sábado, 25 de agosto de 2018

O CETRO DO REI

                            Ester 5:2 

"Quando viu a rainha Ester ali no pátio, teve misericórdia dela e ESTENDEU-LHE O CETRO de ouro que tinha na mão em sinal de atenção. Então Ester se aproximou e tocou a ponta do cetro"


Essa história fala a respeito do rei Assuero(Xerxes),que dominava o mundo de sua época.

Após a reconstrução do templo com Esdras,os judeus puderam voltar para suas terras.Ester e sua família estavam na Assíria,mas não puderam voltar.

Um inimigo chamado Hamã se levanta contra ela,com o objetivo de destruí-la e convence o rei Assuero a selar um decreto para destruir todos os judeus que restaram na Assíria.

Ester só tem uma alternativa:Entrar na sala do trono e esperar que o rei estendesse seu cetro de ouro e a permitisse chegar à sua presença.

Ester veste-se de maneira quase que real e pede ao povo que jejue.

" VOCÊ PRECISA DO FAVOR DO REI " ?

A rota que nos leva ao trono do rei está pronta.

O Espirito realiza "em nós" o que Cristo conquistou e entre essas conquistas "vestes de santidade"

O rei Assuero vendo Ester com as vestes reais,"estende o cetro

Ter o cetro para nós estabelece uma "conspiração espiritual" em favor da sua vida:

.Jesus com uma palavra "criadora"

.O Espírito se movendo

.Os anjos sob a ordem do Pai ministram em nosso favor

Nenhum inimigo poderá nos resistir e nenhuma estratégia dele obterá êxito.Ele não mais nos oprimirá.


Querido e querida: 

O cetro do Rei está estendido pra você.O sobrenatural divino sobre você fará que todos saibam que você e Deus é maioria.

Os decretos já selados pelo Rei em seu favor se cumprirão e nenhum inimigo poderá revogá-los

Ester 8:8 "Escrevei, pois, agora mesmo, novo decreto a respeito dos judeus, o que bem vos parecer, em nome do rei, e selai-o com o meu anel real. Porque todo edito redigido em nome do rei e selado por meio do seu anel é irrevogável"

Serão dias de felicidade,alegria e honra,banquete e festa e haverá sossego e a tristeza se converterá em alegria.

9:22 "Porquanto nesses dias os judeus livraram-se dos seus inimigos; nesse mês a sua humilhação e tristeza tornou-se em honra e júbilo, e o seu pranto, num dia de festa. Escreveu-lhes recomendando que comemorassem aquelas datas memoráveis como dias de festa e felicidade; de troca de saudações e presentes e de ofertas aos pobres.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

QUANDO O OFÍCIO SE TORNA OFICIOSO

                                                               OFICIO E "OFICIOSO"


                                                                MATEUS 23:2-4 

“Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus (…) Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los” 


O escriba era um especialista na Lei(Antigo Testamento),principalmente na Lei de Moisés.
Suas principais funções eram interpretar a Lei de Moisés,trazendo soluções para as questões difíceis,e fazer cópias exatas da Lei para uso nas Sinagogas.

Ele era referência quando o assunto era a Lei de Deus.Era uma espécie de "teólogo".

Ora, a luta acirrada entre Cristo Redentor e os escribas é um dos pontos centrais da narrativa histórica dos Evangirelhos, luta que veio a culminar com o deicídio, no Calvário. 

Importa pois compreender o que foram e o que pensaram esses escribas. Qual era a sua origem? Qual a sua doutrina ? Por que Cristo se lhes opôs com tanta força ? Por que recusaram eles o Messias ? Como se tornaram "cegos ao meio dia" (Is. LIX,10) ? Por que fecharam seus olhos e ouvidos a Cristo, apesar de reconhecerem os seus milagres: 
"Que havemos de fazer ? Este homem faz muitos milagres" (Jo.XI,41)). 
"Por que não O viram, quando "lançaram o olhar para aquele a quem transfixaram" (Jo. XIX,37) ?

O crime do deicídio foi o resultado final de uma longa decadência e corrupção,ou seja deixar o "ofício" tornar-se "oficioso"

Os grandes pecados,rebeliões e intrigas,fizeram Deus permitir que Israel sofresse 3 invasões.
De acordo com Ezequiel (8:7-13) foi a idolatria secreta a qual a liderança se entregou a razao dessas invasões,que destruíram o templo e o reino.

Por detrás dessa idolatria está uma doutrina que a sustenta,feita pelos sacerdotes,anciãos e escribas(teólogos)e que era revelada ao povo,ficava entre os líderes.

Sem pátria a religião para os judeus era apenas um traço de união,
No exílio foi permitido serem dirigidos por seus próprios líderes,então Ezequiel e seus sucessores organizaram casas de oração( sinagogas),tornando os centros religiosos do povo judeu no exílio,o mesmo Ezequiel organizou os 70 elementos que o constituia,que mais tarde originou o Sinédrio.

Ainda no exílio da Babilonia,foi permitido que uma parte de judeus voltassem,período em que se reconstruiu o altar do Templo,e numa segunda leva o Templo( A grande Sinagoga) foi reconstruido.
Esdras traz o restante do povo,quando se promuga a lei.

O exílio não consertou o povo e foi trazido da Babilonia,que iria provocar uma mudança do ofício para "oficioso."Como perderam o costume do Templo,Pátria e Estado a vida judáica passa a girar em torno da"letra"


                                     O OFÍCIO TORNA-SE "OFICIOSO"


Até o cativeiro babilônico os sacerdotes eram os guardiões da Torah( Pentateuco).
Depois do cativeiro os escribas( Soferin) e nessa centralização da Lei,surgem os doutores da Lei,e essa centralização à Lei é criticada por Paulo mais tarde ( 2 Coríntios 3:6 ),formando a Tradição dos Ançiãos ou dos Antigos,e estas formaram a lei oral ou Torah oral,suplantando a Torah de Moisés.(Mateus 15:6,9) ( Colossenses 2:8).


Na Mishnah se lê :
"Maior obrigação se aplica à (observância) das palavras dos escribas do que às palavras da Lei (escrita)" (Mishnah, Sanhedrim, XI, 3).

A Torá Oral passa a ser a soma total de tudo o que foi dito por eruditos ou sábios a título de explicação deste corpus escrito, pelos comentadores talmúdicos da Lei e por todos os demais que interpretaram o texto. A Torá oral é a tradição da Congregação de Israel, ela desempenha o papel necessário de completar a Torá escrita e torná-la mais concreta.E segundo  o livro A cabala e seus simbolismos,a Torah escrita e oral são uma só.

Os escribas e doutores começaram a ser chamados de "senhor"(Rab),dái surgindo no grego a expressão Rabbi,tornando-se um título.

Estes tinham uma nova tríplice missão:

1.  Definir e aperfeiçoar os princípios legais decorrentes da Torah, a Lei Escrita.

Disto tudo nasceu um intrincado sistema legal casuístico, que, a princípio, foi transmitido apenas oralmente, e que, por seu crescimento cada vez maior, exigiu, afinal, ser redigido.


2. Ensinar não apenas a Lei escrita, mas também, e principalmente a jurisprudência casuística que eles haviam elaborado e que tomou o nome de Torah Oral ou "Tradição dos Antigos".

 O método utilizado pelos escribas para transmiti-la foi a memorização e a repetição(  Repetir e ensinar são palavras equivalentes na linguagem rabínica ).

Desse ensino mnemônico e repetitivo é que proveio a palavra Mishnah, que significa repetição. Os mandamentos dessa Tradição Oral dos antigos eram chamados os Mishnaioth.

3. Administração da justiça pela aplicação escrupulosíssima dos Mishnaioth.

Cada mestre dava uma interpretação da Lei. As várias interpretações eram cotejadas, preponderando a interpretação da maioria ou a dos mestres de maior autoridade. O esforço mnemônico foi se tornando imenso e, por fim, impraticável. Cada mestre ou doutor começou a fazer anotações que, afinal, tiveram que ser codificadas. Foi a codificação da tradição legalista dos vários escribas, doutores da Lei, isto é, dos grandes Rabinos que se chamou de Mishnah. O sentido literal da palavra Mishnah é doutrina ou tradição.

OS OFICIOSOS SADUCEUS E FARISEUS


A invasão grega, no século IV A.C., trouxe novas complicações ao processo religioso que os judeus atravessavam.
A dominação grega, graças à força e ao prestígio de sua cultura e de sua filosofia, pouco a pouco, influenciou largas e importantes camadas do povo judeu. Os vencidos tendem, apesar do ódio, a admirar os vencedores. Entre os judeus começou-se a adotar a língua, os modos de ser e os costumes dos gregos, mesmo quando alguns desses costumes eram contrários à Lei Mosaica.

Diante do invasor cheio de prestígio, os judeus se dividiram. Formaram-se partidos. 

O partido dos saduceus mostrou-se aberto às influências estrangeiras, procurando conciliar judaísmo e helenismo, teologia hebraica e filosofia grega. Este partido teve forte penetração entre os saduceus.

