quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Devoção Extrema

                                            DEVOÇÃO EXTREMA 

                                                                1 Pedro 1:16  " Sede santos porque eu sou santo "


                                                                    INTRODUÇÃO

Deus é imutável,logo a busca pela santidade não muda,porém temos percebido que os dogmas mudam com o tempo,a forma e o método ganha novos contornos,e o próprio conceito de santidade tem mudado.

Essa mudança é tão radical,que dificilmente nos nossos dias se fala em buscar uma vida de santidade,muito menos de como alcançá-la. A falta de busca,leva,consequentemente ao esquecimento estas formas.

A influência de algumas teologias,levam-nos à uma vida de passividade ou a uma falta de perspectiva sobrenatural.

Um derramar do Espirito é justamente para corrigir essa situação: arrancar alguns do pecado e da passividade e dar a outros essa perspectiva do sobrenatural.

Quando falamos de santidade,falamos de vida devocional e quando falamos de vida devocional,falamos de dogmas e doutrinas,responsáveis para traçar um caminho seguro que conduza as pessoas a uma vida de santidade.

Por falta de ensinamento,muitos se perdem pelo caminho,poucos progridem e outros abandonam a fé.

O recém-convertido vive uma dualidade complexa: recebeu a efusão do Espirito,mas dentro dele estão todas as inclinações da carne,assim as manifestações do Espirito misturam-se com seus defeitos causando inúmeros problemas.

Aquele que tem uma devoção extrema não enfrenta esse problema,pois entrou em um nível de santificação começado com a mortificação da carne ( 1 Coríntios 3:1-3 ),Paulo fala aqui para a Comunidade Carismática de Corinto,pessoas convertidas,que é um retrato dos nossos dias.

Quando falamos de santidade,precisamos não somente falar das más inclinações que precisam ser mortificadas,como precisamos falar das virtudes que são infusas ou adquiridas,cujo o amor é o vínculo da perfeição.

Nesse processo há 3 pontos:

1. A ação santificadora do Espirito no cristão ( Mística )

2. Resposta do cristão à esta ação ( Ascese ),onde manifesta-se a graça,fonte para resposta,sem qual nada poderemos fazer,mostrando a importância da vida devocional

3. Os três estágios da vida espiritual 

. Via purgativa

. Via unitiva

. Via iluminativa

A santidade é uma realidade prática e não teórica

"SEM A MÍSTICA ( μύστης )NOSSA ASCESE( άστησις ) NADA É"

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Teologia

 


À virgem mãe,
que nos dando Jesus,
 tudo nos deu, e que por Jesus nos conduz a Deus,
 é consagrado este livro em penhor de filial devoção.
 
Prefácio do autor
 
Como o título indica, não é este Compêndio um tratado completo, senão apenas um sumário, que possa servir de moldura ou esqueleto a estudos mais circunstanciados e profundos. Ainda assim, para evitarmos a aridez de um Compêndio, esmeramo-nos em desenvolver, com reflexões próprias a gerar a piedade, os pontos essenciais que constituem a vida interior, tais como a habitação do Espírito Santo na alma, a nossa incorporação em Cristo, a parte que tem Maria na santificação dos homens, a natureza da perfeição e a necessidade de a ela tender. Igualmente nos espraiamos na explanação das três vias, insistindo no que pode levar as almas à confiança, ao amor, à prática das virtudes.
Convencidos como estamos, de que o Dogma é a base da Teologia Ascética, e de que a exposição do que Deus fez e não cessa de fazer por nós é o estímulo mais eficaz da verdadeira devoção, tomamos a peito recordar sumariamente as verdades da fé sobre que assenta a vida interior. Assim pois, é o nosso tratado antes de tudo doutrinal, empenhando-se por mostrar que a perfeição cristã dimana logicamente dos nossos dogmas e sobretudo da Encarnação, que deles é o centro. Mas, ao mesmo tempo, é prático; porque não há nada como uma fé viva e esclarecida para nos animar a fazer os esforços enérgicos e perseverantes que a reforma de nós mesmos e o cultivo das virtudes reclamam. Esmeramo-nos, pois, desde a primeira parte, em tirar dos nossos dogmas as conclusões práticas que deles espontaneamente se derivam, em deduzir os meios gerais de perfeição e estimular os leitores a praticar o que leram com atenção: Sede cumpridores da palavra e não ouvintes somente[1].
Na segunda parte, eminentemente prática, não cessamos de apoiar as nossas conclusões sobre os dogmas expostos na primeira, em particular sobre a nossa incorporação em Cristo e a habitação do Espírito Santo em nós. A purificação da alma não se faz perfeitamente sem nos incorporarmos n’Aquele que é a fonte de toda a pureza; e a prática positiva das virtudes cristãs nunca é tão fácil, como quando atraímos a nós Aquele que as possui na sua plenitude e tão ardentemente no-las deseja comunicar. Quanto à união íntima e habitual com Deus, não se realiza esta plenamente, sem vivermos sob o olhar e direção da Santíssima Trindade que vive em nós. Assim, o nosso progresso nos três grandes estados da vida espiritual é assinalado pela nossa incorporação progressiva em Cristo Jesus e pela dependência cada vez mais completa do Espírito santificador.
Esta adesão ao Verbo Encarnado e ao seu divino Espírito não exclui, antes, pelo contrário, supõe uma ascese sobremaneira ativa. S. Paulo, que tão perfeitamente pôs em evidência a nossa incorporação em Cristo e a nossa união com Deus, nem por isso insiste menos sobre a necessidade da luta contra as tendências do homem velho, contra o mundo e os espíritos das trevas. Eis o motivo por que, na exposição das três vias, tantas vezes falamos de combate espiritual, de esforços enérgicos, de mortificação, de tentações, de quedas, de levantamentos, não somente para os principiantes, mas até para as almas adiantadas. É indispensável atentar bem para as realidades, e, ainda mesmo ao descrever a união íntima com Deus e a paz que a acompanha, recordar, como faz Santa Teresa, que o combate espiritual não finda senão à nossa morte.
Mas essas lutas incessantes, essas alternativas de consolações e de provas não têm nada de assustador para as almas generosas, sempre unidas a Deus tanto na bonança como na tempestade.
É sobretudo para os seminaristas e sacerdotes que escrevemos; mas esperamos que este livro seja útil às comunidades religiosas e até aos numerosos seculares que hoje cultivam a vida interior, para exercerem mais eficazmente o apostolado[2].
Exporemos, antes de tudo, as doutrinas certas ou comumente recebidas, reservando apenas lugar muito restrito às questões controversas. Há, sem dúvida, diversas escolas de espiritualidade; mas os homens ponderados dessas várias escolas estão de acordo em tudo o que há de verdadeiramente importante para a direção das almas. Essa doutrina comum é a que nós exporemos, esforçando-nos por apresentá-la na melhor ordem lógica e psicológica que nos for possível. Se por vezes mostramos certa preferência pela espiritualidade da Escola Francesa do século XVIII fundada nos ensinamentos de S. Paulo e S. João, é em tão perfeita harmonia com a maior sinceridade que temos a mais elevada estima pelas outras escolas e a mãos largas nos utilizaremos das suas riquezas, pondo a mira muito mais em evidenciar o que as aproxima do que aquilo que as diferencia.
Ao Verbo Encarnado e à sua Santa Mãe, sede da divina Sabedoria, humildemente dedicamos este modesto trabalho, sobremaneira afortunado, se puder, sob tão poderosa égide, contribuir para a glória da Santíssima e Adorabilíssima Trindade: Para que em todas as coisas seja Deus honrado por Jesus Cristo[3].
As poucas mudanças que introduzimos nesta quinta edição, para termos na devida conta as benévolas observações que houveram por bem fazer-nos, não modificaram a essência do nosso trabalho.
Seja-nos lícito registar neste lugar os mais cordiais agradecimentos a todos quantos assim quiseram contribuir para o aperfeiçoamento deste Compêndio.
 
