sexta-feira, 27 de março de 2020

Contexto e texto do período dos juízes



                                             


                                 CONTEXTO  HISTÓRICO


            Logo após a morte de Josué, em torno de 1200 AC.( Josué 24 ), as tribos ficaram sem uma liderança que pudesse unir as forças para se protegerem da ofensiva dos povos vizinhos como os filisteus, midianitas, amonitas, cananeus entre outros.

Em função da ocupação das terras em Canaã pelos hebreus, eles ainda conviveram muito tempo com esses povos vizinhos e começaram a serem influenciados culturalmente e religiosamente por estes. 
A partir desta convivência com estes povos vizinhos, os hebreus começaram a se afastar de Deus, e começaram a entrar num ciclo chamado de ciclo do pecado, onde neste momento, Deus começou a levantar e a estabelecer juízes. 
O período dos juízes, corresponde a mais ou menos três séculos de história.

O povo passou por mais de três séculos nos quais, “não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” ( Juízes 17.6; 21.25 ). Durante este período, o povo vivia da seguinte forma:

1º) O povo obedecia a Deus durante um tempo
2º) Em seguida afastavam-se dele
3º) Por causa da desobediência, Deus permitia a opressão pelos inimigos;
4º) O povo se arrependia e clamava pela libertação;
5º) Deus levantava juízes para livrar o povo das mãos do inimigo;
6º) O povo depois do livramento servia a Deus

Este ciclo do pecado, virá se repetindo ao longo da história desse povo, passando pelo período da monarquia, até culminar no exílio.

                                                         OS JUÍZES


            Os juízes eram homens e mulheres carismáticos, levantados e estabelecidos por Deus para libertarem o povo da opressão e escravidão dos inimigos. Eram pessoas tementes a YHWH, marcadas por uma forte personalidade, capazes de se imporem moralmente perante as tribos. Eles também tinham a função de julgar. Foram ao total, doze juízes, sendo que eles eram classificados como:


1º) Juízes Maiores – Carismáticos ou salvadores:

 Otoniel ( 3.7-11 )
 Eúde ( 3.12-31 )
Débora e Barac ( 4.1-5,32 )
Gideão ( 6.11-8,35 )
Jefté ( 11.1-40 )
Sansão ( 13.1-16, 31 ).

1º) Juízes Menores – Estatais:

 Abimeleque ( 9 )
Tola ( 10.1-2 )
Jair ( 10.3-5 ) 
Ibsã ( 12.8-10 )
Elon ( 12.11-12 ) 
Abdon ( 12.13-15 ).

                                                       OS TEMAS PRINCIPAIS

O livro de juízes é rico em narrativas, vejamos alguns temas principais desenvolvidos ao longo da história dos juízes:

1º) A continuação da história da vida dos Hebreus na terra prometida
2º) A apostasia dos Hebreus em relação à aliança com Deus e a opressão resultante nas mãos dos inimigos
3º) A idolatria praticada pelos Hebreus junto com os povos cananeus
4º) Deus mostra que ele é o único Deus verdadeiro e juiz
5º) O declínio da condição espiritual dos juízes
6º) O poder da fé e da oração ( Hebreus 11.23,33 )
7º) A difícil relação entre as tribos, que irão resultar posteriormente na divisão em dois reinos no período da monarquia;

                                    VALOR HISTÓRICO DO LIVRO DE JUÍZES

O livro de juízes, é considerado como um “livro histórico” da bíblia, segundo o modo de se relatar a história naquele tempo. O livro nos fornece um precioso quadro geral do modo de vida das tribos de Israel após a sua instalação em Canaã, relatando sobre a vida política, social e religiosa daquele povo. O livro também nos revela o declínio espiritual e moral daquelas tribos, após se estabelecerem na terra prometida. Este registro deixa claro os infortúnios que sempre ocorriam ao povo Hebreu quando eles se esqueciam do seu concerto com Deus e buscavam a outros deuses, praticando a idolatria e a devassidão.

                                                        VISÃO TEOLÓGICA

O livro de juízes nos apresenta um olhar teológico de como Deus acompanha o seu povo ao longo da história concreta, mesmo no meio dos mais graves acontecimentos, como as guerras contra os povos inimigos. Em função da desobediência e da idolatria, vem o castigo, que aparece nas derrotas perante os povos estrangeiros; de depois a vitória, mediante os intermediários do Senhor, os juízes “salvadores”.

Resumindo, a ideia teológica que ressalta deste livro é, pois, a imagem que um povo livre tem de Deus, que o acompanha para o libertar após o seu arrependimento.


quarta-feira, 18 de março de 2020

AMOR E CELEBRAÇÃO

    " NOSSO AMOR POR DEUS SÓ SE TORNA COMPLETO QUANDO DESEMBOCA NA CELEBRAÇÃO "

