ele e ele os repassou aos conversos.(2 Tessalonicenses 2:15).
verso 3 "a cabeça"
Indica um relacionamento de autoridade,mas não define essa autoridade com precisão ( nenhum relacionamento mencionados neste versículo é exatamente igual a qualquer dos outros) A função do sistema nervoso não era conhecida dos antigos e não entendiam "a cabeça" como a entendemos ( eles sustentavam que o homem pensa com o diafragma: o phren ).
O emprego desse termo aqui tem o mesmo sentido vo verso 8: " a mulher deriva o seu ser do homem e dentro destes limites é lhe subordinada.Essa subordinação é que constitui o ponto importante para Paulo.No entanto ele não está argumentando em favor de nenhuma outra coisa que não um companheirismo ( 11 ),um companheirismo em que o homem seja o chefe da sua casa.
verso 4 "cabeça descoberta"
Já que queremos praticar as ordenanças de Paulo no culto,vamos lá
O homem deve orar de cabeça descoberta.
Isso era novo para Paulo,pois os judeus oravam e oram de cabeça coberta,porém os homens gregos bem como suas mulheres e famílias oravam de cabeça descoberta.e os cristãos adotaram essa prática distintiva.
"Cobrir a cabeça é sinal de estar sob a autoridade de outrem",se cobre desonra por mostrar que não está debaixo de nenhuma autoridade ( verso 7 envolve primariamente "cabeça" física,mas também pode referir-se a Cristo (3).
Aproveitamos para ver "quanto ao que profetiza " ( 12:10)
Profecia é a fala inspirada.
No Velho Testamento eram homens que falavam a palavra de Deus à sua geração.
Hoje em dia o elemento de predição presente nas profecias é menosprezado e não deveria ser.
Ocasionalmente a capacidade para predizer o futuro com precisão poder-se-ia considerar como a marca de um profeta.
A ênfase de Paulo não é a predição mas a exposição do que Deus disse,que também é a função dos profetas do Novo Testamento.
A profecia podia ser ocasional ( Atos 19:6 ) ou ofício estabelecido ( versos 28,29 ).
Aqui provavelmente Paulo tem em mente a classe mencionada em segundo lugar,conquanto a sua expressão seja suficiente ampla para incluir ambas.
O ponto que focaliza é que o Espirito dá a alguns a capacidade de dizer palavras iluminadas,que comunicam a mensagem de Deus aos ouvintes.
verso 5
Paulo argumenta que na ordem da criação há um sentido em que a mulher é subordinada ao homem.Isto deve ser reconhecido no culto,onde a mulher deve usar algo sobre a cabeça.Pois orar ela,ou profetizar sem tal cobertura é desonrar sua cabeça. ( como fica 1 Timóteo 2 segundo alguns interpretam da mulher ficar calada no culto,se aqui Paulo fala de orar e profetizar?)
Paulo emprega linguagem forte,que é tão ruim para ela orar e profetizar dessa forma que é como se ela tivesse de "cabeça rapada",e isso é desonra ( se vamos obedecer ao pé da letra 1 Timóteo segundo alguns da mulher ficar calada,porque não põe a prática da cabeça coberta aqui recomendada,se aqui é cultural,porque em Timóteo não o é?)
verso 6
O ponto é posto às claras: Se a mulher não cobrir a sua cabeça,então que mande tosar seus cabelos,se ela considera vergonhoso ter cabelos tosados,que entenda que é igualmente vergonhoso ter cabeça descoberta.Assim Paulo insiste em seu ponto mais forte.
verso 7
A razão porque o homem não deve cobrir a cabeça é que ele é imagem da glória de Deus (Gênesis 1:26-27),onde diz que Deus fez à sua imagem,não há distinção entre os sexos no texto,mas Paulo entende particularmente como ao sexo masculino.Glória nã se menciona no relato de Gênesis,mas é como Paulo entende o caso.Se o homem é o ponto culminante da criação,ele exibe a glória de Deus,como nenhuma outra coisa o faz.
Por causa desta alta dignidade,Paulo acha certo que não haja sinal de subordinação quanto ao homem quando ele presta culto.A mulher segundo Paulo tem o lugar que lhe é próprio,mas não é o lugar do homem.Ela se mantem para com o homem em tal relação como nenhuma outra coisa,e assim ela é chamada "glória do homem".Essa expressão ao mesmo tempo lhe assegura um alto lugar no esquema das coisas e afiança que não se trata no lugar do homem.
verso 8,9
Quando Paulo diz: " o homem não é da mulher",quer dizer que o homem não teve sua origem da mulher ( ek "de",indica a origem " o homem não foi feito da mulher")."E sim a mulher do homem",referindo-se a Gênesis 2:21 ss ,onde afirma que a mulher foi feita da costela de Adão.É a mesma narrativa que fornece o cenário de fundo para "também o homem não foi criado por causa da mulher",pois disse Deus " não é bom que o homem esteja só,far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" ( Gênesis 2:18 ).Nem em sua origem,nem no propósito para o qual ela foi criada,pode a mulher reivindicar prioridade,ou mesmo igualdade.
verso 10
O primeiro ponto importante da dificuldade desse versículo é a referência a "poder sobre sua cabeça".
A palavra "poder" é "exousia",que significa "autoridade".A dificuldade é que o contexto parece exigir um sentido como "um símbolo de sujeição",ao passo que a palavra grega parece significar antes "um sinal de autoridade".
Nas terras orientais o véu é o poder,a honra e a dignidade da mulher.Com véu na cabeça,ela pode ir à qualquer lugar com segurança e respeito.Ela não é vista,é sinal de péssimos modos ficar observando na rua uma mulher velada.Ela está só.As pessoas à sua volta lhe são inexistentes,como ela o é para elas.Ela é suprema na multidão,mas sem o véu a mulher é algo nulo,que qualquer um pode insultar... a autoridade e a dignidade de uma mulher se esvaem juntamente com o véu que tudo cobre quando ela se descarta dele.O sentido dado por Paulo então é que cobrir a cabeça,a mulher assegura o seu próprio lugar de dignidade e autoridade.Ao mesmo tempo ela reconhece a sua subordinação.
A segunda dificuldade é a expressão "por causa dos anjos".
A probabilidade é que Paulo quer dizer que os anjos bons são sempre conosco e especialmente no culto.Não é apenas uma questão do que os homens e mulheres veem e pensam.Os anjos observarão o que a mulher faz.Ela não deve estar indecente na presença deles.Essa é a coisa mais apropriada,em que os anjos servem aos homens ( Hebreus 1:14 ) e contudo não se rebelam.Os observadores celestiais podem ser imaginados também como agentes de Deus para dar castigo e coisas semelhantes "são mais que uma perífrase quanto ao Ser Divino,eles são o executivo divino.
Há os que pensam que os anjos maus cobiçarão as mulheres que estejam sem véu no espirito de Gênesis 6:2.
Verso 11
O que Paulo está dizendo pode ser facilmente entendido como uma indevida subordinação das mulheres.Isso está longe do seu pensamento.Há uma parceria entre os sexos e no Senhor nenhum deles existe sem o outro.O homem não deve jactar-se do seu lugar.
Verso 12
Paulo defendera seu ponto de vista que a mulher tomara sua origem do homem.Agora ele suplementa " o homem também é pela ( dia) mulher".O acréscimo " e tudo vem de Deus,é um típico lembrete paulino da prioridade do divino.De é "ek" uma vez mais,de modo que ficamos com a ideia de que a fonte de todas as coias é Deus.
Verso 14,15
Cabelo cumprido arrazoa o apóstolo é uma "vergonha" para o homem.
Essa situação não fora universal.Alguns entre os antigos gregos,os espartanos tinham cabelos cumpridos,mas em termos gerais Paulo falava para a humanidade.Cabelo cumprido era uma glória para a mulher,sendo o mesmo lhe dado no lugar do véu. E cortando a conversa ele diz que "nós" não temos tal costume ou seja mulher com cabeça descoberta.
verso 16
Por toda essa seção o que Paulo quer é que um cristão deve agir de maneira decente (14:40).
Será que a ordenança é aplicável no cenário contemporâneo?
Apesar de uma maioria não aceitar,esta é uma questão cultural,onde a modéstia tinha que ser observada,logo seria um injunto arrancar um regulamento local e fazer dele um princípio universal.
1. O VÉU DAS MULHERES ( 11:2-16 )
Lembremos que Paulo não escreve um tratado,mas responde perguntas feitas de um aspecto desse assunto ( "... agora a respeito dos ..." ).Ele tece comentários sobre esse e outros assuntos.
Certamente ouvira mulheres coríntias "emancipadas",que tinha dispensado o uso do véu no culto público,e ele argumenta que as mulheres deveriam usar véu.Aparecer uma mulher de cabeça descoberta em público,era agir de maneira "descarada"como diríamos.Esta era a marca da mulher imoral.Era um ultraje ao decoro,ao que Paulo rejeita decididamente ( não faz da parte da vida do cristão menosprezar as convenções sociais.
verso 2
Primeiro vem uma palavra de louvor,como é hábito de Paulo.Ele relembra algumas ordenanças já dadas sobre o culto público,referindo-se ao ensino oral tão importantes para a instrução cristã primitiva.
Esses ensinamentos não eram de Paulo,mas transmitidos à ele e ele os repassou aos conversos.(2 Tessalonicenses 2:15).
verso 3 "a cabeça"
Indica um relacionamento de autoridade,mas não define essa autoridade com precisão ( nenhum relacionamento mencionados neste versículo é exatamente igual a qualquer dos outros) A função do sistema nervoso não era conhecida dos antigos e não entendiam "a cabeça" como a entendemos ( eles sustentavam que o homem pensa com o diafragma: o phren ).
O emprego desse termo aqui tem o mesmo sentido vo verso 8: " a mulher deriva o seu ser do homem e dentro destes limites é lhe subordinada.Essa subordinação é que constitui o ponto importante para Paulo.No entanto ele não está argumentando em favor de nenhuma outra coisa que não um companheirismo ( 11 ),um companheirismo em que o homem seja o chefe da sua casa.
verso 4 "cabeça descoberta"
Já que queremos praticar as ordenanças de Paulo no culto,vamos lá
O homem deve orar de cabeça descoberta.
Isso era novo para Paulo,pois os judeus oravam e oram de cabeça coberta,porém os homens gregos bem como suas mulheres e famílias oravam de cabeça descoberta.e os cristãos adotaram essa prática distintiva.
"Cobrir a cabeça é sinal de estar sob a autoridade de outrem",se cobre desonra por mostrar que não está debaixo de nenhuma autoridade ( verso 7 envolve primariamente "cabeça" física,mas também pode referir-se a Cristo (3).
Aproveitamos para ver "quanto ao que profetiza " ( 12:10)
Profecia é a fala inspirada.
No Velho Testamento eram homens que falavam a palavra de Deus à sua geração.
Hoje em dia o elemento de predição presente nas profecias é menosprezado e não deveria ser.
Ocasionalmente a capacidade para predizer o futuro com precisão poder-se-ia considerar como a marca de um profeta.
A ênfase de Paulo não é a predição mas a exposição do que Deus disse,que também é a função dos profetas do Novo Testamento.
A profecia podia ser ocasional ( Atos 19:6 ) ou ofício estabelecido ( versos 28,29 ).
Aqui provavelmente Paulo tem em mente a classe mencionada em segundo lugar,conquanto a sua expressão seja suficiente ampla para incluir ambas.
O ponto que focaliza é que o Espirito dá a alguns a capacidade de dizer palavras iluminadas,que comunicam a mensagem de Deus aos ouvintes.
verso 5
Paulo argumenta que na ordem da criação há um sentido em que a mulher é subordinada ao homem.Isto deve ser reconhecido no culto,onde a mulher deve usar algo sobre a cabeça.Pois orar ela,ou profetizar sem tal cobertura é desonrar sua cabeça. ( como fica 1 Timóteo 2 segundo alguns interpretam da mulher ficar calada no culto,se aqui Paulo fala de orar e profetizar?)
Paulo emprega linguagem forte,que é tão ruim para ela orar e profetizar dessa forma que é como se ela tivesse de "cabeça rapada",e isso é desonra ( se vamos obedecer ao pé da letra 1 Timóteo segundo alguns da mulher ficar calada,porque não põe a prática da cabeça coberta aqui recomendada,se aqui é cultural,porque em Timóteo não o é?)
verso 6
O ponto é posto às claras: Se a mulher não cobrir a sua cabeça,então que mande tosar seus cabelos,se ela considera vergonhoso ter cabelos tosados,que entenda que é igualmente vergonhoso ter cabeça descoberta.Assim Paulo insiste em seu ponto mais forte.
verso 7
A razão porque o homem não deve cobrir a cabeça é que ele é imagem da glória de Deus (Gênesis 1:26-27),onde diz que Deus fez à sua imagem,não há distinção entre os sexos no texto,mas Paulo entende particularmente como ao sexo masculino.Glória nã se menciona no relato de Gênesis,mas é como Paulo entende o caso.Se o homem é o ponto culminante da criação,ele exibe a glória de Deus,como nenhuma outra coisa o faz.
Por causa desta alta dignidade,Paulo acha certo que não haja sinal de subordinação quanto ao homem quando ele presta culto.A mulher segundo Paulo tem o lugar que lhe é próprio,mas não é o lugar do homem.Ela se mantem para com o homem em tal relação como nenhuma outra coisa,e assim ela é chamada "glória do homem".Essa expressão ao mesmo tempo lhe assegura um alto lugar no esquema das coisas e afiança que não se trata no lugar do homem.
verso 8,9
Quando Paulo diz: " o homem não é da mulher",quer dizer que o homem não teve sua origem da mulher ( ek "de",indica a origem " o homem não foi feito da mulher")."E sim a mulher do homem",referindo-se a Gênesis 2:21 ss ,onde afirma que a mulher foi feita da costela de Adão.É a mesma narrativa que fornece o cenário de fundo para "também o homem não foi criado por causa da mulher",pois disse Deus " não é bom que o homem esteja só,far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea" ( Gênesis 2:18 ).Nem em sua origem,nem no propósito para o qual ela foi criada,pode a mulher reivindicar prioridade,ou mesmo igualdade.
verso 10
O primeiro ponto importante da dificuldade desse versículo é a referência a "poder sobre sua cabeça".
A palavra "poder" é "exousia",que significa "autoridade".A dificuldade é que o contexto parece exigir um sentido como "um símbolo de sujeição",ao passo que a palavra grega parece significar antes "um sinal de autoridade".
Nas terras orientais o véu é o poder,a honra e a dignidade da mulher.Com véu na cabeça,ela pode ir à qualquer lugar com segurança e respeito.Ela não é vista,é sinal de péssimos modos ficar observando na rua uma mulher velada.Ela está só.As pessoas à sua volta lhe são inexistentes,como ela o é para elas.Ela é suprema na multidão,mas sem o véu a mulher é algo nulo,que qualquer um pode insultar... a autoridade e a dignidade de uma mulher se esvaem juntamente com o véu que tudo cobre quando ela se descarta dele.O sentido dado por Paulo então é que cobrir a cabeça,a mulher assegura o seu próprio lugar de dignidade e autoridade.Ao mesmo tempo ela reconhece a sua subordinação.
A segunda dificuldade é a expressão "por causa dos anjos".
A probabilidade é que Paulo quer dizer que os anjos bons são sempre conosco e especialmente no culto.Não é apenas uma questão do que os homens e mulheres veem e pensam.Os anjos observarão o que a mulher faz.Ela não deve estar indecente na presença deles.Essa é a coisa mais apropriada,em que os anjos servem aos homens ( Hebreus 1:14 ) e contudo não se rebelam.Os observadores celestiais podem ser imaginados também como agentes de Deus para dar castigo e coisas semelhantes "são mais que uma perífrase quanto ao Ser Divino,eles são o executivo divino.
Há os que pensam que os anjos maus cobiçarão as mulheres que estejam sem véu no espirito de Gênesis 6:2.
Verso 11
O que Paulo está dizendo pode ser facilmente entendido como uma indevida subordinação das mulheres.Isso está longe do seu pensamento.Há uma parceria entre os sexos e no Senhor nenhum deles existe sem o outro.O homem não deve jactar-se do seu lugar.
Verso 12
Paulo defendera seu ponto de vista que a mulher tomara sua origem do homem.Agora ele suplementa " o homem também é pela ( dia) mulher".O acréscimo " e tudo vem de Deus,é um típico lembrete paulino da prioridade do divino.De é "ek" uma vez mais,de modo que ficamos com a ideia de que a fonte de todas as coias é Deus.
Verso 14,15
Cabelo cumprido arrazoa o apóstolo é uma "vergonha" para o homem.
Essa situação não fora universal.Alguns entre os antigos gregos,os espartanos tinham cabelos cumpridos,mas em termos gerais Paulo falava para a humanidade.Cabelo cumprido era uma glória para a mulher,sendo o mesmo lhe dado no lugar do véu. E cortando a conversa ele diz que "nós" não temos tal costume ou seja mulher com cabeça descoberta.
verso 16
Por toda essa seção o que Paulo quer é que um cristão deve agir de maneira decente (14:40).
Será que a ordenança é aplicável no cenário contemporâneo?
Apesar de uma maioria não aceitar,esta é uma questão cultural,onde a modéstia tinha que ser observada,logo seria um injunto arrancar um regulamento local e fazer dele um princípio universal.
sexta-feira, 17 de julho de 2020
O sofrimento nunca é em vão
O SOFRIMENTO NUNCA É EM VÃO
"Não sabemos o que uma pessoa está passando,mas conhecemos alguém que sabe"
. É por meio de sofrimentos profundos que aprendemos as lições mais profundas da vida,e só quem passou por eles sabe e aprende,ninguém pode nos ensinar a não ser que também passou,mas jamais serão iguais pois cada um tem seu peso e sua medida de sofrimento.
. Um Deus amoroso não pode ser deduzido que evidências que temos ao nosso derredor e nem pela experiência humana.
. Há muitas coisas na vida sobre as quais nada podemos fazer,mas Deus quer façamos algoe.
. O que seria sofrimento:
"Ter o que você não deseja ou desejar o que você não tem "
. O homem já é mau e sem o sofrimento ele seria bem pior
. Fora do Paraíso ou seja aqui na terra não há respostas racionais para a velha pergunta:"Porque todo esse sofrimento?"
- Não há respostas intelectuais,porém há paz
- Para o sofrimento não temos uma resposta,temos uma pessoa:Jesus
- Ele prometeu em Isaías 43:2-3 estar conosco em todo sofrimento
. Deus pode até não nos poupar dos sofrimentos,mas a sua presença é garantida e isso é o bastante.
. O amor divino sempre harmoniza com o sofrimento,logo o sofrimento é "crucial" para entendermos o amor divino
. Alegria não é a ausência do sofrimento,mas a presença de Deus
. No Salmo 23,quando Davi diz "não temerei mal algum",claro que ele temia,mas a presença de Deus com ele o fez expressar que não temeria.
. O sofrimento nos empurra para Deus.
. Se queremos uma verdade indispensável,precisamos ver o sofrimento como algo insubstituível.
"Não sabemos o que uma pessoa está passando,mas conhecemos alguém que sabe"
. É por meio de sofrimentos profundos que aprendemos as lições mais profundas da vida,e só quem passou por eles sabe e aprende,ninguém pode nos ensinar a não ser que também passou,mas jamais serão iguais pois cada um tem seu peso e sua medida de sofrimento.
. Um Deus amoroso não pode ser deduzido que evidências que temos ao nosso derredor e nem pela experiência humana.
. Há muitas coisas na vida sobre as quais nada podemos fazer,mas Deus quer façamos algoe.
. O que seria sofrimento:
"Ter o que você não deseja ou desejar o que você não tem "
. O homem já é mau e sem o sofrimento ele seria bem pior
. Fora do Paraíso ou seja aqui na terra não há respostas racionais para a velha pergunta:"Porque todo esse sofrimento?"
- Não há respostas intelectuais,porém há paz
- Para o sofrimento não temos uma resposta,temos uma pessoa:Jesus
- Ele prometeu em Isaías 43:2-3 estar conosco em todo sofrimento
. Deus pode até não nos poupar dos sofrimentos,mas a sua presença é garantida e isso é o bastante.
. O amor divino sempre harmoniza com o sofrimento,logo o sofrimento é "crucial" para entendermos o amor divino
. Alegria não é a ausência do sofrimento,mas a presença de Deus
. No Salmo 23,quando Davi diz "não temerei mal algum",claro que ele temia,mas a presença de Deus com ele o fez expressar que não temeria.
. O sofrimento nos empurra para Deus.
. Se queremos uma verdade indispensável,precisamos ver o sofrimento como algo insubstituível.
quarta-feira, 15 de julho de 2020
A MULHER NA PERSPECTIVA CALVINISTA
A MULHER NA PERSPECTIVA CALVINISTA
Precisamos mais do que nunca,reavaliar o ministério da mulher no Corpo de Cristo.
Calvino é claro em ver a questão hierárquica devido o pecado tão somente,apesar dele estar num contexto de uma sociedade patriarcal,essa não foi a base da sua posição.
Não podemos negar a importância do papel da mulher em nossas igrejas ( no dia da mulher presbiteriana,pedimos que as mulheres viessem à frente para orarmos por elas: 90% do auditório era feminino e 10% era masculino.),e este é um informação que deve levar-nos a avaliar o papel da mulher e do homem no Corpo e no lar.