Solitude d’Issy (Seine), na festa da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem, 8 de Dezembro de 1920.
Ad. Tanquerey
 

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Morre Paul

Ontem, segunda-feira (13), morreu o pastor David Yonggi Cho, fundador a Igreja do Evangelho Pleno de Yoido, considerada a “maior igreja do mundo” ligada à Assembleia de Deus, na Ilha de Yeouido, em Seul, Coreia do Sul.O reverendo de 85 anos faleceu às 7h13 da manhã, em um hospital de Seul, onde havia sido tratado, desde que desmaiou devido a uma hemorragia cerebral em julho de 2020.

“Ele transmitiu o evangelho de esperança ao povo coreano que caiu em desespero após a Guerra da Coréia”, disse a Igreja em um comunicado. “Ele foi fundamental para o crescimento da igreja coreana, particularmente desenvolvendo a Igreja do Evangelho Pleno de Yoido como a maior igreja do mundo.”

O falecido pastor iniciou a sua igreja em Seul com cinco fiéis em 1958, quando a Coréia do Sul ainda lutava para se reconstruir das cinzas da Guerra da Coréia de 1950-53. Sob sua liderança, a instituição alcançou um crescimento explosivo e se tornou um símbolo do rápido crescimento do Cristianismo no que era até então um país profundamente confucionista.


segunda-feira, 13 de setembro de 2021

O amor proprio

CUSTO DO DISCIPULADO:NEGAR O AMOR PRÓPRIO ( Mateus 12:33-37 )

O amor próprio é o amor a si. O amor próprio é o amor desviante.Ima pergunta: Quem sou eu?

Grande tarefa da filosofia grega com a frase : "Conhece-te a ti mesmo".Esse conhecer define-se pela forma como agirmos.A Bíblia considera nobre "se conhecer" os textos mostram isso:

Provérbios 16:32 O que se conhece e melhor do que o herói de guerra.Eclesiastes 9:13-18 O que salva uma cidade tem mais consideração do que se conhece.Provérbios 27:19 Assim como o homem se vê no reflexo da água assim ele é.Provérbios 23:7 O que o homem se imagina na alma assim ele é.Ou seja cada ser e o profundo integral de todos os fatores que compõem aquilo que ele acha que e.

Lya Luft afirma que a infância é o chão ao qual vamos caminhar pro resto da vida,se for esburacado,tropeçaremos por toda vida,por isso precisamos nos conhecer.Jesus mostra a possibilidade desse conhecimento pois a identidade é aquilo que produzimos,vou semeando o que sou por onde passo(Mateus 12:33)

A hipocrisia é justamente viver uma aparência e viver num contra senso de querer ser o que não sou.Aqui que vivemos a mentira:Queremos mostrar ao próximo o que não somos ( reputação )Queremos o que nao somos diante de Deus (personalidade)Vivemos uma incoerência entre a vida que é e a vida que propagamos (honestidade)

Negar a si mesmo e o preço pago para se viver com coerência e isso é um dom.Segundo Jesus( Mateus 12:34) a realidade de quem somos sempre prevalecer,o que somos sobe a tona, nossos atos falhos nos denunciam,nossa boca falará do que o coração esta cheio.

É contra esse amor próprio que o discípulo luta,e essa luta só tem um caminho:morrer.

Percorrendo Jansemius que define o amor próprio como pervertido,Nicole que ve o amor próprio como o substituto hipocratico do comportamento virtuoso,dos gregos que o priorizavam,Eurípides que a achava o amor a si mesmo como algo natural e primordial,Sócrates que defende o amor a si como maior que aos outros,Ovídio e seu narcisismo,Plotino que ve Ovídio como a base para se conhecer a base do alto,chegamos em Agostinho que defendia a necessidade de desmascarar a nós mesmos como o caminho para descobrir nossos conflitos existenciais,por isso escreveu Confissões,onde mergulha no abismo da sua consciência e pôde ser um discípulo de Cristo perdendo toda a adoração por si mesmo e vivendo o Mestre como prioridade.Será que quando Cristo voltar encontrará discípulos na terra?

sábado, 11 de setembro de 2021

Feliz Aniversario

 FELIZ ANIVERSÁRIO MEU AMOR DE FILHA

Estava aqui orando por você e veio o desejo de te escrever um texto,antes porém quero dizer que te amo muito....

Estou triste,é meu aniversário...

É normal a reflexão às vésperas do nosso aniversário( ou às vésperas).

Sentimos-nos tristes e até as expectativas pré ou pós nos entristecem.

Há 2 grupos de pessoas:

1. Celebram muito o aniversário e depois ficam tristes 

2. Entram em reclusão e torcem para que o dia passe logo

Diante dessa situação,lembre-se que quando nascemos somos retidos por um calendário,que nos obriga a obedecer o que foi estipulado por homens e não por Deus

Filha,algumas pontuações:

1. A data do nosso aniversário não pode virar uma epifânia quando olhamos para os que conseguem o que não conseguimos.Essa sensação de que falhamos é falsa e vão sobrecarregar nossa mente e achamos que tido vai desmoronar (por causa causa da data do aniversário)

2. Não podemos ser escravos da filosofia que a idade rege nossa vida,então não se sinta frustrada se não conseguiu os objetivos planejados,pois não há nada de desastroso nisso.