Estava eu assistindo "the send" e o líder de uma das bandas de louvor soltou a frase acima.
Foi uma frase que chamou-me a a atenção,pois estudo muito sobre essa disciplin da celebração,e sei quais os pilares de uma celebração,assim cheguei á conclusão que muito do nosso dito amor por Deus é incompleta e que muito da nossa chamada celebração é superficial por não possuir os pilares que a faz verdadeira,pois a celebração verdadeira jamais é individual,ela é uma disciplina orgânica.
Vejamos algumas colocações :
Uma celebração verdadeira e profunda deve partir de um grupo cuja vida pessoal dos seus membros seja carregada de 4 bases :
1. Uma vida de oração
Tenho acompanhado algumas ditas celebrações,mas realizadas com pessoas que não gostam de orar,mas a questão nem é gostar de orar,mas a necessidade de orar,pois se Deus é o fundamento da nossa celebração,como vamos celebrar a quem não conheçemos?No mínimo soará estranho essa celebração,pois o fundamento poderá perguntar: O que esses estão fazendo?Não me agrado disto,não é o que me agrada,esse povo nem sabe qual é a minha vontade,não sabe dos meus desejos.
A oração é o único meio que nos leva a esse território espiritual inexplorado,é a central avenida da atuação de Deus e a oração é criadora dessas avenidas.
Quem quer celebrar de verdade,busca antes de qualquer coisa a oração,pois ela produz raios do amor de Deus e sem ela produzimos nossos raios que nada fazem e são enganos.
A oração é o principal negócio de quem anda com Deus (Marcos 1:35,Salmo 63:1.
Vemos na vida dos homens que celebravam a Deus a importancia desse pilar em suas vidas:
Lutero : " Não posso fazer nada sem pelo menos 3 horas de oração "
Wesley : " Tudo que Deus faz é resposta de oração "
Para estes homens oração não era apenas um hábito,mas a vida deles,pois a celebração começa com uma vida de oração,na verdade é a oração que nos levará à uma celebração verdadeira.
Orar é algo que deve ser aprendido,pois João ensinava seus discípulos,Jesus ensinou também(Lucas 11),então temos que decidir aprender,pois muitos acham que sabem orar,mas o próprio Paulo fala em Romanos 8 que não sabemos.
Aprender a orar só é possível com Jesus,pois Ele sendo a personificação do transcendente sabe o que o Pai gosta,aprendemos com sua palavra.
É tão interessante o uso da expressão " se for da tua vontade " usada por Jesus ao orar,tão diferente das nossas ordens dadas a Deus as quais chamamos de oração.
A oração é para o cristão o que a pesquisa o é para a ciência.Orar é pesquisa original na Escola do Espiríto,é a mola mestra para que celebremos independente de circunstâncias.
Para celebrarmos precisamos aprender a abençoarmos os outros primero com a oração.Ela é a quietude que ensina quem é Deus e que nos levará a explosao da celebração,depois desse conhecimento.
Se a celebração é o complemento do nosso amor por Deus,esse amor deve começar na oração,pois quem não tem amor para orar,seu amor para celebrar é falso ou vazio.
Este ítem estabelece a diferença entre celebração e celebração
Nesse processo de aprendizagem caímos no erro de complicar a oração,levando ao perigo de dependermos de pessoas que já aprenderam e isso é serio,pois a oração é a relação de Pai e filho e não podemos ser isso na vida das pessoas,cada uma tem que aprender,logo como seria uma celebração com pessoas que não sabem ou não tem essa relação?
Imaginem um grupo de pessoas celebrando onde uma pequena parte sabe dessa relação pai e filho e uma grande maioria não sabe?Com isso soa aos ouvidos de Deus?
Imagine um monte de meninos gritando(celebrando) Pai.Pai.Pai e voce detectar quem é filho e quem não é.... no mínimo essa celebração é uma grande confusão já que não há identidade nem intimidade.
Criança tem muita imaginação,conversa com facilidade,pensa no imediato,logo somente a oração trará esse amadurecimento
2. Uma vida de meditação
Quase todas as coisas ditas espirituais são precedidas de um prelúdio.
O prelúdio da oração é a meditação.pois se orar é ouvir,ouvir e ouvir,precisamos vencer uma das estratégias mais eficazes do diabo: ruído,pressa.
Em tempos de coronavírus precisamos aproveitar a proibição de aglomeração a cultura do chamado "silencio recriador",que desenvolve o interior contemplativo.
Meditação não é cultura oriental mas cristã,a Igreja apenas abandonou essa prática de silencio para ouvir ( Gênesis 24:63,Salmo 63:6,Salmo 119:148,Salmo 1:2,Apocalipse 1:10 ).
Enquanto o oriental apenas esvazia a mente,o cristão esvazia e enche com o que ouve de Deus(Lucas 11:24-26).
O que mais atrapalha ouvirmos na oração,é porque não queremos em nosso imediatismo nos prepararmos para ouvirmos: esperarmos em Deus não é ociosidade.
Os quakers desenvolveram em suas comunidades os chamados "silencios para ouvir",pois a meditação produz discernimento,instrução e orientação,prática básica para se conhecer o que Deus quer e o que O agrada.Eles diziam :"O que fazemos com os outros é resultado da nossa quietude do coração".
Se a meditação não produzir mudança interior ,está em curto circuito.Meditação é a comunicação entre o  amante e o amado e não uma exploração do subconsciente.
Por não ouvirmos Deus somos levados à uma celebração tereceirizada,onde alguém determina como devemos celebrar,e como não ouvimos Deus vamos nessa celebração robotizada e mecânica,com mensagens de segunda mão ( Ex 20:19 ).celebrações com mediadores não exigem mudanças interiores e pessoais.
Odiamos o "ócio santo",que é a capacidade de estar em paz,descansar,separar-se para desfrutar somente de Deus,vencendo o racionalismo e contemplar um vazio de imagens

3. UMA VIDA DE JEJUM
O jejum não é causa,mas consequência.
Um ócio santo,regado à oração irá nos levar a uma abstinência natural.
João Wesley : "Uns exaltam o jejum além das escrituras,outros menosprezam o jejum"
De 1861 a 1994 nenhum livro foi escrito sobre por causa de práticas ascéticas da idade média,propaganda do século passado,que se não houvesse 3 refeições ao dia morreríamos,assim o jejum se tornou um absoleto,por ser visto como prejudicial a saúde..
Os heróies bíblicos jejuaram,os pais da igreja jejuaram,os cristãos históricos jejuaram e até ímpio sabe do seu valor,
Há uma variedade de tipos de jejuns nas escrituras,inclusive ele é visto como um mandamento no Sremão do Monte,ligado ao dar e a orar.
Nã há muita orientação como fazê-lo mas Jesus em vários textos coloca como necessário quando o noivo está ausente,pois o jejum é visto por Jesus como um hábito maior do que dar dinheiro,assim Mateus 6:16-18 mostra como se deve usar as coisas para nossos fins é errado,assim o centro e o foco do jejum não é minha pessoa mas Deus,o meu amado,o meu noivo.
De acordo com Jesus o jejum não deve ser iniciado por mim mas ordenado por Ele.Em Lucas 2:17 refere-se a cultuar em jejuns,amado Aquele que abençoa e não as bençãos.
Observe como o jejum mostra quão distorcida está a celebração,pois seu foco está tudo menos Deus,pois o primeiro teste se o foco está correto é o jejum,pois ele revela aquilo que nos controla,mostra o equilíbrio da vida.
A liberdade vem com a disciplina

4 UMA VIDA DE ESTUDO
Fechamos esse primeiro pilar com essa disciplina:estudo
A celebração não pode ser fruto de uma ignorância,pois não somos máquinas e nem animais irracionais.Para que essa fortaleza de pensamentos errôneos e diabólicos sejam quebrados da mente,precisamos renová-la,aplicando o que a transforma.
A meditação,a oração torna-se infrutífera se a mente não for preenchida por pensamentos bíblicos,isso irá qualificar a celebração.
João 8:32 mostra que é básico que somente através de conceitos bíblicos teremos liberdadde para celebrar,pois a ignorância escraviza.
Precisamos ter conceitos corretos de Deus,isso irá fazer a celebração ser extravagante.
O Novo Testamento substitui os "umbrais" pelo "coração",que seriam hábitos formados que se conforma com a palavra .
Enquanto que na meditação e na oração  saboreiamos Deus,o estudo explica Deus e juntas mostram a realidade de uma situação.
A celebração não é um hábito na nossa vida,porque nos falta conceitos corretos de Deus,que regulem esse hábito de celebração,tornando-a um comportamento.
A repetição desses conceitos irá esmiuçar fortalezas e sofismas do inimigo em nossas mentes,para que haja essa transformação será necessário concentração para potencializar essa transformação.
Uma vez a Missionária Ediméia pregou afirmando que muitos Aleluias e Glórias a Deus de cristãos são como caixas de presentes vazias ou seja sem conteúdo.O que faz a celebração ter conteúdo e sentidosão conceitos corretos de Deus,se não será apenas barulho(caixas de prea realidade interior sentes vazias).
Mas a concentração sem a reflexão não determina o significado,é o rulminar que traz a realidade interior e perspectivas de Deus,juntando essa reflexão à humildade que nos leva a submetermo-nos,checando os conceitos como alunos e não como professores.
Todo aquele que tem conhecimento e não acúmulo de informações submete-se

terça-feira, 17 de março de 2020

O QUE O MEU MILAGRE TEM

  •                                          O QUE O MEU MILAGRE TEM ( Gêneses.22:1-19.)
                                         Rev. Abirailto

                                                      INTRODUÇÃO


O que é milagre para você ?