Esse reavaliar gira em torno da palavra "feminismo",que tem várias conotações e sentidos:
1. As feministas seculares não aceitam as Escrituras como autoridade
2. As mulheres cristãs não se identificam com o cristianismo reformado no que diz respeito à mulher
3. Existem as feministas cristãs que aceitam as Escrituras mas de forma limitada
4. Existem as feministas evangelicalistas que variam entre as alas tradicionalistas e igualitárias:
. As primeiras aceitam a hierarquia como está nas Escrituras
. As outras não creem em hierarquias mas em igualdade de funções
5. Existem as rejecionistas,que acusam as Escrituras de uma base judáica
6. Existem as reformistas,que também acham haver uma estrutura opressora nas Escrituras,porém defendem uma reforma,com uma hermenêutica mais que veja mais positivamente o papel da mulher.
Há textos que requerem uma exegese como o de 1 Timóteo 2:12-15,onde algumas expressões precisam ser estudadas,pois traduzimos "mulheres ficarem caladas",quando a palavra quer dizer "ficar em silencio" ou "falar baixo".Não sei porque não se aceita o contexto histórico,onde na comunidade judáica as mulheres não tinham o direito de estudar e na ânsia de conhecerem mais choviam com perguntas nos lugares de culto,situação que não é a mesma hoje,onde as mulheres estão estudando teologia e se especializando em áreas da teologia.
Fora que essa ordem paulina é obedecida e defendida como dogma e não uma questão cultural,mas quando se refere Paulo sobre as mulheres e a hierarquia em 1 Corintios 11,acusamos a Igreja do Véu de herética,mas la Paulo ordena que as mulheres usem o véu em casa,na rua e na igreja ( que são 3 véus diferentes)ou deixem o cabelo cumprido como sinal de respeito ao homem...
Numa conclusão da hermenêutica utilizada,fica clara a discriminação e a incongruência do corporativismo eclesiástico.
As mulheres vem sofrendo e tem sofrido por causa de erros culturais e por errôneas interpretações das Escrituras,que as tem mantido num papel aquém do descrito biblicamente.
A graça salvadora ou graça especial provoca no homem uma nova vida, através da regeneração, operada pela ação do Espírito Santo, resultando numa nova consciência de vida.
O Evangelho de Jesus Cristo traz verdadeira liberdade ao homem. Inserido na realidade do Reino de Deus, o homem, agora, responde à graça salvadora de Jesus Cristo, numa nova relação com Deus, consigo mesmo, com o outro e com a própria criação.
Portanto, analisando seu pensamento sobre os paradigmas antropológicos,cristológicos, soteriológico e eclesiológico, extraindo de tudo isso o elemento essencial de nossa tese - a liberdade cristã - como proposta de vida oferecida por Deus aos homens de todos os tempos, através de Jesus Cristo, o Evangelho Encarnado. Verificaremos, também, a partir desse levantamento, os desafios cada vez mais urgentes sobre a necessidade de uma proclamação do evangelho significativa, relevante e capaz de estabelecer diálogo com seus interlocutores atuais, bem como estabelecer uma sociedade mais justa e mais igualitária, na qual os valores do Reino de Deus sejam vistos e vividos e o Seu nome glorificado.
Sendo assim, cremos que, uma vez tais princípios vividos por sua Igreja, foi o de promover, de igual forma, libertação e liberdade na práxis cristã, através do anúncio genuíno do Evangelho, provocando a desinstalação de uma religiosidade pós-moderna árida, superficial, pragmática, com fortes evidências fundamentalistas aqui e alhures, vencida pelas leis de mercado, que regem as relações humanas, tornando-as vazias de sentido existencial.
E ainda mais. Na práxis do Evangelho libertador de Jesus Cristo, homens e mulheres não estarão alienados do seu tempo, ao contrário, com os corações cheios de esperança escatológica, serão agentes de transformação histórica, em que através da semeadura das Boas Novas, frutos ético-sociais germinarão para glória do Pai. Eis a responsabilidade e o desafio da liberdade obtida pela maravilhosa graça de Deus em Cristo Jesus.
A ANTROPOLOGIA DE CALVINO E A LIBERDADE CRISTÃ
A questão antropológica é fundamental para a elucidação das questões teológicas, pois o conhecimento de Deus e o conhecimento sobre o ser humano apresentam uma correlação. É assim que pensa Paul Tillich, quando afirma ser o conhecimento de Deus correlato àquele das questões imanentes ao ser humano.
Esta questão remonta também a Ludwig Feuerbach, quando este afirma que o ser humano tem consciência do infinito, porque tem consciência da infinitude da sua própria essência;486 e que este, na busca desta infinitude, a projeta a um ser absoluto: Deus. Feuerbach afirma:
"O ser absoluto, o Deus do homem é a sua própria essência. O poder do objeto sobre ele é, portanto, o poder da sua própria essência. Assim, é o poder do objeto do sentimento, o poder do sentimento; o poder do objeto da razão o poder da própria razão; o poder do objeto da vontade, o poder da vontade."
Não obstante o caráter imanentista da relação com a Divindade estar presente na concepção de Feuerbach, é verdade que a relação com o Divino tem por pressupostos elementos imanentes, fazendo com que grande parte da compreensão do Ente seja uma projeção daquilo que o humano tem, é ou deseja ser.
A relação entre o ser humano e o Divino tem, por parte do humano, instrumentos imanentes e uma eterna busca de transcendência. Porém, esta idéia despoja o elemento relacional, que faz com que a compreensão do mundo seja amplificada.
Martin Buber afirma que “encontros não se ordenam de modo a formar um mundo, mas cada um te garante o vínculo com o mundo”. O ser humano encontra a si e o seu sentido último quando encontra o Ser, e o entende como uma presença, e não como se este fosse projeção de si mesmo.
A cultura humana, quando entendida como uma das expressões da sua natureza religiosa, como forma da religião, adequa-se a concepção de que não é possível banir Deus do mundo, nem entendê-lo como expressão da “prioridade axiológica do coração sobre os fatos brutos da realidade”. A religião é mais que isto: é expressão antropológica da necessidade da “fonte eterna de força, do eterno toque que nos aguarda, da voz eterna que ressoa em nós, nada mais”
Conhecer-se é conhecer a Deus, o que não exclui a busca da Transcendência e do Transcendente. Deus não pode ser tomado como símbolo poético, pois fazer isto é manifestar certo tipo de ateísmo.
É assim que Calvino assume relação entre o conhecimento de Deus e o conhecimento de si mesmo.
Para Calvino, os conhecimentos são correlatos, não formando uma dicotomia, mas uma unidade que expressa a identidade da revelação. Nessa linha de pensamento, o homem jamais conhecerá a Deus sem se conhecer a si mesmo e vice-versa.
Na verdade, conhecendo a nós mesmos, conheceremos a Deus. Há uma vinculação estreita entre esses dois pressupostos. Esse conhecimento mútuo sustentará, na verdade, a essência da liberdade humana.
Desde a criação, tal liberdade é responsável, firmada numa relação de amor, a partir da aliança estabelecida por Deus, pois o sujeito só é formado a partir da liberdade e da responsabilidade. Calvino mesmo diz que :
"[...] ninguém se pode (sequer a si próprio) mirar sem, de pronto, o pensamento volver à contemplação de Deus em Quem vive e se move (At 17.28), porquanto, longe de obscuro é que os dotes com que somos prodigamente investidos, de modo algum de nós provêm. Mais até, nem é o nosso próprio existir, na verdade, outra (cousa) senão subsistência no Deus único."
A revelação é para o ser humano. Sem a iluminação do Espírito, o ser humano não entende a revelação. Porém, sem assumir sua humanidade, não é possível ao indivíduo compreender a Divindade.
Idolatria consiste na projeção de si mesmo como se fosse Deus, ou a atribuição de divindade àquilo que é inferior ontologicamente à humanidade.
A verdadeira religião consiste na identificação deste elemento imanente da revelação: a correlação entre o conhecimento de Deus e o conhecimento de si mesmo.
Por causa destes elementos, a antropologia de Calvino é fundamental para que a sua idéia de liberdade se desvende. A liberdade tem início quando é assumido o compromisso, por parte do fiel, de imergir no conhecimento de si mesmo, encontrando, em si, as evidências da própria ação de Deus.
Ver-se como criatura, como alguém mantido e preservado pela ação soberana de Deus, e ver, na própria essência, a imagem de Deus são algumas indicações da importância da antropologia para a libertação.
Por essas razões, relevantes para a compreensão teológica, falar de questões antropológicas é formular mais uma vez a pergunta primaz: o que é o homem?
As respostas divergem e apontam para pressuposições que tornam possíveis a reflexão teológica ou que fazem desta subserviente às questões antropológicas, sendo apenas reflexo das múltiplas manifestações de busca de superação.
As implicações não se concentram às esferas religiosas, mas abrangem, também, todo o ethos humano e social. Diante das questões evocadas, percebe-se que a investigação em torno da antropologia de Calvino parte da compreensão sobre o ser humano e a serventia desta compreensão para a cosmovisão calvinista.
Investigar esta concepção consiste em investigar as pressuposições de Calvino, a descrição da sua antropologia teológica e a implicação desta em seu contexto.
Em primeiro lugar, é necessário tratar das fontes do pensamento antropológico de Calvino. As fontes seculares da antropologia calvinista são, basicamente, duas: o humanismo e o direito.
Calvino, como humanista, assumiu o projeto de valorização da cultura. Para ele, a educação e as ciências devem ser apropriadas como manifestações do favor divino. Soma-se a estes a valorização do ser humano através do cuidado com este .
Originalmente, Calvino participou do movimento humanista, porém com cautela, não participou de agitações religiosas e do fomento de levantes populares. Ou seja: no que concernia às instituições eclesiásticas, Calvino se mostra conservador. Calvino assumiu um tom aristocrático em seu humanismo, sendo hostil àquilo que chamou de turba destituída de razão e discernimento.
Na prática da cidade de Genebra, a posteriori, a educação foi apropriada, por Calvino, da propagação do ideal humanista da adoção de um método de ensino e da proliferação do conhecimento a partir deste.
Seguindo a Marthurin Cordier, Calvino assumiu seu método de ensino (discendi rationem) e fundou uma universidade, onde tratou de educar ministros e mestres. As ciências naturais também foram defendidas por Calvino, que afirmava serem estes dons de Deus para uso da humanidade, sendo o Espírito Santo a fonte da verdadeira ciência. Opunha-se, porém, à astrologia e ao humanismo que não levava em consideração a doutrina evangélica. E Calvino pensava que as artes e ciências deveriam estar presas à religião (non debere distrahi a religione scientia).
Do direito, Calvino desenvolveu sua capacidade de tratar de questões práticas.
Calvino remodelou as instituições genebrinas a partir daquilo que aprendeu, na sua formação, em Bourges. O cuidado com as pessoas, portanto, é uma manifestação da prática de Calvino, que demonstra, além da sua capacidade de praticar o bem social (princípio do direito), sua idéia sobre o ser humano e sua natureza – Calvino também assumiu a idéia da justiça distributiva, em que cada indivíduo recebe aquilo que necessita e, para isto, quem tem posses a mais, deve se sujeitar a dividi-las com quem não tem – e o poder instituído deve garantir o cumprimento deste preceito.
Em seu ímpeto de executar suas idéias, Calvino estabeleceu um hospital em Genebra, e diáconos que cuidavam dos enfermos. Nele, eram acolhidas pessoas vindas de vários lugares, proporcionando-lhes condições para elas se instalarem e terem assistência médica e educação e, assim, assumirem um ofício. Entendia ser fundamental o cultivo da piedade e da vida religiosa, sendo os refugiados da cidade e os demais cidadãos instigados a viver esta vida piedosa – e a piedade passa necessariamente pela solidariedade.
Percebe-se, de maneira implícita na práxis de Calvino, a sua concepção antropológica, a qual assume o projeto humanista de valorização do ser humano. Mas, para entender esta práxis, é preciso perceber que Calvino também endossa as matizes teológicas que influenciaram seu pensamento: o agostinianismo, o nominalismo e o luteranismo.
1. Agostinho entende ser o homem formado de duas partes: corpo e alma. Para ele, a alma é imortal, proveniente de Deus e, por isso, retorna para Deus após a morte.
Outra característica do ser humano é a racionalidade, que o separa dos outros seres viventes.
A posse da alma racional constitui o privilégio do ser humano em relação ao restante da criação. Mas, como criação, o ser humano se deteriora, sofrendo mutações até o final do processo de deterioração.
Do agostinianismo, Calvino extrai a idéia de que o ser humano, por si, não pode se salvar, pois é totalmente depravado – o que explica o fato deste, mesmo sendo imagem de Deus, deteriorar-se como o restante da criação.
Para Agostinho, o ser humano, após a queda, não conserva, em si, absolutamente nada que não esteja corrompido. A partir disto, a salvação só pode ser ato de Deus, através da graça.
Essa visão sobre o ser humano e sua total incapacidade para a salvação também se manifesta em outras esferas. É como afirma Agostinho:
"A primeira deformidade da alma racional é a vontade de executar o que a suma e íntima Verdade lhe proíbe [...] a defectibilidade da alma vem de seus atos e da pena que padece pelas dificuldades – conseqüência dessa defectibilidade. Todo mal se reduz a isso. Ora, o agir ou padecer não são substâncias. Portanto, a substância não é um mal. Assim, não é da mesma natureza da alma, o vício. É, sim, contra a sua natureza. O vício nada mais é que pecado e a pena de pecado"
Uma das tríades agostinianas é “memória, vontade e intelecto”.
As três estão decaídas após a transgressão de Adão. O pecado original atinge o ser humano de forma holística, porém, estas três dimensões, que abrangem a maneira como o ser humano compreende o mundo, faz dele incapaz de conhecer, por si, algo sobre a salvação.
A ação de Deus, no campo da vontade, é tirar o ser humano da única condição, que é desejar o pecado, para a condição de desejar resistir ao mal, exercendo a bondade pela ação de Deus. Esta restauração da capacidade de fazer o bem alcança também o intelecto, por si incapaz de apreender com a razão as verdades e conhecimentos de Deus. E a memória, que não conseguia reter, em si, as lembranças dos atos graciosos de Deus, é renovada.
2. A segunda influência, na antropologia de Calvino, foi o nominalismo filosófico.
A Reforma Protestante, devido à sua ligação estreita com o Renascimento, esteve ancorada filosoficamente, entre outros, no nominalismo, preponderantemente defendido por Guilherme de Ockham. O nominalismo foi uma espécie de ruptura da hegemonia da síntese escolástica proposta por Tomás de Aquino.
Valorizando o particular em detrimento do universal, esta filosofia recuperou a noção clássica de indivíduo, o que foi central para a Reforma, uma vez que Lutero e Calvino desfrutaram de ambientes acadêmicos nominalistas nas suas respectivas formações intelectuais.
A partir do pressuposto nominalista, entende-se a sacramentalidade ligada não mais à superestrutura eclesiástica, mas nos indivíduos diante de Deus (coram Deo).
A particularização da religião torna evidente e explícita a atualização do princípio, presente no Evangelho, e, proferido pelo próprio Jesus na confrontação com o judaísmo: “o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2.27).
Funda-se, assim, o conceito protestante de indivíduo.
O nominalismo, endossado por Calvino, traz a responsabilidade sobre o cristão por assumir, em si, a vivência cristã e manifestar, pela sua vida em relacionamento (e não interior), a sua vocação. A partir disto, o paradigma não é o temor da morte e do inferno, mas a noção de vocação para o serviço. Neste serviço, é manifesta a identidade do ser humano restaurado. Por isto, a antropologia calvinista é fortemente influenciada pela concepção nominalista, porque vê, no ser humano, potencial para expressar, pela vida, sua salvação, ainda que esta expressão não seja o elemento salvífico, mas a expressão do mesmo.
3. Calvino também foi influenciado, em sua antropologia, por Lutero.
Para Lutero, a pergunta que emerge da realidade da queda é a seguinte: ainda há algum ponto de contato entre Deus e o ser humano?
A resposta da teologia escolástica é que este ponto de contato existe, e o ponto de contato é explicado pela sindérese: a vontade natural latente no ser humano, ou seja, um desejo inato pelo transcendente, pelo próprio Deus, mesmo estando a humanidade corrompida pelo pecado.
A doutrina escolástica entende que, mesmo em seu distanciamento de Deus, arde, no ser humano, uma centelha pelo Divino, uma centelha da sindérese. Ela possui uma relação íntima com a consciência. Lutero, a partir desta doutrina, discorre e apresenta sua antropologia, marcada por pelo menos quatro concepções distintas:
Em primeiro lugar, ele afirma que há, no ser humano, o exercício de tal faculdade. Isto é, há fragmentos da imago Dei no ser humano, provenientes do seu estado antes da queda. Portanto, tal doutrina faz permanecer, visivelmente, a relação de continuidade “entre o ser humano caído e o criador.”
Em segundo lugar, Lutero afirma a dificuldade em revelar tal continuidade na prática. Seria como se faltassem os atos equivalentes, ou seja, atuações que correspondam à sindérese. A problemática não está entre Deus e o homem quanto ao alvo, mas sim, em como atingi-lo. Em outras palavras, a questão de fundo trata-se dos meios para alcançar o fim.
Diante de tal conflito, mesmo admitindo que a vontade original, para o bem, esteja na natureza constitutiva do homem, este não consegue efetivá-la. Dito de outra forma, admitir que a vontade e a razão sejam mecanismos de compreensão, ainda que palidamente, da vontade de Deus, tornam-se inúteis para tal, até porque elas resistem à vontade de Deus, conseqüência do pecado.
Em terceiro lugar,Lutero diz, então, que a sindérese mostra-se inoperante na prática.
Ora, impossibilitada de se concretizar, questiona-se seu caráter de realidade, pois, numa dimensão fenomenológica, ela “contradiz a coisa hipostasiada em si.” Há uma redução da sindérese à simples postulação. Diante disso, Lutero conclui que “a natureza é ressuscitável.”
Precisamos mais do que nunca,reavaliar o ministério da mulher no Corpo de Cristo.
Calvino é claro em ver a questão hierárquica devido o pecado tão somente,apesar dele estar num contexto de uma sociedade patriarcal,essa não foi a base da sua posição.
Não podemos negar a importância do papel da mulher em nossas igrejas ( no dia da mulher presbiteriana,pedimos que as mulheres viessem à frente para orarmos por elas: 90% do auditório era feminino e 10% era masculino.),e este é um informação que deve levar-nos a avaliar o papel da mulher e do homem no Corpo e no lar.
Esse reavaliar gira em torno da palavra "feminismo",que tem várias conotações e sentidos:
1. As feministas seculares não aceitam as Escrituras como autoridade
2. As mulheres cristãs não se identificam com o cristianismo reformado no que diz respeito à mulher
3. Existem as feministas cristãs que aceitam as Escrituras mas de forma limitada
4. Existem as feministas evangelicalistas que variam entre as alas tradicionalistas e igualitárias:
. As primeiras aceitam a hierarquia como está nas Escrituras
. As outras não creem em hierarquias mas em igualdade de funções
5. Existem as rejecionistas,que acusam as Escrituras de uma base judáica
6. Existem as reformistas,que também acham haver uma estrutura opressora nas Escrituras,porém defendem uma reforma,com uma hermenêutica mais que veja mais positivamente o papel da mulher.
Há textos que requerem uma exegese como o de 1 Timóteo 2:12-15,onde algumas expressões precisam ser estudadas,pois traduzimos "mulheres ficarem caladas",quando a palavra quer dizer "ficar em silencio" ou "falar baixo".Não sei porque não se aceita o contexto histórico,onde na comunidade judáica as mulheres não tinham o direito de estudar e na ânsia de conhecerem mais choviam com perguntas nos lugares de culto,situação que não é a mesma hoje,onde as mulheres estão estudando teologia e se especializando em áreas da teologia.
Fora que essa ordem paulina é obedecida e defendida como dogma e não uma questão cultural,mas quando se refere Paulo sobre as mulheres e a hierarquia em 1 Corintios 11,acusamos a Igreja do Véu de herética,mas la Paulo ordena que as mulheres usem o véu em casa,na rua e na igreja ( que são 3 véus diferentes)ou deixem o cabelo cumprido como sinal de respeito ao homem...
Numa conclusão da hermenêutica utilizada,fica clara a discriminação e a incongruência do corporativismo eclesiástico.
As mulheres vem sofrendo e tem sofrido por causa de erros culturais e por errôneas interpretações das Escrituras,que as tem mantido num papel aquém do descrito biblicamente.
A graça salvadora ou graça especial provoca no homem uma nova vida, através da regeneração, operada pela ação do Espírito Santo, resultando numa nova consciência de vida.
O Evangelho de Jesus Cristo traz verdadeira liberdade ao homem. Inserido na realidade do Reino de Deus, o homem, agora, responde à graça salvadora de Jesus Cristo, numa nova relação com Deus, consigo mesmo, com o outro e com a própria criação.
Portanto, analisando seu pensamento sobre os paradigmas antropológicos,cristológicos, soteriológico e eclesiológico, extraindo de tudo isso o elemento essencial de nossa tese - a liberdade cristã - como proposta de vida oferecida por Deus aos homens de todos os tempos, através de Jesus Cristo, o Evangelho Encarnado. Verificaremos, também, a partir desse levantamento, os desafios cada vez mais urgentes sobre a necessidade de uma proclamação do evangelho significativa, relevante e capaz de estabelecer diálogo com seus interlocutores atuais, bem como estabelecer uma sociedade mais justa e mais igualitária, na qual os valores do Reino de Deus sejam vistos e vividos e o Seu nome glorificado.