3. Sempre teremos expectativas,sempre esperaremos mais de nós e das pessoas.Essas expectativas acumulam com a ideia pré concebida de que nosso aniversário tem que ser do nosso jeito

Não podemos viver a escravidão de que um dia fique sobrecarregado em um imenso stress de ter que ser do meu jeito

Não podemos deixar que nosso psicológico busque na memória um aniversário feliz que tivemos,pois isso afetará nosso estado de espírito e alimentará nossa ansiedade.

Queremos o reconhecimento dos que nos cercam para com o que temos feito e o quanto somos especiais e justo no nosso aniversário isso não acontece.

Filha linda a vida não e perfeita para ninguém,então chore por 5 minutos,lamente tudo,ponha tudo para fora e siga em frente. 

Faça uma lista do que você tem e verá como e rica,isso alivia o stress,a ansiedade e a irritação.

Faça algo pequeno que você goste( escreva uma carta para você)

Mantenham-se ocupado,aproveite e faça uma lista dos itens que você deseja para o ano de vida que se inicia e vá riscando o que conseguem

Não pense muito nas falhas cometidas,mas celebre-as como lição.

O meio como de água não está vazio,tem ar e pode ser preenchido...

Feliz Aniversário minha linda filha 

Amo muito você

terça-feira, 7 de setembro de 2021

As lagrimas na oraçao

 AS LÁGRIMAS NA ORAÇÃO

(Lucas 29.28-44)


O Novo Testamento nos informa que Jesus chorou em diferentes ocasiões:

1. Ele chorou junto ao túmulo do seu amigo Lázaro. 

Ele viu a dor das irmãs Marta e Maria. Ele refletiu sobre o salário do pecado e ele gemeu em seu espírito e chorou. Assim Jesus chorou em simpatia com o sofrimento familiar .

2. Jesus chorou sobre a amada e impenitente cidade de Jerusalém. 

Assim Jesus demonstrou sua simpatia com os problemas nacionais – Ele sofreu com os problemas que adviriam aos seus compatriotas. 

3. Jesus chorou está em Hebreus 5:7:

 “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tento oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”. 

O texto refere-se à agonia do Getsêmani, quando Jesus não apenas suou sangue, mas também orou com forte clamor e lágrimas. Jesus demonstrou um grande peso pela culpa humana. 

4. O choro de Jesus sobre Jerusalém. A expressão de Lucas 19:41 é mais do que chorar. 

A palavra grega significa um choro com soluço e gemidos. Jesus lamentou sobre a cidade. Ele sofreu uma profunda angústia, expressada por sinais de ais, gemidos e dor.

Para todos os lados que Cristo olhou, encontrou motivos para chorar: 

1. Quando olhou para trás – Ele viu quanto a nação tinham desperdiçado suas oportunidades e sido ignorante a respeito do tempo da sua visitação. 

2. Quando olhou para dentro – Ele viu a ignorância e cegueira espiritual no coração do povo. Eles deveriam ter conhecido a Cristo, porque Deus lhes deu sua Palavra e enviou-lhes seus profetas para lhe preparar o caminho. 

3. Quando olhou ao redor – Jesus viu atividades religiosas que estavam caducas. O templo havia se transformado num covil de salteadores e os líderes religiosos, por inveja, queriam matá-lo. Havia religiosidade, mas não conhecimento de Deus. 

4. Quando olhou para frente – Jesus chorou ao perceber o terrível julgamento que estava para vir sobre a cidade e o templo do Senhor. No ano 70 d.C. Jerusalém foi saqueada, destruída e o povo foi massacrado, e vendido como escravo por todo o mundo. 

A oraçao em lagrimas

 Lucas 29.28-44

INTRODUÇÃO

1. O Novo Testamento nos informa que Jesus chorou em três diferentes ocasiões. 

1. Ele chorou junto ao túmulo do seu amigo Lázaro. 

Ele viu a dor das irmãs Marta e Maria. Ele refletiu sobre o salário do pecado e ele gemeu em seu espírito e chorou. Assim Jesus chorou em simpatia com o sofrimento familiar – Nós também podemos chorar quando vemos um parente ou um amigo morto, porque Jesus chorou. Nós podemos chorar no túmulo de todos aqueles a quem amamos, sem sermos culpados de incredulidade acerca da esperança da ressurreição, porque Jesus chorou.

2. Jesus chorou sobre a amada e impenitente cidade de Jerusalém. Assim Jesus demonstrou sua simpatia com os problemas nacionais – Ele sofreu com os problemas que adviriam aos seus compatriotas. Nós não deixamos de ser compatriotas quando nos tornamos cristãos. Jonas olhou para a cidade de Nínive e desejou que ela fosse destruída. Jesus chorou sobre Jerusalém, porque ela destruiu-se a si mesma.

3. Jesus chorou está em Hebreus 5:7: “Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tento oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade”. O texto refere-se à agonia do Getsêmani, quando Jesus não apenas suou sangue, mas também orou com forte clamor e lágrimas. Jesus demonstrou um grande peso pela culpa humana. Isso nos ensina como deveríamos olhar para a situação das pessoas. Por outro lado, essas foram as lágrimas do nosso substituto.

4. O choro de Jesus sobre Jerusalém. A expressão de Lucas 19:41 é mais do que chorar. A palavra grega significa um choro com soluço e gemidos. Jesus lamentou sobre a cidade. Ele sofreu uma profunda angústia, expressada por sinais de ais, gemidos e dor.

Para todos os lados que Cristo olhou, encontrou motivos para chorar: 

1. Quando olhou para trás – Ele viu quanto a nação tinham desperdiçado suas oportunidades e sido ignorante a respeito do tempo da sua visitação. 

2. Quando olhou para dentro – Ele viu a ignorância e cegueira espiritual no coração do povo. Eles deveriam ter conhecido a Cristo, porque Deus lhes deu sua Palavra e enviou-lhes seus profetas para lhe preparar o caminho. 

3. Quando olhou ao redor – Jesus viu atividades religiosas que estavam caducas. O templo havia se transformado num covil de salteadores e os líderes religiosos, por inveja, queriam matá-lo. Havia religiosidade, mas não conhecimento de Deus. 

4. Quando olhou para frente – Jesus chorou ao perceber o terrível julgamento que estava para vir sobre a cidade e o templo do Senhor. No ano 70 d.C. Jerusalém foi saqueada, destruída e o povo foi massacrado, e vendido como escravo por todo o mundo. Tudo isso aconteceu porque o povo não reconheceu o tempo da sua visitação. Jesus foi enviado às ovelhas perdidas da Casa de Israel. “Ele veio para os seus, mas os seus não o receberam” (Jo 1:11). “Nós não queremos que este homem reine sobre nós” (Lc 19:14). “O povo todo respondeu: Caia sobre nós o seu sangue e sobre nossos filhos!”(Mt 27:25).

