terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Relatório

                                                        RELATÓRIO MINISTERIAL


                                                                ANO DE 2020


NOME : Luiz Roberto Alves de Souza

NASCIMENTO : 05/09/1961      São Paulo(São Paulo)

CÔNJUGE : Tania Miriam Nunes Dourado de Souza 

NASCIMENTO : 10/05/1960 Irecê (Bahia )

FILHOS : Vitor Dourado de Souza.Vinicius Dourado de Souza,Roberta Dourado de Souza


CAMPO DE TRABALHO : Sede e Congregações


ATUAÇÃO MINISTERIAL :

1. DOUTRINAÇÃO  

Pregação no campo 54 

Pregação fora do campo ( 08 )

Aulas de Escola Dominical ( 17 )

Trabalho de Evangelização ( 04 )

Estudos bíblicos ( 12 )

Palestras ( 05 )

Mensagens Rádio ( 32 )

Artigos ( 526 )

Entrevistas ( 02 )


2. ASSISTÊNCIA PASTORAL 

Aconselhamento 

Evangélicos ( 18 )

Não evangélicos ( 06 )

Departamentos internos ( 17 )

Congregações ( 15 )

Visitas em Ceias aos idosos ( ? )


3. ATUAÇÃO CONCILIAR 

Reuniões do Conselho ( 12 )



terça-feira, 15 de dezembro de 2020

O Chamado

                                             O CHAMADO ( Lucas 9:57-62 )


"Quando estavam andando pelo caminho, uma pessoa declarou a Jesus: 

“Eu te seguirei por onde quer que andares”. 

Mas Jesus lhe replicou: “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”. 

Entretanto, a outro homem fez um convite: “Segue-me!” Ele, contudo, argumentou: “Senhor, permite-me ir primeiramente sepultar meu pai”. 

Todavia, insistiu Jesus: “Deixa os mortos sepultarem os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e proclama o Reino de Deus”. 

Outro ainda lhe prometeu: “Senhor, eu te acompanharei, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”. 

Ao que Jesus lhe asseverou: “Ninguém que coloca a mão no arado, e fica contemplando as coisas que deixou para trás, é apto para o Reino de Deus

1.) O primeiro se oferece a si próprio para se discípulo

. Ele não foi chamado

- A Resposta de Jesus ( vs 58 padecer )

a) Adverte-o que ele não sabe o que faz

- Jesus está a caminho da cruz 

b) Discipulado não é uma escolha própria

- Ninguém chama a si mesmo

2) O segundo quer enterrar o pai

.Foi chamado mas a lei humana o prende

 - Sabe o que quer e o que deve fazer

 - Antes quer cumprir uma lei

Resposta de Jesus ( vs 60 sem barreiras )

 - Nada pode interpor entre o discípulo e Jesus

3) O terceiro impõe condições

- Discípulo não pode ter programações 

- Contradição : Quer mas não quer

Resposta de Jesus ( vs 62 sem imposições )

Discipulado não é um programa racional e ético

CONCLUSÃO 

1)  A quem se oferece

a) Discipulado exige tudo

b) Não basta um conhecimento intelectual para ser discípulo

c) Emoção não é o bastante,é preciso conversão

d) A existência anterior deixa de existir ( abandono do passado )


2) A quem tem leis na vida

a) Jesus não quer discípulos que O siga à distância

b) A lealdade tem que ser mais que a amigos e parentes

c) Ser discípulo é ser um nazireu


3) A quem quer impor 

a) Discipulado não é um programa humano que obedece razão e ética

b) Discípulo em formação não está pronto para seguir

c) Discípulo não abandona seu posto e patente

d) Discípulo não pode ser indeciso

e) Discipulado exige atenção total

Quatro lições :

1. A existência anterior deixa de existir ( abandono total do passado para seguir Jesus )

2. Somente abandonando tudo aprende-se a crer

3. Seguir por um alvo: comunhão por amor 

4. Obediência total

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

                                                        PODER PARA ABUSAR 

a placenta prévia é um diagnóstico de uma situação muito perigosa,às vezes fatal,pois a placenta se fixa numa situação muito baixa e bloquei a saída da criança no nascimento,sendo fatal para a vida mãe e da criança.