Sendo assim, cremos que, uma vez tais princípios vividos por sua Igreja, foi o de promover, de igual forma, libertação e liberdade na práxis cristã, através do anúncio genuíno do Evangelho, provocando a desinstalação de uma religiosidade pós-moderna árida, superficial, pragmática, com fortes evidências fundamentalistas aqui e alhures, vencida pelas leis de mercado, que regem as relações humanas, tornando-as vazias de sentido existencial.
E ainda mais. Na práxis do Evangelho libertador de Jesus Cristo, homens e mulheres não estarão alienados do seu tempo, ao contrário, com os corações cheios de esperança escatológica, serão agentes de transformação histórica, em que através da semeadura das Boas Novas, frutos ético-sociais germinarão para glória do Pai. Eis a responsabilidade e o desafio da liberdade obtida pela maravilhosa graça de Deus em Cristo Jesus.
A ANTROPOLOGIA DE CALVINO E A LIBERDADE CRISTÃ
A questão antropológica é fundamental para a elucidação das questões teológicas, pois o conhecimento de Deus e o conhecimento sobre o ser humano apresentam uma correlação. É assim que pensa Paul Tillich, quando afirma ser o conhecimento de Deus correlato àquele das questões imanentes ao ser humano.
Esta questão remonta também a Ludwig Feuerbach, quando este afirma que o ser humano tem consciência do infinito, porque tem consciência da infinitude da sua própria essência;486 e que este, na busca desta infinitude, a projeta a um ser absoluto: Deus. Feuerbach afirma:
"O ser absoluto, o Deus do homem é a sua própria essência. O poder do objeto sobre ele é, portanto, o poder da sua própria essência. Assim, é o poder do objeto do sentimento, o poder do sentimento; o poder do objeto da razão o poder da própria razão; o poder do objeto da vontade, o poder da vontade."
Não obstante o caráter imanentista da relação com a Divindade estar presente na concepção de Feuerbach, é verdade que a relação com o Divino tem por pressupostos elementos imanentes, fazendo com que grande parte da compreensão do Ente seja uma projeção daquilo que o humano tem, é ou deseja ser.
A relação entre o ser humano e o Divino tem, por parte do humano, instrumentos imanentes e uma eterna busca de transcendência. Porém, esta idéia despoja o elemento relacional, que faz com que a compreensão do mundo seja amplificada.
Martin Buber afirma que “encontros não se ordenam de modo a formar um mundo, mas cada um te garante o vínculo com o mundo”. O ser humano encontra a si e o seu sentido último quando encontra o Ser, e o entende como uma presença, e não como se este fosse projeção de si mesmo.
A cultura humana, quando entendida como uma das expressões da sua natureza religiosa, como forma da religião, adequa-se a concepção de que não é possível banir Deus do mundo, nem entendê-lo como expressão da “prioridade axiológica do coração sobre os fatos brutos da realidade”. A religião é mais que isto: é expressão antropológica da necessidade da “fonte eterna de força, do eterno toque que nos aguarda, da voz eterna que ressoa em nós, nada mais”
Conhecer-se é conhecer a Deus, o que não exclui a busca da Transcendência e do Transcendente. Deus não pode ser tomado como símbolo poético, pois fazer isto é manifestar certo tipo de ateísmo.
É assim que Calvino assume relação entre o conhecimento de Deus e o conhecimento de si mesmo.
Para Calvino, os conhecimentos são correlatos, não formando uma dicotomia, mas uma unidade que expressa a identidade da revelação. Nessa linha de pensamento, o homem jamais conhecerá a Deus sem se conhecer a si mesmo e vice-versa.
Na verdade, conhecendo a nós mesmos, conheceremos a Deus. Há uma vinculação estreita entre esses dois pressupostos. Esse conhecimento mútuo sustentará, na verdade, a essência da liberdade humana.
Desde a criação, tal liberdade é responsável, firmada numa relação de amor, a partir da aliança estabelecida por Deus, pois o sujeito só é formado a partir da liberdade e da responsabilidade. Calvino mesmo diz que :
"[...] ninguém se pode (sequer a si próprio) mirar sem, de pronto, o pensamento volver à contemplação de Deus em Quem vive e se move (At 17.28), porquanto, longe de obscuro é que os dotes com que somos prodigamente investidos, de modo algum de nós provêm. Mais até, nem é o nosso próprio existir, na verdade, outra (cousa) senão subsistência no Deus único."
A revelação é para o ser humano. Sem a iluminação do Espírito, o ser humano não entende a revelação. Porém, sem assumir sua humanidade, não é possível ao indivíduo compreender a Divindade.
Idolatria consiste na projeção de si mesmo como se fosse Deus, ou a atribuição de divindade àquilo que é inferior ontologicamente à humanidade.
A verdadeira religião consiste na identificação deste elemento imanente da revelação: a correlação entre o conhecimento de Deus e o conhecimento de si mesmo.
Por causa destes elementos, a antropologia de Calvino é fundamental para que a sua idéia de liberdade se desvende. A liberdade tem início quando é assumido o compromisso, por parte do fiel, de imergir no conhecimento de si mesmo, encontrando, em si, as evidências da própria ação de Deus.
Ver-se como criatura, como alguém mantido e preservado pela ação soberana de Deus, e ver, na própria essência, a imagem de Deus são algumas indicações da importância da antropologia para a libertação.
Por essas razões, relevantes para a compreensão teológica, falar de questões antropológicas é formular mais uma vez a pergunta primaz: o que é o homem?
As respostas divergem e apontam para pressuposições que tornam possíveis a reflexão teológica ou que fazem desta subserviente às questões antropológicas, sendo apenas reflexo das múltiplas manifestações de busca de superação.
As implicações não se concentram às esferas religiosas, mas abrangem, também, todo o ethos humano e social. Diante das questões evocadas, percebe-se que a investigação em torno da antropologia de Calvino parte da compreensão sobre o ser humano e a serventia desta compreensão para a cosmovisão calvinista.
Investigar esta concepção consiste em investigar as pressuposições de Calvino, a descrição da sua antropologia teológica e a implicação desta em seu contexto.
Em primeiro lugar, é necessário tratar das fontes do pensamento antropológico de Calvino. As fontes seculares da antropologia calvinista são, basicamente, duas: o humanismo e o direito.
Calvino, como humanista, assumiu o projeto de valorização da cultura. Para ele, a educação e as ciências devem ser apropriadas como manifestações do favor divino. Soma-se a estes a valorização do ser humano através do cuidado com este .
Originalmente, Calvino participou do movimento humanista, porém com cautela, não participou de agitações religiosas e do fomento de levantes populares. Ou seja: no que concernia às instituições eclesiásticas, Calvino se mostra conservador. Calvino assumiu um tom aristocrático em seu humanismo, sendo hostil àquilo que chamou de turba destituída de razão e discernimento.
Na prática da cidade de Genebra, a posteriori, a educação foi apropriada, por Calvino, da propagação do ideal humanista da adoção de um método de ensino e da proliferação do conhecimento a partir deste.
Seguindo a Marthurin Cordier, Calvino assumiu seu método de ensino (discendi rationem) e fundou uma universidade, onde tratou de educar ministros e mestres. As ciências naturais também foram defendidas por Calvino, que afirmava serem estes dons de Deus para uso da humanidade, sendo o Espírito Santo a fonte da verdadeira ciência. Opunha-se, porém, à astrologia e ao humanismo que não levava em consideração a doutrina evangélica. E Calvino pensava que as artes e ciências deveriam estar presas à religião (non debere distrahi a religione scientia).
Do direito, Calvino desenvolveu sua capacidade de tratar de questões práticas.
Calvino remodelou as instituições genebrinas a partir daquilo que aprendeu, na sua formação, em Bourges. O cuidado com as pessoas, portanto, é uma manifestação da prática de Calvino, que demonstra, além da sua capacidade de praticar o bem social (princípio do direito), sua idéia sobre o ser humano e sua natureza – Calvino também assumiu a idéia da justiça distributiva, em que cada indivíduo recebe aquilo que necessita e, para isto, quem tem posses a mais, deve se sujeitar a dividi-las com quem não tem – e o poder instituído deve garantir o cumprimento deste preceito.
Em seu ímpeto de executar suas idéias, Calvino estabeleceu um hospital em Genebra, e diáconos que cuidavam dos enfermos. Nele, eram acolhidas pessoas vindas de vários lugares, proporcionando-lhes condições para elas se instalarem e terem assistência médica e educação e, assim, assumirem um ofício. Entendia ser fundamental o cultivo da piedade e da vida religiosa, sendo os refugiados da cidade e os demais cidadãos instigados a viver esta vida piedosa – e a piedade passa necessariamente pela solidariedade.
Percebe-se, de maneira implícita na práxis de Calvino, a sua concepção antropológica, a qual assume o projeto humanista de valorização do ser humano. Mas, para entender esta práxis, é preciso perceber que Calvino também endossa as matizes teológicas que influenciaram seu pensamento: o agostinianismo, o nominalismo e o luteranismo.
1. Agostinho entende ser o homem formado de duas partes: corpo e alma. Para ele, a alma é imortal, proveniente de Deus e, por isso, retorna para Deus após a morte.
Outra característica do ser humano é a racionalidade, que o separa dos outros seres viventes.
A posse da alma racional constitui o privilégio do ser humano em relação ao restante da criação. Mas, como criação, o ser humano se deteriora, sofrendo mutações até o final do processo de deterioração.
Do agostinianismo, Calvino extrai a idéia de que o ser humano, por si, não pode se salvar, pois é totalmente depravado – o que explica o fato deste, mesmo sendo imagem de Deus, deteriorar-se como o restante da criação.
Para Agostinho, o ser humano, após a queda, não conserva, em si, absolutamente nada que não esteja corrompido. A partir disto, a salvação só pode ser ato de Deus, através da graça.
Essa visão sobre o ser humano e sua total incapacidade para a salvação também se manifesta em outras esferas. É como afirma Agostinho:
"A primeira deformidade da alma racional é a vontade de executar o que a suma e íntima Verdade lhe proíbe [...] a defectibilidade da alma vem de seus atos e da pena que padece pelas dificuldades – conseqüência dessa defectibilidade. Todo mal se reduz a isso. Ora, o agir ou padecer não são substâncias. Portanto, a substância não é um mal. Assim, não é da mesma natureza da alma, o vício. É, sim, contra a sua natureza. O vício nada mais é que pecado e a pena de pecado"
Uma das tríades agostinianas é “memória, vontade e intelecto”.
As três estão decaídas após a transgressão de Adão. O pecado original atinge o ser humano de forma holística, porém, estas três dimensões, que abrangem a maneira como o ser humano compreende o mundo, faz dele incapaz de conhecer, por si, algo sobre a salvação.
A ação de Deus, no campo da vontade, é tirar o ser humano da única condição, que é desejar o pecado, para a condição de desejar resistir ao mal, exercendo a bondade pela ação de Deus. Esta restauração da capacidade de fazer o bem alcança também o intelecto, por si incapaz de apreender com a razão as verdades e conhecimentos de Deus. E a memória, que não conseguia reter, em si, as lembranças dos atos graciosos de Deus, é renovada.
2. A segunda influência, na antropologia de Calvino, foi o nominalismo filosófico.
A Reforma Protestante, devido à sua ligação estreita com o Renascimento, esteve ancorada filosoficamente, entre outros, no nominalismo, preponderantemente defendido por Guilherme de Ockham. O nominalismo foi uma espécie de ruptura da hegemonia da síntese escolástica proposta por Tomás de Aquino.
Valorizando o particular em detrimento do universal, esta filosofia recuperou a noção clássica de indivíduo, o que foi central para a Reforma, uma vez que Lutero e Calvino desfrutaram de ambientes acadêmicos nominalistas nas suas respectivas formações intelectuais.
A partir do pressuposto nominalista, entende-se a sacramentalidade ligada não mais à superestrutura eclesiástica, mas nos indivíduos diante de Deus (coram Deo).
A particularização da religião torna evidente e explícita a atualização do princípio, presente no Evangelho, e, proferido pelo próprio Jesus na confrontação com o judaísmo: “o sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2.27).
Funda-se, assim, o conceito protestante de indivíduo.
O nominalismo, endossado por Calvino, traz a responsabilidade sobre o cristão por assumir, em si, a vivência cristã e manifestar, pela sua vida em relacionamento (e não interior), a sua vocação. A partir disto, o paradigma não é o temor da morte e do inferno, mas a noção de vocação para o serviço. Neste serviço, é manifesta a identidade do ser humano restaurado. Por isto, a antropologia calvinista é fortemente influenciada pela concepção nominalista, porque vê, no ser humano, potencial para expressar, pela vida, sua salvação, ainda que esta expressão não seja o elemento salvífico, mas a expressão do mesmo.
3. Calvino também foi influenciado, em sua antropologia, por Lutero.
Para Lutero, a pergunta que emerge da realidade da queda é a seguinte: ainda há algum ponto de contato entre Deus e o ser humano?
A resposta da teologia escolástica é que este ponto de contato existe, e o ponto de contato é explicado pela sindérese: a vontade natural latente no ser humano, ou seja, um desejo inato pelo transcendente, pelo próprio Deus, mesmo estando a humanidade corrompida pelo pecado.
A doutrina escolástica entende que, mesmo em seu distanciamento de Deus, arde, no ser humano, uma centelha pelo Divino, uma centelha da sindérese. Ela possui uma relação íntima com a consciência. Lutero, a partir desta doutrina, discorre e apresenta sua antropologia, marcada por pelo menos quatro concepções distintas:
Em primeiro lugar, ele afirma que há, no ser humano, o exercício de tal faculdade. Isto é, há fragmentos da imago Dei no ser humano, provenientes do seu estado antes da queda. Portanto, tal doutrina faz permanecer, visivelmente, a relação de continuidade “entre o ser humano caído e o criador.”
Em segundo lugar, Lutero afirma a dificuldade em revelar tal continuidade na prática. Seria como se faltassem os atos equivalentes, ou seja, atuações que correspondam à sindérese. A problemática não está entre Deus e o homem quanto ao alvo, mas sim, em como atingi-lo. Em outras palavras, a questão de fundo trata-se dos meios para alcançar o fim.
Diante de tal conflito, mesmo admitindo que a vontade original, para o bem, esteja na natureza constitutiva do homem, este não consegue efetivá-la. Dito de outra forma, admitir que a vontade e a razão sejam mecanismos de compreensão, ainda que palidamente, da vontade de Deus, tornam-se inúteis para tal, até porque elas resistem à vontade de Deus, conseqüência do pecado.
Em terceiro lugar,Lutero diz, então, que a sindérese mostra-se inoperante na prática.
Ora, impossibilitada de se concretizar, questiona-se seu caráter de realidade, pois, numa dimensão fenomenológica, ela “contradiz a coisa hipostasiada em si.” Há uma redução da sindérese à simples postulação. Diante disso, Lutero conclui que “a natureza é ressuscitável.”
terça-feira, 14 de julho de 2020
O JESUS CRISTO LIBERTADOR DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO SEGUNDO LEONARDO BOFF
Com a queda do muro de Berlin,a fragmentação da Russia e a derrocada do comunismo no mundo inteiro,as teologias associadas de certa forma ao marxismo caíram em descrédito,e claro a Teologia da Libertação em suas várias formas também caiu.
Apesar dela ainda estar presente em alguns círculos acadêmicos e eclesiásticos,perdeu em muito a influência que exercia tanto na Igreja Católica como na Igreja protestante.
Assim como no post da "Livre Graça" distorcido,assim é a Teologia da Libertação,que perdeu sua influência,mas seu erro cristológico ainda está presente,reaparecendo de diversas formas.
Vamos ver um pouco da hermenêutica que produziu a cristologia da Teologia da Libertação ou seu "Cristo Social".
Tudo começa com a clássica obra de Leonardo "O Cristo Libertador".
De origem católica da linha franciscana e como professor escreveu várias obras sobre teologia da libertação.Sua influência com a teologia da libertação na América Latina cresceu quando foi penalizado com um ano de silêncio devido o livro "Igreja,Carisma e Poder".
Hoje não mais padre abandonou a militância que muitos teólogos ainda seguem,mudando para uma linha de ecologia e auto-ajuda,apesar de alguns vestígios de preocupação social.
Porque Leonardo escreveria uma Cristologia de Libertação?
1. Os teólogos da libertação não querem fazer parte de uma outra teologia ou de uma divisão de teologia,mas como uma nova maneira de fazer teologia.Eles gostam de escrever teologia de libertação em todos os ramos da teologia.
2. No início do movimento Leonardo criam que podiam sustentar suas averiguações baseados na figura de Jesus "Histórico" e com base no Êxodo e o ministério dos profetas do Velho Testamento,a vida terrena de jesus é vista com a base do movimento.
A hermenêutica de Leonardo é vista a partir da necessidade contemporânea que vive a sociedade,logo os textos que destacam a situação dos oprimidos são os mais buscados.
A Editora Vozes produz muita coisa dos teólogos da libertação,deixando claro a hermenêutica da teologia:dores,utopias e poesias dos pobres,onde denuncia as interpretações tradicionais como sendo uma cortina de fumaça que defende os interesses da classe média masculina,branca,saxônica e americana.
Com um estilo fácil de ler e seus toques teológicos,Leonardo consegue pleno sucesso com sua teologia,mesclada com uma crítica ao marxismo como ferramenta para análise social.
Em seu livro Leonardo destaca mais o Cristo histórico do que o dogmático,usando ferramentas do histórico-crítico,e analisa Jesus numa perspectiva latino americana.Ele assume alguns postulados de Kant numa dicotomia de fé e razão.
A coluna vertebral da sua teologia tem como foco:
1. Estudar Jesus como homem e não como Deus
2. Ver israel na perspectiva de uma escravidão romana
3. A vida humana de Jesus dá dicas de como o povo latino americano pode sair desse amordaçado.
Então a cristologia de Leonardo é a de apresentar Jesus como uma figura histórica apenas.
Usando o método crítico histórico, a Bíblia para Leonardo é um livro comum e deve ser submetido à uma análise racional quanto ao seu conteúdo e literária quanto a sua composição.
Boff adota os pressupostos do liberalismo clássico,afirma que a comunidade primitiva ao defrontar com as palavras de Jesus,interpretou-as e modificou-as criando novos ditos,mas sem nunca abandonar o Cristo,chegando a influenciar o Cristo.Assim a bíblia não pode ser lida conforme a hermenêutica tradicional,pois essa não deixa que a verdadeira mensagem seja vista.
Assim a historicidade do velho testamento é visto com ceticismo e muita fábulas,pondo em dúvida tanto o canon como sua inspiração.
Como esse papo está me dando enjoo vou parar por aqui,só lembrando que esse bicho teologia da Libertação ainda está solto, e o pior presente em muitas igrejas ditas evangélicas e em teólogos ditos cristãos.....
Com a queda do muro de Berlin,a fragmentação da Russia e a derrocada do comunismo no mundo inteiro,as teologias associadas de certa forma ao marxismo caíram em descrédito,e claro a Teologia da Libertação em suas várias formas também caiu.
Apesar dela ainda estar presente em alguns círculos acadêmicos e eclesiásticos,perdeu em muito a influência que exercia tanto na Igreja Católica como na Igreja protestante.
Assim como no post da "Livre Graça" distorcido,assim é a Teologia da Libertação,que perdeu sua influência,mas seu erro cristológico ainda está presente,reaparecendo de diversas formas.
Vamos ver um pouco da hermenêutica que produziu a cristologia da Teologia da Libertação ou seu "Cristo Social".
Tudo começa com a clássica obra de Leonardo "O Cristo Libertador".
De origem católica da linha franciscana e como professor escreveu várias obras sobre teologia da libertação.Sua influência com a teologia da libertação na América Latina cresceu quando foi penalizado com um ano de silêncio devido o livro "Igreja,Carisma e Poder".
Hoje não mais padre abandonou a militância que muitos teólogos ainda seguem,mudando para uma linha de ecologia e auto-ajuda,apesar de alguns vestígios de preocupação social.
Porque Leonardo escreveria uma Cristologia de Libertação?
1. Os teólogos da libertação não querem fazer parte de uma outra teologia ou de uma divisão de teologia,mas como uma nova maneira de fazer teologia.Eles gostam de escrever teologia de libertação em todos os ramos da teologia.
2. No início do movimento Leonardo criam que podiam sustentar suas averiguações baseados na figura de Jesus "Histórico" e com base no Êxodo e o ministério dos profetas do Velho Testamento,a vida terrena de jesus é vista com a base do movimento.
A hermenêutica de Leonardo é vista a partir da necessidade contemporânea que vive a sociedade,logo os textos que destacam a situação dos oprimidos são os mais buscados.
A Editora Vozes produz muita coisa dos teólogos da libertação,deixando claro a hermenêutica da teologia:dores,utopias e poesias dos pobres,onde denuncia as interpretações tradicionais como sendo uma cortina de fumaça que defende os interesses da classe média masculina,branca,saxônica e americana.
Com um estilo fácil de ler e seus toques teológicos,Leonardo consegue pleno sucesso com sua teologia,mesclada com uma crítica ao marxismo como ferramenta para análise social.
Em seu livro Leonardo destaca mais o Cristo histórico do que o dogmático,usando ferramentas do histórico-crítico,e analisa Jesus numa perspectiva latino americana.Ele assume alguns postulados de Kant numa dicotomia de fé e razão.
