sexta-feira, 28 de abril de 2017

Os Tabernáculos

 O Tabernáculo de Moisés



Sombra da Igreja Moderna



O TABERNÁCULO DE MOISÉS COMO SOMBRA DA IGREJA MODERNA.

Introdução:


A Bíblia Sagrada em sua amplitude, está baseada na celebração, nas ordenanças e nas cerimônias que foram dadas pelo Senhor a Israel, quando ainda na vivencia no deserto e na construção e edificação de seu tabernaculo.

É de pleno conhecimento, que sob a aliança mosaica, Deus revelou verdades ao seu povo, que se dividem em cinco áreas principais, sendo elas, as leis: Moral, Civil e Cerimonial; O Sacerdócio: Arônico e Levitico; Os cinco tipos de ofertas, ou sacrifícios Cerimonias: O Holocausto, A oferta de cereal, A oferta de comunhão, A oferta pelo pecado e A oferta pela culpa; As Três festas principais: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos; o Tabernáculo do Senhor, com suas funções específicas.

Objetivo:
Nosso objetivo é trazer a baila, as riquezas espirituais encontradas no tabernáculo cujo modelo foi dado a Moisés no monte Sinai, fazendo um paralelo bíblico com a Igreja e o Sacerdócio atual.

Conceito Inicial:
Por aproximadamente 400 anos, a nação de Israel viveu em função dessa estrutura. O tabernáculo foi o local aonde Deus escolheu habitar, sendo que, ali Ele demonstrou de maneira simbólica toda a revelação e conhecimento de si mesmo.

Aplicação:
O primeiro paralelo que pretendo traçar, está baseado na epistola escrita aos hebreus, quando encontramos os seguintes versículos nos quais o escritor narra:

Hb 10:1
Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas...”.

Hb 8:5
“os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moises divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo, que no monte, se te mostrou”.

Quero basear este estudo trazendo a seguinte definição, o Tabernaculo edificado por Moises é a sombra da Igreja atual, ou seja, o esboço da Igreja de Cristo.

Desta forma, temos por conceito que o propósito da sombra é nos trazer para a realidade, assim como, o propósito do profecia é levar-nos ao seu cumprimento.

Assim, necessário de faz seguirmos o curso da sombra em contraste com a luz, até encontramos o objeto que lança a sombra.

1 – O Propósito Divino do tabernáculo:
O propósito de Deus para a edificação do tabernaculo, foi o seu desejo de habitar no meio de seu povo.  Êx 25.8: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”.

2 – Os Construtores do tabernáculo:
Inicialmente dois homens foram envolvidos na construção no tabernáculo.
O primeiro era Bezalel (Êx 31.2), o segundo foi Aoliabe (Êx 31.6).

3 – A disposição das tribos no acampamento:
Em Israel havia doze tribos, sendo que estas foram divididas em quatro grupos com relação a sua disposição em volta do tabernáculo, sendo que cada grupo de três tribos tinha uma bandeira sob a qual acampavam.

Assim, apresentavam as seguintes disposições no acampamento:
1 – A Leste, sob a bandeira do Leão se posicionavam as tribos de Judá, Issacar e Zebulom (Nm 2.3-9);
2 – A Oeste do Tabernáculo, sob a bandeira do Boi, se posicionavam as tribos de Efraim, Manasses e Benjamim (Nm 2.18-24);
3 – Ao Norte, sob a bandeira da Águia, se posicionavam as tribos de Dã, Aser e Naftali (Nm 2.25-31);
4 – Ao Sul, sob a bandeira do Homem, se posicionavam as tribos de Rúben, Simeão e Gade (Nm 2.10-16).

4 – o Tempo gasto na Construção:
Sabemos que nosso Deus é detalhista, sendo que todas as suas ordenanças expressam sempre algo que ele nos quer revelar ou nos fazer testificar de suas promessas.

Para traçarmos um firmamento do tempo gasto, precisamos analisar elementos da tradição judaica, somados a um comparativo dos seguintes verbetes bíblicos:
Êx 19.1 – “Ao TERCEIRO mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia, vieram ao deserto do Sinai”.

Nm 9.1 – “E falou o Senhor a Moisés no deserto do Sinai, no segundo ano de sua saída da terra do Egito, no PRIMEIRO mês dizendo:”.

Assim, temos a conclusão de que o tabernáculo levou aproximadamente (9 meses) para ser construído, e após ser habitação de Deus.