O partido fariseu, pelo contrário, opôs tenaz resistência aos costumes e ao pensamento grego, entrincheirando-se na observância zelosa e rigorista da letra da Lei escrita e oral. 
A grande maioria dos escribas e doutores da Lei aderiu ao farisaismo e obteve o apoio quase total do povo judeu, graças ao prestígio moral e religioso que alcançaram.

Os temas que mais divergiam: Ressurreição,Anjos,Destino,Tradição dos Antigos,Politica

A compilação definitiva da Mishnah se deve ao famoso Rabi Yehudah Ha-Kadosh (o santo), intitulado também de Yehudah, o Príncipe, ou o Patriarca, no século II D.C. Ele foi sucessor de Gamaliel II, na liderança de uma das escolas rabínicas,e claro reflete sua doutrina.
Como  ele tendia mais para o racionalismo do que para o misticismo, ele eliminado da sua codificação as interpretações místicas da Lei que, vieram a formar a Baraita (material externo ou excluído) e a Tossefta (suplemento ou adição).

A Mishnah apresenta a substância da Torah Oral e se divide em seis partes, os Sedarim, as quais, por sua vez dividem-se em tratados.
A Mishnah pretendia ter a mesma fundamentação que a Torah de Moisés e, como já mencionamos, uma força para obrigar ainda maior do que a da Lei revelada. Não se admitia que pudesse haver contradição entre a Torah e a Mishnah, embora esta última não precisasse ter apoio em um texto determinado da Escritura.

Ora, é certo que, quando a Toral Oral começou a se formar nas sinagogas, em tempos anteriores ao nascimento de Cristo, já existia entre os escribas (Sofer) e os doutores da Lei uma doutrina secreta .

Considera-se que a mística da Merkabah - que vai ser uma das raízes da Kabbalah medieval - já tinha nascido logo após o ministerio de cristo (Séc. I e II D.C.) e que essa mística era , sem dúvida gnóstica.

É claro que, nos tempos rabínicos, essas doutrinas ainda não tinham adquirido o desenvolvimento que depois apresentaram. Porém, desde a sua introdução nas escolas da velha Sinagoga, elas continham já, certamente, os princípios fundamentais que desabrochariam posteriormente, provavelmente já nos tempos de Cristo, em gnose elaborada.

O ponto de partida (para a formação da Kabbalah) tem sido colocado por um criticismo moderado, antes do nascimento de Cristo,e disso o profeta Jeremias fala: "Como dizeis : ‘Somos sábios e a Lei do Senhor está conosco’? Verdadeiramente, o ponteiro mentiroso dos escribas gravou a mentira" (Jeremias 8:8) 



                                         TALMUD O FRUTO DO "OFICIOSO'


Codificada a Mishnah, ela se tornou, por volta dos III e IV séculos D.C., o livro fundamental, em matéria legal, para todos os judeus. Eles a ensinavam e discutiam em suas escolas. É claro que novos materiais casuísticos foram aos poucos sendo acrescentados à Mishnah, dando afinal origem ao Talmud.

Essencialmente o Talmud (ensinar por meio de uma discussão) é um comentário da Mishnah, e, por isto, ele segue a mesma seqüência de seções e tratados que a Mishnah.Pode-se encontrar ainda, no Talmud, ensinamentos citados em hebreu e aramaico, que provem do período mishnaico, mas que não foram conservados na Mishnah.

As discussões dos mestres amoraitas registradas no Talmud formam a Gemara, isto é, coisas a ensinar, ou complemento.O Talmud contém ainda interpretações de textos da Escritura.

Há dois Talmuds: o de Jerusalém e o de Babilônia. 
O Talmud Ierusalmi ou Talmud da terra de Israel é o menor dos dois, e nele faltam os comentários de algumas partes da Mishnah.

O Talmud Babli -Tamud babilônico- é mais completo, mais considerado e muito mais extenso que o Talmud de Jerusalém. Ele foi escrito no dialeto aramaico de Babilônia.

No Talmud, ainda mais do que na Mishnah, é possível encontrar traços de esoterismo gnóstico e uma doutrina antinomista.

Não há pois qualquer dúvida que, desde os tempos do retorno do exílio de Babilônia, especialmente após a invasão grega da Palestina, difundiram-se entre os escribas, doutores da Lei e Rabinos idéias gnósticas que constituíram a origem do misticismo gerador, mais tarde, da Kabbalah medieval.

É importante salientar também ser tese, embora discutida por alguns, mas aceita entre os estudiosos da questão, que essas idéias gnósticas e esotéricas, já existiam, entre os rabinos fariseus, nos tempos de Cristo e que elas influenciaram as seitas gnósticas cristãs dos dois primeiros séculos de nossa era.

Já entre os primeiros hereges cristãos, todos de caráter gnóstico, tais como Simão Mago, os ebionitas e Mandeanos, os especialistas apontam elementos de origem judaica.

Vimos então que, no período do segundo Templo, surgiu e desenvolveu-se entre os escribas, doutores da Lei e fariseus, um sistema de pensamento esotérico e gnóstico. Mais tarde, essas idéias da gnose judaica influenciaram as seitas gnósticas cristãs.

Essa recusa de aceitar a matéria como criatura boa de Deus bom obriga os gnósticos a recusarem a Encarnação do Verbo de Deus. 
No Novo Testamento, esta é a verdade que mais se opõe a gnose. Com efeito, na Pessoa de Cristo, há duas naturezas: a divina e a humana. "O Verbo de Deus se fez carne" (Jo. I, 14). Em Cristo se dá a harmonia das coisas divinas e humanas, se encontram o céu e a terra, o Espírito de Deus e matéria. Na Encarnação do Verbo no seio virginal de Maria , são condenados, quer o Panteísmo, quer a gnose.

Por outro lado, foi a coexistência da natureza divina e humana em Cristo que levou os judeus a repelirem o Messias.A Encarnação do Verbo foi o ponto que o judaísmo recusou aceitar e que, por isto, procurou sempre combater insuflando a formação de seitas que negavam esta verdade fundamental.

Nicodemos, "um dos principais entre os judeus" e "homem da seita dos fariseus" (João 3:1), quando foi ver Jesus à noite, escondido, por medo dos seus companheiros de seita e do Sinédrio, disse a Jesus: "Mestre, sabemos que foste enviado por Deus para ensinar; porque ninguém pode fazer estes milagres que tu fazes, se Deus não estiver com ele"( "nós" que designa o Sinédrio judaico )

Por que não aceitaram a prova escriturística dada por Cristo a eles, quando lhes mostrou que o próprio Daví, num salmo, o havia chamado de Senhor, isto é, de Deus: "Disse o Senhor a meu Senhor"

Ora, é bem conhecido que a Kabbalah - a gnose judaica medieval - interpretou o primeiro versículo do Gênesis de modo surpreendente. Esse primeiro versículo diz: "No princípio criou Deus os céus e a terra", em hebraico: "Bereschit bara Elohim etc.". Para a Kabbalah, o sujeito dessa primeira frase da Escritura não é Elohim e sim Bereschit.


 (Jo. I,1-3).
Nesse sentido, ganha grande luz a passagem em que Cristo, discutindo com os fariseus que lhe perguntam quem Ele é:
"Se não crerdes quem eu sou, morrereis no vosso pecado. Disseram-lhe, pois, eles: "Quem és tu ? "Jesus disse-lhes: o princípio, eu que vos falo" (Jo. VIII,24-25).
Nesse texto, Cristo se afirma o Princípio, o Bereschit. E nota São João que então "muitos creram nele" (João 8:30).


                                                                         CONCLUSÃO



Jamais haverá a possibilidade de que o "oficioso" se torne "oficial".

As Escrituras são resultados de um sopro divino nos "oficiais" escolhidos por Ele,para que tivéssemos a única regra de fé e prática infalível.

Quando o "oficioso" tenta fazer o papel do "oficial" o único resultado são Tradições,Leis orais,Mishna.

Que Deus nos livre dos "oficiosos" escribas,fariseus,Rabis atuais com seus métodos "oficiosos" de interpretar as Escrituras.

Que as Escrituras(oficial),jamais seja suplantada pelos Talmuds("oficiosos"),os quais seus copiladores os consideram mais fidedignos à verdade que as Escrituras.

Jesus conhecia muito bem os "oficiosos",pois Ele é o "Oficial" e diante da luz todas as trevas se dissipam,assim que a unção do Espirito  nos capacita a detectar o "oficioso" e combate-lo com o "oficial".

QUE DEUS TENHA MISERICÓRDIA DE NÓS






sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Comentário de Isaías 4,11 e 12

                                                       ISAÍAS 4:1


(4:1)Sete mulheres, naquele dia, lançarão mão de um homem, dizendo: Nós mesmas do nosso próprio pão nos sustentaremos e do que é nosso nos vestiremos; tão-somente queremos ser chamadas pelo teu nome; tira o nosso opróbrio.

O texto tem duas seções poéticas e uma prosa:

1. Is. 4.1b-3
2. Is. 4.4
3. Is. 4.5-6 como prosa

 . Isso deve nos mostrar o quão difícil é saber quando um texto é uma prosa ou poesia elevada e também onde ocorrem as rupturas naturais / de assunto.

                                               
Este versículo parece se relacionar com Is. 3.6 (Verbos diferentes, Isaías 3.6 e Isaías 4.1), mas ambos significam "agarrar firmemente".