Você acredita em milagres ?

Você já experimentou algum milagre em sua vida, ou de sua
família ?

Você acha que nos nosso dias tem espaço para milagres ?

                                                     ELUCIDAÇÃO

.Autoria de Moisés, compõe um dos cincos livros do Pentateuco.
.Escrito por volta do século XV,a C., narra a história da criação bem como a sequência da mesma, promessas a um povo que se perpetuaria através de sua descendência.
.Os princípios e leis que serviria de pano de fundo e de base para a sociedade da época até nós
hoje.
.História do patriarca Abraão que muito tem a nos ensinar, de como vivermos uma vida na total dependência de Deus,vivenciando os seus milagres .

TEMA : O MEU MILAGRE TEM :

1. TEM NOME : ISAQUE ( VS 2 )

. Isaque era o milagre de Abraão e Sara.

. Ele é um milagre desde a sua gestação

.Ele foi o menino improvável diante de todas as impossibilidades.

❖ Seu pai, cem anos, a mãe noventa anos 

❖ Não teve cegonha, teve namoro, relação sexual, prazer e fecundação,(Gn.18:12, 21:1-7).

❖ Porque muitos não recebem o milagre ?

   .Porque idolatram o seu Isaque, mas do que o Deus de Isaque 

   .Deposite seu Isaque no altar do Senhor, Ele é maior do que Isaque, pois Ele é quem o fez.

❖ Abraão precisava de um milagre na vida de Isaque, por isso ele o devolveu para o Senhor.

2. TEM ORIGEM : DEUS ( VS 1 )

❖ A origem do milagre é Deus, tudo começa n'Ele.

❖ Os homens acham que podem operar milagres, por isso essa balbúrdia que vivemos em nossos dias, o homem querendo tomar o lugar de Deus.

❖ Homens simulando milagres para se aparecerem como super-espirituais, tudo isso para roubar a consciência dos fieis.

❖ Quando Deus apareceu a Abraão e lhe pediu o único filho, Abraão não tinha duvidas de que quem o fez ser pai com cem anos, poderia livra-lo de qualquer coisa .

❖ Para muitos a origem dos seus milagres é a placa denominacional, líderes, lugares etc., a dos meus milagres continua sendo Deus e assim será para sempre,(Rm.11:33-36).

3.  TEM DESTINATÁRIO ( VS 7-8 )


❖ O milagre não acontece por acontecer, tem destinatário,um alvo.

❖ O texto deixa claro que o destinatário do milagre era a família de Abraão .

❖ Aquela família acreditou no milagre, não percebemos nenhum fazendo escândalo , quando o Senhor requer para si o sacrifício de Isaque, (V.1-8).

❖  Os milagres do Senhor não são para satisfazer o ego de ninguém, é para a glória do próprio Deus, na vida daqueles que creem em seus milagres, não importam as circunstâncias .

❖ Muitos confundem milagre com satisfação pessoal, de ego, com a concretização de um pedido.

❖  "O milagre acontece quando o que eu quero não acontece." (Pr. Bira)

❖Às vezes oramos por uma cura, uma situação de prova etc, e não vem, onde está o milagre nisto ? 

      .Quando eu não murmuro, não reclamo , não desisto, mas permaneço firme no Senhor

      .O milagre de aceitar a vontade do Senhor, mesmo na dor, sabendo que ela é boa, perfeita e agradável, esse milagre da compreensão de que todas as coisas cooperam para o nosso bem que amamos ao Senhor em todo tempo,(Rm.8:28, Rm.12:1,2).

❖ Vivemos a geração do imediatismo, principalmente na área emocional

     . (tem meninos e meninas que esperam e esperam, ai quando o milagre está a caminho joga tudo pelos ares e caem calabouço do diabo, no laço, aí se frustram, pois pegam o primeiro a primeira que aparece com uma conversa bonita, desobedecendo a palavra.)

       ❖ A solução casamento,pois casamento não perdoa pecados.A solução é o arrependimento. 

4. TEM SELO DE VALIDADE :O CORDEIRO ( VS 13-19 ) ( Hb. 9:1-28,10:1-18).

❖ Ei o selo de validade é o que carimba que algo tem valor, é confiável para o consumo, uso , por um certo período, etc, (ex. O imetro, Anvisa ).
❖ O selo de validade do milagre de Abraão foi o cordeiro, e o dos cristãos é o cordeiro substituto,(V.13).
❖ O maior milagre é o da salvação, e tudo isso porque o cordeiro substituto nos substituiu na cruz do calvário, tendo em vista que não tínhamos como pagar por este milagre,(Cl.2:13-15, Hb.10:11-14).
❖ ❖ O selo de validade dos milagres dos servos do Senhor é para a eternidade, a data da nossa validade , eternidade,eternidade, eternidade, eternidade.
❖ O Deus que nós servimos nos garante , que o nosso milagre tem selo da garantia , de validade, (Hb.13:8).
❖ Somos desafiados a vivermos esse Deus intensamente todos os dias de nossas vidas, quando encerrar aqui na terra lá no céu vai continuar, só que lá sem choro, sem lágrimas, sem perseguições, sem falsidade, sem hipocrisia , sem artrose, sem câncer, sem morte, sem saudades, etc. 

                                                   CONCLUSÃO

O QUE É PRECISO PARA O MILAGRE ACONTECER?

1. OBEDIÊNCIA (VS 1-3)
❖ Quem quer milagre precisa aprender o princípio da obediência, da submissão a vontade de Deus,(V.1-3).
❖ Precisa aprender que obedecer é melhor que sacrificar.
❖ Precisa aprender que quem não obedece, comete o pecado da rebeldia, que o faz pior que feiticeiro,(1aSm.15:22,23). 

2. RENUNCIA (VS 1-2)
❖ Quem não aprendeu a renunciar, não terá como vivenciar os milagres de Deus em suas vidas.
❖ Abraão vivenciou os milagres de Deus no seu cotidiano,porque o seu cotidiano era de renuncia por amor a Deus, e você está disposto,(Mt.16:24-28, Lc.9:62).
❖ Uma vida de renúncia é uma vida de negação diária, negar a suas vontades, caprichos e achismos todos os dias para viver a vontade de Deus,(Gl.2:19,20). 

3. ESPERANÇA ( VS 4-6)
❖ É impressionante a esperança deste servo de Deus, quando chegando ao lugar, ele diz para os seus servos, fiquem aqui,que eu vou com o rapaz e voltaremos(V.4-6).
❖ Qual o nível de nossa esperança ?
❖ Até que ponto a sua esperança te leva a esperar o milagre na certeza que acontecerá,(V.6-8).