Vamos nesta mensagem observar dois aspectos: 1) considerar a profunda dor de nosso Senhor Jesus ao contemplar a impenitente cidade de Jerusalém; 2) considerar as palavras de Jesus ao contemplar a cidade.

I. CONTEMPLEMOS A PROFUNDIDADE DAS LÁGRIMAS DO SALVADOR – V. 41

1. As lágrimas de Jesus foram tão profundas que ele não pôde contê-las a despeito da ocasião

Enquanto a multidão celebrava, Jesus chorava. Os discípulos haviam trazido o jumentinho. Jesus estava entrando triunfalmente na cidade. Toda a multidão dos discípulos passou, jubilosa, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto, dizendo: Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas maiores alturas (Lc 19:37-38).

No meio da alegre procissão, quando as multidões que precediam e que sucediam Jesus colocavam suas roupas na estrada e galhos de árvores, os discípulos desfraldavam suas palmas e em coro davam glória a Deus, Jesus parou e chorou. Jesus sabia da superficialidade de todos os louvores que estava recebendo. Ele sabia que a mesma multidão que agora gritava hosanas, em breve gritaria: crucifica-o. Ele sabia que a alegre procissão de entrada em Jerusalém converter-se-ia na triste procissão para fora dos muros de Jerusalém, para o calvário, onde o crucificariam. Ele viu no meio de toda aquela efervescência do momento um pequeno resíduo de sinceridade.

Jesus estava naquele dia em jejum. Ele teve fome no dia anterior. Ele estava em jejum enquanto a multidão estava em festa. Tão profunda foi a tristeza de Jesus que ele não conseguiu contê-la mesmo no meio das sinceras congratulações dos seus discípulos, da feliz música das crianças e os altos hosanas da multidão lhe dando boas-vindas, como Rei de Israel.

2. As lágrimas de Jesus foram tão profundas que elas sobrepujaram todos os outros sentimentos naturais

Jesus ao olhar Jerusalém poderia ter se alegrado pelas gloriosas manifestações de Deus naquela cidade. Poderia ter se regozijado nas vitórias de Davi, na pompa das construções de Salomão, da magnificência do templo. Jerusalém era a cidade do grande Rei, o lugar da habitação de Deus na terra, onde estava a Casa de Oração para todos os povos. Jerusalém era o centro das celebrações festivas, onde a shekinah de Deus habitava. Mas as alegrias da terra, não trouxeram alegria para Jesus, pelo contrário, ao ver a veneranda cidade, com seus palácios, com o seu templo, com suas torres, Jesus chorou.

Os discípulos de Jesus ficavam extasiados com a beleza do templo, com as glórias da cidade de Deus (Mt 24:1-2). Mas Jesus chora e diz: Não ficará pedra sobre pedra. Sua tristeza não encontra alívio nem no passado da imponente cidade nem no seu presente nem no seu futuro.

Ele não interrompeu a alegria dos seus discípulos como queriam os fariseus (Lc 19:39-40). Mas Jesus não entra no espírito daquela alegria. Todos celebram, mas ele chora. Jesus sabe que dentro de uma semana ele estaria sendo arrastado para fora da cidade sob o peso da cruz. Mas aquele dilúvio de lágrimas não era por si mesmo, mas pelos impenitentes da cidade. Jesus não chora por si, ele chora por nós. Jesus disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!”(Lc 23:28). Jesus não está chorando por si, mas pelos homens. Ele sente tristeza pelos outros, não por si mesmo. Ele chora pela cidade que o vai rejeitar e o vai crucificar e não pelas dores que vai sofrer.

3. As lágrimas de Jesus revelam-nos a sua compassiva natureza

Ele sabia que a cidade seria destruída e embora ele seja Deus ele chorou. Isso nos traz um retrato da compaixão de Jesus. Ele é o Deus Emanuel. Ele é o Deus que chora conosco e chora por nós. Ele nos ama. Ele se importa conosco. “Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel?… Meu coração está comovido dentro de mim, as minhas compaixões, à uma, se acendem” (Os 11:8).

Jesus chorou porque a cidade tinha perdido a sua oportunidade e o tempo da visitação de Deus. Ele chorou porque o povo rejeitou a oferta da graça de Deus. Ele chorou porque o povo amou mais as trevas do que a luz. Ele chorou porque a cidade virou as costas para Deus e rejeitou o amor de Deus. Ele chorou porque eles preferiu a morte à vida.

Esse não é um retrato de um Deus irado, de um Deus insensível, de um Deus distante e indiferente. Deus ama você. As lágrimas de Jesus nos dão uma visão profunda da sua ternura, do seu amor, da sua compaixão.

As lágrimas de Jesus nos revelam o coração de Deus. Ele e o Pai são um. Quem vê a Jesus vê o Pai. Ele mesmo tem dito: “Dize-lhes:

Tão certo como vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, ms em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer ó casa de Israel” (Ez 33:11).

Mas Jesus chora, mesmo quando sabe que suas lágrimas seriam infrutíferas. Ele chora porque sabe que o juízo já está lavrado sobre a cidade impenitente (Lc 19:41-44). Jesus chora porque a o dia da oportunidade tem um limite e esse limite já tinha chegado. “Buscai o Senhor enquanto se pode achar”. “Se hoje ouvirdes a voz de Deus, não endureçais o vosso coração.” Hoje é o dia da visitação de Deus, mas se você não o reconhecer, terá que enfrentar o dia do juízo de Deus e aquele será dia de trevas e não de luz.

4. As lágrimas de Jesus deveriam nos encorajar a confiar plenamente nele

Todos aqueles que anseiam nesta noite em serem salvos podem se achegar a ele sem hesitação, porque suas lágrimas provam o seu intenso desejo de buscar o nosso bem e a nossa salvação. Ó pecador em lágrimas, não hesite em vir ao Salvador em lágrimas. Se você não vier a Ele, isso o ferirá. Sua demora produz tristeza em Jesus. Sua incredulidade fére o coração de Jesus. Venha a Jesus sem demora. Aquele que chorou por você, espera você!

Deixa que as lágrimas do Salvador mande embora o seu medo. Ele verteu por você não apenas as suas lágrimas, mas também o seu sangue. Ele morreu para que você pudesse viver. Ele chorou para que você pudesse ter uma alegria indizível e eterna.

5. As lágrimas de Jesus são uma admoestação para os trabalhadores cristãos

Todos nós que fomos alcançados pela graça de Deus, somos agora convocados a trazer outros aos pés do Salvador. E neste bendito trabalho, nosso Senhor nos ensina que devemos ser sensíveis e ter um coração cheio de compaixão.

