A FUNÇÃO SACRAMENTAL DA ÁRVORE DA VIDA ( Gênesis 2:9 )
"Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da
terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o
homem passou a ser alma vivente." (Gn 2.7.)
No início, Deus criou o homem, formando-o do pó da terra.
Depois soprou "o fôlego de vida" em suas narinas.
Tão logo o fôlego de vida, que se tornou o espírito do
homem, entrou em contato com o corpo, a alma foi
gerada.
E por isso que as Escrituras chamam o
homem de "alma vivente"
O Senhor Jesus diz que "o espírito é o que vivifica" (Jo 6.63).
Todavia não devemos confundir o espírito do homem com o Espírito Santo de Deus.
Podemos ver essa diferença em Romanos 8.16, que declara que o "Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de
Deus"
O termo original traduzido
como "vida" na expressão "fôlego de vida" é chay, e
está no plural. Isso pode estar indicando que o sopro
de Deus produziu uma vida dupla: a vida da alma e a do espírito.
Quando o sopro de Deus entrou no
corpo do homem, tornou-se o espírito do homem. Assim que o espírito interagiu com o corpo, a alma passou a existir. Essa é a origem da vida do espírito e da
alma.
. Esse espírito não é a própria vida de Deus, pois "o sopro do
Todo-Poderoso me dá vida" (Jó 33.4).
.Também não
se trata da vida eterna de Deus, nem tampouco da vida de Deus que receberemos por ocasião da regeneração.
Essa vida, a que recebemos no novo nascimento,
é a própria vida de Deus tipificada pela árvore da vida.
Aqui vemos essa função sacramental da árvore da vida.
Inicialmente, Adão e Eva não foram proibidos de comer dela.
Uma vez tendo desobedecido, eles foram proibidos porque tinham perdido o direito de participar do “símbolo sacramental”, a árvore que falava da vida contínua em cada aspecto e dava a eles a segurança a respeito desta vida.
Este papel da árvore indicava que o homem e a mulher eram finitos; eles não possuíam vida e não foram assegurados da sua continuação em termos de seu próprio ser, potencial e desejo essencialmente independentes.
Eles eram dependentes de Deus Yahweh que, tendo os criado, deu-lhes a vida (Gn 2.7) e continuaria a ser sua fonte constante de vida.
Essa vida, a que recebemos no novo nascimento,
é a própria vida de Deus tipificada pela árvore da vida.
O corpo separado do espírito estava morto;
com o espírito, porém, o homem passou a viver. O elemento constituinte que resultou disso foi chamado
de "alma"
"Em seu estado anterior à
queda, Adão nada sabia dessas incessantes lutas entre
espírito e carne, que, para nós, são experiências diárias. Suas três naturezas se uniam perfeitamente, formando uma só.
É interessante notar que “a árvore” é citada nas Escrituras como um símbolo de vida, e em algumas circunstâncias:
. A garantia da vida (Sl 1.3; 52.8; 92.12; 128.3 [videira frutífera]; Pv 3.18; 11.30; Jr 11.16; 17.8; Dn 4.10; Ap 2.7; 22.2, 14,19).
Comer da árvore é participar e ter a garantia da vida sem fim.
Quando Deus Yahweh advertiu ao homem e à mulher sobre as consequências de se comer da árvore proibida, dizendo que eles poderiam morrer, eles devem ter tido uma consciência do que Deus queria dizer quando disse “morrer”. “Morte”, no sentido de separação, fim de um processo, e deterioração, foi experimentada no jardim.
“porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”
Foi uma declaração de certeza absoluta .
Adão e Eva eram limitados no uso dos frutos do jardim .
Eles poderiam exercitar a liberdade dentro das limitações estabelecidas, demonstrar suas prerrogativas e potencialidades reais dentro das diretrizes recebidas, e gozar da bondade (bem aventurança) e paz que a vida Edênica e o serviço ofereciam.
Deste modo, Deus preparou e iniciou o processo de revelar seu desígnio maravilhoso para e dentro do reino cósmico. Ele estabeleceu e iniciou o processo da história.
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