4. FÉ ( VS 7-11 ) 
❖ É interessante o que ouvimos de algumas pessoas,quando questionadas acerca da fé : “ eu tenho muita fé, a minha fé é muito grande etc, será que é verdade ?
❖ É mentira, pois a Bíblia diz que se tivermos fé do tamanho de um grão de mostrada faremos algo extraordinário,(Mt.17:20).
❖ A fé de Abraão foi o suficiente para contemplar o milagre de Deus em sua casa , a nossa é ?
❖ OBS. Você tem fé o suficiente para esperar o seu milagre seja em qual área for ? 

5. TEMOR AO SENHOR ( VS 12-14)
❖ Amados como é impressionante a afirmação de Deus,agora sei que temes a Deus, Deus sabia que Abraão iria obedecê-lo?, sim, mas ele queria que ficasse registrado para todos nós, que é possível temê-lo em circunstâncias extremas,(V.12).
❖ Temer aqui é submeter em obediência, subserviência total independentemente que lhe poderia acontecer,(V.12).
❖ Quem teme a Deus experimenta dos seus milagres,(V.13-19).
❖ A desobediência, o imediatismo é reflexo da falta de temor a Deus, esses vão viver sem experimentar os milagres do Senhor em suas vidas 

❖ Você acredita em milagres, então coloque algo em seu coração, não importa a situação, as circunstancias da vida , continue esperando no Senhor pelo seu milagres, a você
só lhe cabe fazer o que a Bíblia manda, creia nas promessas do
Senhor para a sua vida e verás a glória de Deus.( Lc.1:37)







    

Maçonaria

                                               Maçonaria


.Causa da primeira divisão da IPB,e se exigiu um posicionamento.
.Motivo de debate até hoje na denominação
.Maçonaria e Igreja são incompatíveis

. IPI é fruto desse assunto
. A denominação recomendou,mas nunca proibiu
. Por haver coisas questionáveis
. Na análise de membros se alguém for maçom não pode ser membro
. Hernandes sendo processado por um maçom
. Há um número grande de maçons 

Quando se pede para falarem dizem que não podem falar
Quando falamos afirmam que é mentira
Quando um ex maçom fala dizem que não é verdadeiro ou confiável

Fonte documentos oficiais,relatórios de outras denominações e experiencia pessoal
A maçonaria não é uniforme ( tem potencias) mas há muita coisa se tem em comum

OUTRAS DENOMINAÇÕES 

. Ela é incompatível ( 2 Corintios 6:14 ),vinculação por juramento
. Estudos abertos para as igrejas
. Perigo para os cristãos ( metodistas da  Inglaterra )
. A maçonaria nega a Trindade,Divindade de Cristo,Universalismo,nega a Obra Vicária de Cristo (Igreja Cristã Reformada ),Bíblia não é a palavra de Deus,logo é incompatível,não devem ser aceitos e excluídos quem for
. Igreja Luterana recomenda não tornar-se maçom e não pode participa da maçonaria
. Igreja Ortodoxa Presbiteriana declara a incompatibilidade da dupla membresia
.Igreja Presbiteriana da América recomenda o abandono
. Convenção Batista declara ser incompatível
INFORMAÇÕES CONFIÁVEIS?

. Afirmas que não há e desconsideram todas as fontes
. Mas são livros que podem ser adquiridos
. Rito escocês pode ser adquirido
. Maçons que abandonam vendem no sebo
. Há escritores autorizados pela maçonaria

ACUSAÇÕES INJUSTAS OU JUSTAS CONTRA A MAÇONARIA

. Uma sociedade secreta
. Os juramentos de lealdade,segredos etc...
. Banalização dos símbolos
. Machismo e elitismo ( negros e mulheres)
. Fraternidade elitista
. Culto ritual satânico (bruxaria)
 - G.A.D.U. o Deus da Maçonaria (Grande  Arquiteto do Universo do Universo)
 - Definição vaga de Deus
 - Alguns relatórios apresentam esse nome como um demônio
 - Maçonaria é uma religião ( tem um deus,tem uma bíblia,tem leis,pactos,rituais,orações)
     - Não são apenas aspectos religiosos
- Ninguém pode ser maçom e crente ao mesmo tempo
- A igreja tem trabalho suficiente,nã é necessário entrar na maçonaria para trabalhar

PERGUNTAS

CONCLUSÃO

- É uma ordem religiosa?
  ´Evidências externas que sim
   . Templos,orações à divindade.altar,sujeição ao grão mestre,livros,juramentos,rituais
   . Tem pena,tem bico e pata kkk é o que?
   . Tem teologia
  Evidencias internas que sim
   . 33 graus
   . Cultuar a Deus e cultivar a espiritualidade
   . Livros deles mostram isso
   . Arco real ( lugar sagrado da terra.... )
   . Horário porque?( ignorância espiritual)
   . Rituais estranhos que são religiosos
   . Conceitos de deus ( energia,faraó,papa,vedas,orígenes)
   . Biblia não é a palavra de Deus
   . Jesus misturado com outras religiões (iluminado apenas )
   . Salvação pelas obras,nega o pecado original,homem tem poder para se salvar

INCOMPATÍVEL

. Símbolos de fé não são aceitos
. Juramentos ilegítimos
. Bíblia igual a qualquer livro
. Único Deus é G.A.D.U.
. Todo culto é absolutista
. Cristo não é o único que salva

segunda-feira, 16 de março de 2020

Sermão Expositivo O Vale da Dor Mateus 26:36-46

                                      INTRODUÇÃO

1. O vale da dor é incontornável. Todos passamos por ele.
Todos sofremos.
2. Jesus também teve o seu Getsêmani. O jardim do Getsêmani
fica no sopé do Monte das Oliveiras, pois ali existia muitos olivais. Getsêmani
significa lagar de azeite, prensa de azeite.
3. Por ser um aparato destinado a receber os frutos da
oliveira, para transformá-los em óleo, produto de muitas utilidades, o dito
aparato era instalado mesmo no interior do jardim das Oliveiras.

4. Foi neste lagar de azeite, onde as azeitonas eram
esmagadas, que Jesus experimentou o mais intensa e cruel agonia. Ali sua vida
foi moída. Ali foi esmagado sob o peso dos nossos pecados. Ali seu corpo foi
golpeado. Ali suou sangue. Ali enfrentou a fúria do inferno, o silêncio do céu.

