TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
Na história do Cristianismo, sabemos que nunca houve um pleno consenso
doutrinário entre os intérpretes da Bíblia. Das diferentes interpretações surgiram
cismas e novos grupos religiosos professando a mesma fé em Jesus, e na maioria
dos casos os integrantes de cada movimento religioso recebiam uns aos outros como
irmãos em Cristo.
Mais especificamente no Século XIX, surgiram homens, inconformados com as
doutrinas centrais do Cristianismo, como a Trindade, a Imortalidade da Alma e das
Penas Eternas, e ao mesmo tempo decepcionados com o liberalismo religioso
apregoado por teólogos que não criam na Bíblia como a inteira Palavra de Deus.
Tais
homens, rejeitando seus antigos movimentos religiosos, ou suas anteriores igrejas
cristãs, iniciaram novos movimentos partindo do pressuposto de que após a morte
de João, o último apóstolo de Jesus a falecer, teria surgido uma grande apostasia
que ou fez o Cristianismo desaparecer ou o tornou difícil de ser identificado.
Assim,
criaram o mito do ressurgimento do Cristianismo Verdadeiro a partir do novo grupo
com as crenças por eles criadas ou trazidas de volta dos idos em que elas foram
consideradas como heresias pela Igreja Cristã.
Foi neste contexto e com essa
motivação que Charles Taze Russell deu origem ao movimento Estudantes
Internacionais da Bíblia, desde 1931 conhecido como Testemunhas de Jeová.
Conforme narra a uma das obras mais conhecidas desta organização, Russell
pretendeu reunir todas as verdades bíblicas espalhadas pelas religiões numa única
religião.
Na verdade, os Testemunhas de Jeová
surgiram em 1870,Charles Taze Russell, era um garoto de dezoito anos,Ele
jamais havia estudado teologia. Depois de se
associar com ex-adventistas, organizou um
grupo, e por várias vezes mudaram de nome:
Estudantes da Bíblia, Associação Internacional
dos Estudantes da Bíblia, Estudantes da Bíblia
Associados .
Mais oficialmente, se chamavam
Estudantes Internacionais da Bíblia, e só em
1931, sob o comando de Joseph Franklin
Rutherford, o segundo presidente mundial da seita, esse grupo passaria a se chamar
Testemunhas de Jeová. Como pode, então, uma organização religiosa ser a
única religião verdadeira se passou a existir apenas em 1870, e com vários nomes
que precisaram ser trocados várias vezes, para só em 1931 adotarem o nome que
usam até hoje.
Reivindicou Russell todo o
mérito de ter desvendado essas gemas da verdade. Russell explicou:
“Descobrimos que por séculos várias seitas e grupos dividiram entre si
as doutrinas da Bíblia, misturando-as, em grau maior ou menor, com
especulação e erro humano . . . Descobrimos que a importante
doutrina da justificação pela fé e não pelas obras fora claramente
enunciada por Lutero e mais recentemente por muitos cristãos; que a
justiça, o poder e a sabedoria divina foram cuidadosamente
preservados pelos presbiterianos, embora não discernidos claramente;
que os metodistas apreciaram e louvaram o amor e a compaixão de
Deus; que os adventistas prezaram a doutrina sobre a volta do Senhor;
que os batistas, entre outros pontos, sustentaram corretamente a
doutrina do batismo em sentido simbólico, embora tivessem perdido
de vista o verdadeiro batismo; que, fazia tempo, alguns universalistas sustentavam vagamente alguns pensamentos relativos à ‘restauração’
Ele explicou:
“Nosso trabalho . . . tem sido de ajuntar estes fragmentos da verdade
há muito espalhados e apresentá-los ao povo do Senhor — não como
novos, não como nossos, mas como do Senhor. . . . Precisamos rejeitar
qualquer mérito até mesmo de termos encontrado e reagrupado as
joias da verdade.”
A ideia de reunir as supostas
verdades espalhadas entre as
seitas e igrejas e apresentá-las ao
Senhor, conforme Russell afirma,
resultou em que aquele grupo se
achasse detentor da única
doutrina verdadeira. Quem
determinava as doutrinas do
movimento a serem cridas pelos
adeptos era Russell, e mais tarde sua equipe de editores. Tais doutrinas eram
publicadas em livros e revistas.