A coluna vertebral da sua teologia tem como foco:
1. Estudar Jesus como homem e não como Deus
2. Ver israel na perspectiva de uma escravidão romana
3. A vida humana de Jesus dá dicas de como o povo latino americano pode sair desse amordaçado.
Então a cristologia de Leonardo é a de apresentar Jesus como uma figura histórica apenas.
Usando o método crítico histórico, a Bíblia para Leonardo é um livro comum e deve ser submetido à uma análise racional quanto ao seu conteúdo e literária quanto a sua composição.
Boff adota os pressupostos do liberalismo clássico,afirma que a comunidade primitiva ao defrontar com as palavras de Jesus,interpretou-as e modificou-as criando novos ditos,mas sem nunca abandonar o Cristo,chegando a influenciar o Cristo.Assim a bíblia não pode ser lida conforme a hermenêutica tradicional,pois essa não deixa que a verdadeira mensagem seja vista.
Assim a historicidade do velho testamento é visto com ceticismo e muita fábulas,pondo em dúvida tanto o canon como sua inspiração.
Como esse papo está me dando enjoo vou parar por aqui,só lembrando que esse bicho teologia da Libertação ainda está solto, e o pior presente em muitas igrejas ditas evangélicas e em teólogos ditos cristãos.....
Amós 9:11-12 e Atos 15:15-18
AMOS 9:11-12 e ATOS 15:15-18
AMÓS 9:11-12 e ATOS 15:15-18 — “Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas ruínas, e o edificarei como nos dias da antiguidade; para que possuam o restante de Edom, e todos os gentios que são chamados pelo meu nome, diz o Senhor, que faz essas coisas.”
Considerando que Tiago citou esta passagem em conexão com os gentios sendo salvos e introduzidos na Igreja, mais uma vez costuma-se pensar que aquela edificação do tabernáculo de Davi seria algo espiritual e não literal.
Tiago não disse que isso era o cumprimento de Amós 9, mas o que ele disse foi: “... e com isto concordam as palavras dos profetas” (At 15:15).
Este é mais um exemplo de não se ler uma passagem em seu contexto.
A razão pela qual Tiago citou Amós 9 foi para mostrar que aquilo se enquadrava na maneira de Deus agir, no sentido de que a bênção deveria alcançar os gentios sem exigir que eles fossem circuncidados.
Era este o tópico das discussões deles.
Tiago citou Amós 9 do modo como está na versão Septuaginta, que diz: “Para que o restante dos homens busque ao Senhor, e todos os gentios, sobre os quais o meu nome é invocado” (At 15:17).
Isso demonstra que as nações que confessarem o nome do Senhor no Milênio não precisarão ter a circuncisão imposta sobre elas.
Tendo isso em vista, Tiago deu sua opinião sobre o assunto. Se a circuncisão não será exigida dos gentios naquele dia futuro, então eles não deveriam impor isso sobre os crentes gentios hoje no Dia da Graça.
Tiago meramente aplicou o princípio da passagem de Amós 9 para a situação que se apresentava ali, pois “com isto concordam” (At 15:15).
Isso trouxe luz quanto ao modo de agir em relação à circuncisão dos gentios, e “pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja” (At 15:22).
SALMO 118:22 — “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina”.
Considerando que este versículo foi citado por Pedro em Atos 4:11 e em 1 Pedro 2:7 de acordo com Teologia do Pacto conclui-se que ele está falando da Igreja.
O Deus que se revela
O DEUS QUE SE REVELA
"Querido Cauã"
Quando estudamos "Teologia" ( Conhecimento de Deus ),a lógica é começar estudando dobre Deus,e ela parte de 2 pressupostos:
1. Deus existe
2. Que Ele se revelou
A Teologia parte desse ponto : a revelação de Deus,pois se Ele não se revelasse seria impossível estudá-lO.
Quando falamos de revelação,estamos falando das Escrituras,pois se colocarmos a mente humana como base para esse conhecimento,jamais ela poderá chegar à uma noção lógica de quem é Deus.
Como vamos falar de Deus se não admitimos que Ele exista?
Então estudar Deus parte desse pressuposto que Ele existe,mas não uma simples Coisa,mas um Ser pessoal Auto-Existente,Auto-Consciente,que é a origem de todas as coisas,mas que transcende a criação inteira e ao mesmo tempo é imanente.
Claro que essa demonstração deixa lugar para dúvidas,pois a "fé" é necessária pra esse conhecimento,mas apesar disso a fé tem informações confiáveis para se depositar.
Conhecer Deus pode ser inútil ou um fracasso:
1. Inútil se alguém achar que há recompensa para esse conhecimento
2. Fracasso se alguém forçar mediante argumentação,num sentido lógico,pois ninguém tem essa capacidade.
Cremos na existência de Deus pela fé,mas não é uma fé cega,mas uma fé co provas,provas que se acham nas Escrituras e na Natureza.
Biblicamente as Escrituras não quer provar a existência de Deus,pois não esse o seu objetivo.O texto que mais se aproxima disso é Hebreus 11:6 “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.
A Bíblia já incia fazendo essa afirmação,pois ela parte do pressuposto que Ele existe,mostrando Deus como criador e sustentador do universo.
O objetivo das Escrituras é revelar o plano divino da Redenção,plano que Ele revela gradativamente,conforme sua soberania,assim vemos Deus escolhendo Israel na velha aliança,onde essa se culmina na pessoa e obra de Cristo,bem clara nas páginas do Novo Testamento.
Nisso vemos a revelação de deus em palavras e atos,que se tornam a base da nossa fé,e somente pela fé cremos que essa é a revelação de Deus,e somente pela fé compreendemos conforme o próprio Jesus disse : “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”, João 7.17. E esse conhecimento só acontece se tivermos uma íntima comunhão com Deus e não como objeto de pesquisa.Como Oséias afirma,esse conhecer é gradativo “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor”, Oséias 6.3. ( O não crente jamais poderá obter um conhecimento de quem é Deus 1 Coríntios 1:20-21)
A negação da existência de Deus é feita de várias formas,mas aqui não é esse o meu interesse,então vou poupar desse incômodo.
Apesar dessa ideia da existência de Deus ser universal em todas as raças e tribos do mundo e em todas as épocas,sempre houve e vai haver quem queira negar sua existência.
Eu particularmente tenho minhas dúvidas doas chamados "ateus práticos e teóricos",pois os primeiros são pessoas "não religiosas",que não contam com Deus e vivem como se Deus não existisse,os outros são em regra um tipo mais intelectual e negam a existência de Deus num processo de raciocínio.
Eu chego a afirmar que ninguém nasce ateus,pois existe um "semen religionis"implantada em todo ser pela criação do homem à "imagem" de Deus,e claro o tal "ateus" nada mais é que o estado moral pervertido do homem em sua luta em fugir de Deus.
Para informação vou expor alguns argumentos,digamos racionais da existência de Deus.Argumentos sugeridos por Platão e Aristóteles,desenvolvido por Wolff e com acréscimos por modernos filósofos da religião
1. Argumento antológico
Este argumento foi apresentado em várias formas por Anselmo, Descartes, Samuel Clark, e outros.O homem tem a idéia de um ser absolutamente perfeito; que a existência é atributo de perfeição; e que, portanto, um ser absolutamente perfeito tem que existir.Hegel o aclamou como um grande argumento em favor da existência de Deus.
2. Argumento cosmológico
Cada coisa existente no mundo tem que ter uma causa adequada; sendo assim, o universo também tem que ter uma causa adequada, isto é, uma causa indefinidamente grande.Kant assinalou que tudo que existe tem uma causa adequada.O cosmo teve uma cauda única, uma causa pessoal e absoluta, e, portanto, prova a existência de Deus.
3. Argumento teleológico
Este argumento também é causal e, na verdade, é apenas uma extensão do imediatamente anterior.Em toda parte o mundo revela inteligência, ordem, harmonia e propósito, e assim implica a existência de um ser inteligente e com propósito, apropriado para a produção de um mundo como este. Kant considera este argumento o melhor dos três que mencionamos,e mostra a existência de um grande arquiteto que modelou o mundo : "O mundo contém evidências de inteligência e propósito."
4. Argumento moral
Kant tomou seu ponto de partida no imperativo categórico, e deste deferiu a existência de alguém como legislador e juiz, tem absoluto direito de dominar o homem. Em sua opinião, este argumento é muito superior a qualquer dos outros. É o argumento em que se apóia principalmente, para provar a existência de Deus. Esta pode ser uma das razões pelas quais este argumento é mais geralmente reconhecido do que qualquer outro, embora nem sempre com a mesma formulação.
5. Argumento etnológico
Entre todos os povos e tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos exteriores.Visto que o fenômeno é universal, deve pertencer à própria natureza do homem. E se a natureza do homem naturalmente leva ao culto religioso, isto só pode achar sua explicação num ser superior que constituiu o homem um ser religioso.
Dados essa argumentação acima,vamos à uma resposta mais direta à sua inteligente pergunta:
Na verdade,Deus no Éden mostrou sua cara,mas infelizmente Adão optou em não querer um íntimo relacionamento com Ele,preferindo a si mesmo ou o que chamamos de pecado ( “Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você? ” E ele respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”. (Gênesis 3:8-10)
A desobediência criou um véu de separação entre o Criador e o homem,logo amado,não é Deus quem não queira mostrar a cara,mas o homem que com a natureza pecaminosa não tem como suportar essa manifestação de Deus.
Deus então em seu plano eterno ( Efésios 1:5-6 "E, em seu amor, nos predestinou para sermos adotados como filhos, por intermédio de Jesus Cristo, segundo a benevolência da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos outorgou gratuitamente no Amado ")
Então Deus foi se mostrando a través da natureza,e o apóstolo Paulo afirma que a criação já é o suficiente para deixar o homem sem argumento de Ele existe ( Romanos 1:19-21 "Pois o que de Deus se pode conhecer é evidente entre eles, porque o próprio Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido observados claramente, podendo ser compreendidos por intermédio de tudo o que foi criado, de maneira que tais pessoas são indesculpáveis; porquanto, mesmo havendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças; ao contrário, seus pensamentos passaram a ser levianos, imprudentes, e o coração insensato deles tornou-se em trevas."
"Querido Cauã"
Quando estudamos "Teologia" ( Conhecimento de Deus ),a lógica é começar estudando dobre Deus,e ela parte de 2 pressupostos:
1. Deus existe
2. Que Ele se revelou
A Teologia parte desse ponto : a revelação de Deus,pois se Ele não se revelasse seria impossível estudá-lO.
Quando falamos de revelação,estamos falando das Escrituras,pois se colocarmos a mente humana como base para esse conhecimento,jamais ela poderá chegar à uma noção lógica de quem é Deus.
Como vamos falar de Deus se não admitimos que Ele exista?
Então estudar Deus parte desse pressuposto que Ele existe,mas não uma simples Coisa,mas um Ser pessoal Auto-Existente,Auto-Consciente,que é a origem de todas as coisas,mas que transcende a criação inteira e ao mesmo tempo é imanente.
Claro que essa demonstração deixa lugar para dúvidas,pois a "fé" é necessária pra esse conhecimento,mas apesar disso a fé tem informações confiáveis para se depositar.
Conhecer Deus pode ser inútil ou um fracasso:
1. Inútil se alguém achar que há recompensa para esse conhecimento
2. Fracasso se alguém forçar mediante argumentação,num sentido lógico,pois ninguém tem essa capacidade.
Cremos na existência de Deus pela fé,mas não é uma fé cega,mas uma fé co provas,provas que se acham nas Escrituras e na Natureza.
Biblicamente as Escrituras não quer provar a existência de Deus,pois não esse o seu objetivo.O texto que mais se aproxima disso é Hebreus 11:6 “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”.
A Bíblia já incia fazendo essa afirmação,pois ela parte do pressuposto que Ele existe,mostrando Deus como criador e sustentador do universo.
O objetivo das Escrituras é revelar o plano divino da Redenção,plano que Ele revela gradativamente,conforme sua soberania,assim vemos Deus escolhendo Israel na velha aliança,onde essa se culmina na pessoa e obra de Cristo,bem clara nas páginas do Novo Testamento.
Nisso vemos a revelação de deus em palavras e atos,que se tornam a base da nossa fé,e somente pela fé cremos que essa é a revelação de Deus,e somente pela fé compreendemos conforme o próprio Jesus disse : “Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”, João 7.17. E esse conhecimento só acontece se tivermos uma íntima comunhão com Deus e não como objeto de pesquisa.Como Oséias afirma,esse conhecer é gradativo “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor”, Oséias 6.3. ( O não crente jamais poderá obter um conhecimento de quem é Deus 1 Coríntios 1:20-21)
A negação da existência de Deus é feita de várias formas,mas aqui não é esse o meu interesse,então vou poupar desse incômodo.
Apesar dessa ideia da existência de Deus ser universal em todas as raças e tribos do mundo e em todas as épocas,sempre houve e vai haver quem queira negar sua existência.
Eu particularmente tenho minhas dúvidas doas chamados "ateus práticos e teóricos",pois os primeiros são pessoas "não religiosas",que não contam com Deus e vivem como se Deus não existisse,os outros são em regra um tipo mais intelectual e negam a existência de Deus num processo de raciocínio.
Eu chego a afirmar que ninguém nasce ateus,pois existe um "semen religionis"implantada em todo ser pela criação do homem à "imagem" de Deus,e claro o tal "ateus" nada mais é que o estado moral pervertido do homem em sua luta em fugir de Deus.
Para informação vou expor alguns argumentos,digamos racionais da existência de Deus.Argumentos sugeridos por Platão e Aristóteles,desenvolvido por Wolff e com acréscimos por modernos filósofos da religião
1. Argumento antológico
Este argumento foi apresentado em várias formas por Anselmo, Descartes, Samuel Clark, e outros.O homem tem a idéia de um ser absolutamente perfeito; que a existência é atributo de perfeição; e que, portanto, um ser absolutamente perfeito tem que existir.Hegel o aclamou como um grande argumento em favor da existência de Deus.
2. Argumento cosmológico
Cada coisa existente no mundo tem que ter uma causa adequada; sendo assim, o universo também tem que ter uma causa adequada, isto é, uma causa indefinidamente grande.Kant assinalou que tudo que existe tem uma causa adequada.O cosmo teve uma cauda única, uma causa pessoal e absoluta, e, portanto, prova a existência de Deus.
3. Argumento teleológico
Este argumento também é causal e, na verdade, é apenas uma extensão do imediatamente anterior.Em toda parte o mundo revela inteligência, ordem, harmonia e propósito, e assim implica a existência de um ser inteligente e com propósito, apropriado para a produção de um mundo como este. Kant considera este argumento o melhor dos três que mencionamos,e mostra a existência de um grande arquiteto que modelou o mundo : "O mundo contém evidências de inteligência e propósito."
4. Argumento moral
Kant tomou seu ponto de partida no imperativo categórico, e deste deferiu a existência de alguém como legislador e juiz, tem absoluto direito de dominar o homem. Em sua opinião, este argumento é muito superior a qualquer dos outros. É o argumento em que se apóia principalmente, para provar a existência de Deus. Esta pode ser uma das razões pelas quais este argumento é mais geralmente reconhecido do que qualquer outro, embora nem sempre com a mesma formulação.
5. Argumento etnológico
Entre todos os povos e tribos da terra há um sentimento religioso que se revela em cultos exteriores.Visto que o fenômeno é universal, deve pertencer à própria natureza do homem. E se a natureza do homem naturalmente leva ao culto religioso, isto só pode achar sua explicação num ser superior que constituiu o homem um ser religioso.
Dados essa argumentação acima,vamos à uma resposta mais direta à sua inteligente pergunta:
Na verdade,Deus no Éden mostrou sua cara,mas infelizmente Adão optou em não querer um íntimo relacionamento com Ele,preferindo a si mesmo ou o que chamamos de pecado ( “Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. Mas o Senhor Deus chamou o homem, perguntando: “Onde está você? ” E ele respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”. (Gênesis 3:8-10)
A desobediência criou um véu de separação entre o Criador e o homem,logo amado,não é Deus quem não queira mostrar a cara,mas o homem que com a natureza pecaminosa não tem como suportar essa manifestação de Deus.
Deus então em seu plano eterno ( Efésios 1:5-6 "E, em seu amor, nos predestinou para sermos adotados como filhos, por intermédio de Jesus Cristo, segundo a benevolência da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos outorgou gratuitamente no Amado ")
Então Deus foi se mostrando a través da natureza,e o apóstolo Paulo afirma que a criação já é o suficiente para deixar o homem sem argumento de Ele existe ( Romanos 1:19-21 "Pois o que de Deus se pode conhecer é evidente entre eles, porque o próprio Deus lhes manifestou. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido observados claramente, podendo ser compreendidos por intermédio de tudo o que foi criado, de maneira que tais pessoas são indesculpáveis; porquanto, mesmo havendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças; ao contrário, seus pensamentos passaram a ser levianos, imprudentes, e o coração insensato deles tornou-se em trevas."
No passado,muitos quiseram "ver Deus",mas isso não foi possível,pois nem precisaria a pessoa de Deus se mostrar,só a Sua glória já destruiria o homem Moisés viu a glória por uma fresta da rocha e isso em milésimos de segundos (Êxodo 33:18-23 "Então disse Moisés: "Peço-te que me mostres a tua glória". E Deus respondeu: "Diante de você farei passar toda a minha bondade e diante de você proclamarei o meu nome: o Senhor. Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericordia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão.E acrescentou: "Você não poderá ver a minha face, porque ninguém poderá ver-me e continuar vivo". E prosseguiu o Senhor: "Há aqui um lugar perto de mim, onde você ficará, em cima de uma rocha.Quando a minha glória passar, eu o colocarei numa fenda da rocha e o cobrirei com a minha mão até que eu tenha acabado de passar. Então tirarei a minha mão e você verá as minhas costas; mas a minha face ninguém poderá ver".)
A forma mais explícita através da qual Deus se mostrou ou personificou foi a través de Jesus,onde aquele véu colocado desde a época de Adão foi tirado,chamado na teologia como a máxima da revelação de Deus ou revelação especial .O próprio Jesus afirmou isso : João 14:9,João 14:1-6,João 14:1-3 e João 1
Então querido a questão não deus querer ou não se mostrar ou revelar,é que esse homem com a natureza pecaminosa não conseguiria resistir à uma manifestação d'Ele e se ele se mostrasse muitos com o próprio Adão nãoiria querê-lO, ou até distorcer essa manifestação.
Conhecedor do homem Deus foi se mostrando progressivamente para que Ele fosse entendido
sábado, 11 de julho de 2020
CAÇADOR DE DEUS
CAÇADOR DE DEUS
Caçador de Deus existe desde o começo da história humana,o meu e o seu são apenas mais dois nomes,entre os vários existentes na história.Nomes conhecidos como o de Abraão, o pastor errante, a Moisés, o gago adotivo, incluindo Davi, o jovem pastor de ovelhas. E, assim, no decorrer dos tempos, os nomes continuam aparecendo, desde Madame Jeanne Guyon, Evan Roberts, William Seymour do célebre avivamento de Azusa Street, até os nossos dias como Ap. Sandro Murilo,Cássio Vargas,Roberta Dourado e por aí vai.
Deus sempre está esperando ser alcançado por alguém cuja fome exceda seu autocontrole.
Os caçadores de Deus têm muita coisa em comum. Primeiramente, eles não estão interessados em se acamparem ao redor de verdades conhecidas por todos, ao contrário: estão sempre atrás da doce presença do Todo-Poderoso. Sua busca pode causar espanto à Igreja mas, geralmente, os transporta de lugares áridos até o lugar que o Senhor está. Se você é um caçador de Deus, não se contentará em, simplesmente, seguir as trilhas de Deus. Você as seguirá até que apreenda Sua presença.
A diferença entre a verdade de Deus ( λόγος ) e a revelação ( ῥῆμα ) de Deus é muito simples. A verdade é onde Deus esteve. A revelação é onde Deus está. A verdade são as trilhas de Deus, Seu rastro, Sua trajetória, mas nos leva aonde? Conduz-nos a Ele. Talvez muitas pessoas fiquem satisfeitas se souberem onde Deus esteve, mas os verdadeiros caçadores de Deus não se contentam em somente estudar Seu rastro ou Suas verdades: eles querem conhecê-Lo, saber onde Ele está e o que Ele está fazendo agora.
Infelizmente, a maior parte da Igreja está como um detetive à procura do lugar onde Deus esteve. Um caçador, por exemplo, pode chegar a muitas conclusões estudando as trilhas de um animal. Ele pode determinar a direção em que está indo, há quanto tempo esteve ali, qual seu peso, se é macho ou fêmea e assim por diante.
A Igreja, hoje, gasta incontáveis horas e muita energia debatendo sobre onde Deus esteve, quão poderosamente Ele agiu quando estava lá e a natureza de Sua operação. Para o verdadeiro caçador de Deus todas estas coisas são irrelevantes. Ele quer percorrer a trilha da verdade até chegar ao ponto da revelação, o ponto onde Deus está.
Um caçador de Deus pode ser estimulado por algumas verdades e ficar emocionado em determinar o peso da glória que passou por aquele caminho, ou há quanto tempo foi. Mas é, justamente, este o problema: há quanto tempo foi?
Um verdadeiro caçador de Deus não se satisfaz com a verdade passada, ele anseia pela verdade presente.