5 – A Nuvem de Glória:
Quando foi terminada a edificação do tabernáculo e os utensílios foram concluídos, os construtores levaram tudo a Moisés para que ele verificasse se tudo havia sido construído do modo como ordenado.

Moisés então levanta o tabernáculo, posiciona os móveis nos lugares divinamente designados, aspergindo tudo com sangue e ungindo com santo óleo. Tendo assim dedicado o Tabernáculo ao Senhor as escrituras nos dizem que: “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo,” (Êx 40.34).

Daquele dia em diante a nuvem iria guiar a peregrinação do povo de Israel pelo deserto: Êx 40.36: “Quando pois, a nuvem de levantava de sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas”.

2 Co 4.18; 5.1:
“não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que não se veem; porque as que se veem são temporais, e as que não se veem são eternas. Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus”.

Obra – Construir o tabernáculo
Área de ocupação total 300 covados = 46m x 23m.
por sessenta colunas de bronze = fechada com cortinas de linho de 2,3m de altura

Só o tabernáculo = O tabernáculo era de formato retangular, de uns 13,5 metros de comprimento e 4,5 metros de largura e altura.
POSSUIA QUATRO COBERTURAS:
  • Dez cortinas de linho, com desenhos de querubins, e estofos azuis, púrpura (roxos) e carmesim (escarlates), presas com colchetes de ouro (capítulo 26:1-6; 36:8-13).
  • Onze cortinas de pelos de cabras, presas com colchetes de bronze (capítulo 26:7-11).
  • Uma coberta de peles de carneiros tintas de vermelho (capítulo 25:5; 26:14; 35:7,23; 36:19; 39:34)
  • Outra coberta de peles de animais marinhos (uma espécie de foca que existe no mar Vermelho (capítulo 25:5; 26:14; 35:7,23; 36:19; 39:34)

Ainda teria que ser feito: a arca do Testemunho; o propiciatório; a mesa para os pães da proposição; um candelabro; o altar do incenso; um altar de madeira de acácia revestida de bronze e A bacia de bronze

Bezalel
Êx. 31.2 - Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, o filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá,

BEZALEL: UMA VIDA À SOMBRA DE DEUS

– BEZALEL NÃO FICAVA PELA METADE EM SUAS RESPONSABILIDADES – Cap 38 Vs. 22 A.
(Eclesiastes 7:8-10 - Melhor é o fim duma coisa do que o princípio; melhor é o paciente do que o arrogante.
Não te apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos.
Não digas: Por que razão foram os dias passados melhores do que estes; porque não provém da sabedoria esta pergunta.

BEZALEL FEZ BEM FEITO O QUE LHE FOI CONFIADO- Vs. 22 B
Não é só concluir as coisas. Ele fez muito mais do que isso, ele fez bem feito.
Ec 9-10: Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; porque no Seol, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.

BEZALEL PERMANECEU FIEL À SUA POSIÇÃO - Vs. 22 C
ordenara a Moisés
Mesmo com todos os seus talentos, qualidades e realizações, Bezalel reconhecia a sua posição diante de Deus. Ele era o mestre de obras, o chefe da produção, o artista-mor, mas não era o arquiteto.


  • Quem era Aoliabe (Êx 31.6a). Seu nome, אָהֳלִיאָב, significa “a tenda do Pai”. Era filho de אֲחִיסָמָךְ, Aisamaque (“meu irmão é sustento”). Da tribo de Dã, foi escolhido por Deus para auxiliar Bezaleel na grande tarefa da construção dos utensílios do Tabernáculo.
  • O que foi dado a Aaoliabe (Êx 31.6b). Foi dado a Aoliabe uma tarefa aparentemente menor: repassar a outros os ensinamentos recebidos por ele e Bezaleel. Para isso, seria necessário ser “sábio de coração” (חֲכַם לֵב, chacham-lev). Ser sábio não é tão somente acumular dados e processá-los como se fosse um eficientíssimo computador. Não basta racionalidade; é necessário aplicar o coração. E o que é aplicar o coração? Deixar que Deus nos dirija e nos dê a verdadeira sabedoria. O verdadeiro sábio, o verdadeiro ensinador recebe isto de Deus como um dom. Aolaibe recebeu o dom de ensinar. Por isso a Tradução Ecumênica assim verteu Êxodo 35.34: “infundiu o dom de ensinar em seu coração”.