        I. O PRELÚDIO DO VALE DA DOR

1. Olhe pela janela dos quatro evangélicos e veja que noite
fatídica foi aquela para Jesus.
2. Lá estava Jesus, com os doze discípulos, celebrando a
Páscoa
a) Ele ensina a eles a humildade, lava-lhes os pés;
b) Ele aponta o traidor, e este sai na escuridão daquela
noite para o trair;
c) Ele lhes dá o novo mandamento;
d) Ele avisa a Pedro “Nesta noite, antes que o galo cante,
tu me negarás três vezes”.
e) Ele lhes consola: “Não se turbe o vosso coração…”
f) Ele ora por eles (Jo 17).
3. Saem de noite, do Cenáculo, na noite da trama, da
armadilha, dos acordos escusos, do suborno traidor, na calada da noite. O
sinédrio está reunido na surdina, urdindo planos diabólicos, subornando
testemunhas, comprando a consciência fraca de Judas.
4. Saem do Cenáculo apenas em 11. Judas não voltou. Descem o
Monte Sião. Cruzam o Vale do Cedrom. Entram no Getsâmani. Era noite. Dos 11 que
o acompanham, 8 estão ficando para trás. E parece que por ordem dele:
“Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar.”
5. Continua Jesus caminhando, mas agora, somente com 3. A
angústia toma conta de sua alma. A morte, o salário do pecado, o acossa. “A
minha alma está profundamente triste até a morte”.
6. Os 3 ficam também para trás. Ele agora segue sozinho.
Ajoelhou-se o Senhor do céu e da terra. Ajoelhou-se o Rei do Universo.
Ajoelhou-se o Deus encarnado.
Prostrou-se com o rosto em terra – humilhou-se.
Ora intensamente, numa luta de sangrento suor.
O anjo de Deus vem consolá-lo.
Judas capitaneia a súcia, a turba maligna.
Os inimigos caem. Cristo se entrega voluntariamente.

II. AS MENSAGENS DO VALE DA DOR

1. No Vale da dor enfrentamos profunda tristeza – v. 38

No Getsêmani da vida você terá tristeza. Sim, se Cristo
passou pelo Vale da Dor, nós também passaremos. Vida Cristã é um vale de
lágrimas. Temos alegria do céu, mas cruzamos também os vales da dor. Passamos
por desertos esbraseantes, por ondas revoltas, por ventos contrários, por rios
caudalosos, por fornalhas ardentes.
Jesus também teve tristeza e não foi só no Getsêmani:
a) Ficou triste com a morte do seu amigo Lázaro – e essa
tristeza levou-o também a chorar. Quantas vezes você já ficou triste e chorou
pela morte de um amigo, de um ente-querido?
b) Ficou triste e chorou sobre a cidade de Jerusalém – Jesus
chorou ao contemplar a impenitente cidade de Jerusalém, assassina de profetas,
rebelde. Ele disse: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedrejas os
que te foram enviados, quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a
galinha ajunta os seus filhotes, mas tu não o quisestes”. Quantas vezes você já
chorou por um parente ou amigo que se recusou a crer em Cristo até a hora da
morte?
c) Ficou triste no Getsêmani – Agora, entre a ramagem
soturna das oliveiras, sob o clima denso da trama, e peso da cruz Jesus
declara: “A minha alma está profundamente triste até a morte”.
d) Por que Jesus estava triste?
1) Era porque sabia que Judas estava se aproximando com a
turba assassina?
2) Era porque estava dolorosamente consciente de que Pedro o
negaria?
3) Era porque sabia que o Sinédrio o condenaria?
4) Era porque sabia que Pilatos o sentenciaria.
5) Era porque sabia que o povo gritaria infrene: Crucifica-o?
6) Era porque sabia que o povo escolheria a Barrabás e o
condenaria?
7) Era porque sabia que seria açoitado, cuspido e humilhado
pelos soldados romanos?
8) Era porque sabia que os seus discípulos o abandonariam na
hora da morte? NÃO!!!
A tristeza de Cristo era porque sua alma pura, estava
recebendo toda a carga de todos os nossos pecados. Na cruz Deus escondeu o
rosto do seu Filho. Ali ele foi feito pecado e maldição. Ali ele clamou: “Deus
meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
Até o sol escondeu o rosto de Jesus, e as trevas cobriram a
terra.
Jesus foi traspassado, moído. Na cruz ele desceu ao Hades.
Ali ele entristeceu-se porque sorveu sozinho o cálice da ira
de Deus. Só pagou o preço da nossa redenção. Sofreu só, sangrou só, só morreu!
Como você tem enfrentado o seu vale de dor, o seu Getsêmani?

2. O vale da solidão- v. 39

No Getsêmani da vida, no vale da dor, muitas vezes, você
sofrerá sozinho.
Nesta hora Jesus buscou dois refúgios: a solidariedade
humana e a vontade divina. Na solidão precisamos de a) Comunhão Humana; b)
Comunhão com Deus. Jesus pediu a presença dos 3 discípulos com ele. Jesus não
pede nada, nem quer ouvir nada deles, mas pede a presença deles. Paulo também
prediu que Timóteo fosse ter com ele e levasse João Marcos. Na hora da solidão,
precisamos de gente e precisamos de Deus!
a) Muita gente há havia abandonado a Jesus (Jo 6:66).
b) Seus discípulos o iam abandonar agora (Mt 26:56).
c) Pior de tudo, na cruz ia gritar: “Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste?” – As multidões o deixaram. Os discípulos o deixaram.
Agora é desamparado pelo próprio Pai.
d) Muitas coisas disse Jesus às multidões. Quando porém,
falou de um traidor, foi apenas para os 12. E únicamente para 3 desses 12 é que
ele disse: “A minha alma está profundamente triste até à morte”. E por fim,
quando começou a suar sangue, estava completamente sozinho.
e) Quando Paulo estava no seu Getsêmani, na prisão romana, à
beira do martírio, disse: “Todos me abandonaram. Na minha primeira defesa ninguém
foi ao meu favor. Mas ali viu sua coroa.
f) Quando João foi exilado na Ilha de Patmos, passou pelo
seu Getsêmani sozinho, mas ali Deus lhe abriu a porta do céu.
g) Quando Jó foi abandonado pela sua mulher, e acusado pelos
seus amigos, pode ver a Deus face a face.
h) Como você tem enfrentado a sua solidão?