Não podemos falar do céu ou do inferno com o coração insensível e os olhos enxutos. Se meditarmos sobre a eternidade não poderemos pregar sem lágrimas nos olhos. Não podemos olhar para a cidade de Vitória e ver os seus pecados, a sua impenitência, sem derramar lágrimas por ela.

Não podemos ver o endurecimento dos membros da nossa família sem vertermos lágrimas. Exemplo: William Booth – “Experimentem chorar”.

6. As lágrimas de Jesus nos mostram como os pecadores devem se aproximar dele

Assim como Jesus chorou por você, você deve vir a Jesus quebrantado, chorando pelos seus próprios pecados. O profeta Joel proclama: “Ainda assim, agora mesmo, diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, com choro e com pranto…” (Jl 2:12).

Jesus disse: “Bem aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5:4). Pense no destino da sua alma e venha ao Senhor com lágrimas. Pense no horror da ira vindoura, da qual você precisa fugir e venha a Jesus com lágrimas. Pense nas glórias do céu que Jesus preparou para você e venha a ele com lágrimas. Pense no amor de Jesus por você ao ponto de morrer por você e venha a ele com lágrimas. Deixe o seu coração derreter diante das chamas do amor divino.

II. CONTEMPLEMOS A PROFUNDIDADE DAS PALAVRAS DO SALVADOR – V. 41-44

1. Jesus lamenta a falta pela qual eles pereceram – v. 42

Ignorância, terrível ignorância, foi a ruína de Israel. “Ah, se conheceras”. Eles não conheceram o que eles poderiam ter conhecido, o que eles deveriam ter conhecido. Eles não conheceram o seu Deus. “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende” (Is 1:3).

Eles não conheceram a Deus. Eles não conheceram o Filho de Deus que veio para eles em graça e misericórdia. Eu temo que alguns dos nossos ouvintes embora tenham luz, ainda vivem nas trevas. Eu temo que muitos de vocês, embora saibam a verdade, não andam segundo a verdade. Eu temo que muitos nesta noite, embora vejam, estão cegos espiritualmente; embora ouçam, estão com os ouvidos tapados espiritualmente. Eu temo que muitos aqui ainda não conhecem a Deus verdadeiramente!

Jesus chorou sobre Jerusalém porque embora fosse a cidade dos profetas, dos escribas, dos mestres, ela estava perecendo por não conhecer a Deus. Eles odiaram o verdadeiro conhecimento e não escolheram temer o Senhor. A cidade desprezou a Palavra de Deus e se entregou a uma obstinada incredulidade. Eles escolheram morrer em trevas em vez de aceitar a luz do Filho de Deus.

2. Jesus lamenta a felicidade que eles tinham perdido – v. 42

O nome da cidade de Jerusalém significa “a cidade da paz”. Mas Jerusalém tinha perdido a sua paz, porque não tinha conhecido o seu Deus. Um homem e uma mulher que não conhecem a Deus não têm paz. “Mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo. Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz” (Is 57:20-21).

Jerusalém foi saqueada várias vezes, porque ela rejeitou o Deus da paz. Porque ela não recebeu o Príncipe da Paz. Não importa quão próspero você seja, se você não se entregar a Cristo, você perderá a verdadeira felicidade, a verdadeira paz.

Oh quanta alegria e paz você poderia desfrutar se os seus pecados fossem perdoados, se você se colocasse debaixo do abrigo do sangue do Cordeiro. Quanta paz haverá para você nesta noite, se você se reconciliar com Deus, se você tiver sua consciência purificada.

3. Jesus lamenta sobre as pessoas que tinham perdido a paz – v. 42

A cidade que perdeu a paz é a cidade que mais oportunidade teve para conhecer a Deus. A glória de Deus esteve sobre a cidade. A Palavra de Deus foi pregada na cidade. Os profetas de Deus anunciaram a salvação de Deus na cidade. Os sacerdotes nunca deixaram apagar o fogo do altar no templo da cidade. A cidade vivia em permanente vigília de adoração. Mas a despeito do templo, do culto, da Palavra, das orações, dos sacrifícios, o povo perdeu o tempo da visitação de Deus.

Ah, irmãos, muitos de vocês têm tido as mesmas oportunidades que Jerusalém. Quantas exortações vocês já têm ouvido. Muitos de vocês foram criados no Evangelho. Muitos de vocês têm ouvido a voz de Deus desde a infância. Outros têm os pais crentes. Outros têm o cônjuge crente. Muitos de vocês têm sentado aqui nesse templo ou em outros lugares dezenas de vezes e ouvido a Palavra de Deus. Muitos de vocês estão perto do Reino de Deus, mas ainda não entraram no Reino. Vocês estão perto do Reino de Deus, mas ainda lhes falta só uma coisa: uma entrega total do coração a Jesus.

Muitos de vocês estão como Jerusalém, procrastinando o encontro com Deus. Hoje é o dia da oportunidade. Hoje é o dia da decisão. Não o desperdice, para que ele não se transforme em dia do lamento e do juízo.

4. Jesus lamenta e chora por causa da oportunidade que eles tinham negligenciado

Jesus disse: “Ah! Se conheceras por ti mesma, ainda hoje, o que é devido à paz!” Aquele foi um dia favorável. Eles já tinham sido exortados por santos homens de Deus, mas agora eles tiveram o próprio Filho de Deus pregando para eles. Aquele era um dia de milagres da misericórdia, um dia em que a graça de Deus estava brilhando como o sol no firmamento, um dia em que Deus tinha descido à terra, um dia da poderosa visitação de Deus, que nenhuma nação tinha experimentado em igual intensidade. Jesus se fez carne. Jesus habitou no meio deles. Jesus fez milagres extraordinários entre eles. Jesus pregou para eles. Jesus viveu entre eles. Jesus chorou por eles. Mas eles jogaram fora a oportunidade da graça de Deus. Eles fecharam as portas do céu com suas próprias mãos.

Talvez hoje seja o dia da visitação de Deus para alguns de vocês. Mas iremos nós lamentar pela rejeição que alguns ainda manifestarão? Ou veremos alguns de vocês correrem para os braços do Salvador, em lágrimas, confessando os seus pecados e buscando nele refúgio?

5. Jesus lamenta porque ele viu a grande ruína que desabaria sobre Jerusalém – v. 43-44

Segundo Flávio Josefus a invasão de Jerusalém por Tito Vespasiano em 70 d.C. foi a tragédia das tragédias. Nada foi comparada com aquela sangrenta e brutal invasão. Cerca de 600.000 pessoas morreram de fome, pestilência e passados ao fio da espada. Mulheres devoraram as carnes de seus próprios filhos. Não havia escape. A cidade foi cercada. A fome reinava do lado de dentro e o cerco do inimigo do lado de fora. Os mortos eram lançados para fora dos muros. Quando Tito invadiu a cidade havia uma multidão de corpos em estado de putrefação do lado de dentro dos muros.