Os sete requisitos para a construção:
Ofertas Voluntárias: (Êx 25.2 - Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada) Povo havia sido libertado da escravidão no Egito através do Sangue do Cordeiro Pascoal. Os bens que os Israelitas possuíam foram conseguidos no Egito. As bênçãos dadas no Egito não são para enriquecer, mas para serem devolvidas ao Senhor.

Pelo ânimo do Povo(ÊX 35.21 -  E veio todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo espírito voluntariamente o excitou, e trouxeram a oferta alçada ao SENHOR para a obra da tenda da congregação, e para todo o seu serviço, e para as vestes santas).

Pela disposição das Pessoas (ÊX 35.5 -Tomai do que tendes, uma oferta para o SENHOR; cada um, cujo coração é voluntariamente disposto, a trará por oferta alçada ao SENHOR: ouro, prata e cobre)
A Igreja moderna deve ser constituída de pessoas dispostas, assim como Davi menciona no Salmo 51. 10-17:
Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto. Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça. Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor. Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.
Com um coração voluntário: (Êx 36.3 -Estes receberam de Moisés toda a oferta alçada, que trouxeram os filhos de Israel para a obra do serviço do santuário, para fazê-la, e ainda eles lhe traziam cada manhã ofertas voluntárias)
Os Capitulos 35 e 36 do livro do Êxodo, trazem as palavras “Coração” e a expressão “de todo o coração”, aparecem pelo menos 12 vezes.

Pela sabedoria de Deus: (Êx 36.1 - Assim trabalharam Bezalel e Aoliabe, e todo o homem sábio de coração, a quem o SENHOR dera sabedoria e inteligência, para saber como haviam de fazer toda a obra para o serviço do santuário, conforme a tudo o que o SENHOR tinha ordenado)
Os critérios eram de Deus, os homens são os obreiros. Só se pode construir uma igreja na atualidade com a sabedoria de Deus.

Pelo espírito de Deus: (Êx 35.31 - E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento, ciência e em todo o lavor)
Vivemos hoje no período da dispensação do Espírito, o povo de Deus precisa estar disponível, disposto a viver na dependência do ministério do Espírito Santo de Deus. (Zc 4.6 – Não por força nem por violência, mas pelo o meu Espírito)

De acordo com o Padrão divino: (Êx 25.40 - Atenta, pois, que os faças conforme o seu modelo, que te foi mostrado no monte)
A leitura do capítulo 39 e 40 do êxodo, revela que por 17 vezes é mencionado que o tabernáculo foi edificado “como o SENHOR tinha ordenado a Moises”. Além disso, existem 7 outras passagens para ele fazer as coisas segundo o padrão de Deus.
Tudo proveio de Deus e não da imaginação do homem, Deus só pode confirmar com Gloria aquilo que é feito de acordo com o Padrão de sua palavra.
Podemos observar que Moises fez como o Senhor tinha ordenado, (Êx 39.32 – diz que Moises terminou a obra) e (Êx 40.34 – a gloria do Senhor encheu o tabernáculo)

Deus somente pode abençoar e encher um lugar com sua glória (Shekinah) quando este está de acordo com a sua palavra e com o Padrão divino.

Atributos para habitação temporária


A disposição das tribos no acampamento:
‘Acampamento’ – termo militar
Exercito de Cristo
Is 6 – Santo é o Senhor dos Exercitos.
Atualmente nós somos chamados de acampamentos dos Santos (Ap 20.9)
O capitão é Jesus (Hb 2.10)
Os Crentes são os soldados (2 tm 2.3,4)

Deus é um Deus de ordem, e para organizar o exercito, o acampamento precisa estar em ordem.

A primeira ordem é que o tabernáculo de Deus deveria estar no meio do acampamento (Nm 2.17)

As bandeiras do acampamento revelam as visões de Ezequiel 1 e Ap 4.5

O Conceito de Cruz precisa estar mantido para sermos abençoados.
O TABERNÁCULO DE MOISES COMO PADRÃO PARA IGREJA

A Entrada do Pátio (Êx 27.16 e Nm3.26)

1 – Só existe uma entrada, todos tinham que vir ao tabernáculo da mesma forma.

2 – Aqueles que pensavam em pular ou passar por baixo das cortinas, era visto como assaltante ou ladrão.
Ex: Jo 10. 1-10: Na verdade, na verdade vos digo que aquele que não entra pela porta no curral das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Aquele, porém, que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as traz para fora. E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos. Jesus disse-lhes esta parábola; mas eles não entenderam o que era que lhes dizia. Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo que eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens. O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.