Pode certamente se ligar à era messiânica (ou seja, Is. 4.2, "Ramo"
. A poesia hebraica é difícil de "delimitar". Muitas vezes é um jogo de palavras e ações semelhantes.

 - "sete mulheres" Sete é o número para a perfeição no pensamento judaico relacionado ao Gênesis 1. Portanto, isto, como Is. 3.25-26, refere-se a todos os habitantes de Jerusalém / Judá.

 - "lançarão mão" Este verbo (PERFEITO) denota alguém segurando firme em outra pessoa ou algum objeto (isto é, Dt. 22.25; 25.11; 1 Sm. 15.27; 2 Sm. 1.11; 1 Rs. 1.50; 2 Rs. 2.12; 4.27; Pr. 7.13; 26.17; Zc. 8.23).
- "queremos ser chamadas pelo teu nome" O nome era um símbolo da pessoa e suas características. O objetivo desta ação é revelado na próxima frase, "tira o nosso opróbrio" ( Qal IMPERFEITO).
Quem pode fazer isso?
1. o justo de Is. 3.10
2. o "ramo" messiânico de Is. 4.2-6

 - "tira o nosso opróbrio" Este substantivo pode se referir a:
1. um símbolo do seu pecado e rebelião contra Deus
2. a viuvez sem filhos porque todos os homens foram mortos em batalha
Isaías 54.4 se encaixa em ambas as opções porque a "viuvez" poderia referir-se a estar divorciada (ou seja, metáfora legal) de Deus.

                                               ISAÍAS 4:2-6

2 Naquele dia, o Renovo do SENHOR será de beleza e de glória; e o fruto da terra, orgulho e adorno para os de Israel que forem salvos.
3 Será que os restantes de Sião e os que ficarem em Jerusalém serão chamados santos; todos os que estão inscritos em Jerusalém, para a vida,
4 quando o Senhor lavar a imundícia das filhas de Sião e limpar Jerusalém da culpa do sangue do meio dela, com o Espírito de justiça e com o Espírito purificador.
5 Criará o SENHOR, sobre todo o monte de Sião e sobre todas as suas assembleias, uma nuvem de dia e fumaça e resplendor de fogo chamejante de noite; porque sobre toda a glória se estenderá um dossel e um pavilhão,
6 os quais serão para sombra contra o calor do dia e para refúgio e esconderijo contra a tempestade e a chuva.

4:2 "Naquele dia" refere-se a um momento futuro em que Deus vem (para benção ou julgamento) ao Seu povo ( Isaías 2.2, 11, 12, 20; 3.7, 18; 4.1, 2). Este é um tema recorrente em Isaías. É difícil ter certeza se isso se refere na mente de Isaías para:
1. a restauração do exílio por Zerubabbel e Josué no período persa (isto é, Esdras e Neemias)
2. a restauração pelos Macabeus no período Selêucida
3. a primeira vinda de Jesus (inauguração da Nova Era)
4. a segunda vinda de Jesus (consumação da Nova Era)
Observe como o Profeta muda de um julgamento radical e completo para um perdão e restauração radicais e completos! Isso é típico da literatura profética. Um não poderia ser apresentado sem o outro! O propósito do julgamento é sempre a restauração.

- "o Renovo do SENHOR" Para descrever este título (os Targums interpretaram isso como o Messias).Um comentário sobre Daniel e Zacarias, onde o termo também é usado (devemos ser cuidadosos com a atribuição de um significado técnico em todos os lugares que uma palavra ou frase está – o contexto usado, o contexto, o contexto é crucial). Este termo pode ter se desenvolvido ao longo do tempo, desde uma referência à abundância ideal até o Servo especial de Deus, que restaurará essa abundância (ou seja, um rebento, um ramo).

Zacarias 3.8 "Renovo" Isso pode ser "ramo" . Este é outro título messiânico ( Isaías 6.12; Isaías 4.2; 11.1; 53.2; Jeremias 23.5; 33.15). Este título é usado de Zorobabel em Is. 6.12 como um símbolo da linha davídica real. É surpreendente que seja usado neste contexto, que enfatiza o aspecto sacerdotal do Messias. Ambos os aspectos de líder redentor (sacerdotal,  Isaías 53) e administrativo (rei,  Is. 9.6-7) são fundidos no livro de Zacarias ( capítulo 4).

Zacarias 6.12 "Renovo" Esta palavra  significa "ramo" ( Isaías 3.8; 6.12; Isaías 4.2; 11.1; 53.2; Jeremias 23.5; 33.15). Este é um título para o Messias. Em Zacarias, ele se refere a Zorobabel como um tipo do Messias . O nome, Zorobabel, em acadiano, significa "rebento da Babilônia". Isto era possivelmente um jogo de palavras sobre o seu nome desde que ele reconstruiu o templo em 516 AC, mas é realmente uma referência definitiva a Jesus. Este título e o Verbo correspondente ("se ramificará", Qal IMPERFEITO) aparecem juntos neste versículo.

- Uma descrição do "Renovo" de Deus
1. linda  Jr. 3.19 (muitas vezes usado para a Terra Prometida em Dn 8.9; 11.16, 41)
2. glorioso,  significa "abundância", "honra" e "glória" ("glória", também neste versículo) Estes dois termos são frequentemente utilizados em conjunto ( Is. 13.19; 28.1, 4, 5). Algumas versões levam este versículo como uma referência ao crescimento das plantas no período de restauração (LXX,). Em certo sentido, o Messias e a era da restauração são ligados lexicalmente (primeira parte de Isaías 4.2, segunda parte frutífera da Terra Prometida).

- "os de Israel que forem salvos" Isaías dirige-se a eles e descreve-os com frequência ( Isaías 10.20; 37.31, 32, mas a que grupo abordou? O Espírito é o verdadeiro autor da Escritura. Nas profecias e passagens apocalípticas, muitas vezes o autor humano não percebe plenamente a extensão de suas próprias mensagens. Eu acho que isso significa que essas passagens tinham múltiplos significados , mas essa revelação progressiva esclareceu o significado pretendido. Muitas vezes, o conceito de realização múltipla é o que liga a intenção total da mensagem do Espírito (isto é, Is. 7.14). No entanto, a hermenêutica adequada deve começar com "intenção autoral" como o local para começar e avaliar uma interpretação de qualquer texto bíblico e qualquer gênero.

4.3 Este versículo é provavelmente o que fez com que os judeus dos dias de Jeremias, que não foram exilados se vissem como o povo favorecido por Deus, mas Ezequiel mostra que não era esse o caso. Deus trataria principalmente com os repatriados (veja Esdras e Neemias).

- "todos os que estão inscritos em Jerusalém" Há duas questões interpretativas.
1. Isso se refere à vida em Jerusalém, a capital de Judá ou "nova Jerusalém", o símbolo da nova era ( Apocalipse 21)? É histórico ou escatológico?
2. O livro da vida

4.4 Este versículo tem duas metáforas para a limpeza espiritual.
1. limpar
a.  Qal PERFEITO
b. purgado (literalmente "enxaguado"), Hiphil IMPERFEITO (tinha conotação sacrificial,  2 Cr. 4.6; Ez. 40.38)
2. purificador
a. por um espírito de julgamento,  Is. 28.6
b. por um espírito de queima,  Is. 1.31; 9.19
É bem possível que o "espírito" (ruah) seja entendido como um vento violento e destrutivo do julgamento de Deus. Judá será julgada e limpa de sua rebelião intencional.

- "imundícia" Este é um termo forte  que é usado para descrever o pecado.
1. Isaías 28.8, vômito humano
2. Isaías 36.12, fezes humanas ( Deuteronômio 23.14; Ezequiel 4.12)

- "das filhas de Sião" Esta é a metáfora usada para Jerusalém em Is. 3.16-26. É paralelo com "Jerusalém".

- "da culpa do sangue" Isto  é metafórico para a tomada da vida premeditada. Aqui, provavelmente, se refere à exploração dos pobres e ao ostracismo social (ou seja, "do meio dela").

4.5 Esta é uma alusão histórica à presença e cuidados pessoais de Deus durante o Êxodo e o Período de Peregrinação no Deserto. Refere-se à nuvem de glória de Shekinah (isto é, Ex. 13.21, 22; 40.38; Nm. 9.15-23; Sl. 78.14; 99.7; 105.39). Ele (ou Seu anjo) lideraria pessoalmente o Seu povo de novo e proveria todas as suas necessidades em abundância.

- "Criará o SENHOR" Este verbo  (Qal PERFEITO) é usado apenas para a criação de Deus ( Gênesis 1.1).

- "nuvem" O termo  pode se referir a:
1. uma cobertura protetora como a nuvem Shekinah (sobre todo o povo, como o Êxodos e no Periodo de Peregrinação)
2. uma cobertura para um casamento (Salmos 19.5; Joel 2.16) Alguns vinculam essa metáfora de casamento às mulheres desesperadas de Is. 4.1, enquanto outros comentaristas o ligam ao Tabernáculo e ao futuro Templo restaurado em Jerusalém, que denotaria a união de Deus / Messias ao Seu povo em uma metáfora de casamento ( Isaías 5.1; Oséias 1-3; Efésios 5.21-33).