Mas nada é comparado à destruição da alma. Nada pode ser comparado à perdição eterna. Nada pode ser comparado ao fogo do inferno. Oh! A simples ideia do homem passar toda a eternidade longe de Deus, em tormento eterno, deve nos fazer tremer. Um homem pode ter o seu corpo destruído por terrível sofrimento e ter a sua alma inundada de felicidade eterna, como Jesus contou na parábola do Rico e do Lázaro. Mas não há tragédia maior do que a perdição da alma. Esta é a morte eterna. É uma eterna destruição. É ser banido para sempre da face de Deus.

Jesus demonstra a sua dor em outras palavras, quando diz: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te forem enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23:37). Veja aqui a graça infinita de Jesus. Esse povo matou os profetas e o Senhor dos profetas ainda quer ajuntar esse povo. Seu amor era tão grande que ele deseja salvar até mesmo os assassinos dos profetas. Há graça suficiente em Cristo para ajuntar assassinos, ladrões, prostitutas, adúlteros, mentirosos e perdoá-los e transformá-los. O fracasso da vontade está em você e não em Cristo que clama: Quantas vezes quis eu, mas vós não quisestes.

Jesus chora porque ele quer ajuntar o seu povo, mas ele rejeita o Salvador. A desolação vem porque o povo não quer ouvir, nem se ajuntar debaixo das asas do Senhor! Naquele dia muitos irão dizer uns aos outros: “Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando” (Mt 25:8). Naquele dia os anjos em vez de se alegrarem a seu respeito vão erguer a sua espada para manter você fora do paraíso de Deus.

CONCLUSÃO

O dia se aproxima quando Cristo virá novamente. Ele virá em glória e então teremos uma nova Jerusalém, cujo fundamento é de pedras preciosas. Naquele dia o Senhor se regozijará sobre a nova Jerusalém. Naquele dia ele não derramará lágrimas sobre ela, mas deleitar-se-á nela com grande alegria. Aquele será o dia das bodas do Cordeiro de Deus. Aquele será o dia em que Jesus desposará sua noiva gloriosa.

Enquanto isso, se alguém hoje aqui ainda não está salvo, venha logo a Jesus. Ele irá regozijar-se em você. Os anjos vão se alegrar a seu respeito, porque há alegria diante dos anjos por um pecador que se arrepende. Agora os anjos se levantam na presença de Deus para celebrarem por sua volta para Deus. Se apenas um pecador nesta noite se arrepender por causa deste sermão, já haverá uma fes

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Os dons ministeriais

 OS DONS DA UNIDADE ( Efésios 4:7-11 )


O capítulo 4 da carta aos efésios,trata especificamente sobre a "Gloriosa  Unidade da Igreja",que vai dos versículos 1 ao 16,e depois de tratar da "Graça da unidade" (1-3),"O Fundamente da Unidade"(4-6),Paulo trata  sobre "Os Dons da Unidade" ( 7-11 ),que é o assunto deste post.

a) O primeiro aspecto que Paulo trata é da "variedade na unidade" (4.7).

Ele move-se daquilo que todos os cristãos têm em comum para aquilo que difere um cristão do outro: "os dons espirituais". Os dons são dados para "unir" e edificar a igreja.

Os dons são "habilidades" dadas aos crentes para que sirvam a Deus e aos irmãos de tal modo que Cristo seja glorificado, e os crentes sejam edificados. E importante ressaltar que: 

1) Todo cristão possui algum dom; 

2) Existe grande variedade de dons; 

3) O Senhor glorificado é soberano na distribuição dos dons. 

Os dons são "charismata"; logo, “carismático” não é um termo que possa ser corretamente aplicado a determinado grupo ou movimento da igreja, visto que, de acordo com o Novo Testamento, toda a igreja é uma comunidade carismática. E o corpo de Cristo, e cada um de seus membros tem um dom (charisma) para exercer ou uma função para cumprir. 

b) O segundo aspecto que Paulo aborda é: como você pode descobrir e desenvolver os seus dons? Sua resposta é clara: pela "comunhão" na igreja (4.7).

Os dons não são brinquedos particulares para o nosso próprio deleite, mas são ferramentas com as quais devemos trabalhar em prol dos outros. Se os dons não forem usados para a edificação dos outros, transformam-se em armas de combate aos outros, como aconteceu na igreja de Corinto (ICo 12— 14).

c) O terceiro aspecto que Paulo foca é que Cristo levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens (4.8,9).Cristo, por meio de sua morte, ressurreição e glorificação, tirou as correntes do cativeiro satânico; isto é, a humanidade cativa a Satanás passou a ser o espólio de Cristo. Assim, fomos transferidos do império das trevas e de sua escravatura e tornamo-nos escravos de Cristo e de sua justiça.202 Cristo ascendeu ao céu como o supremo vencedor. A figura aqui é de um conquistador militar conduzindo seus cativos e distribuindo o espólio entre seus seguidores. Aqui, entretanto, os cativos não são os inimigos, mas seu próprio povo. Os pecadores que estiveram sob o domínio da carne, do mundo e do diabo, agora, são cativos de Cristo. Quando Cristo veio à terra, foi ao mais fundo da humilhação. Quando ascendeu ao céu, ele alcançou o máximo da exaltação. A seguir, ele deu dons aos homens.

Que dons são esses, chamados dons de Cristo à igreja?

1.) O DOM DE APÓSTOLO (4.11). 

Jesus tinha muitos discípulos,mas apenas doze apóstolos. Um discípulo é um seguidor, um

apóstolo é um comissionado. Os apóstolos tinham de ter três qualificações: 

a) Conhecer pessoalmente a Cristo (At 1.21-23)

b) Ser testemunha titular da sua ressurreição (At 1.21-23) 

c) ter o ministério autenticado com milagres especiais (At 1.21-23) 

Nesse sentido de título, não temos mais apóstolos hoje. Num sentido geral, todos nós fomos chamados para ser enviados (Jo 20.21). O verbo grego apostello quer dizer “enviar”, e todos os cristãos são enviados ao mundo como embaixadores e testemunhas de Cristo para participar da missão apostólica de toda a igreja.

Expressamos nossa convicção de que, hoje, uma igreja apostólica é aquela que segue a doutrina dos apóstolos, e não aqueles que dão a seus líderes o título de apóstolos.