Mas por uma Porta, uma entrada, aprendemos:
Jesus é o Caminho, uma só entrada, um só salvador.

A Entrada era larga – Todos os homens podiam entrar – o Desejo de Deus é de que todo homem seja salvo (1 Tm 2.4)
A Entrada era bela – Ex 38.18 - Aquele que buscava refugio no deserto.

A entrada era inconfundível – Era diferente de toda a extensão do muro que a envolvia.

Êx 38.18:
A Entrada Tinha (9 metros) de comprimento (20 côvados), as cortinas (2,25 mts) de altura (5 côvados)

Se multiplicarmos 5 côvados x 20 côvados = 100 Côvados quadrados

Ò Entrada do Pátio       = 100 Côvados quadrados (5x20)
Ò Porta do Tabernaculo = 100 Côvados quadrados (10x10)
Ò O Segundo Véu         = 100 Côvados quadrados (10x10)

Total 300 Côvados: Gideão venceu com Trezentos homens (Jz 7.6), 3 grupos de 100

Enoque, após gerar Metusalem, viveu mais 300 anos e foi transportado para a Gloria de Deus. (Gn 5.21-24)

Mt 13.23 – Uns 30%, outros 60%, mas Deus quer 100%

A cortina de entrada era segura por quatro colunas (Mateus, Marcos, Lucas e João)

Como os Cristãos devem entrar (Salmo 100.4)

Parte do ensino sobre o Tabernáculo de Moíses. Que este breve esboço possa abençoar sua vida.




tabernáculo de Salomão




O Templo de Salomão (no hebraico בית המקדש , Beit HaMiqdash), foi, segundo a Bíblia Hebraica, o primeiro Templo em Jerusalém, construído no século XI a.C., e teria funcionado como um local de culto religioso judaico central para a adoração a Javé, Deus de Israel, e onde se ofereciam os sacrifícios conhecidos como korbanot. 
Intervenção de Davi 
     O Rei Davi, da tribo de Judá, desejava construir uma casa para Jeová (YHWH), onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória ou tabernáculo, existente desde os dias de Moisés. Segundo a Bíblia, este desejo foi-lhe negado por Deus em virtude de ter derramado muito sangue em guerras. No entanto, isso seria permitido ao seu filho Salomão, cujo nome significa "paz". Isto enfatizava a vontade divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem pacífico. (2 Samuel 7:1-16; 1 Reis 5:3-5; 8:17; 1 Crónicas 17:1-14; 22:6-10).
     Davi comprou a eira de Ornã ou Araúna, um jebuseu, que se localizava monte Moriah ou Moriá, para que ali viesse a ser construído o templo. (2 Samuel 24:24, 25; 1 Crónicas 21:24, 25) Ele juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir com 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata, da sua fortuna pessoal. Recebeu também como contribuições dos príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 daricos e prata no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1 Crónicas 22:14; 29:3-7) Salomão não chegou a gastar a totalidade desta quantia na construção do templo, depositando o excedente no tesouro do templo (1 Reis 7:51; 2 Crónicas 5:1).

Aspectos da construção 
     O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de seu reinado seguindo o plano arquitectónico transmitido por Davi, seu pai (1 Reis 6:1; 1 Crónicas 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos. (1 Reis 6:37, 38) Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram ou Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os ao Líbano em equipes de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 dentre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1 Reis 5:15; 9:20, 21; 2 Crónicas 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 550 homens e, ao que parece, 3.300 como ajudantes. (1 Reis 5:16; 9:22, 23)              Salomão mandou entalhar grandes pedras (1Reis 5:15) que eram encaixadas umas nas outras, de forma que não se usavam ferramentas para entalhar na obra (não se ouviam martelos ou instrumentos de ferro na obra).
No templo se utilizava escada tipo caracol para subir aos dois pavimentos superiores (1 Reis 6:8).
      Foi um período extremamente prospero para a nação, neste período Salomão passa a criar cavalos, institui trabalhos forçados para os nativos da terra (cananeus) contrariando a palavra profética escrita no livro de Deuteronomio 17:14 a 17: chegando na terra prometida, buscariam ter reis e nunca poderiam tornar-se semelhantes ao Egito. Este período de prosperidade só foi possivel após as guerras vencidas por Davi, seu pai, conforme relata o prórpio Salomão em 1 Reis 5:3, esta foi a forma de Javé não dar condições para Davi realizar a obra. 
     O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e, evidentemente, 30 côvados (13,4 m) de altura. (1 Reis 6:2) O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados (8,9 m)de lado. (1 Reis 6:20; 2 Crónicas 3:8)
     Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As paredes e o tecto eram inteiramente revestidos de ouro. (1 Reis 6:15, 18, 21, 22, 29) 
     Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício. Anos posteriores. Teria sido pilhado várias vezes e teria sido totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilónia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. Os seus tesouros teriam sidos levados para a Babilónia e tinha assim início o período que se convencionou chamar de Exílio Babilônico ou Cativeiro em Babilónia na história judaica. Décadas mais tarde, em 516 a.C., após o regresso de mais de 40.000 judeus da Cativeiro Babilónico foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo. O rei Herodes, o Grande, querendo agradar os judeus reconstruiu o templo, que foi destruído pelo general Tito em 70 EC, pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica. Hoje o que resta, erguido, do Templo de Herodes é o Muro das Lamentações, usado por judeus ortodoxos como lugar de oração