4.6 Existem várias metáforas combinadas para mostrar a proteção de Deus (do calor e da tempestade) 1. abrigo Is. 1.8; Sl. 27.5; 31.20; mesmo conceito em Is. 32.2 2. refúgio
a. SUBSTANTIVO, Is. 25.4
b. VERBO, Is. 14.23; 57.13
c. em Salmos 14.6; 46.1; 61.4; 62.7, 8; 71.7; 73.28; 91.2, 9; 94.22; 142.5 3. de outros textos em Isaías, como "defesa", Is. 17.10; 27.5 Muitas vezes, essas metáforas se referem a Deus como
1. uma mãe protetora (ou seja, sob o abrigo de suas asas)
2. uma fortaleza alta ou forte (Sl. 18.1) Os crentes podem confiar na proteção e no cuidado da aliança de Deus! Ele está conosco e por nós, se apenas nos arrependermos, acreditarmos, obedecermos, servir e perseverarmos. A aliança tem promessas (benefícios) e responsabilidades (obrigações). Ambos têm consequências!

                                                              ISAÍAS 11


CONHECIMENTOS CONTEXTUAIS

A. Isaías 11 está em forte contraste com Is. 10.33-34, que descreve a queda da Assíria ( Is. 10.15-19). B. Como a Assíria é cortada como uma grande floresta, assim também, o Messias se levantará do toco de Jessé. Isaías geralmente usa cenários de árvores.
C. Isaías 11 reflete as promessas aos descendentes de Davi encontrados em 2 Samuel 7; 1 Crônicas 17.
D. Este período escatológico ideal também é descrito em Is. 2.2-4; 9.1-7. Is. 11.10 poderia estar ligado à Is. 11.1- 9 ou 11.11-16 dependendo de como é visto o alcance do reinado messiânico (ou seja, a Terra Prometida restaurada ou toda a Terra).

1 Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo.
2 Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.
3 Deleitar-se-á no temor do SENHOR; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;
4 mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso.
5 A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, o cinto dos seus rins.

11.1 "rebento" Esta palavra rara encontrada apenas aqui no AT, ("galho", "ramo", ou "rebento" traduzida como "vara" ), obviamente, refere-se a um descendente davídico sobrenatural (Isaías 6.13; 2 Samuel 7; Apocalipse 22.16) de um toco aparentemente morto (isto é, Judá exilada) virá um novo rei! Esse cenário (mas uma palavra hebraica diferente) é vista de novo na Canção do Servo Sofredor de Isaías 52.13-53.12 (isto é, Isaías 11.2). A The Jewshi Study Bible (página 807) acrescenta um comentário interessante sobre "toco". "Se a tradução "toco" estiver correta, então a passagem pode presumir que a dinastia davídica (ou tenha) chegará ao fim, essa leitura se desviaria significativamente da noção de Isaías de que os reis davídicos reinarão eternamente (2 Sm. 7.8-16; Sl. 89.20-37). Mas a palavra hebraica "geza" refere-se não apenas a um toco de uma árvore que foi cortada, mas também ao tronco de uma árvore viva". Não consigo confirmar esse significado para "rebento", a menos que seja Is. 40.24.

- "tronco de Jessé" Jesse era o pai do rei Davi. Este futuro descendente é mencionado em Is. 11.10; 9.7; 16.5. O AT apresenta a linhagem do Especial Vindouro, do Ungido. 1. da tribo de Judá, Gn. 49.8-12, especialmente Is. 11.10 e Ap. 5.5 2. da família de Jesse, 2 Samuel 7 O filho especial da nova era já foi identificado como um governante especial. Seu caráter caracterizará a nova era (cf. Jr. 23.5).

- "das suas raízes" o substantivo "ramo", "broto" ou "rebento" ( Is. 14.19; 60.21; Dn. 11.7) é paralelo a "ramo" ou "broto" ( Is. 4.2; 61.11). Um novo crescimento virá!

- "um renovo" A MT usa o verbo "dar frutos" (פרה , Qal IMPERFEITO, Pergaminhos do Mar Morto), mas a maioria das versões antigas e modernas assumem um verbo semelhante) חרפ ).
1, "crescerão"
2. "crescerá"
3. LXX, Targums, "surgirá"
4.  "surgirá a partir de"
5.  "brotará" A segunda opção se adequa melhor ao paralelismo!

11.2 "o Espírito do SENHOR" Muitos tentaram relacionar esta passagem com os sete espíritos de Apocalipse 1.4. Isso parece duvidoso. Há uma lista seis características, mas a LXX acrescenta uma sétima "piedade", em lugar do "temor" em Is. 11.2, mas depois acrescenta "temor" em Is. 11.3. No entanto, isso se relaciona com os títulos de Is. 9.6 e descreve o rei totalmente equipado por Deus em visão, administração e piedade. O Espírito do Senhor permanece nele como Ele fez em Davi ( 1 Sm. 16.13). A personalidade do "Espírito"  não é totalmente revelada no AT. No AT, o Espírito é a influência pessoal de Deus para realizar os seus propósitos, como o "Anjo do SENHOR". Até que no NT a Sua total personalidade e Divindade são reveladas. O outro problema com a palavra  é que ela pode se referir a características humanas ou ação divina.


- "Repousará sobre ele" o verbo  é um Qal perfeito com waw que indica uma condição estabelecida ou contínua. Ele habitará e permanecerá. Esta mesma verdade é declarada de diferentes maneiras em Is. 42.1; 59.21; 61.1; Mt. 3.16; Lc. 4.18.

- "o Espírito..." Basicamente, existem três grupos de dons.
1. intelectual
a. sabedoria (oposto de Is. 10.13)
b. entendimento, (veja o primeiro par em Dt. 4.6)
2. administração efetiva (cf. Is. 9.6-7)
a. conselho,
b. força, BDB 150 (reino da paz através do poder militar, cf. 2 Rs. 18.20)
3. piedade pessoal a. conhecimento do SENHOR , BDB 395
b. temor ao SENHOR , BDB 432

Is. 11.3 Este mesmo tipo de descrição é encontrado em Is. 2.2-4; 9.6-7; 42.1-4. Será um tempo de juízo, justiça e paz. 11.3 "Deleitar-se-á" Isto é literalmente "respirar" . Isto é usado no sentido do cheiro agradável do sacrifício ou incenso subindo para Deus (isto é, Gênesis 8.21).

- "no temor do SENHOR" Este termo "temor" (BDB 432) denota respeito pela grandeza de Deus. Era para evitar que o povo da aliança pecasse (cf. Êx. 20.20; Dt. 4.10; 6.24). O rei Davi temia YHWH (cf. 2 Sm. 23.3). Este Messias, o novo Davi, reflete perfeitamente essa reverência como o exemplo ideal de um "verdadeiro israelita". Observe como ele forma a introdução aos Provérbios (cf. Isaías 1.7, também note 2.5; 14.26, 27)!

- "não julgará segundo a vista dos seus olhos" Por causa dos dons do Espírito, este governante Davidico especial poderá discernir a verdade e não ser enganado pelo testemunho falso. Ele será o justo juiz e perfeito. Os reis de Israel funcionavam como o último recurso para a justiça. 11.4 Surpreende que a pobreza e a opressão continuem na nova era? Este é o tipo de literalismo que causa confusão. O propósito deste versículo é o caráter do Governante, não uma descrição de uma sociedade escatológica! Era para mostrar que Ele trará conformidade aos ideais da aliança revelada de Deus. Ele irá refletir o próprio caráter de YHWH e projetar isso nas relações humanas!

 "justiça"

"a Terra"
"o país"
"o impiedoso"
"uma terra"

 A primeira questão interpretativa é o significado de erets
A segunda questão é a possível emenda
1. MT – ץרא
2.  – ץירע  é uma tentativa de tornar o paralelismo mais forte.

- "com a vara de sua boca" Isso parece muito semelhante à frase usada em Ap. 1.16; 2.16, que fala do poder da palavra falada ( Gênesis 1. João 1) na frase "espada da minha boca". As últimas duas linhas de poesia falam sobre o poder efetivo do governante ( Is. 11.2c). 11.5 A roupa é uma metáfora usada para descrever as qualidades do governante davidico justo, que virá. Posteriormente, Paulo usará isso para descrever as provisões para o crente no conflito espiritual (Efésios 6.14).


6 O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará junto ao cabrito; o bezerro, o leão novo e o animal cevado andarão juntos, e um pequenino os guiará.
7 A vaca e a ursa pastarão juntas, e as suas crias juntas se deitarão; o leão comerá palha como o boi.
8 A criança de peito brincará sobre a toca da áspide, e o já desmamado meterá a mão na cova do basilisco.
9 Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar.