Com o tempo, os líderes das Testemunhas de Jeová responsáveis por suas
doutrinas e interpretações bíblicas passaram a ser chamados de Corpo Governante.
Até a data presente, outubro de 2018, o Corpo Governante é composto por oito
pessoas.
O Corpo Governante e suas interpretações da Bíblia, todas as
Testemunhas de Jeová compactuam a crença de que sua organização religiosa é a única religião verdadeira. Quais são as supostas bases bíblicas para tal interpretação?
Será que elas resistem a uma interpretação exegética quando procura ser
fundamentada em textos bíblicos?
Para a Igreja Cristã Protestante-Evangélica, poder-se-ia admitir haver uma
única religião verdadeira, mas esta não se trata de uma denominação cristã. No Novo
Testamento, onde lemos a origem e o desenvolvimento da Igreja Cristã desde o
Pentecostes de Atos Capítulo 2, nada se diz sobre um nome de Religião a ser
reconhecida como a verdadeira, mas apenas suas credenciais. Conforme explicou
Stott:
O que distingue o verdadeiro seguidor de Jesus não é o credo, nem
o código de ética, nem as cerimônias, nem a cultura, mas Cristo. O
que, com frequência, equivocadamente se chama de “cristianismo”
não é, em essência, uma religião nem um sistema, mas uma pessoa:
Jesus de Nazaré.”
O Cristianismo verdadeiro, portanto, é Cristo, pois ele é, segundo a Bíblia, em
1 Pedro 2:21, o padrão ou “exemplo, para que sigais os seus passos”.A verdadeira religião tem
a ver com o seguir as pisadas de Cristo e imitá-lo, conforme o Apóstolo Paulo
escreveu em 1 Coríntios 11:1 e Efésios 5:1 admoestações para os cristãos imitarem
a Paulo como ele imitava a Cristo e imitarem o próprio Deus.
O Corpo
Governante tenta induzir seu leitor a concluir que a Bíblia não ensina as doutrinas da:
Trindade e da Imortalidade da alma e que, por isso, as denominações que creem
assim não fazem parte da religião verdadeira.
Todavia, a Bíblia ensina que o Pai é
Deus (1 Coríntios 8:5, 6), o Filho é Deus (João 1:1; 20:28), o Espírito Santo é Deus
(Atos 5:3, 4; 2 Coríntios 3:17), mas Deus é um só. (João 17:3) Destes textos, a
Igreja Cristã oficialmente ensina este Dogma desde o século IV, no Concílio de Nicéia,
em 325.
E quanto à imortalidade da alma, quando ela é sinônimo de “espírito” na
Bíblia, fala-se das almas dos mártires cristãos, “mortos por causa da palavra de Deus
e do testemunho que deram” clamarem por justiça debaixo do altar. (Apocalipse 6:9,
10) Assim, como almas salvas, estão vivas após a morte, mas não ressuscitadas
ainda, visto que na escatologia do livro de Apocalipse a ressurreição dos salvos é
descrita nos capítulos finais. Com essas bases bíblicas, podemos afirmar com certeza que crer nas doutrinas da Trindade e da imortalidade da alma não torna uma
denominação cristã errônea.
Mas visto que as Testemunhas de Jeová possuem um Corpo Governante que
muda de ensinos constantemente, poderíamos perguntar a elas: “Onde na Bíblia se
ensina as crenças que o Corpo Governante já abandonou? Se ensinar o que não está
na Bíblia torna o grupo uma religião falsa, então que tipo de religião são as
Testemunhas de Jeová quando já ensinaram interpretações não bíblicas?
Um segundo requisito adotado pelo Corpo Governante para
identificar a sua própria religião como a única verdadeira:
“Considere se ela torna conhecido o nome de Deus”.