O caçador de Deus não quer apenas estudar o que Deus fez, porém está ansioso para ver o que Deus está fazendo.
Existe uma grande diferença entre a verdade presente e a passada (2 Pedro 1:12). Temo que muito do que a Igreja tenha estudado seja a verdade passada, e muito pouco do que sabemos seja a verdade presente.
Deixe que o caçador de Deus sinta o cheiro da proximidade de Deus e veja o que acontece.
Como a Bíblia diz, o cheiro das águas faz com que muitas coisas aconteçam ( Jó 14:9).
Como numa trilha de caça,o caçador de Deus fica ainda mais agitado quando alcançarem sua presa. E, neste caso, a presa é a presença do Pai.
Tudo que posso dizer é que sou um caçador de Deus. E também o são todos aqueles que têm experimentado encontros com Deus. Por que você não vem se juntar àqueles que buscam a Deus? O que queremos é somente estar com Ele.
1. "Minha alma a Ti se une, e tua destra me sustenta" (Salmo 63:8)
Nós pensamos que sabemos onde Deus está. Nós pensamos que sabemos o que O agrada e estamos certos de que sabemos aquilo que O desagrada. Temos estudado tanto a Palavra de Deus e Suas cartas de amor para as igrejas, que alguns de nós alegam saber tudo sobre Deus. Mas, agora, pessoas como você e eu, em diferentes lugares do mundo, estão começando a ouvir uma voz persistente no silêncio da noite:
“Não estou perguntando o quanto você sabe a Meu respeito. Quero lhe perguntar: Você realmente Me conhece? Você realmente Me deseja?”
Eu pensava que sim. Pensava que havia alcançado um nível considerável de sucesso no ministério,afinal bacharel em teologia,41 anos de convertido,37 anos de pastor....
Mas no ano de 2020,aconteceu algo que mudou tudo isto e colocou em cheque todos os meus talentos, credenciais e realizações no ministério. Havia brotado em meu coração uma fome que parecia insaciável. Aquele vazio incômodo que perdurava dentro de mim, apesar de minhas realizações ministeriais, ficava cada vez maior. Estava com um frustrante pavor, uma deprimente premonição.
Faço parte da quarta geração de uma família atuante no ministério da Igreja.Estava como a maior parte das pessoas que tentamos atrair aos nossos cultos semanalmente. Elas também estão cansadas da igreja e, por isso, não vêm. Por outro lado, mesmo que a maior parte daqueles que estão em nossas igrejas e em nossas reuniões também possa estar entediada, está, de igual modo, faminta de Deus.
Elas estão famintas para ouvir algo que esteja além de si mesmas, algo que não estão ouvindo na Igreja hoje. A questão é: as pessoas estão enfadadas da Igreja porque ela tem se portado como mera difusora da Bíblia! As pessoas querem estar ligadas a um poder maior! Sua fome as leva a qualquer lugar, menos à igreja. Elas estão à procura de algo para saciar a fome que lhes corrói a alma.
Ironicamente, mesmo sendo um ministro do evangelho, eu estava sofrendo da mesma fome que aflige aqueles que nunca tiveram um encontro com Jesus! Não me contentava mais em apenas saber sobre Jesus.
Você pode saber tudo sobre presidentes, realezas e celebridades; pode conhecer seus hábitos alimentares, endereço, estado civil. Mas, saber sobre eles não significa ter intimidade com eles, não significa que você os conheça. ( é possível compartilhar informações sobre alguém sem conhecê-lo pessoalmente. )
Caçador de Deus existe desde o começo da história humana,o meu e o seu são apenas mais dois nomes,entre os vários existentes na história.Nomes conhecidos como o de Abraão, o pastor errante, a Moisés, o gago adotivo, incluindo Davi, o jovem pastor de ovelhas. E, assim, no decorrer dos tempos, os nomes continuam aparecendo, desde Madame Jeanne Guyon, Evan Roberts, William Seymour do célebre avivamento de Azusa Street, até os nossos dias como Ap. Sandro Murilo,Cássio Vargas,Roberta Dourado e por aí vai.
Deus sempre está esperando ser alcançado por alguém cuja fome exceda seu autocontrole.
Os caçadores de Deus têm muita coisa em comum. Primeiramente, eles não estão interessados em se acamparem ao redor de verdades conhecidas por todos, ao contrário: estão sempre atrás da doce presença do Todo-Poderoso. Sua busca pode causar espanto à Igreja mas, geralmente, os transporta de lugares áridos até o lugar que o Senhor está. Se você é um caçador de Deus, não se contentará em, simplesmente, seguir as trilhas de Deus. Você as seguirá até que apreenda Sua presença.
A diferença entre a verdade de Deus ( λόγος ) e a revelação ( ῥῆμα ) de Deus é muito simples. A verdade é onde Deus esteve. A revelação é onde Deus está. A verdade são as trilhas de Deus, Seu rastro, Sua trajetória, mas nos leva aonde? Conduz-nos a Ele. Talvez muitas pessoas fiquem satisfeitas se souberem onde Deus esteve, mas os verdadeiros caçadores de Deus não se contentam em somente estudar Seu rastro ou Suas verdades: eles querem conhecê-Lo, saber onde Ele está e o que Ele está fazendo agora.
Infelizmente, a maior parte da Igreja está como um detetive à procura do lugar onde Deus esteve. Um caçador, por exemplo, pode chegar a muitas conclusões estudando as trilhas de um animal. Ele pode determinar a direção em que está indo, há quanto tempo esteve ali, qual seu peso, se é macho ou fêmea e assim por diante.
A Igreja, hoje, gasta incontáveis horas e muita energia debatendo sobre onde Deus esteve, quão poderosamente Ele agiu quando estava lá e a natureza de Sua operação. Para o verdadeiro caçador de Deus todas estas coisas são irrelevantes. Ele quer percorrer a trilha da verdade até chegar ao ponto da revelação, o ponto onde Deus está.
Um caçador de Deus pode ser estimulado por algumas verdades e ficar emocionado em determinar o peso da glória que passou por aquele caminho, ou há quanto tempo foi. Mas é, justamente, este o problema: há quanto tempo foi?
Um verdadeiro caçador de Deus não se satisfaz com a verdade passada, ele anseia pela verdade presente.
O caçador de Deus não quer apenas estudar o que Deus fez, porém está ansioso para ver o que Deus está fazendo.
Existe uma grande diferença entre a verdade presente e a passada (2 Pedro 1:12). Temo que muito do que a Igreja tenha estudado seja a verdade passada, e muito pouco do que sabemos seja a verdade presente.
Deixe que o caçador de Deus sinta o cheiro da proximidade de Deus e veja o que acontece.
Como a Bíblia diz, o cheiro das águas faz com que muitas coisas aconteçam ( Jó 14:9).
Como numa trilha de caça,o caçador de Deus fica ainda mais agitado quando alcançarem sua presa. E, neste caso, a presa é a presença do Pai.
Tudo que posso dizer é que sou um caçador de Deus. E também o são todos aqueles que têm experimentado encontros com Deus. Por que você não vem se juntar àqueles que buscam a Deus? O que queremos é somente estar com Ele.
1. "Minha alma a Ti se une, e tua destra me sustenta" (Salmo 63:8)
Nós pensamos que sabemos onde Deus está. Nós pensamos que sabemos o que O agrada e estamos certos de que sabemos aquilo que O desagrada. Temos estudado tanto a Palavra de Deus e Suas cartas de amor para as igrejas, que alguns de nós alegam saber tudo sobre Deus. Mas, agora, pessoas como você e eu, em diferentes lugares do mundo, estão começando a ouvir uma voz persistente no silêncio da noite:
“Não estou perguntando o quanto você sabe a Meu respeito. Quero lhe perguntar: Você realmente Me conhece? Você realmente Me deseja?”
Eu pensava que sim. Pensava que havia alcançado um nível considerável de sucesso no ministério,afinal bacharel em teologia,41 anos de convertido,37 anos de pastor....
Mas no ano de 2020,aconteceu algo que mudou tudo isto e colocou em cheque todos os meus talentos, credenciais e realizações no ministério. Havia brotado em meu coração uma fome que parecia insaciável. Aquele vazio incômodo que perdurava dentro de mim, apesar de minhas realizações ministeriais, ficava cada vez maior. Estava com um frustrante pavor, uma deprimente premonição.
Faço parte da quarta geração de uma família atuante no ministério da Igreja.Estava como a maior parte das pessoas que tentamos atrair aos nossos cultos semanalmente. Elas também estão cansadas da igreja e, por isso, não vêm. Por outro lado, mesmo que a maior parte daqueles que estão em nossas igrejas e em nossas reuniões também possa estar entediada, está, de igual modo, faminta de Deus.
Elas estão famintas para ouvir algo que esteja além de si mesmas, algo que não estão ouvindo na Igreja hoje. A questão é: as pessoas estão enfadadas da Igreja porque ela tem se portado como mera difusora da Bíblia! As pessoas querem estar ligadas a um poder maior! Sua fome as leva a qualquer lugar, menos à igreja. Elas estão à procura de algo para saciar a fome que lhes corrói a alma.
Ironicamente, mesmo sendo um ministro do evangelho, eu estava sofrendo da mesma fome que aflige aqueles que nunca tiveram um encontro com Jesus! Não me contentava mais em apenas saber sobre Jesus.
Você pode saber tudo sobre presidentes, realezas e celebridades; pode conhecer seus hábitos alimentares, endereço, estado civil. Mas, saber sobre eles não significa ter intimidade com eles, não significa que você os conheça. ( é possível compartilhar informações sobre alguém sem conhecê-lo pessoalmente. )
sexta-feira, 10 de julho de 2020
Revestidos do alto
COMO CUMPRIR A GRANDE COMISSÃO
( Mateus 19:19-20 )
A Igreja tem uma missão a cumprir,mas tal missão não será cumprida conforme nossos esforços e estratégias,mas conforme a ação divina e estratégia divina.
Esta missão,envolve a Igreja como um todo,mas também cada membro que a compõe.
A grande questão,é que quando não cumprimos uma função dada,trazemos a consequência da disfunção,que numa linguagem bem simples seria "atrapalhar".
Nós como Igreja temos uma missão;fazer da conversão do mundo nossa dedicação.
É aqui que surge uma pergunta: Do que precisamos para cumprir nossa missão?
Quando o Mestre designou os discípulos para a Grande Missão,fez uma exortação: deveriam ficar na cidade de Jerusalém,até que do alto fossem "revestidos de poder".Esse revestimento ou cumprimento da promessa é um fator básico para se cumprir a Grande Comissão.
É básico,porque a Grande Comissão não será cumprida por meio de esforços humanos ou estratégias humanas,mas por uma ação e uma estratégia divinas.
Talvez isso explica o inchaço nas igrejas atuais com tantos membros não convertidos,onde a porta do fundo sai mais gente do que entra pela porta da frente.
Quero lembrar,que esta ordem e esta admoestação é para todos os cristãos da época primitiva,passando pela história e chegando até nós,isso traz uma implicação: e os que acham que essa ação do Espirito passou?Como estão cumprindo esta comissão?
Ninguém terá bom êxito na Grande Comissão a não ser através desse revestimento,aliás,estamos até proibidos de fazê-lo,pois seria um desrespeito à sua ordem e afirmação,que "sem Ele nada poderíamos fazer ".
Os primeiros cristãos,sempre serão o nosso padrão em tudo,e segundo os relatos das Escrituras,eles consagram-se a esse trabalho,numa contínua vida de oração e súplicas,até que do alto foram revestidos,recebendo o que fora prometido pelo Mestre :revestimento de poder do alto.
Quero fazer uma pergunta aqui: Quando eu e você vamos cumprir nossa missão e propósito,o fazemos com base na nossa capacidade e conhecimento,ou na dependência da capacitação,autoridade e legalidade do Espírito?
A depender da sua resposta,isso vai explicar o insucesso no cumprir dessa missão por muitos de nós,cuja as redes são lançadas e nenhum "peixe" é pego,por tentarmos fazê-lo segundo nossos esforços,intelectualidade e estratégias.
É muito engraçado,eu diria antagônico,declararmos que Jesus é nosso Senhor,mas fazemos o que queremos e como queremos.Uma delegação de missão,deve ser feita conforme se foi ordenado e não segundo nossa cabeça.
Mas ai vem uma outra pergunta: Como podemos receber esse revestimento?
E aqui,os "cristãos" criam centenas de fórmulas,quando o Mestre simplesmente nos disse: Peça,pois o Pai está pronto a dar a todos que lho pedirem.
Mas ai vem outra pergunta : Porque tantos pedem e tão poucos recebem?
Existe um grande abismo entre "pedir e receber"o que se torna uma pedra de tropeço para muitos.Como explicar tal discrepância?
Poderíamos colocar aqui algumas respostas:
1. Talvez não estejamos realmente dispostos a receber aquilo que pedimos
2. Talvez nós somos complacentes demais conosco mesmo.( onde há iniquidade não se pode receber nada de Deus)
3. Somos descaridosos
4. Somos severos em nossos julgamentos
5. Somos auto-dependentes
6. Repelimos a convicção de pecados
7. Recusamos confessar à todas as partes envolvidas
8. Não queremos restituir às partes prejudicadas
9. Somos cheios de preconceitos insinceros
10. Somos ressentidos
11. Temos espirito de vingança
12. Somos cheios de ambições mundanas
13. Comprometemo-nos em algum ponto e por orgulho não queremos abrir mão,rejeitando possíveis esclarecimentos.
14. Defendemos indevidamente interesses da nossa denominação ou linha teológica
15. Resistimos aos ensinos do Espirito em sua Palavra
16. Entristecemos o Espirito Santo
17. Extinguimos o Espirito Santo
18. Somos impacientes ao esperar
19. Demasiadamente envolvidos com a vida secular
20. Incredulidade que nos impede de pedir e se pedimos não acreditamos que vamos receber
( Mateus 19:19-20 )
A Igreja tem uma missão a cumprir,mas tal missão não será cumprida conforme nossos esforços e estratégias,mas conforme a ação divina e estratégia divina.
Esta missão,envolve a Igreja como um todo,mas também cada membro que a compõe.
A grande questão,é que quando não cumprimos uma função dada,trazemos a consequência da disfunção,que numa linguagem bem simples seria "atrapalhar".
Nós como Igreja temos uma missão;fazer da conversão do mundo nossa dedicação.
É aqui que surge uma pergunta: Do que precisamos para cumprir nossa missão?
Quando o Mestre designou os discípulos para a Grande Missão,fez uma exortação: deveriam ficar na cidade de Jerusalém,até que do alto fossem "revestidos de poder".Esse revestimento ou cumprimento da promessa é um fator básico para se cumprir a Grande Comissão.
É básico,porque a Grande Comissão não será cumprida por meio de esforços humanos ou estratégias humanas,mas por uma ação e uma estratégia divinas.
Talvez isso explica o inchaço nas igrejas atuais com tantos membros não convertidos,onde a porta do fundo sai mais gente do que entra pela porta da frente.
Quero lembrar,que esta ordem e esta admoestação é para todos os cristãos da época primitiva,passando pela história e chegando até nós,isso traz uma implicação: e os que acham que essa ação do Espirito passou?Como estão cumprindo esta comissão?
Ninguém terá bom êxito na Grande Comissão a não ser através desse revestimento,aliás,estamos até proibidos de fazê-lo,pois seria um desrespeito à sua ordem e afirmação,que "sem Ele nada poderíamos fazer ".
Os primeiros cristãos,sempre serão o nosso padrão em tudo,e segundo os relatos das Escrituras,eles consagram-se a esse trabalho,numa contínua vida de oração e súplicas,até que do alto foram revestidos,recebendo o que fora prometido pelo Mestre :revestimento de poder do alto.
Quero fazer uma pergunta aqui: Quando eu e você vamos cumprir nossa missão e propósito,o fazemos com base na nossa capacidade e conhecimento,ou na dependência da capacitação,autoridade e legalidade do Espírito?
A depender da sua resposta,isso vai explicar o insucesso no cumprir dessa missão por muitos de nós,cuja as redes são lançadas e nenhum "peixe" é pego,por tentarmos fazê-lo segundo nossos esforços,intelectualidade e estratégias.
É muito engraçado,eu diria antagônico,declararmos que Jesus é nosso Senhor,mas fazemos o que queremos e como queremos.Uma delegação de missão,deve ser feita conforme se foi ordenado e não segundo nossa cabeça.
Mas ai vem uma outra pergunta: Como podemos receber esse revestimento?
E aqui,os "cristãos" criam centenas de fórmulas,quando o Mestre simplesmente nos disse: Peça,pois o Pai está pronto a dar a todos que lho pedirem.
Mas ai vem outra pergunta : Porque tantos pedem e tão poucos recebem?
Existe um grande abismo entre "pedir e receber"o que se torna uma pedra de tropeço para muitos.Como explicar tal discrepância?
Poderíamos colocar aqui algumas respostas:
1. Talvez não estejamos realmente dispostos a receber aquilo que pedimos
2. Talvez nós somos complacentes demais conosco mesmo.( onde há iniquidade não se pode receber nada de Deus)
3. Somos descaridosos
4. Somos severos em nossos julgamentos
5. Somos auto-dependentes
6. Repelimos a convicção de pecados
7. Recusamos confessar à todas as partes envolvidas
8. Não queremos restituir às partes prejudicadas
9. Somos cheios de preconceitos insinceros
10. Somos ressentidos
11. Temos espirito de vingança
12. Somos cheios de ambições mundanas
13. Comprometemo-nos em algum ponto e por orgulho não queremos abrir mão,rejeitando possíveis esclarecimentos.
14. Defendemos indevidamente interesses da nossa denominação ou linha teológica
15. Resistimos aos ensinos do Espirito em sua Palavra
16. Entristecemos o Espirito Santo
17. Extinguimos o Espirito Santo
18. Somos impacientes ao esperar
19. Demasiadamente envolvidos com a vida secular
20. Incredulidade que nos impede de pedir e se pedimos não acreditamos que vamos receber
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Romanos 9
Romanos 9
Introdução - .O Problema dos judeus
.O trágico fracasso - 9:1-6
.A eleição de Deus - 9:7-13
.A soberana vontade de Deus - 9:14-18
.O oleiro e o barro - 9:19-29
.O erro dos judeus - 9:30-33
INTRODUÇÃO - O PROBLEMA DOS JUDEUS
Nos capítulos 9 a 11 Paulo tenta enfrentar um dos problemas mais perturbadores que a Igreja tenha tido que resolver: o problema dos judeus.
Os judeus eram o povo escolhido de Deus; tinham um lugar único e especial nos propósitos de Deus; e contudo quando o Filho de Deus veio ao mundo eles o rechaçaram e o crucificaram. Como se pode explicar este trágico paradoxo? Como explicaremos o fato de que o povo de Deus crucificasse o Filho de Deus? Este é o problema que Paulo tenta enfrentar nestes capítulos. São capítulos complicados e difíceis, e, antes de começar a estudá-los em detalhe, será bom expor as idéias com que Paulo trabalha, e as linhas gerais da solução que propõe.
Uma coisa devemos notar antes de desentranhar o pensamento de Paulo: os capítulos não foram escritos com ira: foram escritos com um coração dolorido.
Paulo nunca poderia esquecer que era judeu e teria dado sua própria vida prazerosamente se, fazendo-o assim, tivesse podido levar a seus irmãos a Jesus Cristo. Paulo nunca negou que os judeus fossem o povo escolhido. Deus os tinha adotado como seu povo próprio; tinha-lhes dado a aliança e o serviço do templo, e a Lei; tinha-lhes dado a presença de sua própria glória; tinha-lhes dado os patriarcas: e, sobretudo, em sua ascendência humana, Jesus tinha sido judeu.
Paulo aceita como um axioma o lugar especial dos judeus no plano de salvação de Deus, e toma como ponto de partida de todo o problema.
O primeiro ponto que propõe é este: é verdade que os judeus como nação rechaçaram e crucificaram a Jesus, mas também é verdade que nem todos os judeus o rechaçaram; alguns deles o receberam e creram nEle, porque todos os primeiros seguidores de Jesus, nos primeiros dias, eram judeus.
Paulo logo volta os olhos à história passada e insiste em que o homem não é judeu por descender racialmente de Abraão. Várias vezes na história judia houve nos caminhos de Deus um processo de seleção — Paulo o chama eleição — pelo qual alguns dos descendentes raciais de Abraão foram escolhidos e alguns rechaçados. No caso de Abraão – Isaque, o filho nascido segundo a promessa de Deus, foi eleito, mas Ismael, o filho nascido de um processo e desejo puramente natural, não o foi. No caso de Isaque – seu filho Jacó foi eleito, mas Esaú, que era gêmeo de Jacó, não foi.
Esta seleção não tem nada que ver com méritos, não foi algo que aqueles escolhidos tivessem merecido como um direito; foi inteiramente obra da sabedoria eletiva e o poder de Deus.
Além disso, a verdadeira nação de Israel, o verdadeiro povo escolhido, nunca se identificou com a totalidade da nação; sempre se identificou com o remanescente justo, os poucos que eram fiéis a Deus quando todos os outros o negavam. Assim foi nos dias de Elias, quando sete mil permaneceram fiéis a Deus enquanto o resto da nação tinha seguido a Baal.
Era parte essencial do ensino de Isaías, quem disse: “Embora o seu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, apenas um remanescente voltará” (Isaías 10:22, NVI; Romanos 9:27).
Assim, o primeiro ponto de Paulo é que em nenhum momento o povo escolhido tinha sido todo o povo. Sempre houve seleção, eleição de parte de Deus.