O Tabernáculo de Davi



TABERNÁCULO DE DAVI


O Tabernáculo de Davi foi tão importante que teve lugar nas profecias bíblicas, tanto na Antiga Aliança, quanto na Nova Aliança. Isso, porque ele teve uma grande relevância no culto e adoração ao Todo-Poderoso Deus. Davi estabeleceu a ordem davídica da adoração.
Deus queria mudar e estabelecer seu modelo de culto. Então, usou Davi para estabelecer a adoração plena, com cânticos, júbilo, adoração, danças, instrumentos e alegria celebrando a Deus sem medida.
Antes de Davi, Moisés levantou a Suká (Tabernáculo) do Eterno. Fez conforme o modelo que Deus ordenou. O Tabernáculo de Moisés estava no Monte Gibeom, esse monte fala da Lei do Sinai. Gibeom significa (Colina Elevada) II Crônicas 1.4; I Crônicas 15.1; Salmo 76.2. Mas, o Tabernáculo de Davi estava sobre o monte Sião, na Cidade de Davi, Jerusalém, de onde ordena a bênção e a graça de Deus para sempre.
Os dois tabernáculos (Sukots) estavam funcionando simultaneamente. O de Moisés no monte servia para realização de sacrifícios diários. No de Davi em Sião era para se estar diante do Eterno Deus constantemente em atitude de louvor e adoração. No Tabernáculo de Moisés realizavam-se sacrifícios de animais manhã e tarde (I Crônicas 16.40-43). Mas no Tabernáculo de Davi tinha sacrifícios de louvor 24 horas.
O Tabernáculo de Moisés tinha pátio, o de Davi não.
O Tabernáculo de Moisés tinha um Véu separando os sacerdotes do sumo sacerdote, separando o lugar santo do santo dos santos, o de Davi não, pois lá todos os sacerdotes podiam estar diante da arca.
O Tabernáculo de Moisés ficou sem a Arca da Presença, o de Davi tinha a Arca da Presença, a Aaron Ha Kodesh (Arca sagrada).
O Tabernáculo de Moisés funcionava com sacrifícios de animais diários, o de Davi com sacrifícios de louvor diário.
No Tabernáculo de Moisés tudo era feito em silêncio, não havia louvor. O Tabernáculo de Davi era um lugar onde havia um Ministério de Música com vários instrumentos (I Crônicas 15.16; 25.1-4; I Crônicas 23.5.
No Tabernáculo de Moisés, somente o Sumo sacerdote podia ministrar diante da Arca uma vez por ano, pois tinha um Véu que separava. O Tabernáculo de Davi colocou os levitas diante da Arca para ministrarem diante do Eterno (I Crônicas 16.4,37). Havia o tabernáculo Real, do trono de Davi e o Tabernáculo Sacerdotal, da Arca. Ele é tanto Rei como Sacerdote. O Tabernáculo real se une ao Tabernáculo Sacerdotal, formando o Tabernáculo perfeito para Deus.
O Messias Jesus é o nosso tabernáculo. Ele é a representação do tabernáculo eterno. Ele mesmo disse em João 14.6: (Eu Sou O caminho, a Verdade e a Vida)”. Jesus é o átrio do tabernáculo, ele é o Caminho (Ha Derech). Jesus é o altar, ele é a Verdade (Ha Emet).
E Jesus é o lugar Santo, onde está a Arca, ele é a Vida (Ha Chaim). No caminho é onde caminhamos, louvamos, adoramos, mantemos comunhão. Muitos podem estar no caminho, mas ainda não encontraram a verdade. Podemos conhecer a verdade, ser livres, participarmos do altar, sermos purificados, mas precisamos ter vida, a presença do Pai e seu Espírito pleno em nós. Somente quando saímos do altar e entramos no lugar Santo é que podemos nos achegar sem o véu que põe limites e estar diante da Arca da presença, adorando o Pai em Espírito e em verdade (João 4.24)