Jesus
disse em oração a Deus: “Tenho feito manifesto o teu nome aos
homens que me deste do mundo.” (João 17:6) Ele declarou: “É a
Jeová, teu Deus, que tens de adorar e é somente a ele que tens de
prestar serviço sagrado.” (Mat. 4:10) Será que a sua religião lhe
ensinou que ‘é a Jeová que tem de adorar’? Chegou a conhecer a
Pessoa identificada por esse nome — seus propósitos, suas
atividades, suas qualidades — de modo a sentir que confiantemente
pode aproximar-se dele?
Com este argumento, o Corpo Governante pretende ensinar que apenas as
Testemunhas de Jeová usam o nome Jeová porque Jesus manifestava o nome de
Deus. Mas Deus permitiu que a pronúncia do nome divino em hebraico fosse perdida,
sendo que a pronúncia “Jeová”, conforme o Dicionário Bíblico Wycliffe, surgiu da
seguinte forma:
“Nos séculos VI e VII d.C., os estudantes judeus massoréticos
combinaram as vogais de Adonai com as consoantes YHWH para
lembrar o leitor da sinagoga de que deveria pronunciar o nome como
Adonai. Mas aquelas consoantes e vogais formam o nome Jeová,
uma forma atestada pela primeira vez por volta do ano 1220 d.C.
[...] Yahweh era, sem dúvida, a pronúncia aproximada do
tetragrama, da palavra de quatro letras YHWH, uma vez que foram
encontradas transliterações para o grego na antiga literatura cristã,
na forma de iaoué (Clemente de Alexandria) e iabé (Teodoreto), pronunciada “iavé”. A palavra é uma variação conectada com o
verbo haya, “ser”, de uma forma mais antiga hawa.”
Perguntamos às Testemunhas de Jeová e ao seu Corpo Governante:
Por que Deus teria permitido que a pronúncia do nome YHWH fosse perdida há muito
se um dos requisitos para identificar a religião verdadeira seria a pronúncia de tal
nome, mesmo admitindo-se que Jesus tivesse usado a pronúncia correta do
tetragrama? Não seria porque Deus pretendia que o nome Jesus estivesse acima de
todo nome, conforme Filipenses 2:9-11?
“Demonstra amor”:
Os verdadeiros adoradores “não fazem parte
do mundo”, não são divididos por raça ou cultura e demonstram
‘amor entre si’. (João 13:35; 17:16; Atos 10:34, 35) Em vez de matar
uns aos outros, estão dispostos a morrer uns pelos outros. — 1 João
3:16.”
Aqui o Corpo Governante procura incutir na mente de seus seguidores que o
fato de as Testemunhas de Jeová não participar de guerras nem se tornar policiais,
então estão livres de matar o próximo. Estariam até mesmo dispostas a morrer pelos
outros. Sendo assim, não fazem parte do mundo e, por isso, são a única religião
verdadeira. Todavia, Menezes aponta o problema deste ponto de vista com bons
argumentos de que não constitui falta de amor participar de um serviço militar ou ir
às guerras, quando afirma que “para manter a própria sobrevivência, a nação de
Israel tinha seu exército. O próprio Jeová é chamado ‘pessoa varonil de guerra’
(Êxodo 15.3. ) Em Josué 10.14 , lemos que o “próprio Jeová lutava por
Israel”.
“Está realmente separada do mundo?”
Não se pode negar que na política deste mundo muitos da Igreja Cristã se
prostituíram com a corrupção. Todavia, será que a Bíblia proíbe a participação na
política, como algo que mancharia o cristão, mesmo ele sendo íntegro? A resposta é
não! Deus usou seus servos para ocuparem cargos políticos importantes. Por
exemplo, considere o exemplo de José, feito Governador do Egito, conforme os
relatos de Gênesis Capítulos 40 e 41. Sobre ele, Halley e Unger comentam
respectivamente:
“José casou-se com uma filha do sacerdote de Om. Apesar de ter
uma esposa pagã e de governar um reino pagão, manteve a fé que
sempre teve, desde a infância, no Deus de seus pais, Abraão, Isaque
é Jacó.”