 11.6-9 Este é um cenário da era messiânica, descrita nos termos de Gênesis 1 e usada em Apocalipse 22. A natureza foi afetada pelo pecado da humanidade, Gênesis 3. Ela também será afetada pela salvação do Messias (cf. Rm 8.19- 25). Observe a ênfase novamente no filho pequeno da nova era. A comunhão entre humanos e animais reflete o Jardim do Éden. Os seres humanos têm muito em comum com os animais que ocupam a superfície deste planeta. Eles também foram criados para comunhão com Deus (cf. Jó 38.39; 40.34) e nós! A Bíblia começa com Deus, humanos e animais em um ambiente de jardim (Gênesis 1-2) e termina com Deus, os humanos, e com essas passagens em Isaías, os animais (cf. Isaías 65.15; Oséias 2.18; Apocalipse 21-22). Eu, pessoalmente, não acho que nossos animais de estimação estarão no céu, mas acho que os animais serão parte da eternidade! Eles adicionam uma riqueza maravilhosa à vida. Eles só se tornaram alimentos e vestimentas após a queda! Outro ponto sobre a ambiguidade inerente envolvida nos textos associados ao eschaton é a idade das pessoas mencionadas. Os filhos pequenos (Isaías 11.6) e os bebês (Is. 11.8) implicam que o nascimento físico continua. Isto assume uma configuração terrena totalmente análoga à vida atual (cf. Mateus 24.38; Lucas 17.27). No entanto, Jesus afirma que não haverá atividade sexual na nova era (cf. Mateus 22.29-30). Os seres humanos no eschaton serão todos de diferentes idades? Vão envelhecer? Estas são questões que fizeram com que os comentaristas postulassem um período terrestre limitado de justiça restaurada (isto é, um milênio) e um futuro estado idealizado. Alguns até postularam uma divisão entre um grupo no céu e um grupo na terra. Eu prefiro uma Segunda Vinda única e visível e uma comunhão idealizada imediata com Deus. Se isso for verdade, grande parte do AT e NT tem que ser visto como acomodação relacionada ao Reino espiritual de Deus. Por favor, veja meus comentários sobre Apoecalípse, Daniel, Zecarias, online em www.freebiblecommentary.org. Este novo dia de paz universal é descrito em termos idealistas, abrangentes, inclusivos. Quando essa nova era se manifestará? 1. Retorno do exílio sob Zorobabel e Josué (isto é, Esdras e Neemias) 2. O período macabei (interbíblico) 3. a inauguração do Reino de Deus na vida de Jesus (Evangelhos) 4. um período milenar (Ap. 20.1-10 apenas) 5. um reino eterno (cf. Dn. 7.14) Cada um é visto como uma nova oportunidade, mas com problemas (número 1-4). É aí que diferentes teorias sistemáticas (denominacionais) levam as referências ambíguas e as transformam em uma "grelha teológica" para ver todas as Escrituras. As promessas são seguras! Mas o prazo e os detalhes não são. Uma questão central que trata isto é "quão literal é a restauração de um jardim terreno (isto é, Éden) a ser entendido (Gênesis 1-3 e Apocalipse 21-22)"? É: 1. este planeta o foco 2. o cosmos é o foco 3. um reino espiritual além do tempo-espaço, possivelmente outra dimensão da realidade (cf. João 4.21-24; 18.36)?

"o animal cevado" se alimentarão juntos"  "animal para gorda"

A LXX e Peshitta adicionam "boi" e também adicionam o verbo "alimentam juntos". A MT usa "engordando" , mas nenhum verbo. Com uma emenda "e o engordando" (וחריא (pode ser alterado para "será alimentado" (יחרו , dá ao verbo "alimentado" uma classificação "C" (dúvida considerável). Com o paralelismo entre as duas primeiras duas e as quartas linhas da poesia com verbos, seria de esperar que a terceira linha tivesse uma também. O pergaminho do mar morto de Isaías e da Septuaginta tem o verbo "alimentado" em vez de "engordar". O engordamento tinha conotações sacrificiais ( Isaías 1.11, Amós 5.22). 11.7 "leão"

11.8  "cova" , "covil" , "ninho" ,"buraco" A MT usa um substantivo , que ocorre apenas aqui no AT. A BDB traduz como "furo de luz", o que significa uma abertura de algum tipo em um espaço escuro onde uma serpente mora.

11.9 "santo monte" Isto não se refere a Jerusalém ou ao Sinai, mas a toda a terra como a frase paralela em Is. 11.4c, 9b, 10 mostra. Observe também que os atributos do Messias foram efetivamente comunicados a todos os humanos (cf. Gênesis 1.26-27; 3.15). Ele é o homem ideal da aliança!

10 Naquele dia, recorrerão as nações à raiz de Jessé que está posta por estandarte dos povos; a glória lhe será a morada.

11.10 Versículos como 4, 9 e 10 podem ser entendidos de duas maneiras.

1. Deus restaurará Seu povo para Canaã e o mundo os reconhecerá.
2. A ênfase de um reinado mundial de uma semente davídica cumpre a promessa de Gn. 3.15 para a restauração da imagem e semelhança de Deus em toda a humanidade, que foi danificada pela queda. Estes textos de Isaías são apenas sobre Israel ou sobre o mundo? Eles são literais, simbólicos ou cumprimento múltiplos? Aqui é onde a visão geral das Escrituras começa a organizar (para melhor ou pior) os textos.  É difícil ser fiel aos textos e ao contexto e a todos os textos ao mesmo tempo! Ninguém faz muito bem isso!

11 Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do Seu povo, que for deixado, da Assíria, do Egito, de Patros, da Etiópia, de Elão, de Sinar, de Hamate e das terras do mar. 12 Levantará um estandarte para as nações, ajuntará os desterrados de Israel e os dispersos de Judá recolherá desde os quatro confins da terra.
13 Afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá serão eliminados; Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim.
14 Antes, voarão para sobre os ombros dos filisteus ao Ocidente; juntos, despojarão os filhos do Oriente; contra Edom e Moabe lançarão as mãos, e os filhos de Amom lhes serão sujeitos.
15 O SENHOR destruirá totalmente o braço do mar do Egito, e com a força do seu vento moverá a mão contra o Eufrates, e, ferindo-o, dividi-lo-á em sete canais, de sorte que qualquer o atravessará de sandálias.
16 Haverá caminho plano para o restante do seu povo, que for deixado, da Assíria, como o houve para Israel no dia em que subiu da terra do Egito.

11.11 Este versículo fala de uma visita climática por Deus ( Isaías 2.2, 11, 12, 20; 3.7, 18; 4.1, 2; 7.17, 18, 20; 9.14; 10.3, 17, 20, 27). Aqui é o dia da restauração! Lembre-se, a "visita" de Deus pode ser para benção ou julgamento. O povo da aliança (ou seja, neste caso, as dez Tribos do Norte), espalhadas , voltarão para a casa (um símbolo de retorno à fé em Deus). No entanto, o resto da unidade literária (Is. 7-12) tem um elemento universal ( Is. 2.2-4; 9.1-7)!

 "tornará" , "a segunda vez"  "de novo"  "novamente"  "exibição adicional"

Isso parece ser uma alusão ao êxodo ( versículos 15-16). Como Deus foi fiel às Suas promessas a Abraão (isto é, Gênesis 15.12-21), Ele fará isso novamente durante o reinado do Messias.

- "estender a mão" Esta é uma expressão idiomática antropomórfica para a atividade divina dentro da história. Em Gênesis 1, Deus fala e as coisas ocorrem, mas aqui Ele move a mão ( Isaías 11.15; 1.25; 5.25; 8.11; 9.12, 17, 21; 10.4, etc.).

- "o restante"11.12 "quatro confins da terra" Quatro é o número simbólico para toda a Terra.  11.13 "Efraim não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim" Observe que na nova era a unidade será a chave, e não as divisões tribais que caracterizaram o povo de Deus no passado. Tem um comentário interessante (número 21), o que dá um significado alternativo para "aqueles que oprimiam Judá" (Qal particípio ativo). Afirma que esta frase deve ser "aqueles hostis a Judá" serão destruídos. 11.14 Este versículo é surpreendente! Isaías está profetizando um Israel unido vingativo ou ele deve ser o canal da revelação para "as nações" chegarem a Deus em paz (cf. Isaías 2.2-4)?

- "filhos do Oriente" Esta frase pode se referir a vários grupos de pessoas diferentes, dependendo do contexto ( Gn. 29.1; Jz. 6.3, 33; 7.12; 8.10; 1 Rs. 4.30; Jó 1.3; Is. 11.14; Jr. 49.28; Ez. 25.4, 10).

11.15 Os inimigos tradicionais do povo da aliança (isto é, versículos 14-15) serão totalmente derrotados. "destruirá totalmente"  "secará"  "tornará desolado"  "secará completamente" REB, NET "dividirá", margem NASB "secará a língua" A NASB segue a MT (והחרים , perfeito com waw),  (alguma dúvida). A outra leitura é (והחריב ),que assumem uma raiz proposta (חרם  perfeito), que significa "separar" ou "dividir" (Ex. 14.16). Esta é uma alusão a um novo êxodo ( Is. 11.11)! "a força do seu vento"  "um vento poderoso" TEV "um vento quente"  "com o calor de Seu sopro"

 "o poder do Seu vento"  "um vento violento" ,há versão que usa um SUBSTANTIVO (, que é encontrado apenas aqui. Sugere "calor". A maioria das traduções deriva o significado de uma raiz árabe que significa "sede" ou "estar quente".