Francis Foulkes é categórico quando afirma: “A partir da própria definição de apóstolo, é evidente que seu ministério devia cessar com a morte da primeira geração da igreja”,ou seja até o ano de 40

2.) O DOM DE PROFETA (4:11)

Os profetas não eram apenas aqueles que previam o futuro, mas, sobretudo, aqueles que proclamavam a Palavra de Deus. Eles recebiam suas mensagens diretamente do Espírito Santo. Não temos mais mensagens revelacionais. O cânon da Bíblia está completo. Hoje não temos mais profetas, mas o dom de profecia, que é a exposição fiel das Escrituras. Concordo com John Stott quando diz que ninguém pode reivindicar uma inspiração comparável àquela dos profetas nem usar a fórmula introdutória deles: “Assim diz o Senhor”. Se isso fosse possível, teríamos de acrescentar as palavras de tal pessoa às Escrituras, e toda a igreja teria de escutar e obedecer.

Francis Foulkes ainda corrobora: “O ministério, ou pelo menos o nome, de profeta logo deixou de existir na igreja. Sua obra, que era receber e declarar a palavra de Deus sob inspiração direta do Espírito, era mais vital antes da existência do cânon das Escrituras do Novo Testamento”

Claro que Deus não está preso às Escrituras,pois Ele livre,porém a forma infalível dele falar é através dela,as escrituras.

3.) O DOM DE EVANGELISTA (4.11). 

Os evangelistas eram os missionários itinerantes. Todos os ministros devem fazer a obra do evangelista (2Tm 4.5). Os apóstolos e profetas eram o primeiro degráu,pois o fundamento da igreja é Cristo, e os evangelistas edificaram sobre esse primeiro degrau,que está sobre o fundamento, ganhando os perdidos para Cristo. Cada membro da igreja deve ser uma testemunha de Cristo (At 2.41-47; 8.4; 11.19-21), mas há pessoas a quem Jesus dá o dom especial de ser um evangelista. Podemos presumir que o trabalho deles era uma obra itinerante de pregação orientada pelos apóstolos, e parece ser justo chamá-los de “a milícia missionária da igreja”. O fato de não termos esse dom não nos desobriga de evangelizar.

John Stott lança luz sobre esse assunto, quando escreve:

"Ao referir-se ao dom de evangelista, talvez se refira ao dom da pregação evangelística, ou de fazer o evangelho especialmente claro e relevante aos descrentes, ou de ajudar as pessoas medrosas a dar o passo da entrega a Cristo, ou o testemunho pessoal eficiente. Provavelmente, o dom de evangelista tome todas estas lormas dileremos e outras mais.Deve ter algum relacionamento com minisierio evangclístico, seja na evangelização de massa, na evangelização pessoal, na evangelização pela literatura, na evangelização por filmes, na evangelização pelo rádio e pela televisão, na evangelização pela música ou pelo emprego de algum outro meio de comunicação."

4,5.) OS DONS DE PASTORES E MESTRES  (4.11). 

Pastores e mestres na prática  constituem um só ofício com dupla função. Deus chama alguns para ser pastores e mestres. 

O pastor ensina e exorta.Ele alimenta, cuida, protege, vigia e consola as ovelhas (At 20.28-30). Ele faz isso por meio da Palavra. A Palavra é o alimento, a vara e também o cajado que o pastor usa.

Embora todo pastor deva ser um mestre, nem todo mestre é um pastor. Todos os cinco dons vistos até aqui estão ligados ao ensino das Escrituras. A Palavra é o grande instrumento para a edificação da igreja.


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Desmascarando a si mesmo

                                    DESMASCARANDO A SI MESMO

Na oração do "Pai Nosso",Jesus deixa clara nossas fragilidades ao recomendar o pedido de perdão "todos os dias",porém nosso amor-próprio,sempre vivo esconde nossas misérias e nos faz ver a nós mesmos como anjos e não como homens.

Em seu livro : "Não discipulo anjos",o pastor Gilberto afirma:

"Não sei discipular anjos e se nos vemos assim,somos sérios candidatos a nos tornarmos demônios"

Somos impotentes na arte de apetecer anjos e compreender suas biologias assexuadas,somatizadas com suas naturezas incorruptíveis e suas puras existencialidades sensíveis.

Lidamos com humanos,compreendemos suas fragilidades emocionais e biológicas,identificamo-nos com suas limitações psicológicas,pois somos pecadores como todos os mortais.

Jesus sacrificou-se por mendigos,presenteando-nos com os portais eternos como quintal e o Lago do esquecimento como estações passadas.

O sangue de Jesus é a única substância  trans-existente no cardápio mais sofisticado capaz de limpar os pecadores e impotentes homens e torná-los mais belos que os anjos e mais brancos que a neve.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Suicidio

  

VISÃO DO SUICÍDIO NA PSICOLOGIA

A morte por suicídio ocupa a terceira posição entre as causas mais freqüentes de falecimento na população de 14 a 44 anos em alguns países. 

Estima-se que as tentativas sejam 20 vezes mais freqüentes que os suicídios consumados: 

Os homens cometem mais suicídio, e as mulheres fazem mais tentativas. 

Os transtornos mentais estão associados com cerca de 90 por cento dos casos de suicídio, sendo de maior incidência os transtornos do humor, relacionados a substâncias, da personalidade e esquizofrênicos. 

Histórias de violência física e/ou sexual, negligência, rejeição e luto são eventos adversos de vida muito associados ao suicídio. 

Os eventos precipitadores do comportamento suicida mais comuns são a existência de graves conflitos relacionais e perdas interpessoais significativas. 

A decisão de tirar a própria vida é, em muitos casos, tomada pouco tempo antes da tentativa, sugerindo impulsividade. Há evidências de que a restrição do acesso a métodos letais diminui a incidência de suicídio 

  Um estudo populacional revelou que, ao longo da vida, 17,1% das pessoas tiveram ideação suicida, 4,8% chegaram a elaborar um plano para tanto, e 2,8% efetivamente tentaram o suicídio.

 "Dar especial atenção à pessoa que tentou se suicidar é uma das principais estratégias de prevenção do suicídio"

  As tentativas de suicídio, de 10 a 20 vezes mais frequentes que o suicídio em si ( 1 MILHÃO DE ÓBITOS ANUAIS) 

 A cada 45 segundos ocorre um suicídio em algum lugar do planeta. Há um contingente de 1.920 pessoas que põem fim à vida diariamente. Atualmente, essa cifra supe- ra, ao final de um ano, a soma de todas as mortes causadas por homicídios, acidentes de transporte, guerras e conflitos civis

O Brasil figura entre os dez países que registram os maiores números absolutos de suicídios, segundo dados compilados pela OMS( o que representa, em média, 27 mortes por dia )  

 As causas de um suicídio (fatores predisponentes) são invariavelmente mais complexas que um acontecimento recente, como 

a perda do emprego  

um rompimento amoroso (fatores precipitantes). 