Também, considere o caso de Daniel. Nabucodonosor reconheceu o Deus de
Daniel como “Deus dos deuses e Senhor dos reis, e o revelador dos mistérios”, pois
Daniel havia interpretado o sonho dele. O resultado foi que Nabucodonosor “o pôs
por governador de toda a província de Babilônia, e também o fez chefe principal de
todos os sábios da Babilônia”. E sem contar que Daniel pediu que seu amigos
Sadraque, Mesaque e Abdenego ocupassem o cargo de “superintendentes dos
negócios da Província da Babilônia, mas Daniel permaneceu na corte real.” (Daniel
2:46-49) 33 Será que Daniel e seus amigos fizeram parte do mundo por ocuparem
este cargo político? Com certeza, não, pois nada na Bíblia indica isso.
Mas e no Novo Testamento, será que há base bíblica para um cristão participar
da política? Partindo do fato de que os políticos são autoridades, o apóstolo Paulo
escreve que “todos devem sujeitar-se às autoridades do governo, pois não há
autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram ordenadas por ele.”
(Romanos 13:1)34 Portanto, o arranjo político de toda autoridade humana foi posto
por Deus, e o fato de a maioria não viver à altura do que Deus espera não implica
que um cristão não possa fazer a diferença na política de um país assim como José,
Daniel, Sadraque, Mesaque e Abdenego fizeram.
Legalismo que gera a morte.
O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová, devido a erros absurdos
resultantes de sua hermenêutica e exegese incorretas ao se interpretar a Bíblia, criou
leis para seus seguidores que podem resultar na morte deles. Por exemplo, considere
a famosa questão da proibição das Transfusões de Sangue. Baseados em Gênesis
9:3, 4, Levítico 17:10-12 e Atos 15:28, 29, entendem que a Bíblia, ao proibir “comer
sangue” está incluindo receber sangue através duma transfusão.
Mas será que “comer sangue” e não “abster-se de sangue” é o mesmo que
transfusão de sangue? Uma testemunha de Jeová poderia afirmar que sim, visto que
a medicina considera uma transfusão de sangue como alimentação intravenosa, e se
é alimentação, trata-se de comer sangue.
Uma
transfusão de sangue não consiste em comer sangue. Apesar de um
médico, ao dar alimentação a um paciente de modo intravenoso,
chamar essa operação de “alimentação”, simplesmente não significa
que o procedimento de dar sangue de forma intravenosa se constitua
em “alimentação”. O sangue não é recebido pelo organismo como
“comida”. Comer é o ato literal de colocar a comida para dentro do
organismo de modo normal, através da boca, e consequentemente
para o sistema digestivo.
Se fôssemos levar a sério a argumentação do Corpo Governante, a medicina
teria que criar a terminologia de que as células comem o sangue visto que o sangue
as alimenta com nutrientes. Que comer sangue e transfundir sangue nada têm a ver
um com o outro deduz-se do seguinte fato: Se uma pessoa perder três litros de
sangue num acidente e dermos chouriço para ela comer, ela morrerá por falta de
sangue; Se uma pessoa estiver morrendo de fome e ministrarmos nela uma
transfusão de sangue, não mataremos a fome dela e ela morrerá.
“O sangue transfundido não pode ser usado pelo corpo como
alimento, da mesma forma que um órgão transplantado não pode ser
usado como alimento pelo corpo. Como existe uma grande diferença
entre comer um coração humano e receber um coração
transplantado, assim também existe uma grande diferença entre
comer alimento com sangue e receber uma transfusão de sangue.
O sangue proibido em
Gênesis 9:3, 4, Levítico 17:10-12 e Atos 15:28, 29 refere-se ao sangue de animais
ou qualquer tipo de carne que se mata para comer, e não de doadores vivos
desejosos de salvar uma vida. Para o povo de Deus do Antigo Testamento, o sangue
representava a vida do animal e sendo morto seu sangue deveria ser usado apenas
no altar para fazer expiação, conforme atestam as palavras de Levítico 17:11: “e eu
o tenho dado a vós sobre o altar, para fazer expiação por vós, porque é o sangue
que faz expiação pela vida”
Portanto, não está em voga aqui o uso de sangue para salvar uma vida da
perda de sangue num acidente, mas de salvar sua vida em sentido espiritual, através
do uso do sangue do animal morto no altar; também envolvia o sangue simbolizar a
vida, portanto, seria irreverência tratá-lo como comida. É por isso que em Atos 15:28,
29, para evitar problemas entre judeus e gentios convertidos a Cristo, incluiu-se o
“abster-se de sangue” na lista de coisas necessárias, pois mesmo crendo que o
sangue de Cristo salva do pecado e da morte (daí se deveria dispensar o não comer
sangue devido ao seu valor expiatório), ainda assim o judeu convertido a Cristo tinha
o sangue como sagrado.