3. O vale da oração – v. 39,42,44

Quando passamos pelo Vale da dor, muitos murmuram, outros se
desesperam, outros deixam de orar, outros deixam de ler a Bíblia, outros
abandonam a igreja, outros se revoltam contra Deus.
Nas provas devemos aprender a orar como Jesus. Sua oração
foi marcada por 5 características:
1) Humilhação – Ele, o Deus eterno, está de joelhos. Ele, o
criador do universo, está com o rosto em terra, suando sangue. Como não
deveríamos estar quando também atravessamos o vale da dor?
2) Intensidade (Lc 22:44) – Jesus enfrentou a maior batalha
da sua vida em oração. A batalha foi tão intensa que Jesus começou a suar
sangue. Foi uma oração de guerra. Ele se agonizou em oração.
3) Perseverança – Ele orou 3 vezes e progressivamente.
4) Vigilância (v. 41) – Jesus alertou os discípulos para
vigiar e orar. Porque não vigiaram: 1) Dormiram na batalha; 2) Pedro negou
Jesus; 3) Os discípulos fugiram; 4) Pedro cortou a orelha de Malco; 5) Não
sabiam o que responder a Jesus? Seus olhos estavam carregados de sono, porque
seus corações estavam vazios de oração.
5) Submissão (v. 39,42,44) – A oração não é que a vontade do
homem seja feita no céu, mas para que a vontade de Deus seja feita na terra.
Porque Jesus orou teve coragem para enfrentar a turba, a prisão, os açoites, a
cruz, a morte. Sem oração você foge como os discípulos (v. 56). “Se correr o
bicho pega, se ficar o bicho come. Mas se orar, o bicho foge”.
Muitos se desesperam quando cruzam o vale da dor, mas Cristo
caiu de joelhos e orou e na oração prevaleceu. E você, tem se rendido a Deus?
Tem se colocado de joelhos, dizendo: “eu me rendo Senhor, seja feita a tua
vontade Senhor”.
Marcos 14:36 diz que Jesus começou sua oração, dizendo:
“Aba, Pai”. Era a palavra que uma criancinha usava para se dirigir ao seu Pai.
Jesus se dirige a Deus, sabendo que ele é Pai, digno de toda confiança. O que
nos livra da tentação é saber que no vale da dor: Deus é bom e ele é o nosso
Pai.
4. O vale da Consolação (Lc 22:43)
Deus nos consola nos dando livramento da prova, ou nos dando
poder para vencer as provas.
a) Paulo ora 3 vezes pedindo cura do espinho na carne, mas
Deus lhe diz: “A minha graça te basta, pois o meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza”.
b) Tiago diz que devemos ter por motivo de toda a alegria, o
passarmos por diversas tribulações (Tg 1:2-4).
c) No Getsêmani da vida, Deus o consolará: “E apareceu-lhe
um anjo do céu que o confortava”.
d) Jesus não encontrou pleno conforto nos seus discípulos,
pois a vigília da solidariedade tinha se transformado no sono da fuga. Mas
quando Jesus buscou a face do Pai, um anjo desceu do céu para confortá-lo.
Porque os amigos mais solidários falharam, ele ficou solitário com o Pai e foi
consolado.
e) Agora o sofredor manchado de sangue é consolado por um
anjo do céu. Depois que travou a mais sangrenta batalha da história. Depois que
aceitou sorver sozinho o cálice da ira de Deus. Depois que se dispôs a carregar
o lenho maldito. Depois que se dispôs a se tornar maldição por nós. Depois que
desafiou o inferno e seus demônios, foi consolado!
f) Deus nunca abandona os seus no vale da dor, no Getsêmani
da vida. Ele é o Deus e Pai de toda consolação.
1) Os amigos de Daniel – No Getsêmani da fornalha foram
consolados pelo anjo do Senhor.
2) Pedro na prisão – ia ser morto no dia seguinte, mas o
anjo do Senhor o levantou, o guiou, o livrou, o consolou.
3) Paulo no naufrágio – Passou 14 dias na voragem do mar.
Tempestade convulsiva. Todos haviam perdido a esperança. Mas Deuse enviou seu
anjo para confortar a Paulo e lhe garantiu a vitória.
4) Você tem sentido a consolação de Deus?
CONCLUSÃO
1) Como foi que Jesus entrou no Getsêmani da sua vida?
Profundamente angustiado, abatido e cheio de tristeza.
2) Como foi que saiu? Tão fortalecido e vitorioso que bastou
somente uma palavra sua para fazer seus inimigos recuarem, caindo todos por
terra. Jesus não foi preso, ele se entregou. Ele se deu. Ele morreu. Ele
ressuscitou. Ele venceu. Ele está conosco. Ele nos consola, nos guia, nos leva
para a Casa do Pai.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Sermão Expositivo A humilhação e a Exaltação de Cristo

  A HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO DE CRISTO
                         (Filipenses 2.6-11)

                      INTRODUÇÃO

1. A doutrina sempre deve estar conectada com a vida
Filipenses 2:6-11 é o texto clássico da Cristologia na Bíblia.
William Barclay diz que esta é a passagem mais importante e mais emocionante que Paulo escreveu sobre Jesus.
Aqui Paulo alcança as alturas mais excelsas da sua reflexão teológica acerca do Filho de Deus.
Porém, o contexto revela-nos que Paulo está tratando de um problema prático na vida da igreja, exortando os crentes à unidade.
Paulo está expondo seu pensamento teológico mais profundo para resolver um problema de desunião dentro da igreja.
A teologia deve sempre estar conectada com a vida:
.Ela determina a ética.
.É a base para a solução dos problemas que atacam a igreja.
.A igreja precisa pensar teologicamente.
  .Paulo sempre se une teologia e ação.
  .Todo sistema de pensamento deve necessariamente converter-se em um caminho de vida.
.Esta passagem é uma daquelas que tem o maior alcance teológico do Novo Testamento.
.A intenção está em persuadir e impulsionar os filipenses a viverem uma vida: .li .de desunião 
.de desarmonia  
.de ambição pessoal.

2. A vida de Cristo é o exemplo máximo para a igreja

.Corrige os problemas internos da igreja de Filipos não apenas lhes oferecendo conceitos doutrinários, mas mostrando-lhes o exemplo de Cristo.
.O melhor remédio para curar os males da igreja é olhar para Jesus,sendo atacada por inimigos externos e por intrigas internas.
.Há uma área em que Cristo não pode ser nosso exemplo:
Não podemos imitir seus atos redentivos 
- Devemos imitar o espírito que serviu de base para esses atos.
A atitude de expandir na vida de cada discípulo(Mt 11.29; Jo 13.12-17; 13.34; 21.19)

I. A HUMILHAÇÃO DE CRISTO (2.6-8)

1. Ele voluntariamente abriu mão de seus direitos (2.6)

. Jesus antes da sua encarnação sempre foi Deus 
.Ele sempre foi revestido de glória e majestade (Jo 17.5). .Ele é o criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis (Cl 1.16).                                                                              
.Ele sempre foi adorado pelos anjos nas cortes celestiais.                                                                              
.A expressão “subsistindo em forma de Deus” (2.6) é muito importante para entendermos a divindade de Cristo.                                                               .Hyparquein descreve aquilo que é essencial e que não pode ser mudado; aquilo que possui uma forma inalienável. 

  .Características inatas, imutáveis e inalteráveis.

 .Paulo começa dizendo que Jesus é Deus em forma essencial, inalterável e imutável.
  .“subsistia em forma de Deus”.
  . Há duas palavras gregas para forma: morphe e schema.
  . Podem ser traduzidas por “forma”,porém "morphe" é a forma que jamais altera,que é a palavra que Paulo usa
  . Jesus não alterou em nada sua "forma" de Deus ( essência e ser imutáveis)
  . Lutero : "Filho do Pai,Deus por natureza"
  . Ralph Martim : " morphe:natureza essencial,"shema" em oposição a forma exterior
.Filipenses 2.6 é que Cristo Jesus sempre foi (e continuará sempre sendo) Deus por natureza, a expressa imagem da Divindade.
.Jesus sempre foi Deus (Jo 1.1; Cl 1.15; Hb 1.3).
.Ele sempre possuiu toda a glória e louvor no céu. Com o Pai e o Espírito Santo, ele sempre reinou sobre o universo.