Por mais que a vida dentro da mãe seja saudável,uma pequena obstrução estrategicamente posicionada.

O mesmo acontece com a igreja,obstruções pequenas aprisionam e matam a vida completa e saudável dela.

Na maioria das vezes essa obstrução se chama o mau líder.

Há inúmeros exemplos de líderes mal posicionados que mataram a vida da igreja.

TOMANDO POSIÇÃO

Em Mateus 23 os líderes da época de Jesus,estrategicamente mal colocados eram os escribas e fariseus.

Tinham como objetivo frustrarem o ministério de Jesus.Jesus criticou veemente a falsa religião e lógico essa falsa liderança.

O maior problema de Israel era o farisaísmo e que manteve Israel fora do Reino,que vinha rompendo através de Jesus.

Eles eram obcecados pela limpeza física e moral.Em João 12:42-43 mostra esse poder que eles tinham para determinar quem era e quem não era limpo.

Esse poder era usado para abusar.

Jesus atacava as leis de pureza deles,quebrando a estratégia deles de bloqueio e obstrução,por isso eles O odiava

O abuso hoje também é dessa forma: "Querer controlar as pessoas".O abuso requer poder e os fariseus modernos também tem,tornando-os inescrupulosos,maldosos e perigosos

"Se o chamamento de Cristo não nos tornar melhores,nos tornaremos piores.Os religiosos são os piores homens..."

Jesus era extremamente gentil e paciente,então quando sua ira explodiu chocou,por isso o texto chama muito a atenção.

A raiva revela com o que estamos comprometidos,geralmente ficamos irado quando algo é importante para nós.No texto Jesus estava preocupado com as vítimas .

"Quem não se entusiasma em indignar-se contra o mal,faltará entusiasmo para defender o bem"

"Quem não detesta o mal,não amará a justiça"

As vitimas de abuso espiritual dos nossos dias tem o aval de Jesus para se libertarem de seus abusadores.

A CADEIRA DE MOISÉS 

A base do poder dos fariseus era a "cadeira de Moisés" ( Mateus 23:2) e não era uma mera metáfora,era um trono de pedra colocada na frente das sinagogas,conferida a si mesmos para governarem.

O conhecimento naquele tempo era poder,e os fariseus conheciam muito a Lei e o ensino de Moisés.Do alto desse poder eles olhavam para a "plebe" e declaravam que ela era maldita ( João 7:49 ).

Seria como os títulos de liderança dos nossos dias, graus acadêmicos e os cargos da Igreja

"Vocês devem me seguir porque eu sou o pastor".

Frase comum dos abusadores espirituais dos nossos dias,exigência com base no título,muitas vezes dado por eles mesmos a eles .Jesus chama isso de "falsa autoridade "

" Levem minhas palavras a sério porque eu sou o pastor"

Quase uma declaração de infalibilidade.Essas "cadeiras de autoridade" com "qualidades especiais"não tem uma relação com o mundo a autoridade espiritual verdadeira.

"Eu sou ungido do Senhor "Outra frase muito comum dos abusadores espirituais,o que exige respeito e reverência.Essas "cadeiras" estão empoeiradas de soberba e orgulho e nada tem a ver com o contexto dito por Davi com sua hierarquia de Reis,profetas e sacerdotes,abolido no Novo Testamento.

Nós temos um Rei e o restante é sacerdote ou servos que servem:no corpo de Cristo não há hierarquia e ninguém tem autoridade para controlar ninguém mas de "servir unas aos outros".

Qualquer um que se declare intocável é tirano,fariseu e abusador espiritual.É dessa heresia que surge a "cobertura espiritual",que pinta uma cadeia de comando do topo para a base (Mateus 23:8-12,Mateus 18,1Coríntios 12:14-26)

Em Mateus 10:1 Deus delega poder aos discípulos sobre os demônios e doenças nunca sobre pessoas.

A unidade nunca é obtida pela coerção.A unidade acontece quando pessoas livres se submetem livremente umas às outras.Unidade é interna e nunca externa ( unanimidade).

A unidade gera um comportamento interno,mas a uniformidade exige um comportamento externo.

É isso que um abusador espiritual faz,exige um comportamento externo porque o interno ele não tem poder e nem capacidade par isso,por isso ele abusam.