Mas, é isto razoável? É razoável que Deus escolha uns e rechace outros? É esta eleição justa, razoável, equitativa e reta? E, se alguns homens são escolhidos e outros são rechaçados, não por virtude ou falta deles mesmos, como podem ser culpados se rechaçarem a Cristo, e como podem ser elogiados se o aceitam?
É aqui onde Paulo usa um argumento no qual a mente vacila, e perante o qual reagimos com toda propriedade. Simplesmente, o argumento de Paulo é que Deus pode fazer o que lhe apraz e que o homem não tem direito alguém a questionar as decisões de Deus, por inescrutáveis que possam ser.
O barro não pode replicar ao oleiro; a decoração não pode replicar ao artesão que a fez. Um artesão pode fazer dois copos, um para um propósito honorável e outro para um propósito baixo; os copos não têm nada a fazer a respeito.
Isto, diz Paulo, é o que Deus tem direito de fazer com os homens.
Cita o exemplo de Faraó (Romanos 9:17) e diz que Faraó foi introduzido no cenário da história simples e somente para ser o instrumento através do qual se demonstrasse o poder reivindicativo de Deus. Em todo caso o povo de Israel tinha sido advertido da eleição dos gentios e de seu rechaço, porque não escreveu acaso o profeta Oséias: “Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada” (Romanos 9:25; Oséias 1:10)?
Mas em todo caso este rechaço de Israel não era insensível e insubstancial e casual. Aconteceu para que os gentios pudessem entrar. A porta se fechou aos judeus para que pudesse abrir-se aos gentios. Os judeus foram rechaçados para que os gentios pudessem ser recebidos.
Se Deus endureceu os corações dos judeus e cegou seus olhos, Ele o fez com o propósito último de abrir um caminho à fé para os gentios. Aqui há um argumento estranho e terrível. Despojado de todos os elementos não essenciais, o argumento de Paulo é que Deus pode fazer o que quiser com qualquer homem ou nação, e que deliberadamente obscureceu as mentes e fechou os olhos dos judeus para que os gentios pudessem entrar.
Qual era, pois, o engano fundamental dos judeus? Esta pode parecer uma pergunta curiosa em vista do que já dissemos. Mas, paradoxalmente, Paulo sustenta que embora o rechaço dos judeus foi obra de Deus, contudo não precisava ter acontecido.
Paulo não pode escapar do eterno paradoxo — nem o deseja — de que ao mesmo tempo tudo é de Deus e o homem tem livre-arbítrio.
O engano fundamental dos judeus foi que tentaram alcançar uma correta relação com Deus por meio de seus próprios esforços humanos, pela obediência à Lei. Tentaram ganhar a salvação autonomamente; enquanto que os gentios simplesmente aceitaram o oferecimento de Deus em confiança perfeita e total.
Agora, os judeus sabiam que o único caminho a Deus era o caminho da fé, e que os interesses humanos não levam a lugar nenhum. Não disse acaso Isaías: “Todo aquele que nele crê não será confundido” (Isaías 28:16; Romanos 10:11)? E não disse Joel: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Joel 2:32; Romanos 10:13)?
Certamente, ninguém pode ter fé até que ouça o oferecimento de Deus; mas este oferecimento tinha sido feito aos judeus. Eles se aferraram ao caminho do interesse humano pela obediência à Lei; apostaram tudo nas obras; mas deveriam ter sabido que o caminho de Deus era o caminho da fé, porque os profetas o haviam dito assim.
Agora, mais uma vez terá que acentuar que tudo isto está concertado por Deus; e que foi concertado assim para permitir os gentios entrarem. Por conseguinte Paulo se volta para os gentios. Ordena-lhes não ter orgulho.
Eles estão na situação do renovo de oliveira brava que foi enxertada em uma oliveira de jardim. Não conseguiram sua salvação por si mesmos, como tampouco os judeus a conseguiram; de fato, dependem dos judeus; são somente ramos enxertados; a raiz e o pé é ainda o povo eleito.
O fato de sua própria eleição e o fato do rechaço dos judeus não têm que combinar-se para produzir orgulho no coração dos gentios. Se isto acontecer, eles também podem ser rechaçados e o serão. Mas é isto o fim? Longe disso.
O propósito de Deus é que os judeus sejam levados à inveja pela relação dos gentios com Deus, e que cheguem a solicitar ser admitidos também. Não disse acaso Moisés: “Eu os provocarei a zelos com aquele que não é povo; com louca nação os despertarei à ira” (Deuteronômio 32:21; Romanos 10:19)?
Enfim os gentios serão o instrumento pelo qual os judeus serão salvos. “E, assim, todo o Israel será salvo” (Romanos 11:26).
Paulo conclui, pois, o argumento. Podemos resumir seus passos, sem todos os detalhes.
(1) Israel é o povo, eleito.
(2) Ser membro de Israel significa mais que uma descendência racial. Sempre houve eleição na nação; e o melhor da eleição foi sempre o remanescente fiel.
(3) Esta seleção de Deus não é irrazoável, porque Deus tem o direito de fazer o que lhe apraz.
(4) Deus endureceu os corações dos judeus, mas só o fez para abrir a porta aos gentios.
(5) O engano de Israel foi depender dos interesses humanos fundados na Lei; a aproximação necessária a Deus é o de um coração totalmente crédulo.
(6) Os gentios não devem ser orgulhosos, porque só são oliveiras bravas enxertadas na oliveira de pura cepa. Eles deviam recordar isto.
(7) Este não é o fim; os judeus serão impulsionados a uma maravilhosa inveja pelo privilégio que os gentios receberam, de modo que enfim serão introduzidos pelos gentios.
(8) Assim, pois, ao final todos, judeus e gentios, serão salvos. A glória está no final do argumento de Paulo. Começa dizendo que alguns estavam escolhidos para ser admitidos e outros para ser rechaçados. Enfim deve dizer que a vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos.
O TRÁGICO FRACASSO Romanos 9:1-6
Com esta passagem Paulo inicia seu intento de explicar o rechaço de Jesus Cristo pelos judeus.
Começa, não com ira, mas sim com tristeza. Não há aqui um estalo de ira, nenhuma erupção de colérica condenação; há a aguda tristeza de um coração dolorido.
Paulo era como o Deus a quem amava e servia — odiava o pecado, mas amava o pecador. Nunca ninguém tentaria salvar os homens a menos que os amasse primeiro. Paulo vê os judeus, não como um povo que deve ser castigado com ira, mas sim como um povo pelo qual se tem que suspirar com ofegante amor. Paulo teria posto voluntariamente sua vida se com isso tivesse podido ganhar os judeus para Cristo. Pode ser que seus pensamentos tenham retrocedido a um dos maiores episódios da história judia.
Quando Moisés subiu à cúpula da montanha para receber a Lei das mãos de Deus, o povo que tinha ficado embaixo pecou fazendo o bezerro de ouro e o adorando. Deus se irou com eles; e então Moisés pronunciou a grande oração: “Perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste.” (Êxodo 32:32).
Paulo diz que por causa de seus irmãos consentiria em ser maldito, se com isso obtivesse algum bem. O termo que ele utiliza é anathema e este é um termo terrível. Uma coisa que era anátema estava sob excomunhão. Era entregue a Deus para sua total destruição.
Quando uma cidade pagã era tomada todas as coisas nela eram dedicadas à total destruição porque todas as coisas nela estavam contaminadas (Deut. 3:6; 2:34; Josué 6:17; 7:1-26). Se alguém tentava induzir a Israel a separar-se do culto ao verdadeiro Deus, então era condenado sem piedade e sem misericórdia à total destruição (Deut. 13:8-11).
O mais querido em toda a vida era para Paulo o fato de que nada podia separá-lo do amor de Deus em Cristo Jesus; mas se podia fazer algo para salvar a seus irmãos, teria aceito até ser afastado de Deus.
Aqui outra vez está a grande verdade; o homem que quer salvar o pecador deve amá-lo. Quando um filho ou uma filha fez algo mau e incorre em castigo, muitos pais e mães sofreriam prazerosamente o castigo se tão somente pudessem. Isto é o que sentiu Deus; isto é o que sentiu Paulo: e isto é o que nós devemos sentir. Paulo não nega nem por um momento o lugar dos judeus no plano de Deus.
Enumera seus privilégios.
(1) Em um sentido especial eles eram filhos de Deus, especialmente escolhidos, especialmente adotados na família de Deus. “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus” (Deuteronômio 14:1). “Não é ele teu pai, que te adquiriu, te fez?” (Deuteronômio 32:6) "Israel é meu filho, meu primogênito" (Êxodo 4:22). “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho” (Oséias 11:1).
Toda a Bíblia está cheia desta idéia da especial filiação de Israel e do rechaço de Israel a aceitá-la em seu sentido pleno.
Boreham em algum lugar relata uma visita, quando era jovem, à casa de um amigo. Havia uma peça à qual estava proibido entrar. Um dia estava diante do quarto quando se abriu a porta e viu dentro um jovem da mesma idade que a sua, mas em um espantoso estado de idiotice animal. Viu a mãe do sua aproximar-se dele. Ela devia ter visto o jovem Boreham com toda sua saúde e vigor e ter visto logo a seu próprio filho, e a comparação devia ter feito em pedaços o seu coração. Viu-a ajoelhada junto à cama de seu filho idiota e gritar com certa angústia: "Eu te alimentei e te vesti e te amei, e você nunca me conheceu." Isto é o que Deus podia ter dito a Israel; só que neste caso era pior, porque o rechaço de Israel tinha sido deliberado e lúcido. É terrível romper o coração de Deus.
(2) Israel tinha a glória. A shekinah ou kaboth aparece várias vezes na história de Israel. Era o divino esplendor luminoso que descia quando Deus visitava seu povo (Êxodo 16:10; 24:16, 17; 29:43; 33:18-22). Israel tinha contemplado a glória de Deus e tinha rechaçado a Deus. Foi-nos dado contemplar a glória do amor de Deus e da misericórdia de Deus no rosto de Jesus Cristo. É algo terrível contemplar a glória de Deus e logo escolher os caminhos da Terra.
(3) Israel tinha as alianças. Uma aliança é uma relação contraída entre duas pessoas. É um convênio para o proveito mútuo; um compromisso de amizade mútua. Na história de Israel várias vezes Deus se aproximou do povo de Israel e entrou numa relação especial com ele. Assim o fez com Abraão, com Isaque, com Jacó e sobre o Monte Sinai quando deu a Lei.
Irineu distingue quatro grandes ocasiões em que Deus entrou neste acordo com os homens.
.A primeira aliança foi a aliança com Noé depois do dilúvio, e seu sinal foi o arco íris no céu que confirmava a promessa de Deus de que não voltaria a haver outro dilúvio.
.A segunda aliança foi a aliança com Abraão e seu sinal foi o sinal da circuncisão.
.A terceira aliança foi a aliança com a nação, lavrado no Monte Sinai e sua base foi a Lei.
.A quarta aliança é a nova aliança em Jesus Cristo.
É uma coisa maravilhosa pensar que Deus se aproxima dos homens e entra com eles em uma relação jurada. É a simples verdade que Deus nunca deixou os homens sozinhos. Deus não se aproximou dos homens e depois os abandonou. Realizou aproximação após aproximação aos homens; e até realiza aproximação após aproximação à alma humana individual. Ele está à porta e chama; e a tremenda responsabilidade da vontade humana é que o homem pode rechaçar a Deus.
(4) Tinham a Lei. Israel nunca poderia alegar ignorância da vontade de Deus; Deus lhes havia dito o que ele desejava que fizessem. E se eles pecavam, pecavam conscientemente e não por ignorância, e o pecado consciente é o pecado contra a luz, que é o pior de todos.
(5) Tinham o culto do templo. A adoração é em essência a aproximação da alma a Deus; e no culto do templo Deus tinha dado aos judeus um caminho especial para aproximar-se dEle. Se estava fechada a porta a Deus, eles mesmos a tinham fechado.
(6) Tinham as promessas. Israel nunca poderia ter dito que não conhecia seu destino. Deus lhes tinha falado a respeito da tarefa e do privilégio que tinha destinados para eles em seu propósito. Eles sabiam o que no plano de Deus estavam escolhidos para grandes coisas.
(7) Tinham os patriarcas. Tinham uma tradição e uma história; e é um pobre homem aquele que se atreve a falsear suas tradições e afrontar a herança na qual entrou.
(8) Logo vem a culminação. Deles saiu o Ungido de Deus. Todo o resto tinha sido uma preparação para isto. Tudo tinha estado levando a isto; e contudo, quando Ele veio, eles o rechaçaram.
A maior aflição que um homem pode ter é dar a seu filho todas as oportunidades de êxito, sacrificar-se e economizar e trabalhar para dar uma oportunidade ao filho, e logo encontrar que este, por sua própria desobediência ou rebeldia ou negligência, fracassou no intento.
Nisto há uma tragédia, porque nisto está o desperdício da obra do amor e da destruição dos sonhos do amor. A tragédia de Israel foi que Deus o tinha preparado para o dia da vinda de seu Filho — e toda a preparação foi destruída e frustrada. Não era porque tivesse sido quebrantada a Lei de Deus; era que tinha sido menosprezado o amor de Deus. Não é a ira, mas o coração quebrantado de Deus, o que jaz atrás das palavras de Paulo.
A ELEIÇÃO DE DEUS Romanos 9:7-13
Se, pois, os judeus rechaçaram e crucificaram a Jesus, o Filho de Deus, significa isto que o propósito de Deus foi frustrado e anulado o plano de Deus? Paulo elabora um estranho argumento para provar que não é assim. De fato nem todos os judeus rechaçaram a Jesus; alguns deles o aceitaram, porque é obvio, todos os primeiros seguidores de Jesus foram judeus, antes que o Evangelho chegasse aos gentios, e Paulo mesmo era judeu. Agora — diz Paulo — se retrocedermos na história de Israel veremos agir várias vezes um processo de seleção. Várias vezes vemos que não foram todos os judeus os que entraram no propósito e desígnio de Deus. Alguns estavam e outros não estavam.
A linha da nação através da qual Deus operava, e na qual levava a cabo seu plano, não esteve em nenhum momento integrada por todos aqueles que podiam pretender uma descendência física de Abraão. No fundo de todo o plano não está meramente a descendência física; há seleção, a eleição de Deus.
Para provar seu caso, Paulo cita dois exemplos da história judia e os apóia com textos de prova. Abraão teve dois filhos — Ismael que era filho da serva Agar, e Isaque que era filho de sua esposa Sara. Tanto Ismael como Isaque eram verdadeiros descendentes de sangue de Abraão. Fisicamente ambos eram seus filhos. Sara era muito anciã quando teve a seu filho, tanto que, humanamente falando, era uma impossibilidade. Quando Isaque nasceu e cresceu, chegou um dia em que Ismael escarneceu de Isaque. Sara se ressentiu, e exigiu que Agar e seu filho Ismael fossem expulsos e que só Isaque herdasse. Abraão não tinha muita vontade de expulsar Agar e Ismael, mas Deus lhe disse que o fizesse, seus descendentes preservariam seu nome em Isaque (Gênesis 21:12). Agora, Ismael tinha sido o filho de um processo humano natural e normal e de um desejo humano; mas Isaque tinha sido o filho da promessa de Deus, nascido quando, do ponto de vista humano, teria sido impossível que nascesse (Gênesis 18:10-14). O direito de descendência foi dado ao filho da promessa.
Aqui está pois, a primeira prova de que nem todo descendente físico de Abraão deve ser considerado como judeu, como escolhido. Dentro da nação a seleção e eleição de Deus tinha continuado
Logo Paulo procede a citar outro exemplo.
Quando Rebeca, a esposa de Isaque, esperava um menino, foi dito por Deus que em seu seio levava dois meninos que seriam os pais de duas nações; mas que nos dias por vir o mais velho serviria e estaria sujeito ao mais novo (Gênesis 25:23). Assim nasceram os gêmeos Esaú e Jacó, e Esaú foi de fato o gêmeo mais velho, e com todo a eleição de Deus recaiu em Jacó, e foi pela linha de Jacó que teria que realizar a vontade de Deus. Para reforçar o argumento Paulo cita Malaquias 1:2-3, onde Deus é representado dizendo ao profeta: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”
O argumento de Paulo é que o caráter de judeu é mais que a descendência de Abraão, que o povo eleito não era simplesmente a soma total de todos os seus descendentes físicos, que dentro dessa família havia um processo de eleição através de toda a história. Um judeu podia compreender e aceitar totalmente o argumento até aqui. Os árabes eram descendentes de Ismael que era filho de carne e sangue de Abraão, mas nunca teriam sonhado dizer que os árabes pertenciam ao povo eleito. Os edomitas foram os descendentes do Esaú — o que de fato é o que Malaquias quer dar a entender — e Esaú era filho legítimo de Isaque, mais ainda irmão gêmeo de Jacó, mas nenhum judeu jamais teria dito que os edomitas tinham alguma participação no povo eleito.
Do ponto de vista judeu, Paulo demonstrou seu ponto; havia eleição dentro da família dos descendentes físicos de Abraão.
Paulo formula o seguinte ponto no sentido de que esta seleção não tem nada que ver com atos e mérito e merecimento humano disso. A prova disto é que Jacó foi eleito e Esaú rechaçado antes de ter nascido. A eleição foi feita enquanto eles eram ainda fetos no seio de sua mãe.
Inevitavelmente nossas mentes vacilam com este argumento. Enfrenta-nos com a figura de um Deus que aparentemente com total arbitrariedade escolhe a uns e rechaça a outros. Para nós não é um argumento válido, porque faz Deus o responsável por uma ação que não nos parece estar eticamente justificada.
Mas subsiste o fato de que, embora nos seja estranho e inaceitável, era um argumento familiar para um judeu. E até para nós, no coração deste argumento, permanece uma grande verdade. Tudo é de Deus; atrás de tudo está a ação de Deus; até as coisas que parecem arbitrárias e fortuitas se remetem a Deus. Não há nada neste mundo que se mova sem propósito.
A SOBERANA VONTADE DE DEUS Romanos 9:14-18
Paulo começa agora a refutar os mesmos argumentos e objeções que surgem em nossas próprias mentes. Estabeleceu que em toda a história de Israel o processo de seleção e eleição foi contínuo; além disso acentuou o fato de que esta eleição não estava baseada em mérito ou merecimento algum da pessoa escolhida; dependia nada mais que da vontade do próprio Deus.
O impedimento pergunta: "Mas, é isso razoável? É isso justo? É justo que Deus pratique uma política de seleção totalmente arbitrária, como se fosse totalmente por cima das cabeças dos homens?"
A resposta de Paulo, para pô-la simplesmente, é que Deus pode fazer o que quer.
Nos dias terríveis do Império Romano, quando ninguém tinha a vida segura, quando qualquer um podia morrer pelo capricho de um imperador irresponsável e malicioso, Galba, um dos imperadores, disse, quando chegou a ser imperador, que agora "ele podia fazer o que queria e a quem queria".
Honestamente, isto é o que Paulo está dizendo a respeito de Deus nesta passagem.
Novamente Paulo cita dois exemplos para provar este ponto e o reforça com citações das Escrituras.
O primeiro exemplo é de Êxodo 33:19. Neste exemplo Moisés pede alguma prova real de que Deus está verdadeiramente com o povo de Israel. A resposta de Deus é que Ele terá misericórdia daqueles de quem quiser ter misericórdia. A seleção da nação e a atitude de amante misericórdia de Deus para com a nação depende só de Deus.
O segundo exemplo é da luta de Israel por libertar-se do Egito e do poder de Faraó. Quando Moisés foi pela primeira vez a pedir a libertação, preveniu a Faraó que Deus havia trazido para Faraó o cenário da história simplesmente para demonstrar o poder divino, e tornar claro o que aquele poder divino faria ao homem que se opusesse. Faraó foi introduzido na história para servir de exemplo a todos os homens do que acontece ao homem que se opõe a Deus (Êxodo 9-16).
Mais uma vez, a mente vacila perante este argumento. Certamente, em nenhum sentido se pode dizer que Deus pode fazer qualquer coisa. Deus não pode fazer nada que contradiga sua própria natureza. Não pode ser responsável por qualquer ato que seja injusto e que, de fato, quebrante suas próprias leis.
Encontramos difícil, e até impossível, conceber um Deus que irresponsavelmente dá misericórdia a uns e não a outros, e que levanta um rei para ser mero boneco ou manequim por meio do qual possa ser demonstrado o poder reivindicativo de Deus.
Outra vez, o argumento seria válido e convincente para um judeu, porque novamente, em essência, significa que Deus está por trás de todas as coisas. E contudo, quando chegamos à raiz deste argumento, ele conserva uma grande verdade. É impossível pensar a respeito da relação entre Deus e o homem em termos de justiça. O homem não tem direito algum sobre Deus. A criatura não tem direito algum sobre o Criador. Quando seja que entre a justiça, a resposta é que o homem não merece nada de Deus e não pode pretender nada.
O argumento esclarece que, na relação de Deus com os homens, o essencial nunca pode ser o direito do homem sobre Deus, senão somente a vontade de Deus e a misericórdia de Deus.
O OLEIRO E O BARRO Romanos 9:19-29
Nas passagens anteriores Paulo esteve mostrando que através de toda a história de Israel houve um contínuo processo de seleção e eleição por parte de Deus. Surge uma objeção muito natural: Se no fundo de todo processo está a eleição e o rechaço de Deus, como pode Deus condenar os homens que a rejeitaram? A falta não é deles absolutamente; é realmente de Deus. A responsabilidade não recai sobre eles; recai sobre Deus.