Há uma outra verdade gloriosa exposta no versículo 6

.O apóstolo Paulo diz que Jesus “não julgou como usurpação o ser igual a Deus”
  . Não considerou a sua igualdade com Deus como “algo que deveria reter egoisticamente
  . “usurpação” é harpagmos.
  . Essa palavra só aparece aqui em toda a Bíblia. 
  . Ela provém de um verbo que significa arrebatar ou aferrar-se
  . Jesus não se agarrou aos  privilégios de sua igualdade com Deus, 
  . Abriu mão dela por amor aos homens.
Ralph Martin afirma que para o Cristo pré-encarnado, ao invés de imaginar que igualdade com Deus significa obter, ao contrário, ele deu – deu até tornar-se vazio.
F. F. Bruce interpreta que não existe a questão de Cristo tentar arrebatar, ou apoderar-se da igualdade com Deus: ele é igual a Deus, porque o fato de ele ser igual a Deus não é usurpação.
Cristo é Deus em sua natureza. Tampouco existe a questão de Cristo tentar reter essa igualdade pela força.
A questão fundamental é, antes, que Cristo não usou sua igualdade com Deus como desculpa para auto-afirmação, ou autopromoção
. Ele  usou a ocasião para renunciar a todas as vantagens ou privilégios que a divindade lhe proporcionava,como oportunidade para auto-empobrecimento e auto-sacrifício sem reservas.
. Jesus não pensou em si mesmo; ele pensou nos outros.
Ele abriu mão de sua glória, desceu das alturas e, usou seus privilégios para abençoar os outros.
Vale a pena contrastar a atitude de Cristo com a de Lúcifer (Is 14.12-15) e com a de Adão (Gn 3.1-7).
Lúcifer declarou: “Eu farei”, mas Jesus disse: “Faça-se a tua vontade”.
Lúcifer não se contentou em ser uma criatura, queria ser o criador; Jesus era o criador e, voluntariamente, fez-se homem.
A humildade de Jesus constitui uma reprovação ao orgulho de Satanás.
Lúcifer não se contentou apenas em ser rebelde, mas invadiu o Éden e tentou o homem à rebeldia.
Adão tinha tudo, era o rei da criação, mas Satanás lhe disse:“Sereis como Deus”.
O homem então, tentou agarrar algo que estava para além do seu alcance e assim precipitou toda a raça humana no pecado e na morte
Adão pensou unicamente em si; Jesus Cristo pensou nos outros.
F. F. Bruce coloca essa questão assim:
  . “Adão, criado homem, à imagem de Deus, tentou arrebatar para si uma falsa e ilusória igualdade com Deus. Cristo alcançou senhorio universal mediante sua renúncia, enquanto Adão perdeu seu senhorio mediante o roubo do fruto proibido”.


2. Ele se esvaziou (2.6,7)

O Filho de Deus deixou o céu, a glória, seu trono, e fez-se carne, fez-se homem, se encarnou.
Aquele que em seu estado pré-encarnado é igual a Deus é a mesma Pessoa que se esvaziou
O verbo grego kenou “se esvaziou”, literalmente significa “tirar algo de um recipiente até que fique vazio” ou “derramar algo até que não fique nada”.
Paulo usa aqui a palavra mais gráfica possível para que se faça patente o sacrifício da encarnação. Do que Cristo se esvaziou?

  . Certamente não foi da existência “na forma de Deus”.(isso seria impossível)
  . Cristo renunciou seu ambiente de glória.
  . Ele pôs de lado sua majestade e glória (Jo 17.5), mas permaneceu Deus.
  . Mesmo em seu estado de humilhação ele jamais se despojou de sua divindade.
Em primeiro lugar, ele renunciou sua relação favorável à lei divina.
Enquanto permanecia no céu nenhuma carga de culpa pesava sobre ele
Entretanto, ao encarnar-se, ele que não conheceu pecado, se fez pecado por nós (Jo 1.29; 2Co 5.1);
Ele que era bendito eternamente se fez maldição por nós (Gl 3.13) e levou sobre seu corpo, no madeiro, todos os nossos pecados (1Pe 2.24).
Em segundo lugar, ele renunciou suas riquezas
O apóstolo Paulo diz:
“Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2Co 8.9).
Jesus renunciou tudo, até mesmo sua própria vida (Jo 10.11).
Tão pobre ele era que tomou emprestado: 
.um lugar para nascer,.
.uma casa para pernoitar,
.um barco para pregar,
.um animal para cavalgar,
.uma sala para reunir
.um túmulo para ser sepultado.
Em terceiro lugar, ele renunciou sua glória celestial.
Ele tinha glória com o Pai antes que houvesse mundo (Jo 17.5).
Mas, voluntariamente deixou a companhia dos anjos e veio para ser perseguido e cuspido pelos homens.
Em quarto lugar, ele renunciou o livre exercício de sua autoridade
Ele voluntariamente se submeteu ao Pai e diz:
“Eu não procuro a minha própria vontade, e, sim, a daquele que me enviou” (Jo 5.30).

É estonteante refletir que Paulo tenha escrito sobre esse sublime mistério da humilhação de Cristo para ensinar a igreja de Filipos acerca da humildade nos relacionamentos.
Será que haveria pessoas em Filipos que deveriam doar,
ceder, tornarem-se humildes, mas que declarariam:
“Não se pode exigir isso de mim.
.Isso é demais para minha boa vontade!
.”Será que qualquer um deles, Paulo ou os filipenses, ainda pode reivindicar quaisquer direitos no serviço a esse Jesus?

3. Ele serviu (2.7)

. O eterno Filho de Deus não nasceu num palácio
O Rei dos reis não nasceu num berço de ouro nem entrou no mundo por intermédio de uma família rica e opulenta
Jesus nasceu numa manjedoura, cresceu numa carpintaria e morreu numa cruz
Ele não veio ao mundo para ser servido, mas para servir (Mc 10.45)
Jesus serviu aos pecadores, às meretrizes, aos cobradores de impostos, aos doentes, aos famintos, aos tristes e enlutados.
Quando seus discípulos, no cenáculo, ainda alimentavam pensamentos soberbos, ele pegou uma toalha e uma bacia e levou os seus pés (Jo 13.1-13).

4. Ele se tornou em semelhança de homens (2.7)

O que Paulo quer dizer quando afirmou que Cristo Jesus se tornou em semelhança de homens e foi reconhecido em figura humana?
Aquele que era em forma de Deus e era igual a Deus desde toda a eternidade tomou a forma de um homem num particular momento da história.
embora os homens estivessem certos em reconhecer a humanidade de Cristo estavam errados em dois aspectos:
a) Rejeitaram sua humanidade impecável e sua divindade
   . E ainda que toda sua vida, particularmente, suas palavras e atos poderosos manifestassem “a divindade velada na carne”
b) Rejeitaram suas reivindicações e o odiaram ainda mais por causa delas (Jo 1.11; 5.18; 12.37).