- "os sete fluxos" Isso se refere a uádis, "mananciais sazonais". O termo "sete" é um importante número simbólico . Esses sete rios secos oferecem fácil acesso a Deus, assim como "o caminho plano" no versículo 16. 11.16 "Haverá caminho" Veja nota completa em Is. 19.23.

- "o restante"  três sentidos
- "no dia"
                                              ISAÍAS 12

A. Este (ou estes) hino de louvor fecha o "livro de Emanuel" (isto é, Is. 7-12).
B. Porque a frase de abertura, "naquele dia", é repetida em Is. 12.4, algumas  pensam que existem dois hinos. 1. Is. 12.1-3, cf. Ex. 15.1-17; Sl. 118 2. Is. 12.4-6,  Sl. 105.1; 148.13
C. É semelhante ao Êxodo 15 (a canção de Moisés) e ao Salmo 118. Muitas vezes, em momentos de grande vitória ou libertação, Israel compôs hinos de louvor a seu Deus.

1 Orarás naquele dia: Graças te dou, ó SENHOR, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e Tu me consolas.
2 Eis que Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei, porque o SENHOR Deus é a minha força e o meu cântico; Ele se tornou a minha salvação.
3 Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação.
4 Direis naquele dia: Dai graças ao SENHOR, invocai o Seu nome, tornai manifestos os Seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o Seu nome.
5 Cantai louvores ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra.
6 Exulta e jubila, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti.


- "naquele dia" Esta é uma expressão idiomática para a ação de dEUS dentro da história, temporariamente ou escatologicamente. Há um tempo de prestação de contas vindo. Para alguns, um tempo de alegria e vitória, para os outros um tempo de julgamento e rejeição! A desobediência da aliança afeta o tempo e a eternidade! Porque esta frase aparece em ambos os versículo1 e Is. 12.4 é possível que este capítulo sejam dois hinos de louvor .

- "Graças te dou" Este verbo Iimperfeito usado em um sentido coortativo, basicamente significa "jogar" ou "lançar". No entanto, especialmente nos Salmos, a raiz Hiphil, denota "confessar" ou "louvar". Encontra-se em Isaías 12.1, 4; 25.1; 38.18, 19.

- "ó SENHOR"

- "porque, ainda que te iraste contra mim" Isso reflete a reação de Deus ao ter a Sua Aliança de amor sendo violada repetidamente ( Isaías 40.1-2; 54.8 e muitos outros). É difícil para muitos leitores da Bíblia entenderem a ira de Deus. Para mim, uma comparação de Dt. 5.9 com 5.10 e 7.9 ajuda. A ira de Deus é melhor entendida como a disciplina dos pais ( Hb. 12.5-13).

- "a tua ira se retirou" Este verbo , Qal jussivo é muitas vezes traduzido para "arrependido", quando usado para o seres humanos. Em certo sentido, Deus se arrepende (isto é, mudou Seu pensamento e ações) para o povo da aliança (ou seja, Os. 11.8-9). No AT, muitas vezes está especificamente ligado ao seu arrependimento. No entanto, o NT (e a nova aliança, Jeremias 31.31-34; Ezequiel 36.22-36), é motivado por Sua graça e misericórdia, à parte da capacidade da humanidade caída de realizar / conformar / reformar!

- "e Tu me consolas" Este verbo imperfeito significa "conforto" ou "consolo" ( Is. 22.4; 40.1; 51.3, 12, 19; 61.2; 66.13). Após o julgamento vem o conforto; Depois da disciplina a comunhão é restaurada! Há esperança para os rebeldes e pecadores no caráter misericordioso e imutável de Deus ( Ml. 3.6). 12.2 "Deus é a minha salvação" Não existe um verbo nesta linha da poesia, que intensifica a frase. Para o termo "salvação"

- "confiarei" Este verbo Qal imperfeito denota o que é firme (ou seja, confiável) ou "para prostrar-se diante". Este verbo expressa uma segura confiança em Deus ( Isaías 26.3, 4; Sl. 78.22).

- "não temerei" Este verbo, Qal imperfeito é o oposto da confiança ( Deuteronômio 28.66; Isaías 44.8, 11). Porque eles confiam em Deus, não há motivo para temer a Sua ira, mas eles dependem do amor e das promessas da aliança ( 1 João 4.17-18)!

- "O SENHOR Deus" Estes são dois títulos relacionados a Divindade.
1. (11.83 ;4.62 .sI ;41.811 .lS ;61.71 ) HWHY e ,הי
2. (HWHY)  ,הוהי Para uma discussão completa sobre as teorias ligadas ao nome da aliança de Deus a partir do verbo "ser",

- "minha força e o meu cântico" Como 12.2a, não existe um verbo com estes dois substantivos, que são apontados pelos estudiosos Masoreticos.
1. força, descreve o "Servo" em Is. 49.5 e o louvor de Israel em Sl. 81.1
2. cântico; estes mesmos dois substantivos são encontrados na canção da vitória de Moisés em Ex. 15.2, também em Sl. 118.14 O significado do segundo substantivos, הרחז é incerto .
1. Cântico
2. Poder
3. A LXX usa "minha glória e meu louvor"
4. Uso "meu refúgio e defesa"
5. A mesma forma (זחרת ,(como aqui, aparece em Gn. 43.11, onde é traduzido "os melhores produtos da terra"

- É surpreendente que a linha 1 pareça afirmar algo que a linha 4 vê como progressiva. Pode ser uma citação contínua do Ex. 15.2 ( Salmo 118.14, 21). A poesia hebraica é ambígua. O verbo (BDB , Qal perfeito com waw tem duas orientações.
1. O dom de Deus de água vivente, tão importante para aqueles que dependem da agricultura e pecuária. A boa água era vista como uma benção de Deus ( Deuteronômio 27-29).
2. A salvação / libertação é descrita como uma fonte abundante do dom de Deus ( Isaías 48.18; Salmo 36.9; Jeremias 2.13; 17.13).

-"Vós" o singular de Is. 12.1-2 muda para o plural da alegria coletiva ( Is. 12.4-6). 12.4-6 Estes versículos enumeram as coisas que o povo alegre e grato de Deus (cf. Isaías 12.6b) deve fazer e o porquê: (Isaías 12.5b; 6b) 1. Dai graças, , Hiphil imperativo,  Is. 12.1 (ou seja, cenário de adoração)  Invocai o Seu nome, BDB 894, KB 1128, Qal IMPERATIVO (isto é, cenário de adoração)
 tornai manifestos os Seus feitos entre os povos,  HIphil imperativo
 relembrai que é excelso o Seu nome, Hiphil IMPERATIVO
 Cantai louvores ao SENHOR,  Piel imperativo (isto é, cenário de adoração)
Saiba-se isto toda a Terra, Kethiv (está escrito), Pual particípio; Qere (é lido) , Hophal participio Exulta BDB 843, KB 1007, Qal IMPERATIVO, cf. Is. 54.1 8.
Jubila, BDB 943, KB 1247, Qal IMPERATIVO, cf. Is. 54.1 Observe novamente o mandato missionário (cf. Isaías 2.2-4; 51.4-5). 12.4 "invocai o seu nome" Esta frase implica a participação em um cenário de adoração (cf. Gênesis 4.26; 12.8; 21.33; 26.25; Êx. 34.5-7; Rm. 10.9-13). O nome representaria Sua pessoa, Seu caráter! Ao invocá-Lo, reconhecemos a nossa necessidade por Ele e nosso desejo de ser como Ele e agradável a Ele. Esta frase denota um desejo de comunhão (cf. Is. 43.1; 45.3, 4)!

A NIDOTTE, vol. 4, p. 150, tem uma boa lista relacionada ao nome de YHWH. 1. pode ser louvado, Jl. 2.26 2. pode ser amado, Sl. 5.11 3. pode ser declarado, Sl. 22.22 4. pode-se temido, Ml. 4.2 5. pode ser esperado, Sl. 52.9 6. pode ser proclamado, Is. 12.4 7. pode ser andado em, Mc. 4.5 8. pode ser blasfemado, Is. 52.5 9. pode ser poluído, Jr. 34.16 10.pode ser profanado, Ez. 36.21-23 O povo de Deus pode refleti-Lo, positivamente ou negativamente, mas nós O refletimos (cf. Mateus 5.13-16)! TÓPICO ESPECIAL: "O NOME" DE YHWH (AT) (SPECIAL TOPIC: "THE NAME" OF YHWH (OT)) 12.5 "saiba-se isto em toda a terra" O objetivo de YHWH é que todos os seres humanos criados à Sua imagem e semelhança (cf. Gênesis 1.26, 27); criados para a comunhão com Ele próprio (cf. Gênesis 3.8), voltem para uma relação de fé íntima e diária com seu Criador! Este é o objetivo da revelação (cf. Isaías 2.2-4; 25.6-9; 42.6-12; 45.22-23; 49.5-6; 51.4-5; 56.6-8; 60.1-3; 66.23; Salmo 22.27; 66.24; 86.8-10; Miqueias 4.1-4; Malaquias 1.11; João 3.16; 4.42; 1 Timóteo 2.4; Tito 2.11; 2 Pedro 3.9; 1 João 2.1; 4.14).