A resposta de Paulo é simples, quase próxima da crueldade.
Sua resposta é que ninguém tem direito de discutir com Deus.
Quando um oleiro faz uma vaso, este não pode replicar ao oleiro; o oleiro tem absoluto poder sobre ele; do mesmo montão de barro pode fazer um vaso para um propósito honroso e outro para um propósito desonroso, e o barro não tem nada que ver com isso e nem sequer tem direito a protestar.
Quanto a isto Paulo toma a figura de Jeremias (Jer. 18:1-6). Terá que dizer duas coisas sobre isto.
(1) É uma má analogia. Um grande comentarista do Novo Testamento disse que esta é uma daquelas poucas passagens que desejaríamos que Paulo não tivesse escrito. Há uma diferença entre um montão de barro e um ser humano. O ser humano é uma pessoa e o montão de barro uma coisa.
Pode ser que alguém possa fazer o que quiser com uma coisa, mas não pode fazer o que quiser com uma pessoa. O barro não deseja replicar; o barro não deseja questionar. O barro não pode sentir nem pensar; o barro não pode ser angustiado, nem afligido e torturado.
Se alguém padeceu inexplicavelmente alguma tristeza tremenda, que lhe rompe o coração e lhe entristece a alma, não seria de muita ajuda dizer-lhe que não tem direito a lamentar-se, porque Deus pode fazer o que quiser. Este é o sinal de um tirano, não de um Pai amante.
É um fato básico do Evangelho que Deus não trata os homens como o oleiro trata o montão de barro; trata-os como um pai amante trata a seu filho.
(2) Mas uma vez dito isto, devemos recordar uma coisa: esta passagem surgiu de um coração angustiado. Paulo estava diante do fato entristecedor de que o próprio povo de Deus, seus próprios parentes, tinham rechaçado e crucificado o próprio filho de Deus. Não era que Paulo queria dizer isto; viu-se forçado a dizê-lo.
A única explicação possível que pôde encontrar foi que, para seu próprio propósito, Deus tinha tido que cegar de algum modo a seu próprio povo.
De qualquer maneira, Paulo não deixa o argumento aqui. Continua dizendo que este rechaço dos judeus aconteceu para que pudesse ser aberta a porta aos gentios.
Agora, mais uma vez, o argumento de Paulo não é satisfatório.
Uma coisa quer dizer que Deus usou uma situação pecaminosa para curar dela algo bom; mas é uma coisa completamente diferente dizer que Deus elaborou uma situação pecaminosa para tirar algo bom dela.
De fato quer dizer que Deus fez o mal para que pudesse surgir o bem.
O que Paulo está dizendo é que Deus obscureceu deliberadamente as mentes, e cegou os olhos, e endureceu os corações, da massa do povo judeu para que se pudesse abrir o caminho de entrada aos gentios.
Novamente, devemos recordar que este não é o argumento de um teólogo tranquilamente sentado pensando em seu estudo; é o argumento de um homem cujo coração estava desesperado por encontrar alguma razão para uma situação completamente incompreensível.
Enfim a única resposta que Paulo pode encontrar é que Deus o fez.
Agora, Paulo estava arguindo com judeus, e sabia que a única maneira em que podia sustentar seu argumento era reforçá-lo com citações de suas próprias Escrituras.
Assim, pois, continua citando textos para provar que este rechaço dos judeus e esta aceitação dos gentios tinha sido realmente antecipada pelos profetas.
Oséias havia dito que Deus faria seu povo de um povo que não era seu povo (Oséias 2:23). Disse que um povo que não era o povo de Deus seria chamado filhos de Deus (Oséias 1:10).
Mostra como Isaías tinha previsto uma situação na qual Israel teria sido consumido se não tivesse ficado um remanescente (Isaías 10:22-23, 13:10).
O argumento de Paulo é que Israel teria previsto sua destruição se só a tivesse compreendido.
É fácil criticar a Paulo nesta passagem; mas a única coisa que terá que lembrar é que Paulo, em sua desesperada angústia por seu próprio povo, aferrava-se ao fato que de algum modo tudo é obra de Deus. Para ele isto era a única coisa que ficava por dizer.
O ERRO DOS JUDEUS Romanos 9:30-33
Aqui Paulo traça um contraste entre duas maneiras de sentir para com Deus.
Havia a maneira judia.
O propósito do judeu era ficar ele próprio em correta relação com Deus.
Seu ponto de vista era que podia conseguir isso por meio da estrita obediência à Lei.
Os judeus consideravam a correta relação com Deus como algo que podia ganhar.
Agora, há outra maneira de expressar isto que mostrará o que realmente significa.
Fundamentalmente, a idéia judia era que, por meio da estrita obediência à Lei, a pessoa podia finalmente acumular um crédito a seu favor. Uma vez adquirido esse saldo favorável Deus era seu devedor; Deus lhe devia a salvação.
Essencialmente, o judeu considerava a amizade com Deus como algo que podia ser merecido e ganho e conseguido pelo mérito humano.
Era obviamente uma batalha perdida, porque a imperfeição do homem nunca pode satisfazer a perfeição de Deus; o pecado do homem nunca pode merecer o direito de satisfazer a santidade de Deus; nada que possa fazer o homem jamais pode nem mesmo começar a recompensar o que Deus tem feito por ele.
Este foi precisamente o achado de Paulo.
Como ele disse, os judeus passavam a vida na busca de uma lei, a obediência a qual pudesse colocá-los como justos diante de Deus, e nunca a encontraram porque não existe tal lei.
Os gentios nunca se dedicaram a essa busca.
Mas quando, repentina e inesperadamente, foram confrontados com o incrível amor de Deus em Jesus Cristo, simplesmente se entregaram a este amor com total confiança.
Foi como se os gentios ao ver a cruz de Cristo tivessem dito: "Se Deus me ama desta maneira, posso confiar nEle com toda mim vida e com toda minha alma."
Os judeus tentaram fazer de Deus seu devedor; os gentios se contentavam em ser devedores de Deus. O judeu cria que podia ganhar a salvação fazendo coisas para Deus; o gentio se maravilhava perante o que Deus tinha feito por ele. O judeu tentava encontrar o caminho a Deus pelas obras; o gentio chegava pelo caminho da confiança.
Paulo estava convencido de que ninguém podia ganhar o favor de Deus.
No final desta passagem temos a referência à pedra. Esta é uma das referências características dos primitivos escritores cristãos.
No Antigo Testamento há uma série de referências mas bem misteriosas à pedra.
Em Gênesis 49:24 se descreve a Deus como o pastor e a pedra (rocha) de Israel.
Em Isaías 8:14 se diz que Deus será por pedra de tropeço e por rocha de escândalo para armadilha às casas de Israel.
Em Isaías 28:16 Deus diz que pôs no Sião por fundamento uma pedra, pedra preciosa angular, de alicerce estável.
Em Daniel 2:34-35, 44-45 há uma referência a uma misteriosa pedra.
No Salmo 118:22 o salmista escreve: "A pedra que desprezaram os edificadores veio a ser cabeça de esquina."
Agora, quando os cristãos começaram a buscar no Antigo Testamento prenúncios de Cristo, encontraram-se com essas referências a essa maravilhosa pedra. E nelas identificaram a Jesus.
Sua justificação para fazê-lo assim foi que o relato do Evangelho mostra a Jesus mesmo fazendo esta identificação e tomando o versículo do Salmo 118:22 para aplicá-lo a si mesmo. O representa fazendo-o assim ao final da parábola dos lavradores maus (Mateus 21:42).
Os cristãos pensaram a respeito da pedra maravilhosa, que era o fundamento firme, a pedra que era a pedra angular que sustentava unida a totalidade do edifício, a pedra que tinha sido rechaçada e tinha chegado a ser a pedra principal, como a figura de Cristo mesmo.
A entrevista que Paulo usa aqui é uma combinação de Isaías 8:14 e 28:16.
Os cristãos, inclusive Paulo, tomaram para significar isto: Deus tem proposto a seu Filho para ser o fundamento da vida de todo homem, mas quando ele veio os judeus o rechaçaram, e porque o rechaçaram este dom de Deus que tinha sido proposto para sua salvação chegou a ser causa de sua condenação.
Esta figura da pedra fascinava os cristãos. Encontramo-la várias vezes no Novo Testamento (Atos 4:11; Efésios 2:20; 1 Pedro 2:4-6).
A verdade eterna atrás desta idéia é esta: Jesus Cristo foi enviado a este mundo para ser o Salvador dos homens.
Mas Jesus Cristo é também a pedra de toque pela qual todos os homens são julgados.
Se o coração do homem transbordar amor e submissão a Jesus, Jesus é para ele salvação.
Se o coração de um homem é inteiramente insensível ou totalmente rebelde, Jesus é para ele condenação.
Jesus veio ao mundo para nossa salvação, mas por sua atitude para com Jesus um homem pode obter a salvação ou merecer a condenação.
Introdução - .O Problema dos judeus
.O trágico fracasso - 9:1-6
.A eleição de Deus - 9:7-13
.A soberana vontade de Deus - 9:14-18
.O oleiro e o barro - 9:19-29
.O erro dos judeus - 9:30-33
INTRODUÇÃO - O PROBLEMA DOS JUDEUS
Nos capítulos 9 a 11 Paulo tenta enfrentar um dos problemas mais perturbadores que a Igreja tenha tido que resolver: o problema dos judeus.
Os judeus eram o povo escolhido de Deus; tinham um lugar único e especial nos propósitos de Deus; e contudo quando o Filho de Deus veio ao mundo eles o rechaçaram e o crucificaram. Como se pode explicar este trágico paradoxo? Como explicaremos o fato de que o povo de Deus crucificasse o Filho de Deus? Este é o problema que Paulo tenta enfrentar nestes capítulos. São capítulos complicados e difíceis, e, antes de começar a estudá-los em detalhe, será bom expor as idéias com que Paulo trabalha, e as linhas gerais da solução que propõe.
Uma coisa devemos notar antes de desentranhar o pensamento de Paulo: os capítulos não foram escritos com ira: foram escritos com um coração dolorido.
Paulo nunca poderia esquecer que era judeu e teria dado sua própria vida prazerosamente se, fazendo-o assim, tivesse podido levar a seus irmãos a Jesus Cristo. Paulo nunca negou que os judeus fossem o povo escolhido. Deus os tinha adotado como seu povo próprio; tinha-lhes dado a aliança e o serviço do templo, e a Lei; tinha-lhes dado a presença de sua própria glória; tinha-lhes dado os patriarcas: e, sobretudo, em sua ascendência humana, Jesus tinha sido judeu.
Paulo aceita como um axioma o lugar especial dos judeus no plano de salvação de Deus, e toma como ponto de partida de todo o problema.
O primeiro ponto que propõe é este: é verdade que os judeus como nação rechaçaram e crucificaram a Jesus, mas também é verdade que nem todos os judeus o rechaçaram; alguns deles o receberam e creram nEle, porque todos os primeiros seguidores de Jesus, nos primeiros dias, eram judeus.
Paulo logo volta os olhos à história passada e insiste em que o homem não é judeu por descender racialmente de Abraão. Várias vezes na história judia houve nos caminhos de Deus um processo de seleção — Paulo o chama eleição — pelo qual alguns dos descendentes raciais de Abraão foram escolhidos e alguns rechaçados. No caso de Abraão – Isaque, o filho nascido segundo a promessa de Deus, foi eleito, mas Ismael, o filho nascido de um processo e desejo puramente natural, não o foi. No caso de Isaque – seu filho Jacó foi eleito, mas Esaú, que era gêmeo de Jacó, não foi.
Esta seleção não tem nada que ver com méritos, não foi algo que aqueles escolhidos tivessem merecido como um direito; foi inteiramente obra da sabedoria eletiva e o poder de Deus.
Além disso, a verdadeira nação de Israel, o verdadeiro povo escolhido, nunca se identificou com a totalidade da nação; sempre se identificou com o remanescente justo, os poucos que eram fiéis a Deus quando todos os outros o negavam. Assim foi nos dias de Elias, quando sete mil permaneceram fiéis a Deus enquanto o resto da nação tinha seguido a Baal.
Era parte essencial do ensino de Isaías, quem disse: “Embora o seu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, apenas um remanescente voltará” (Isaías 10:22, NVI; Romanos 9:27).
Assim, o primeiro ponto de Paulo é que em nenhum momento o povo escolhido tinha sido todo o povo. Sempre houve seleção, eleição de parte de Deus.
Mas, é isto razoável? É razoável que Deus escolha uns e rechace outros? É esta eleição justa, razoável, equitativa e reta? E, se alguns homens são escolhidos e outros são rechaçados, não por virtude ou falta deles mesmos, como podem ser culpados se rechaçarem a Cristo, e como podem ser elogiados se o aceitam?
É aqui onde Paulo usa um argumento no qual a mente vacila, e perante o qual reagimos com toda propriedade. Simplesmente, o argumento de Paulo é que Deus pode fazer o que lhe apraz e que o homem não tem direito alguém a questionar as decisões de Deus, por inescrutáveis que possam ser.
O barro não pode replicar ao oleiro; a decoração não pode replicar ao artesão que a fez. Um artesão pode fazer dois copos, um para um propósito honorável e outro para um propósito baixo; os copos não têm nada a fazer a respeito.
Isto, diz Paulo, é o que Deus tem direito de fazer com os homens.
Cita o exemplo de Faraó (Romanos 9:17) e diz que Faraó foi introduzido no cenário da história simples e somente para ser o instrumento através do qual se demonstrasse o poder reivindicativo de Deus. Em todo caso o povo de Israel tinha sido advertido da eleição dos gentios e de seu rechaço, porque não escreveu acaso o profeta Oséias: “Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada” (Romanos 9:25; Oséias 1:10)?
Mas em todo caso este rechaço de Israel não era insensível e insubstancial e casual. Aconteceu para que os gentios pudessem entrar. A porta se fechou aos judeus para que pudesse abrir-se aos gentios. Os judeus foram rechaçados para que os gentios pudessem ser recebidos.
Se Deus endureceu os corações dos judeus e cegou seus olhos, Ele o fez com o propósito último de abrir um caminho à fé para os gentios. Aqui há um argumento estranho e terrível. Despojado de todos os elementos não essenciais, o argumento de Paulo é que Deus pode fazer o que quiser com qualquer homem ou nação, e que deliberadamente obscureceu as mentes e fechou os olhos dos judeus para que os gentios pudessem entrar.
Qual era, pois, o engano fundamental dos judeus? Esta pode parecer uma pergunta curiosa em vista do que já dissemos. Mas, paradoxalmente, Paulo sustenta que embora o rechaço dos judeus foi obra de Deus, contudo não precisava ter acontecido.
Paulo não pode escapar do eterno paradoxo — nem o deseja — de que ao mesmo tempo tudo é de Deus e o homem tem livre-arbítrio.
O engano fundamental dos judeus foi que tentaram alcançar uma correta relação com Deus por meio de seus próprios esforços humanos, pela obediência à Lei. Tentaram ganhar a salvação autonomamente; enquanto que os gentios simplesmente aceitaram o oferecimento de Deus em confiança perfeita e total.
Agora, os judeus sabiam que o único caminho a Deus era o caminho da fé, e que os interesses humanos não levam a lugar nenhum. Não disse acaso Isaías: “Todo aquele que nele crê não será confundido” (Isaías 28:16; Romanos 10:11)? E não disse Joel: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Joel 2:32; Romanos 10:13)?
Certamente, ninguém pode ter fé até que ouça o oferecimento de Deus; mas este oferecimento tinha sido feito aos judeus. Eles se aferraram ao caminho do interesse humano pela obediência à Lei; apostaram tudo nas obras; mas deveriam ter sabido que o caminho de Deus era o caminho da fé, porque os profetas o haviam dito assim.
Agora, mais uma vez terá que acentuar que tudo isto está concertado por Deus; e que foi concertado assim para permitir os gentios entrarem. Por conseguinte Paulo se volta para os gentios. Ordena-lhes não ter orgulho.
Eles estão na situação do renovo de oliveira brava que foi enxertada em uma oliveira de jardim. Não conseguiram sua salvação por si mesmos, como tampouco os judeus a conseguiram; de fato, dependem dos judeus; são somente ramos enxertados; a raiz e o pé é ainda o povo eleito.
O fato de sua própria eleição e o fato do rechaço dos judeus não têm que combinar-se para produzir orgulho no coração dos gentios. Se isto acontecer, eles também podem ser rechaçados e o serão. Mas é isto o fim? Longe disso.
O propósito de Deus é que os judeus sejam levados à inveja pela relação dos gentios com Deus, e que cheguem a solicitar ser admitidos também. Não disse acaso Moisés: “Eu os provocarei a zelos com aquele que não é povo; com louca nação os despertarei à ira” (Deuteronômio 32:21; Romanos 10:19)?
Enfim os gentios serão o instrumento pelo qual os judeus serão salvos. “E, assim, todo o Israel será salvo” (Romanos 11:26).
Paulo conclui, pois, o argumento. Podemos resumir seus passos, sem todos os detalhes.
(1) Israel é o povo, eleito.
(2) Ser membro de Israel significa mais que uma descendência racial. Sempre houve eleição na nação; e o melhor da eleição foi sempre o remanescente fiel.
(3) Esta seleção de Deus não é irrazoável, porque Deus tem o direito de fazer o que lhe apraz.
(4) Deus endureceu os corações dos judeus, mas só o fez para abrir a porta aos gentios.
(5) O engano de Israel foi depender dos interesses humanos fundados na Lei; a aproximação necessária a Deus é o de um coração totalmente crédulo.
(6) Os gentios não devem ser orgulhosos, porque só são oliveiras bravas enxertadas na oliveira de pura cepa. Eles deviam recordar isto.
(7) Este não é o fim; os judeus serão impulsionados a uma maravilhosa inveja pelo privilégio que os gentios receberam, de modo que enfim serão introduzidos pelos gentios.
(8) Assim, pois, ao final todos, judeus e gentios, serão salvos. A glória está no final do argumento de Paulo. Começa dizendo que alguns estavam escolhidos para ser admitidos e outros para ser rechaçados. Enfim deve dizer que a vontade de Deus é que todos os homens sejam salvos.
O TRÁGICO FRACASSO Romanos 9:1-6
Com esta passagem Paulo inicia seu intento de explicar o rechaço de Jesus Cristo pelos judeus.
Começa, não com ira, mas sim com tristeza. Não há aqui um estalo de ira, nenhuma erupção de colérica condenação; há a aguda tristeza de um coração dolorido.
Paulo era como o Deus a quem amava e servia — odiava o pecado, mas amava o pecador. Nunca ninguém tentaria salvar os homens a menos que os amasse primeiro. Paulo vê os judeus, não como um povo que deve ser castigado com ira, mas sim como um povo pelo qual se tem que suspirar com ofegante amor. Paulo teria posto voluntariamente sua vida se com isso tivesse podido ganhar os judeus para Cristo. Pode ser que seus pensamentos tenham retrocedido a um dos maiores episódios da história judia.
Quando Moisés subiu à cúpula da montanha para receber a Lei das mãos de Deus, o povo que tinha ficado embaixo pecou fazendo o bezerro de ouro e o adorando. Deus se irou com eles; e então Moisés pronunciou a grande oração: “Perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste.” (Êxodo 32:32).
Paulo diz que por causa de seus irmãos consentiria em ser maldito, se com isso obtivesse algum bem. O termo que ele utiliza é anathema e este é um termo terrível. Uma coisa que era anátema estava sob excomunhão. Era entregue a Deus para sua total destruição.
Quando uma cidade pagã era tomada todas as coisas nela eram dedicadas à total destruição porque todas as coisas nela estavam contaminadas (Deut. 3:6; 2:34; Josué 6:17; 7:1-26). Se alguém tentava induzir a Israel a separar-se do culto ao verdadeiro Deus, então era condenado sem piedade e sem misericórdia à total destruição (Deut. 13:8-11).
O mais querido em toda a vida era para Paulo o fato de que nada podia separá-lo do amor de Deus em Cristo Jesus; mas se podia fazer algo para salvar a seus irmãos, teria aceito até ser afastado de Deus.
Aqui outra vez está a grande verdade; o homem que quer salvar o pecador deve amá-lo. Quando um filho ou uma filha fez algo mau e incorre em castigo, muitos pais e mães sofreriam prazerosamente o castigo se tão somente pudessem. Isto é o que sentiu Deus; isto é o que sentiu Paulo: e isto é o que nós devemos sentir. Paulo não nega nem por um momento o lugar dos judeus no plano de Deus.
Enumera seus privilégios.
(1) Em um sentido especial eles eram filhos de Deus, especialmente escolhidos, especialmente adotados na família de Deus. “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus” (Deuteronômio 14:1). “Não é ele teu pai, que te adquiriu, te fez?” (Deuteronômio 32:6) "Israel é meu filho, meu primogênito" (Êxodo 4:22). “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho” (Oséias 11:1).
Toda a Bíblia está cheia desta idéia da especial filiação de Israel e do rechaço de Israel a aceitá-la em seu sentido pleno.