Mas o legalismo do Corpo Governante na questão do sangue não para por
aqui. Ele decide por uma Testemunha de Jeová a recusar até mesmo o seu próprio
sangue armazenado antes da cirurgia, como forma alternativa para não se usar
sangue de outra pessoa.
Aqui temos o sangue autólogo, condenado pelo Corpo Governante. Uma vez
armazenado, afirmam que não pertence mais à pessoa e deveria, portanto, conforme
Deuteronômio 12:24, ser derramado na terra como água. Seria esta uma
interpretação correta do texto bíblico supracitado? De modo algum! O contexto
revela-nos que o sangue proibido se referia ao do animal abatido para ser comido e
não de doadores dispostos a salvar uma vida, conforme já se explicou aqui.
Em nome desta péssima interpretação da liderança
mundial das Testemunhas de Jeová, muitos morreram
fiéis a essa doutrina estranha à fé cristã. Por exemplo,
para encorajar seus seguidores a evitar qualquer tipo
de sangue como tratamento médico, o Corpo
Governante publicou na capa de uma de suas revistas
crianças que morreram fiéis a Jeová e que se
recusaram a receber uma transfusão de sangue.
Legalismo que destrói o futuro
Cursar numa Universidade é o sonho da maioria dos adolescentes que deixam
o ensino médio. Para o Corpo Governante, é arriscado e uma demonstração de falta
de sabedoria cursar uma Faculdade.
Se deixar de cursar uma universidade poupa as TJs
da exposição a uma crescente desmoralização, então não deveria haver uma TJ com
educação superior e esta organização dependeria exclusivamente de profissionais de
religiões condenadas pelo Corpo Governante desta organização.
O mundo tem pouco tempo? Segundo a Bíblia, sim. Mas isto não significa que
cursar uma Universidade seja sofrer lavagem cerebral.Aconselhou seus seguidores a trabalharem como pioneiros, ou seja,
pessoas que trabalham no mínimo sessenta horas por mês de casa em casa. Mas
não seria sofrer lavagem cerebral parar com os estudos para trabalhar para uma
religião? Afirmaram que não seria correto gastar entre quatro a oito anos de
estudos numa Universidade pois não o mundo estaria no fim. Escreveram isso em
1969. Quem creu nesse alerta tão sem cabimento já está quatro décadas esperando
o fim sem formação superior. Não se trata isso realmente de uma lavagem cerebral?Se alguém, ao cursar educação superior, torna-se agnóstico, ou ateu, o
problema estava em sua educação cristã, em seu caráter cristão, em suas convicções
não muito bem alicerçadas, em não ter perseverado na fé em que cria. Não se pode
negar que nas Universidades e Faculdades há muitos estudantes que de acordo com
a Bíblia são más companhias.
Entre as várias heresias pregada pelos TJs a negação da divindade de Jesus é uma das mais absurdas,eles dizem:
Se o fosse, quando
duas pessoas lhe pediram para se assentarem um à sua direita e outro à sua
esquerda no Reino, Jesus respondeu que não tinha autoridade para conceder
tal pedido, mas apenas o Pai. Então raciocinam: ‘Se Jesus fosse Deus, ao dizer
que não tinha tal autoridade, teria mentido.
Jesus, mesmo sendo Deus encarnado, não mentiu ao afirmar
que não competia a ele a autoridade para atender o pedido daqueles jovens, mas sim ao Pai.
Na Trindade, as Três Pessoas trabalham no relacionamento com o homem
da seguinte forma: O Filho é submisso ao Pai, o qual é o cabeça ou chefe de Jesus.