12.6 Este versículo está definido no Templo em Jerusalém. O espaço entre as asas dos dois Querubins sobre a Arca da Aliança era visto como o escabelo dos pés de Deus, o lugar onde os céus e a terra se encontravam. Esta descrição é paralela ao nome do filho, "Emanuel", que significa "Deus está conosco". Não há maior benção que a presença de Deus e um relacionamento pessoal com Ele!

- "o Santo de Israel" Veja as notas em Is. 1.11, 24 e Tópico Especial: o Santo




 

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O Renovo ( Isaías 11 e 12 )

                                                 O RENOVO


 Esse célebre oráculo de salvação sobre o Rei da Paz (Is 4-2; 7.14; 9.6) consiste de três seções: 

(1) Seus dons (v. 1, 2)
(2) Seu justo reinado (v. 3-5) 
(3) Seu reino da paz (v. 6-9)

A profecia acerca da restauração de Sião consiste de três partes:  

(1) o Renovo do Senhor será glorioso (v. 2)
(2) o remanescente será santificado (v. 3,4)
(3) o Senhor protegerá o monte Sião (v. 5,6)

Aqui, a expressão "naquele dia" é uma referência à futura revelação da glória do Senhor na terra (Is 2.2-4). 
O termo Renovo do Senhor tem duplo sentido:
1. Representa a terra dando seu fruto 
2. Representa Cristo produzindo frutos espirituais (Is 11.1-5; Jr 23.5; Zc 3.8; Jo 15.1-8).
Cristo humilhou-se, por isso será coroado em glória (Is 49.7; 52.13; 53.12; Fp 2.9-11).
De beleza e de glória. 
Juntas, as palavras significam beleza estonteante. O Reino de Jesus, Rei da criação, será notável pela abundância. A maldição que vigora sobre a terra será retirada, e haverá frutificação na quantidade determinada por Deus desde o começo (SI 65).

               

O RENOVO DO SENHOR ( ISAIAS 4,11 E 12 )

                                             O RENOVO DO SENHOR ( ISAÍAS 4)


Isaías profetizou durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. 

Ele é corretamente chamado de "o profeta evangelista" devido às suas numerosas profecias acerca da vinda, do caráter, do ministério, da pregação, dos sofrimentos e da morte do Messias, e da extensão e continuação de seu reino. 

Sob o véu da libertação do cativeiro, Isaías aponta para uma libertação muito maior, que iria ser efetuada pelo Messias; raras vezes menciona uma sem ao mesmo tempo fazer alusão à outra; sim, ele está muitas vezes tão extasiado com a perspectiva da libertação mais distante que perde de vista a outra que está próxima, para dedicar-se à pessoa, ofício, caráter e reinado do Messias

Este primeiro versículo corresponde ao terceiro capítulo. Quando os transtornos chegaram à terra, pelo celibato ser reprovável entre os judeus, estas mulheres atuariam contra o costume, e por si mesmas buscariam maridos.

Do 1 ao 6 foecem um resumo das profecias de Isaías. Ele proferiu palavras de julgamento contra Israel e Judá, mas também forneceu a esperança de restauração após o exílio.
 Essa segunda parte divide-se em 3 blocos:
A. Julgamento e restauração à retidão e à justiça (1:2-2.5) – com suas subdivisões: 
1. Demanda contra a impiedade e a injustiça (1.2-31) –  
2. A justiça e a retidão futuras de Sião (2.1-5) – 
B. Julgamento e restauração naquele dia (2.6-4.6) – com suas subdivisões:  
1. Orgulho e sincretismo naquele dia (2.6-22) –  
2. Os lideres de Jerusalém naquele dia (3.1-15) – . 
3. As mulheres altivas naquele dia (3.16-4.1) – .
4. O Renovo do Senhor naquele dia (4.2-6) – 

C. Julgamento que leva à restauração (5.1-6.13) – com suas subdivisões:  
1. O cântico da vinha (5.1-7) 
2. Os ais contra o povo de Deus (5.8-30) 
3. A missão de Isaías de julgamento e restauração (6.1-13)

Este primeiro versículo corresponde ao terceiro capítulo. Quando os transtornos chegaram terra, pelo celibato ser reprovável entre os judeus, estas mulheres atuariam contra o costume, e por si mesmas buscariam maridos.
 Tão poucos seriam os elementos masculinos da população, após a matança da guerra, que cada homem sobrevivente seria importunado por diversas mulheres solteiras para que se casasse com elas, estando prontas a se sustentarem. 

Vv. 2-6. É anunciado não somente o estabelecimento do reino de Cristo na época dos apóstolos, mas também o seu crescimento ao reunir, na Igreja, os judeus dispersos. Cristo é chamado Renovo de Jeová, plantado por seu poder e florescido para seu louvor. O Evangelho é o fruto do renovo de Jeová; todas as graças e consolações do Evangelho brotam de Cristo. É chamado fruto da terra porque surge neste mundo e é adequado para o estado presente. Será uma boa prova de que somos diferentes daqueles simplesmente chamados Israel, se formos levados a ver toda a beleza em Cristo, e na santidade. Como tipo deste bendito dia, Jerusalém deve florescer novamente como o renovo e será abençoada com o fruto da terra. Deus guardará para si uma semente santa. Quando a maioria daqueles que têm poder e nome em Sião, e em Jerusalém, for corada por causa da sua incredulidade, alguns serão preservados. Somente os santos serão preservados quando o Filho do Homem tirar do seu reino tudo o que for ofensivo. Através do juízo da providência de Deus, os pecadores são destruídos e consumidos; porém pelo Espírito da graça são transformados e convertidos. O espírito atua aqui como Espírito de juízo, ilumina a mente, e convence a consciência; também como Espírito que queima, vivifica e fortalece os afetos, e faz com que os homens sejam afetados zelosamente em uma boa obra. Um amor ardente por Cristo e pelas almas, e o zelo contra o pecado, levarão os homens de modo resoluto a obras que tirem a incredulidade de Jacó. Toda a aflição serve para os crentes como forno para purificá-los da escória; a influência convincente, poderosa e iluminadora do Espírito Santo desarraiga paulatinamente as suas luxurias e os torna santos como Ele é Santo. Deus protege a sua igreja e tudo o que pertence a ela. As verdades e ordenanças do Evangelho são a glória da Igreja, e a graça da alma é a sua glória; e aqueles que a possuem são conservados pelo poder de Deus. Porém, somente os afadigados buscarão repouso; somente buscarão refúgio os convencidos de que uma tormenta se aproxima. Afetados com um profundo sentimento do desagrado divino, ao qual estamos expostos por causa do pecado, recorramos imediatamente a Jesus Cristo, e agradecidos aceitemos o refúgio que Ele nos dá.





Nós tínhamos falado que toda temática por enquanto tem sido feita com relação ao “naquele dia” e aqui, a partir do vs. 3:16 até 4:1, estamos vendo as mulheres sendo citadas, numa geração de líderes e de homens corrompidos.
Dissemos também, finalizando o capítulo 3, que o Senhor traria terríveis desgraças a essas mulheres (vs. 3:24). No dia do Senhor, as mulheres seriam privadas de recursos e ficariam sujeitas a horrores. Até mesmo as portas de Jerusalém serão personificadas – chorarão e estarão de luto - como se juntando ao lamento pelo seu julgamento iminente (cf. 3:26; SI 24.7).
O verso primeiro do capítulo 4 fala do desespero delas, das mulheres, que sete delas lançarão mão de um só homem para se lhe retirar-lhes o opróbrio. A explicação para a raridade dos homens está no capítulo anterior no verso 25 – “os teus homens cairão à espada, e os teus valentes na guerra”.
Se os homens e os valentes cairão, quem ficará para que sete delas o procurem numa proporção assustadora?
4. O Renovo do Senhor naquele dia (4.2-6).
Dos versos de 2 a 6, vemos que Isaías procurou dar equilíbrio às suas duras palavras proféticas de julgamento pronunciadas no capítulo 2:6-4.1, com o modo como a salvação deveria vir ao povo de Deus num dia, no futuro, conhecido como dia do Senhor, por meio do Renovo, o grande filho de Davi.
É com este – o descendente - vem sendo acompanhado desde Gênesis até chegarmos a ele, o Cristo, no Novo Testamento. Conforme o evangelho de Lucas, são 77 gerações, que compreendem aproximadamente uns 4.000 anos de história humana