Boreham em algum lugar relata uma visita, quando era jovem, à casa de um amigo. Havia uma peça à qual estava proibido entrar. Um dia estava diante do quarto quando se abriu a porta e viu dentro um jovem da mesma idade que a sua, mas em um espantoso estado de idiotice animal. Viu a mãe do sua aproximar-se dele. Ela devia ter visto o jovem Boreham com toda sua saúde e vigor e ter visto logo a seu próprio filho, e a comparação devia ter feito em pedaços o seu coração. Viu-a ajoelhada junto à cama de seu filho idiota e gritar com certa angústia: "Eu te alimentei e te vesti e te amei, e você nunca me conheceu." Isto é o que Deus podia ter dito a Israel; só que neste caso era pior, porque o rechaço de Israel tinha sido deliberado e lúcido. É terrível romper o coração de Deus.
(2) Israel tinha a glória. A shekinah ou kaboth aparece várias vezes na história de Israel. Era o divino esplendor luminoso que descia quando Deus visitava seu povo (Êxodo 16:10; 24:16, 17; 29:43; 33:18-22). Israel tinha contemplado a glória de Deus e tinha rechaçado a Deus. Foi-nos dado contemplar a glória do amor de Deus e da misericórdia de Deus no rosto de Jesus Cristo. É algo terrível contemplar a glória de Deus e logo escolher os caminhos da Terra.
(3) Israel tinha as alianças. Uma aliança é uma relação contraída entre duas pessoas. É um convênio para o proveito mútuo; um compromisso de amizade mútua. Na história de Israel várias vezes Deus se aproximou do povo de Israel e entrou numa relação especial com ele. Assim o fez com Abraão, com Isaque, com Jacó e sobre o Monte Sinai quando deu a Lei.
Irineu distingue quatro grandes ocasiões em que Deus entrou neste acordo com os homens.
.A primeira aliança foi a aliança com Noé depois do dilúvio, e seu sinal foi o arco íris no céu que confirmava a promessa de Deus de que não voltaria a haver outro dilúvio.
.A segunda aliança foi a aliança com Abraão e seu sinal foi o sinal da circuncisão.
.A terceira aliança foi a aliança com a nação, lavrado no Monte Sinai e sua base foi a Lei.
.A quarta aliança é a nova aliança em Jesus Cristo.
É uma coisa maravilhosa pensar que Deus se aproxima dos homens e entra com eles em uma relação jurada. É a simples verdade que Deus nunca deixou os homens sozinhos. Deus não se aproximou dos homens e depois os abandonou. Realizou aproximação após aproximação aos homens; e até realiza aproximação após aproximação à alma humana individual. Ele está à porta e chama; e a tremenda responsabilidade da vontade humana é que o homem pode rechaçar a Deus.
(4) Tinham a Lei. Israel nunca poderia alegar ignorância da vontade de Deus; Deus lhes havia dito o que ele desejava que fizessem. E se eles pecavam, pecavam conscientemente e não por ignorância, e o pecado consciente é o pecado contra a luz, que é o pior de todos.
(5) Tinham o culto do templo. A adoração é em essência a aproximação da alma a Deus; e no culto do templo Deus tinha dado aos judeus um caminho especial para aproximar-se dEle. Se estava fechada a porta a Deus, eles mesmos a tinham fechado.
(6) Tinham as promessas. Israel nunca poderia ter dito que não conhecia seu destino. Deus lhes tinha falado a respeito da tarefa e do privilégio que tinha destinados para eles em seu propósito. Eles sabiam o que no plano de Deus estavam escolhidos para grandes coisas.
(7) Tinham os patriarcas. Tinham uma tradição e uma história; e é um pobre homem aquele que se atreve a falsear suas tradições e afrontar a herança na qual entrou.
(8) Logo vem a culminação. Deles saiu o Ungido de Deus. Todo o resto tinha sido uma preparação para isto. Tudo tinha estado levando a isto; e contudo, quando Ele veio, eles o rechaçaram.
A maior aflição que um homem pode ter é dar a seu filho todas as oportunidades de êxito, sacrificar-se e economizar e trabalhar para dar uma oportunidade ao filho, e logo encontrar que este, por sua própria desobediência ou rebeldia ou negligência, fracassou no intento.
Nisto há uma tragédia, porque nisto está o desperdício da obra do amor e da destruição dos sonhos do amor. A tragédia de Israel foi que Deus o tinha preparado para o dia da vinda de seu Filho — e toda a preparação foi destruída e frustrada. Não era porque tivesse sido quebrantada a Lei de Deus; era que tinha sido menosprezado o amor de Deus. Não é a ira, mas o coração quebrantado de Deus, o que jaz atrás das palavras de Paulo.
A ELEIÇÃO DE DEUS Romanos 9:7-13
Se, pois, os judeus rechaçaram e crucificaram a Jesus, o Filho de Deus, significa isto que o propósito de Deus foi frustrado e anulado o plano de Deus? Paulo elabora um estranho argumento para provar que não é assim. De fato nem todos os judeus rechaçaram a Jesus; alguns deles o aceitaram, porque é obvio, todos os primeiros seguidores de Jesus foram judeus, antes que o Evangelho chegasse aos gentios, e Paulo mesmo era judeu. Agora — diz Paulo — se retrocedermos na história de Israel veremos agir várias vezes um processo de seleção. Várias vezes vemos que não foram todos os judeus os que entraram no propósito e desígnio de Deus. Alguns estavam e outros não estavam.
A linha da nação através da qual Deus operava, e na qual levava a cabo seu plano, não esteve em nenhum momento integrada por todos aqueles que podiam pretender uma descendência física de Abraão. No fundo de todo o plano não está meramente a descendência física; há seleção, a eleição de Deus.
Para provar seu caso, Paulo cita dois exemplos da história judia e os apóia com textos de prova. Abraão teve dois filhos — Ismael que era filho da serva Agar, e Isaque que era filho de sua esposa Sara. Tanto Ismael como Isaque eram verdadeiros descendentes de sangue de Abraão. Fisicamente ambos eram seus filhos. Sara era muito anciã quando teve a seu filho, tanto que, humanamente falando, era uma impossibilidade. Quando Isaque nasceu e cresceu, chegou um dia em que Ismael escarneceu de Isaque. Sara se ressentiu, e exigiu que Agar e seu filho Ismael fossem expulsos e que só Isaque herdasse. Abraão não tinha muita vontade de expulsar Agar e Ismael, mas Deus lhe disse que o fizesse, seus descendentes preservariam seu nome em Isaque (Gênesis 21:12). Agora, Ismael tinha sido o filho de um processo humano natural e normal e de um desejo humano; mas Isaque tinha sido o filho da promessa de Deus, nascido quando, do ponto de vista humano, teria sido impossível que nascesse (Gênesis 18:10-14). O direito de descendência foi dado ao filho da promessa.
Aqui está pois, a primeira prova de que nem todo descendente físico de Abraão deve ser considerado como judeu, como escolhido. Dentro da nação a seleção e eleição de Deus tinha continuado
Logo Paulo procede a citar outro exemplo.
Quando Rebeca, a esposa de Isaque, esperava um menino, foi dito por Deus que em seu seio levava dois meninos que seriam os pais de duas nações; mas que nos dias por vir o mais velho serviria e estaria sujeito ao mais novo (Gênesis 25:23). Assim nasceram os gêmeos Esaú e Jacó, e Esaú foi de fato o gêmeo mais velho, e com todo a eleição de Deus recaiu em Jacó, e foi pela linha de Jacó que teria que realizar a vontade de Deus. Para reforçar o argumento Paulo cita Malaquias 1:2-3, onde Deus é representado dizendo ao profeta: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”
O argumento de Paulo é que o caráter de judeu é mais que a descendência de Abraão, que o povo eleito não era simplesmente a soma total de todos os seus descendentes físicos, que dentro dessa família havia um processo de eleição através de toda a história. Um judeu podia compreender e aceitar totalmente o argumento até aqui. Os árabes eram descendentes de Ismael que era filho de carne e sangue de Abraão, mas nunca teriam sonhado dizer que os árabes pertenciam ao povo eleito. Os edomitas foram os descendentes do Esaú — o que de fato é o que Malaquias quer dar a entender — e Esaú era filho legítimo de Isaque, mais ainda irmão gêmeo de Jacó, mas nenhum judeu jamais teria dito que os edomitas tinham alguma participação no povo eleito.
Do ponto de vista judeu, Paulo demonstrou seu ponto; havia eleição dentro da família dos descendentes físicos de Abraão.
Paulo formula o seguinte ponto no sentido de que esta seleção não tem nada que ver com atos e mérito e merecimento humano disso. A prova disto é que Jacó foi eleito e Esaú rechaçado antes de ter nascido. A eleição foi feita enquanto eles eram ainda fetos no seio de sua mãe.
Inevitavelmente nossas mentes vacilam com este argumento. Enfrenta-nos com a figura de um Deus que aparentemente com total arbitrariedade escolhe a uns e rechaça a outros. Para nós não é um argumento válido, porque faz Deus o responsável por uma ação que não nos parece estar eticamente justificada.
Mas subsiste o fato de que, embora nos seja estranho e inaceitável, era um argumento familiar para um judeu. E até para nós, no coração deste argumento, permanece uma grande verdade. Tudo é de Deus; atrás de tudo está a ação de Deus; até as coisas que parecem arbitrárias e fortuitas se remetem a Deus. Não há nada neste mundo que se mova sem propósito.
A SOBERANA VONTADE DE DEUS Romanos 9:14-18
Paulo começa agora a refutar os mesmos argumentos e objeções que surgem em nossas próprias mentes. Estabeleceu que em toda a história de Israel o processo de seleção e eleição foi contínuo; além disso acentuou o fato de que esta eleição não estava baseada em mérito ou merecimento algum da pessoa escolhida; dependia nada mais que da vontade do próprio Deus.
O impedimento pergunta: "Mas, é isso razoável? É isso justo? É justo que Deus pratique uma política de seleção totalmente arbitrária, como se fosse totalmente por cima das cabeças dos homens?"
A resposta de Paulo, para pô-la simplesmente, é que Deus pode fazer o que quer.
Nos dias terríveis do Império Romano, quando ninguém tinha a vida segura, quando qualquer um podia morrer pelo capricho de um imperador irresponsável e malicioso, Galba, um dos imperadores, disse, quando chegou a ser imperador, que agora "ele podia fazer o que queria e a quem queria".
Honestamente, isto é o que Paulo está dizendo a respeito de Deus nesta passagem.
Novamente Paulo cita dois exemplos para provar este ponto e o reforça com citações das Escrituras.
O primeiro exemplo é de Êxodo 33:19. Neste exemplo Moisés pede alguma prova real de que Deus está verdadeiramente com o povo de Israel. A resposta de Deus é que Ele terá misericórdia daqueles de quem quiser ter misericórdia. A seleção da nação e a atitude de amante misericórdia de Deus para com a nação depende só de Deus.
O segundo exemplo é da luta de Israel por libertar-se do Egito e do poder de Faraó. Quando Moisés foi pela primeira vez a pedir a libertação, preveniu a Faraó que Deus havia trazido para Faraó o cenário da história simplesmente para demonstrar o poder divino, e tornar claro o que aquele poder divino faria ao homem que se opusesse. Faraó foi introduzido na história para servir de exemplo a todos os homens do que acontece ao homem que se opõe a Deus (Êxodo 9-16).
Mais uma vez, a mente vacila perante este argumento. Certamente, em nenhum sentido se pode dizer que Deus pode fazer qualquer coisa. Deus não pode fazer nada que contradiga sua própria natureza. Não pode ser responsável por qualquer ato que seja injusto e que, de fato, quebrante suas próprias leis.
Encontramos difícil, e até impossível, conceber um Deus que irresponsavelmente dá misericórdia a uns e não a outros, e que levanta um rei para ser mero boneco ou manequim por meio do qual possa ser demonstrado o poder reivindicativo de Deus.
Outra vez, o argumento seria válido e convincente para um judeu, porque novamente, em essência, significa que Deus está por trás de todas as coisas. E contudo, quando chegamos à raiz deste argumento, ele conserva uma grande verdade. É impossível pensar a respeito da relação entre Deus e o homem em termos de justiça. O homem não tem direito algum sobre Deus. A criatura não tem direito algum sobre o Criador. Quando seja que entre a justiça, a resposta é que o homem não merece nada de Deus e não pode pretender nada.
O argumento esclarece que, na relação de Deus com os homens, o essencial nunca pode ser o direito do homem sobre Deus, senão somente a vontade de Deus e a misericórdia de Deus.
O OLEIRO E O BARRO Romanos 9:19-29
Nas passagens anteriores Paulo esteve mostrando que através de toda a história de Israel houve um contínuo processo de seleção e eleição por parte de Deus. Surge uma objeção muito natural: Se no fundo de todo processo está a eleição e o rechaço de Deus, como pode Deus condenar os homens que a rejeitaram? A falta não é deles absolutamente; é realmente de Deus. A responsabilidade não recai sobre eles; recai sobre Deus.
A resposta de Paulo é simples, quase próxima da crueldade.
Sua resposta é que ninguém tem direito de discutir com Deus.
Quando um oleiro faz uma vaso, este não pode replicar ao oleiro; o oleiro tem absoluto poder sobre ele; do mesmo montão de barro pode fazer um vaso para um propósito honroso e outro para um propósito desonroso, e o barro não tem nada que ver com isso e nem sequer tem direito a protestar.
Quanto a isto Paulo toma a figura de Jeremias (Jer. 18:1-6). Terá que dizer duas coisas sobre isto.
(1) É uma má analogia. Um grande comentarista do Novo Testamento disse que esta é uma daquelas poucas passagens que desejaríamos que Paulo não tivesse escrito. Há uma diferença entre um montão de barro e um ser humano. O ser humano é uma pessoa e o montão de barro uma coisa.
Pode ser que alguém possa fazer o que quiser com uma coisa, mas não pode fazer o que quiser com uma pessoa. O barro não deseja replicar; o barro não deseja questionar. O barro não pode sentir nem pensar; o barro não pode ser angustiado, nem afligido e torturado.
Se alguém padeceu inexplicavelmente alguma tristeza tremenda, que lhe rompe o coração e lhe entristece a alma, não seria de muita ajuda dizer-lhe que não tem direito a lamentar-se, porque Deus pode fazer o que quiser. Este é o sinal de um tirano, não de um Pai amante.
É um fato básico do Evangelho que Deus não trata os homens como o oleiro trata o montão de barro; trata-os como um pai amante trata a seu filho.
(2) Mas uma vez dito isto, devemos recordar uma coisa: esta passagem surgiu de um coração angustiado. Paulo estava diante do fato entristecedor de que o próprio povo de Deus, seus próprios parentes, tinham rechaçado e crucificado o próprio filho de Deus. Não era que Paulo queria dizer isto; viu-se forçado a dizê-lo.
A única explicação possível que pôde encontrar foi que, para seu próprio propósito, Deus tinha tido que cegar de algum modo a seu próprio povo.
De qualquer maneira, Paulo não deixa o argumento aqui. Continua dizendo que este rechaço dos judeus aconteceu para que pudesse ser aberta a porta aos gentios.
Agora, mais uma vez, o argumento de Paulo não é satisfatório.
Uma coisa quer dizer que Deus usou uma situação pecaminosa para curar dela algo bom; mas é uma coisa completamente diferente dizer que Deus elaborou uma situação pecaminosa para tirar algo bom dela.
De fato quer dizer que Deus fez o mal para que pudesse surgir o bem.
O que Paulo está dizendo é que Deus obscureceu deliberadamente as mentes, e cegou os olhos, e endureceu os corações, da massa do povo judeu para que se pudesse abrir o caminho de entrada aos gentios.
Novamente, devemos recordar que este não é o argumento de um teólogo tranquilamente sentado pensando em seu estudo; é o argumento de um homem cujo coração estava desesperado por encontrar alguma razão para uma situação completamente incompreensível.
Enfim a única resposta que Paulo pode encontrar é que Deus o fez.
Agora, Paulo estava arguindo com judeus, e sabia que a única maneira em que podia sustentar seu argumento era reforçá-lo com citações de suas próprias Escrituras.
Assim, pois, continua citando textos para provar que este rechaço dos judeus e esta aceitação dos gentios tinha sido realmente antecipada pelos profetas.
Oséias havia dito que Deus faria seu povo de um povo que não era seu povo (Oséias 2:23). Disse que um povo que não era o povo de Deus seria chamado filhos de Deus (Oséias 1:10).
Mostra como Isaías tinha previsto uma situação na qual Israel teria sido consumido se não tivesse ficado um remanescente (Isaías 10:22-23, 13:10).
O argumento de Paulo é que Israel teria previsto sua destruição se só a tivesse compreendido.
É fácil criticar a Paulo nesta passagem; mas a única coisa que terá que lembrar é que Paulo, em sua desesperada angústia por seu próprio povo, aferrava-se ao fato que de algum modo tudo é obra de Deus. Para ele isto era a única coisa que ficava por dizer.
O ERRO DOS JUDEUS Romanos 9:30-33
Aqui Paulo traça um contraste entre duas maneiras de sentir para com Deus.
Havia a maneira judia.
O propósito do judeu era ficar ele próprio em correta relação com Deus.
Seu ponto de vista era que podia conseguir isso por meio da estrita obediência à Lei.
Os judeus consideravam a correta relação com Deus como algo que podia ganhar.
Agora, há outra maneira de expressar isto que mostrará o que realmente significa.
Fundamentalmente, a idéia judia era que, por meio da estrita obediência à Lei, a pessoa podia finalmente acumular um crédito a seu favor. Uma vez adquirido esse saldo favorável Deus era seu devedor; Deus lhe devia a salvação.
Essencialmente, o judeu considerava a amizade com Deus como algo que podia ser merecido e ganho e conseguido pelo mérito humano.
Era obviamente uma batalha perdida, porque a imperfeição do homem nunca pode satisfazer a perfeição de Deus; o pecado do homem nunca pode merecer o direito de satisfazer a santidade de Deus; nada que possa fazer o homem jamais pode nem mesmo começar a recompensar o que Deus tem feito por ele.
Este foi precisamente o achado de Paulo.
Como ele disse, os judeus passavam a vida na busca de uma lei, a obediência a qual pudesse colocá-los como justos diante de Deus, e nunca a encontraram porque não existe tal lei.
Os gentios nunca se dedicaram a essa busca.
Mas quando, repentina e inesperadamente, foram confrontados com o incrível amor de Deus em Jesus Cristo, simplesmente se entregaram a este amor com total confiança.
Foi como se os gentios ao ver a cruz de Cristo tivessem dito: "Se Deus me ama desta maneira, posso confiar nEle com toda mim vida e com toda minha alma."
Os judeus tentaram fazer de Deus seu devedor; os gentios se contentavam em ser devedores de Deus. O judeu cria que podia ganhar a salvação fazendo coisas para Deus; o gentio se maravilhava perante o que Deus tinha feito por ele. O judeu tentava encontrar o caminho a Deus pelas obras; o gentio chegava pelo caminho da confiança.
Paulo estava convencido de que ninguém podia ganhar o favor de Deus.
No final desta passagem temos a referência à pedra. Esta é uma das referências características dos primitivos escritores cristãos.
No Antigo Testamento há uma série de referências mas bem misteriosas à pedra.
Em Gênesis 49:24 se descreve a Deus como o pastor e a pedra (rocha) de Israel.
Em Isaías 8:14 se diz que Deus será por pedra de tropeço e por rocha de escândalo para armadilha às casas de Israel.
Em Isaías 28:16 Deus diz que pôs no Sião por fundamento uma pedra, pedra preciosa angular, de alicerce estável.
Em Daniel 2:34-35, 44-45 há uma referência a uma misteriosa pedra.
No Salmo 118:22 o salmista escreve: "A pedra que desprezaram os edificadores veio a ser cabeça de esquina."
Agora, quando os cristãos começaram a buscar no Antigo Testamento prenúncios de Cristo, encontraram-se com essas referências a essa maravilhosa pedra. E nelas identificaram a Jesus.
Sua justificação para fazê-lo assim foi que o relato do Evangelho mostra a Jesus mesmo fazendo esta identificação e tomando o versículo do Salmo 118:22 para aplicá-lo a si mesmo. O representa fazendo-o assim ao final da parábola dos lavradores maus (Mateus 21:42).
Os cristãos pensaram a respeito da pedra maravilhosa, que era o fundamento firme, a pedra que era a pedra angular que sustentava unida a totalidade do edifício, a pedra que tinha sido rechaçada e tinha chegado a ser a pedra principal, como a figura de Cristo mesmo.
A entrevista que Paulo usa aqui é uma combinação de Isaías 8:14 e 28:16.
Os cristãos, inclusive Paulo, tomaram para significar isto: Deus tem proposto a seu Filho para ser o fundamento da vida de todo homem, mas quando ele veio os judeus o rechaçaram, e porque o rechaçaram este dom de Deus que tinha sido proposto para sua salvação chegou a ser causa de sua condenação.
Esta figura da pedra fascinava os cristãos. Encontramo-la várias vezes no Novo Testamento (Atos 4:11; Efésios 2:20; 1 Pedro 2:4-6).
A verdade eterna atrás desta idéia é esta: Jesus Cristo foi enviado a este mundo para ser o Salvador dos homens.
Mas Jesus Cristo é também a pedra de toque pela qual todos os homens são julgados.
Se o coração do homem transbordar amor e submissão a Jesus, Jesus é para ele salvação.
Se o coração de um homem é inteiramente insensível ou totalmente rebelde, Jesus é para ele condenação.
Jesus veio ao mundo para nossa salvação, mas por sua atitude para com Jesus um homem pode obter a salvação ou merecer a condenação.
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