UM DEUS QUE DANÇA
Sei muito bem que o verbo "dançar" é forte e pra uma parte da atual geração evangélica um verbo pejorativo,por isso quero não redefinir,mas buscar o significado original do verbo dançar que é " movimento".
A religião pintou um "deus" não como um pai que se abraça com seus filhos e brinca,mas um "deus " como um avô senil,sentado,de barba branca que fica meio que bobo com as peripécias dos seus netos e que nada faz...
Friederich Nietzsche foi um homem incrível e por sua audácia em criticar a religião da sua época,foi mal entendido,quando na verdade ele não aceitava os conceitos humanos de Deus,que criaram um "deus" estático,pesado,inerte e ele defendia um Deus que se movimenta e a esses movimentos ele chama de "dança".
Nossa forma cristã de viver e servir (adorar) a Deus é de conformidade com o conceito que temos ou criamos de Deus,se o nosso Deus é estático,é inaceitável qualquer movimento em nossa adoração,em nossa função sacerdotal,definida como pesada por nós,eu diria preguiçosa,sem alegria,sem felicidade,como um fardo,o que caracteriza que somos religiosos(engessados) em nosso relacionamento com Deus(não estou aqui defendendo "ré-té-té ),um relacionamento com o espirito de pesadelo.
Creio que nenhum homem tem a pureza da borboleta em seus leves movimentos,mostrando-nos o que deveria ser a vida se é que temos um Deus que se movimenta,como diz Nietzsche:"Como sei andar,eu corro,como sei correr eu vôo,vivendo sem que ninguém me empurre,vendo a vida por baixo de mim mesmo,e Deus salta em mim".
Quando leio uma frase desta,fico a pensar:quem vivia um relacionamento verdadeiro com Deus: a igreja ou Nietzsche?
Nesta frase Nietzsche mostra que vivemos uma vida de pesos e estática,porque sempre queremos recompensas,para alguns até a salvação é uma recompensa por eu "crer",e esquecem que esse "crer" é um dom,logo nem deles é,mas a soberba de querer recompensa até na salvação pintam um "deus estático",um "avô senil" sentado e tudo que faço,faço por mim e quando faço,pois na maioria o meu conceito do "deus estático" modela minha vida e assim sou também estático na minha forma sacerdotal de ser.
Somos um sacerdote exercendo uma "disfunção",pois não fazemos para agradar a Deus,para nos agradar e não estamos nem ai para o que Deus quer,pois buscamos nossas satisfações.
O espirito de "pesadume" que envolve a religião é algo muito sério,grave,pois o fardo de Jesus é leve,mas parece-nos pesado e faz do nosso culto tanto no templo como fora dele algo sem sal,amargo e pesado.
Se Deus não é estático como deveríamos exaltá-lo?De forma estática?
Creio que as borboletas são um bom exemplo de como deveria ser nosso serviço a Deus:um vida cristã leve,alegre e sem fardos.Uma exaltação que visse quem Deus é e não apenas o que somos.Nossa adoração é uma decadência por causa do deus que pintamos,que oprime,que desgraça a vida dos homens e não um Deus cheio de graça e amor.
Nessa foto que postei,mostra o que aconteceu ontem em nossa igreja:
Um Deus que resgata jovens com um passado de abusos sexuais,de envolvimento com tráfico de drogas,com o homossexualismo,o lesbianismo,transforma-os e os chama para missões.Foram quase 100 jovens que atenderam a convocação e não mediremos esforços para enviá-los.
Enquanto para muitos "deus morreu" ( para Nietzsche morreu o deus pintado pela religião),Deus está ativo,movimentando-se.Há quem afirme em sua loucura,que satanás está ativo ( tenho que sorrir ),mas ele não passa de uma marionete e realiza o que Deus decretou que seja feito para que os planos divinos se concretizem....
Amados(as) Deus movimentou-se ontem em nossa igreja com o chamado desses jovens,aliás em toda história Ele se movimenta,mas a noiva o acha um noivo avô senil,mas esse não é o nosso noivo e o mesmo quer sua sua noiva "se movimente" e acompanhe seus movimentos.
Essa visão teísta do cristianismo tornou a adoração fria é gélida,sem relacionamento,onde o cristianismo tornou impossível a crença em Deus.
Irmãos (ãs) ontem fui impactado com o que Deus faz,com o que Deus decreta que aconteça e aquilo que parece não ter mais jeito,em um movimento
12 comentários em “Eu só poderia crer num deus que soubesse dançar.”