(1 Coríntios 11:3) Portanto, o Pai determina o que deve ser feito ou não na economia
da Trindade em relação ao homem. Isto não torna o Pai maior ou o Filho menor em
essência e natureza divina. Por exemplo, numa empresa em que três irmãos são
sócios, há apenas um presidente, que decidirá os rumos da empresa. O fato de os
outros dois irmãos serem submissos ao irmão-presidente não torna os dois inferiores
a ele em natureza, como se fossem menos seres humanos que ele. Na Trindade, dá-
se o mesmo. O fato de o Filho reconhecer a autoridade funcional do Pai sobre ele
não o torna menos Deus que o Pai. Na verdade, Jesus é tão Deus quanto o Pai, por
isso, Tomé disse a Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!” - João 20:28.
Os TJs negam que Jesus seja Deus porque Jesus disse: “O Pai
é maior do que eu”. (João 14:28) E ainda afirmam: Não adianta dizer que
Jesus era menor que o Pai apenas enquanto esteve na terra, porque mesmo
depois de sua ressurreição e ascensão aos céus, se diz que ele é submisso ao
Pai, que ele tem um Deus e Pai, logo, ele é inferior ao Pai.
Quando Jesus disse o Pai é maior do que eu, em João 14:28,
usou a palavra grega meízon. Esta palavra designa maior na posição, não na
natureza, ou essência. Por exemplo, se disséssemos: “O Presidente do Brasil é maior
do que a Dona Maria”, ele seria maior na posição (cargo, função, título) ou na
essência e natureza (mais ser humano do que a Dona Maria)? É evidente que o
Presidente do Brasil não é maior na acepção de ser mais ser humano do que Dona
Maria. Ele é maior na posição, mas igual em natureza a todos nós. O mesmo ocorre
entre Jesus e o Pai. O texto não disse que Jesus é um deus menor que o Pai. Jesus
é igual em natureza (tão Deus quanto) ao Pai, mas inferior em posição, pois o Pai é
o seu cabeça. Isso em nada interfere no que cremos sobre a Trindade e a divindade de Jesus. E sobre Jesus ser mencionado como tendo um Deus e um Pai, mesmo
depois da sua ressurreição, isto também não nos atrapalha em nada.
Quando a Bíblia diz que o Pai é Deus (1 Coríntios 8:5), o Filho é Deus (João
20:28), o Espírito Santo é Deus (Atos 5:3, 4), e que Deus é um só (João 17:3), quer
nos ensinar que cada Pessoa da Trindade é plenamente Deus, num só Deus,
portanto, quando Jesus foi ressuscitado, Ele podia, mesmo sendo Deus, afirmar ter
um Deus, não para adorá-lo em seu estado ressurreto, mas para considerá-lo como
a Pessoa do Pai em posição acima que a dele, não em grau de divindade maior do
que ele. Por isso que a Bíblia ensina que antes de se criar tudo, Jesus era Deus e
estava com Deus (o Pai e o Espírito Santo). – João 1:1.
Os TJs negam que Jesus seja o próprio Deus porque em
Provérbios 8:22-31 Jesus é chamado de a sabedoria de Deus, mas no versículo
22 se diz: “O SENHOR me criou como a primeira das suas obras, o princípio dos
seus feitos mais antigos.” Então, concluem que Jesus é criatura98, não o Deus
Verdadeiro.
Se Jesus é a sabedoria de Deus, então ele não pôde ter sido
criado, pois a sabedoria de Deus nunca foi criada. Alguns TJs responderiam que o
texto de Provérbios 8:22 não se refere à sabedoria abstrata de Deus, mas apenas à
que foi revelada através de Jesus, já que Deus nunca revelou toda a sabedoria de
Deus. Todavia, nenhum tipo de sabedoria divina foi criada no sentido literal. Foi
criada na acepção de ser revelada. Então, o verbo criar em hebraico não está sendo
usado para afirmar que Jesus ou qualquer sabedoria de Deus foi criada, mas
revelada. Logo, esse texto de provérbios 8:22 não pode ser usado para falar sobre
Deus ter criado Jesus, mas sobre Ele ter revelado sua sabedoria através de Jesus.
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