A honra que damos aos nossos líderes deve ser livre,não com base numa cadeira de autoridade,mas numa liderança que se expressa em serviço

O verdadeiro líder é servo de Cristo e nosso


sábado, 5 de dezembro de 2020

O chamado

                                                               O CHAMADO


"Indo  eles  caminho fora,  alguém lhe  disse:  Seguir-te-ei para  onde  quer  que  fores.  Mas  Jesus  lhe  respondeu: A s  raposas têm seus  covis,  e  asaves  do  céu,  ninhos;  mas  o  Filho  do  Homem  não  tem  onde  reclinar  a  cabeça.  A   outro  disse  Jesus:  Segue-me!  Ele,  porém,  respondeu:Permite-me  ir primeiro  sepultar meu pai,  Mas  Jesus  insistiu:  Deixa  aos  mortos  o  sepultar  os  seus  próprios  mortos.  Tu,  porém, vai e  prega  oreino  de  Deus.  Outro  lhe  disse:  Seguir-te-ei,  Senhor;  mas  deixa-me  primeiro  despedir-me  dos  de  casa.  Mas  Jesus  lhe  replicou:  Ninguém que, tendo posto a  mão no arado,  olha  para trás  é  apto para  o reino de  Deus." (Lucas  9.57-62)

a) O primeiro discípulo se oferece ele próprio para seguir Jesus;  ele não foi chamado. A resposta de Jesus adverte o entusiasta de que ele não sabe o que faz. Não o pode, de fato, saber. 

1. Discipulado exige o que há de melhor em um homem

2. Uma bela impressão intelectual de Jesus não é o bastante para segui-lo

3. Estava entusiasmado,para seguir Jesus é necessário conversão e arrependimento

b) O segundo discípulo era casual

1. Seguia Jesus à distância,isso não é o bastante

2. Discípulo tem que ser leal,menos que isso não é o bastante ( mais que a amigos e familia)

3. Discípulo tem compromisso com Jesus e não com o ordinário

4. Ser discípulo é ser um nazireu

c) O terceiro era um discípulo em formação

1. Não pode haver prática procrastinadora em um discípulo

2. Não pode largar seu posto e sua patente

3. Não pode haver indecisão ou hesitação num discípulo

4. Um discípulo precisa ter atenção total (arar)para não ser desqualificado

É esse o sentido da resposta na qual se mostra ao seguidor a vida com Jesus como ela realmente é.

 Aqui fala aquele que está a caminho da cruz,  cuja vida inteira é descrita no Credo Apostólico numa única palavra:  “padeceu”. 

Ninguém pode desejar isso por escolha própria.  

Ninguém pode chamar a si mesmo,  diz Jesus,  e suas palavras  ficam  sem  resposta.  

O  abismo  entre  a  oferta  espontânea  ao  discipulado  e  o  verdadeiro discipulado permanece aberto.

Mas, quando é o próprio Jesus que chama, ele constrói a ponte que transpõe o abismo mais profundo. 


O segundo discípulo quer enterrar o pai antes de seguir Jesus. 

A lei humana o prende. Ele sabe o que quer e o que deve fazer. 

Antes, porém, deve cumprir a lei, e só então poderá seguir Jesus. 