A existência de um transtorno mental encontra-se presente na maioria dos casos. Uma revisão de 31

 (artigos científicos publicados entre 1959 e 2001, englobando 15.629 suicídios ocorridos na população geral, demonstrou que em mais de 90% dos casos caberia um diagnóstico de transtorno mental) 


 Os transtornos mentais mais comumente associa- dos ao suicídio são: 

1. depressão, 

2. transtorno do humor bipolar e 

3.dependência de álcool e de outras drogas psicoativas. 

4.Esquizofrenia e certas características de personalidade também são importantes fatores de risco. 

A situação de risco é agravada quando mais de uma dessas condições combinam-se, como, por exemplo, depressão e alcoolismo; ou ainda, a coexistência de depressão, ansiedade e agitação  

 É importante lembrar que um coeficiente nacional de mortalidade por suicídio esconde importantes variações regionais. Estudos epidemiológicos realizados nas duas últimas décadas confirmam taxas mais elevadas em homens, idosos, indígenas e em cidades de pequeno e de médio porte populacional 

 Em certas localidades, bem como em alguns grupos populacionais (como, por exemplo, o de indígenas do Centro-Oeste e do Norte, e o de lavradores do interior do Rio Grande do Sul) os coeficientes aproximam-se dos de países do Leste Europeu e da Escandinávia, na casa dos 15-30 por 100 mil ao ano. Vários fatores socioculturais e econômicos parecem se associar a esses altos índices, bem como elevada frequência de sofrimento mental e de uso abusivo de bebidas alcoólicas.

 Além de sub-registro e de sub notificação, há o problema dos suicídios que “se escondem” sob outras denominações de causa de morte, como, por exemplo, acidente automobilístico, afogamento, envenenamento acidental e “morte de causa indeterminada"

Meios de suicídio


  No Brasil, a própria casa é o cenário mais frequente de suicídios (51%), seguida pelos hospitais (26%). 

Os principais meios utilizados são enforcamento (47%), armas de fogo (19%) e envenenamento (14%).

 Entre os homens predominam enforcamento (58%), arma de fogo (17%) e envenenamento por pesticidas (5%). 

Entre as mulheres, enforcamento (49%), seguido de fumaça/fogo (9%), precipitação de altura (6%), arma de fogo (6%) e envenenamento por pesticidas (5%)

  Uma tentativa de suicídio( 10 x maior que suicídio) é o principal fator de risco para sua futura concretização.

Após uma tentativa, estima-se que o risco de suicídio aumente em pelo menos cem vezes em relação aos índices presentes na população geral 

O registro e seguimento cuidadoso de casos de tentativas de suicídio pode diminuir o número de suicídios efetivados: um total de 2238 pessoas que deram entrada no pronto-socorro por uma tentativa de dar cabo à própria vida foram aleatoriamente divididas em dois grupos, que receberam um dos seguintes tratamentos: 

Uma intervenção psicossocial, incluindo entre- vista motivacional e seguimento telefônico regular (no momento da alta hospitalar, pacientes eram encaminhados para um serviço da rede de saúde); 

Tratamento usual (apenas um encaminhamento, por ocasião da alta, para a um serviço da rede de saúde).

CONCLUSÃO


  Para a determinação de um suicídio é preciso estabelecer se houve a intenção de morrer, e isso nem sem- pre pode ser definido inequivocamente. Os trâmites que determinam se uma morte deve-se a um suicídio variam entre os países. 

Em alguns países há elevada proporção de mortes não examinadas por um serviço de verificação de óbitos. Ademais, pode haver pressão de familiares para que se omita a natureza da morte na declaração de óbito.  A proporção, em torno de 9%, é registrada como mortes com intenção indeterminada, principalmente entre adultos jovens de sexo masculino.

  Outro aspecto clínico a ser lembrado é que uma tentativa de suicídio é o principal fator de risco para uma futura efetivação desse intento. Por isso, essas tentativas devem ser encaradas com seriedade, como um sinal de alerta a in- dicar a atuação de fenômenos psicossociais complexos. Dar especial atenção a uma pessoa que tentou se suicidar é uma das principais estratégias para se evitar um futuro suicídio.       


A dor e o propósito ( Mateus 5:45 )

                                         A DOR E O PROPÓSITO 

                                           "O sol vem sobre maus e bons e a chuva sobre justos e injustos"

                                              ( Mateus 5:45 )


"Comportamo-nos como filhos não para sermos filhos,mas por sermos filhos comportamo-nos como filhos" ( Pastor Abirailton )

Porque coisas acontecem com homens de Deus?

Porque coisas não acontecem com ímpios?

Baseamos nossas vitórias em nossa relação com Deus,mas o Deus a quem servimos faz nascer o sol sobre todos e faz chover sobre todos.

Então,qual a vantagem de servir a Deus?

1. DESFRUTAR DA ETERNIDADE COM DEUS 

Estamos tão focados no natural,que viver quem Deus é não é vantagem,pois somos como crianças;abandonamos o que ganhamos e o que já temos e supervalorizamos o que não temos ou vamos ganhar.

2. SEMPRE HAVERÁ UMA SAÍDA PARA QUEM SERVE 

O problema não é o que acontece ( sol e chuva ),mas o que fazemos com o que nos acontece.

Os dois destinos das dores ou tragedias: Crescimento ou Sofrimento.

Vamos murmurar,reclamar,blasfemar ou recomeçar?

3. HAVERÁ SEMPRE UM DESTINO E UM PROPÓSITO PARA QUEM SERVE

Em Jó 32:1-5 Eliú trouxe um consolo à Jó, e esse não deixou que Jó murmurasse nem deixasse seu coração congelar.

Teremos aflições,mas teremos a presença de Jesus conosco,preparando-nos para sair das tragédias,logo apenas esperemos a ordem de Jesus.

Paremos de lamentar e comecemos a escutar: Deus sempre tem a última palavra,logo espere que Ele a libere.

CONCLUSÃO 

Estamos sujeitos à acidentes no mundo natural ( o sol e a chuva vem para todos ),mas precisamos a prender a lidar com isso,saber o que fazer em meio a dor e aprendermos na dor:

. Sem dinheiro é que aprendemos quem é o Deus da Provisão

. Sem saúde é que aprendemos quem é o Deus da Cura 

. Sem controle é que aprendemos quem é o Deus que Governa

As dores são treinamentos para termos mais fé,mais atitudes e superarmos

Deus tem um objetivo: crescermos ou amadurecermos e saiba a melhor faze ainda começará

Supere e aprenda com a dor