É com a frase “Naquele dia” que se inicia o verso 2, que do 2 ao 6, irá falar do Renovo do Senhor:
Renovo é um título metafórico para o filho de Davi, o Messias, que promoveria a restauração do povo de Deus que voltaria do exílio (veja 11:1-5; 53:2).
De Zorobabel, inclusive, até Jesus Cristo, inclusive, são 21 gerações, desde o pós-exílio, passando pelos aproximadamente 400 anos proféticos, até se chegar em Cristo. Veja o quadro acima.
O Novo Testamento explica que Jesus é o filho de Davi que traz salvação eterna àqueles que têm fé nele (veja Jr 23:5; Zc 3:8; Jo 15:1-8).
Toda a Bíblia é cristocêntrica e o que vemos é a serpente perseguindo a semente da mulher em todas as gerações desde Abel e Caim até chegar-se em Cristo, quando os filhos de Raquel, em Ramá, morreram por ordem de Herodes que, sendo do diabo, perseguia o Messias: “Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, [choro] e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem.” - Mt 2:18; Jr 31:15.
A glória de Deus é a mostra do seu brilho e maravilha em sua providência geral e redenção: O Messias seria a mostra inicial de sua glória (3:8; 4:5; 6:3, 11:10; 40:5; 42:8,12; 43:7; 48:11; 58:8; 59:19; 66:18,19) para os que seriam salvos, e fogo eterno de juízo para os demais.
O remanescente fiel sobreviveria ao exílio e voltaria para a Terra Prometida: Os que voltassem seriam consagrados a Deus, o Santo de Israel, que estabeleceria a sua santa morada entre o seu povo (57:15) na nova terra (11:9; 27:13; 65:25; 66:20):
- Os nomes daquele que entram nesse novo mundo estavam escritos no livro da vida e jamais seriam apagados (Ex 32:32-33; SI 69:28; Dn 12:1; MI 3:16; Ap 20:12):
O Senhor limpará as filhas de Sião e Jerusalém da culpa de sangue no meio dela com seu Espírito de justiça e com o seu Espírito purificador, ou, literalmente "que queima". Trata-se de uma metáfora do julgamento de Deus (1:31; 10:17; 30:27; 42:25) que consome o rebelde e purifica o fiel. O mesmo se dá com a pregação do evangelho que é para o eleito salvação, mas para o perdido, condenação, pois ele a rejeita sempre.
E quem são os eleitos e quem são os perdidos? A execução da justiça de Deus é prerrogativa dele que será justo e jamais se contraditará. O fato é que no final, quando tudo estiver consumado, teremos os salvos – eleitos – e os perdidos.

Quem foi salvo? – os salvos! Quem se perdeu? – os perdidos! O salvo se perdeu? – não! O perdido se salvou – não! Deus executou justiça na terra e seu nome foi glorificado? Com certeza!
Daí, se haverá perdidos, onde eles se encontram agora mesmo? Ora, vivendo entre nós, como na parábola do joio e do trigo, sendo os perdidos o joio.
Quais foram as expectativas de João Batista com relação ao Espírito Santo no batismo de Jesus? Muitas, como se vê nos evangelhos.
Por exemplo, em Lc 3:16,17, ele, João, disse, em Lucas que na verdade ele estava batizando com água, mas que ali, estava aquele que era mais poderoso do que ele, do qual não seria digno de desatar a correia das suas alparcas. Sobre ele, João ainda disse: esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. E ainda mais: ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
A redenção futura é uma recriação na qual todas as coisas no céu e na terra (40:26; 42:5; 45:12,18; 57:16) serão renovadas:
O processo de redenção recriativa – ver BEG - teve início com a restauração do exílio, mas chega aos estágios finais na obra de Cristo (Jo 1:1-3; 2Co 4:6; 5:17) - especialmente nos novos céus e na nova terra nos quais todos os redimidos um dia se juntarão à nova Jerusalém (Ap 3:12; 21:1-3):
A nuvem e o fogo aqui lembrados são símbolos da presença protetora de Deus para os seus eleitos, como no mar Vermelho (Êx 13:20-22), no tabernáculo (Êx 40:34-38) e no deserto (Nm 9:15-23). Aqui ela simboliza a cobertura protetora de Deus sobre o monte Sião restaurado e santificado - 2:2.
Já, o fogo, vs. 4, pode ser usado como uma expressão do julgamento de Deus (1:7,31; 5:24; 26:11; 33:11,14; 47:14; 64:2; 65:5; 66:15-16,24) em contraste com o símbolo de sua bendita presença (v: 5; 43 2; cf: Êx 24:17; Dt 4:24; 9:3; 2Sm 22:9; SI 18:8; Hb 12:29), como também, pode significar proteção, calor e conforto diante das trevas e do frio da noite.

Em Cristo Jesus, essa nuvem de dia e fumaça e resplendor de fogo chamejante de noite se cumprem na sua pessoa, por meio do Santo Espírito Santo que ele nos concedeu até a sua volta.
Em contraste com as fraudes humanas (28:15,17), o Senhor já providencia, por meio do Espírito de Deus, para todo o seu povo proteção duradoura contra todo perigo, quer seja de dia, quer seja de noite.

Cristo não nos trouxe proteção parcial, mas completa se bem que vivemos a fase do “ainda não” e andamos por fé e não por vista, durante o “já”. A segurança, que já é completa em nós por Cristo, atingirá a plenitude – não mais dependerá da fé - quando Cristo voltar em glória (25:4; cf: SI 14:6; 46:1; 62:7, 94 22).  Ele é o esconderijo e a proteção permanente, em contraste com qualquer abrigo temporário que possa existir (1:8; cf: SI 31:20)




É com a frase “Naquele dia” que se inicia o verso 2, que do 2 ao 6, irá falar do Renovo do Senhor:

O
.

Isaías 4 1. Tão poucos seriam os elementos masculinos da população, após a matança da guerra, que cada homem sobrevivente seria importunado por diversas mulheres solteiras para que se casasse com elas, estando prontas a se sustentarem. C. Bênçãos Finais do Israel Reavivado Sob o Governo do Messias. 4:2-6. 2. Naquele dia não se refere ao período que acabou de ser descrito, exceto no que se refere à devastação assíria e caldaica prefigurando a tribulação dos'"últimos tempos". Antes, refere-se ao período do fim, quando o Messias virá para reinar sobre a terra. Esta é a força que geralmente possui a frase, "naquele dia", através de todos os livros proféticos do V.T. O Renovo (semah) refere-se ao próprio Cristo como descendente da prometida linhagem de Davi. A mesma palavra, literalmente, broto, foi usada com referência ao Messias em Jr. 23:5; 33:15; Zc. 3:8; 6:12. Nele se encontrará a verdadeira beleza e glória de Israel (conforme contrastadas com a beleza falsa e mundana da sociedade feminina de Jerusalém). Observe a prosperidade final prometida apenas aos de Israel que forem salvos (peletâ). Embora a nação como um todo precisasse ser rejeitada por causa da desobediência, o Senhor continuaria a operar no Seu propósito com os verdadeiros crentes remanescentes (conforme Paulo mais tarde destacou em Rm. 11:5). 3. Só aqueles que têm sido santificados com o novo nascimento e que foram intimamente transformados para refletir a santidade de Cristo serão alistados como cidadãos da Jerusalém espiritual. Purificados da Isaías (Comentário Bíblico Moody) 27 carnalidade e do mundanismo, as mulheres dessa santa cidade se destacarão completamente daquelas da geração de Isaias. 4. Mas esta nova ordem não prevalecerá até que o Espírito de Deus tenha purificado a cidade de sua perversidade e idolatria com fogo do juízo e do sofrimento. Naquele dia futuro a presença de Jeová será novamente coisa certa para Israel como nos dias do Êxodo, e o Senhor protegerá Seus piedosos filhos de todas as calamidades e adversidades. (Este sermão conclui, conforme começou em 2:2, com um quadro resplandecente de um cumprimento final do plano convencional divino para Israel.)

C. Bênçãos Finais do Israel Reavivado Sob o Governo do Messias. 4:2-6. 2. Naquele dia não se refere ao período que acabou de ser descrito, exceto no que se refere à devastação assíria e caldaica prefigurando a tribulação dos'"últimos tempos". Antes, refere-se ao período do fim, quando o Messias virá para reinar sobre a terra. Esta é a força que geralmente possui a frase, "naquele dia", através de todos os livros proféticos do V.T. O Renovo (semah) refere-se ao próprio Cristo como descendente da prometida linhagem de Davi. A mesma palavra, literalmente, broto, foi usada com referência ao Messias em Jr. 23:5; 33:15; Zc. 3:8; 6:12. Nele se encontrará a verdadeira beleza e glória de Israel (conforme contrastadas com a beleza falsa e mundana da sociedade feminina de Jerusalém). Observe a prosperidade final prometida apenas aos de Israel que forem salvos (peletâ). Embora a nação como um todo precisasse ser rejeitada por causa da desobediência, o Senhor continuaria a operar no Seu propósito com os verdadeiros crentes remanescentes (conforme Paulo mais tarde destacou em Rm. 11:5). 3. Só aqueles que têm sido santificados com o novo nascimento e que foram intimamente transformados para refletir a santidade de Cristo serão alistados como cidadãos da Jerusalém espiritual. Purificados da

Isaías (Comentário Bíblico Moody) 27 carnalidade e do mundanismo, as mulheres dessa santa cidade se destacarão completamente daquelas da geração de Isaias. 4. Mas esta nova ordem não prevalecerá até que o Espírito de Deus tenha purificado a cidade de sua perversidade e idolatria com fogo do juízo e do sofrimento. Naquele dia futuro a presença de Jeová será novamente coisa certa para Israel como nos dias do Êxodo, e o Senhor protegerá Seus piedosos filhos de todas as calamidades e adversidades. (Este sermão conclui, conforme começou em 2:2, com um quadro resplandecente de um cumprimento final do plano convencional divino para Israel.)