II. A EXALTAÇÃO DE CRISTO (2.9-11)


1. É obra de Deus (2.9)


O apóstolo Paulo faz uma transição daquilo que Cristo fez para aquilo que Deus fez para ele e por ele.
O mesmo que se humilhou foi exaltado e essa exaltação lhe foi dada pelo Pai.
O caminho da exaltação passa pelo vale da humilhação; a estrada para a coroação, passa pela cruz. Deus exalta aqueles que se humilham (Mt 23.13; Lc 14.11; 18.14; Tg 4.10; 1Pe 5.6).
Foi por causa do sofrimento da morte que essa recompensa lhe foi dada (Hb 1.3; 2.9; 12.2)
Deus não deixou Cristo na sepultura, mas levantou-o da morte, levou-o de volta ao céu e o glorificou (At 2.33; Hb 1.3).
Deus deu a Jesus “toda autoridade no céu e na terra” (Mt 28.18).
Deu a ele autoridade para julgar (Jo 5.27) e fê-lo senhor de vivos e de mortos (Rm 14.9), fazendo-o assentar à sua destra, acima de todo principado e  potestade, constituindo-o a cabeça de toda a igreja (Ef 1.20-22)
Fica claro que esta elevação de Jesus não foi a restituição da natureza divina, porque ele jamais a renunciou,
. Mas foi a restituição da glória eterna que tinha com o Pai antes que houvesse mundo, da qual voluntariamente havia se despojado (Jo 17.5,24).



2. É uma exaltação incomparável (2.9)




. A expressão “o exaltou sobremaneira” só pode ser aplicado a Cristo.

. O significado desse verso é “superexaltado”.
. Deus, o Pai enalteceu o Filho de uma forma transcendentemente gloriosa.
. Soergueu-o à mais elevada excelsitude.
. Se os salvos vão para o céu, Cristo ultrapassou os céus (Hb 4.14), foi feito mais alto que os céus (Hb 7.26) e subiu acima de todos os céus (Ef 4.10).
. A exaltação incomparável de Cristo constitui-se no fato dele ter recebido um nome que está acima de todo nome (2.9).
. Ele recebeu este nome por herança (Hb 1.4) e por doação (2.9).
. O nome de Jesus, agora, é possessão da igreja.
. A grande ênfase do Novo Testamento é sobre o senhorio de Cristo.
. O Filho de Deus é chamado de Senhor mais de seiscentas vezes no Novo Testamento.
. Somente os que confessam que Jesus é Senhor podem ser salvos. A Bíblia diz que quem tem o Filho tem a vida.

3. É uma exaltação que exige rendição de todos (2.10)

. Jesus será adorado por toda corporação de seres morais, em todos os setores do universo.
. Os anjos e os seres humanos redimidos farão isso com intenso regozijo, enquanto os condenados farão isso com profunda tristeza e profundo remorso (Ap 6.12-17).
, Ambos, o universo e a Igreja unem-se num reconhecimento comum, e num tributo unânime.
. Na segunda vinda de Cristo os três mundos vão se dobrar aos seus pés:os céus, a terra e o inferno.
. Todo o joelho vai se curvar diante do poderoso nome de Jesus no céu (os anjos e os remidos),na terra (os homens) e debaixo da terra (demônios e condenados).
. Com que júbilo se ajoelharão diante de Jesus aqueles que foram salvos por ele.
. Com que pavor cairão de joelhos aqueles que passaram orgulhosamente por ele ou o rejeitaram!
. Naquele dia todo joelho vai se dobrar, toda língua vai confessar que Jesus é Senhor, mas nem todos serão salvos.

4. É uma exaltação proclamada universalmente (2.11)

 .Toda língua vai confessar que Jesus é Senhor.
. Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Todo-poderoso Deus, diante de quem os poderosos deste mundo vão ter que se curvar e confessar que ele é Senhor.
. Aqueles que zombaram dele, vão ter que confessar que ele é o Senhor.
. Aqueles que o negaram e nele não quiseram crer, vão ter que admitir e confessar que ele é Senhor.
. Essa confissão será pública e universal. Todo o universo vai ter que se curvar diante daquele que se humilhou, mas foi exaltado sobremaneira!
. Isso não significa, obviamente, que todas as pessoas serão salvas.
. Somente aqueles que agora reconhecem que Jesus é o Senhor o confessam como tal serão salvos (Rm 10.9).
. Porém, na segunda vinda de Cristo nenhuma língua ficará silenciosa, nenhum joelho ficará sem se dobrar.
. Toda as criaturas e toda a criação reconhecerão que Jesus é Senhor (2.11; Ap 5.13).

5. É uma exaltação que tem um propósito estabelecido (2.11)

A exaltação de Jesus tem dois propósitos claros:
Em primeiro lugar, que todos, em todos o universo reconheçam o senhorio de Jesus Cristo.
. Deus o exaltou, o fez assentar à sua destra e o constitui o Senhor absoluto do todo o universo.
. O senhorio de Cristo foi a grande ênfase da pregação apostólica (At 2.36; Rm 10.9; Ap 17.14; 19.16).
. Importa que todos, em todos os lugares, de todos os tempos reconheçam e confessem que Jesus é Senhor.
. Em virtude do poder e majestade de Jesus Cristo, e pelo reconhecimento de que ele é o Senhor, toda língua o proclamará.
. Pense nos termos pelos quais temos o privilégio de darmos glória a ele.
Em segundo lugar, que o Pai seja glorificado pela exaltação do Filho. O fim último de todas as coisas é a glória de Deus (1Co 10.31).
. Paulo há havia advertido contra o pecado da vanglória (2.3).
. Toda a glória que não é dada a Deus é glória vazia, é vanglória.
. Cristo se humilhou e suportou a cruz para a glória de Deus (Jo 17.1).
. Ele ressuscitou e foi exaltado para a glória de Deus (2.11).
. O senhorio de Cristo não compete com o de Deus, nem a entronização do Filho ameaça a monarquia única do Pai.
. Cristo rege para a glória de Deus Pai. Sua soberania é dom do Pai (2.9).
. Aquilo que ele recusou-se a usurpar egoisticamente, num ato de enaltecimento próprio, destituído de sentido, aprouve ao Pai conceder-lhe, agora.
. A última palavra é Pai, como que para enfatizar que, agora, no Cristo pré-existente, encarnado, humilhado, exaltado, Deus e o mundo estão unidos,e um novo segmento da humanidade, um microcosmo da nova ordem de Deus para o universo, está nascendo (Ef 1.10).

CONCLUSÃO

. Toda a vida e obra de Jesus não apontam para sua glória pessoal, mas objetiva a glória de Deus.
. Jesus atrai os homens para si para poder levá-los a Deus.
. Na igreja de Filipos havia alguns que tinham o propósito de satisfazer suas ambições egoístas.
. Porém, o único propósito de Jesus era servir a outros ainda que isso tenha lhe custado a maior de todas as renúncias.
. Enquanto alguns membros da igreja de Filipos queriam ser o centro das atenções, Jesus queria que o único centro da atenção fosse Deus.
. Assim, também, o seguidor de Cristo nunca deve pensar em si mesmo, senão nos demais; não deve buscar sua própria glória, senão a glória de Deus