A palavra Shahah no hebraico significa adorar, prostrar-se. Significa reverenciar, honrar, prestar homenagem e devoção a alguém. Adorar em espírito e em verdade é o tipo de adoração que não foi elaborado pelo homem e pela religião. Não depende de lugar, de objetos, de ritos. Mas provém de um coração regenerado e redimido, cheio de amor, devoção, adoração e vontade de agradar a Deus. É uma adoração livre, sem barreiras, de forma espiritual, conduzida pelo próprio Espírito de Deus. E é uma adoração verdadeira, que não é exterior, legalista ou formal, mas que vem de um coração quebrantado e contrito diante do Eterno (Salmos 51.17).
Jesus e os discípulos, também a igreja do primeiro século celebravam as festas do Senhor. As festas bíblicas continuavam como forma de gratidão, expressão de alegria e louvor ao Deus de Israel. Não era diferente com Hag Sukot, a Festa dos Tabernáculos. Eles celebravam como atos proféticos relacionados ao Messias.
No Evangelho segundo João, capítulo 7, versículos 37-39 relata a participação de Jesus na Festa dos Tabernáculos.
37 E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. 38 Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. 39 E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado.
O último dia da festa dos tabernáculos, que era o sétimo dia, era chamado de Hoshana Rabbah (o Grande dia, “Salva-nos”). Era uma oração messiânica clamando a Deus pela vinda do Messias Salvador. O último dia da festa era o mais especial. O sacerdote vinha com uma bacia cheia de água tirada do tanque de Siloé (Shiloach), que significa o Enviado. Ele levava até o Sumo-sacerdote diante do Altar, e este derramava a água junto ao altar, enquanto soava o toque do Shofar, música, dança e Salmos de alegria e louvor a Deus. A água representava a chuva de Deus e o derramamento do Espírito Santo. Algumas comunidades começavam a derramar água uns nos outros na festa dos Tabernáculos.
Com a vinda de Yeshua Ha Mashiach (Jesus, o Ungido) o tabernáculo de Davi foi restaurado. A adoração diante de Deus com júbilo, alegria, palmas, danças e louvor diante da Arca Sagrada, que é a presença de Deus foi restaurado (1 Cr 16.4-38). A ordem de adoração de Davi veio sobre nós, de forma que podemos ministrar ao Senhor sem barreiras, pois não existe mais o véu que separa-nos da presença de Deus. O que Deus restaurou no Tabernáculo de Davi nos últimos dias?
a) Sacrifícios de júbilo (Salmos 27.6)
b) Ações de graças (Salmos 116.17)
c) Sacrifícios de louvor (Salmos 51.17 / Salmos 50.23)
d) As Festas do Senhor (Salmos 42.4)

A profecia de Amós 9.11, confirmada em Atos 15 foi cumprida com a vinda de Jesus e sua morte na cruz. O louvor a Deus tornou-se mais vivo, pois há motivos de alegria e júbilo, pois o Hoshana Rabbah foi cumprido, Yeshua veio e nos salvou, por isso estamos em festa!!! HaleluYah!!!
Somos tabernáculos, você é tabernáculo do Deus vivo. Deus não prometeu a restauração do templo, pois sempre habitou em tendas. Deus gosta de Tabernáculos porque uma adoração em espírito e em verdade não depende do templo, mas do tabernáculo. Somos o tabernáculo de Davi restaurado, a Igreja e congregação de Deus. Seu corpo é templo do Espírito para abrigar a Arca da Sua Presença! Adoremos a Deus no corpo, com expressões de louvor, na alma, com coração quebrantado e contrito e, no espírito, cheios da presença da Shekinah do Eterno, que nos leva para mais perto dEle e nos faz agradáveis e aceitáveis à Sua presença.
O tabernáculo de Davi é você e eu. E juntos, permaneceremos na celebração da vida, da graça, da salvação, do milagre, do livramento, da salvação e das bênçãos recebidas do céu.



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