Interpõe-se aqui, entre a pessoa  chamada  e Jesus,  um mandamento  patente  da lei.  A isso  o  chamado  de  Jesus  se  contrapõe veementemente, não admitindo que, logo naquele momento, algo se interponha entre Jesus e aquele que foi chamado, mesmo que seja o que exista de maior e de mais sagrado, mesmo que seja a lei. Naquele momento, por causa de Jesus, a lei que visava impedir a concretização do chamado tem de ser violada, pois esta já não tem o direito de se interpor entre Jesus e a pessoa chamada. Assim, Jesus opõe-se à lei e ordena  o  discipulado.  Só  Cristo  pode  falar  desse  modo.  É  dele  a última  palavra;  o  outro  não  pode contestar. Esse chamado, essa graça, é irresistível.O terceiro entende o discipulado como o primeiro, como oferta que só ele próprio pode fazer, como programa de vida por ele mesmo escolhido. Mas, ao contrário do primeiro, julga-se no direito de impor condições. Com isso, entra em total contradição. Quer pôr-se à disposição de Jesus, ao mesmo tempo que interpõe algo entre Jesus e si mesmo:  “mas deixa-me primeiro...”. Quer segui-lo, porém quer criar ele próprio as condições para o discipulado. É, para ele, uma possibilidade de cuja realização faz parte o cumprimento de exigências e condições preestabelecidas. Assim, o discipulado torna-se algo acessível e compreensível para o ser humano. Primeiro, faz-se uma coisa, depois, faz-se outra. Tudo tem seu tempo apropriado.  O  discípulo mesmo  se põe  à  disposição,  mas  achando-se,  por  isso,  no  direito  de impor condições.  Fica claro  que,  nesse momento,  o  discipulado deixa de ser  discipulado;  transforma-se em programa humano a ser realizado segundo meu próprio julgamento e que posso justificar por meio da razão e da ética. O terceiro discípulo, portanto, deseja ingressar no discipulado, porém no momento em que o aceita condicionalmente mostra não desejar mais ser discípulo. O modo como fez a própria oferta anula o discipulado, pois este não tolera quaisquer condições que possam se interpor entre Jesus e o que obedece. Entra em contradição não apenas com Jesus, mas também consigo. Não quer o que Jesus quer, e também não quer o que ele mesmo quer. Julga a si próprio, discorda de si mesmo, e tudo isso se expressa em “mas deixa-me primeiro...”. A resposta de Jesus confirma figurativamente esse conflito interior, que acaba por excluir o discipulado: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus”.Ser discípulo significa dar determinados passos. Já o primeiro passo, que é consequência imediata do chamado,  separa  o  discípulo  de  sua  existência  anterior.  Assim,  o  chamado  ao  discipulado  cria imediatamente  uma nova  situação.  É  absolutamente  impossível  conciliar  a  existência  anterior  com o discipulado. A princípio, isso era bem visível. O publicano teve de abandonar a coletoria; Pedro teve de deixar as redes para trás, a fim de seguir Jesus. Segundo nosso modo de entender, podería ter havido, já naquela época, outras possibilidades. Por exemplo, Jesus podería ter disponibilizado ao publicano um novo  conhecimento  de  Deus  e  permitido  que  ele  continuasse  em sua  antiga  situação.  Isso  teria  sido possível, se Jesus não fosse o Filho de Deus que se fez humano. Uma vez que Jesus, todavia, é o Cristo, tudo tinha de ficar evidente desde o início, isto é, que sua mensagem não é uma nova doutrina, mas a criação de uma nova maneira de ser. Tratava-se de realmente caminhar com Jesus. Estava claro para a pessoa que era chamada que, para ela,  só havia uma possibilidade de fé em Jesus:  abandonar tudo e seguir o Filho de Deus que se fez humano.A partir do primeiro passo, o discípulo se vê na situação em que a fé se torna possível. Se não seguir o Mestre,  ficará para trás  e,  assim,  não aprenderá a crer.  Aquele que recebe o chamado deve  deixar a situação em que se encontra, impossibilitado de crer, para outra em que, acima de tudo, possa crer. Esse passo  não  tem em si  qualquer  valor  programático;  justifica-se  somente  pela  comunhão  com Cristo, estabelecida no momento da decisão. Enquanto Levi continuasse na coletoria, e Pedro, junto às redes no lago, poderíam seguir exercendo honrada e fielmente sua profissão, e poderíam ter o antigo ou o novo conhecimento de Deus; mas, se quisessem aprender a ter fé em Deus, deveríam seguir o Filho de Deus que se fez humano e caminhar com ele.Antes,  era  diferente.  Podiam viver  na reclusão  e  no  anonimato  do  campo,  realizando  suas  tarefas, cumprindo as leis e esperando o Messias. Agora, porém, ele já estava lá, e seu chamado era anunciado. Crer, nesse momento, já não significava ficar em silêncio e aguardar, mas sim ir com ele no discipulado. Agora, seu chamado ao discipulado destruía quaisquer vínculos anteriores e os transformava em união exclusiva com Jesus Cristo, por amor a ele. Agora, era necessário derrubar todas as pontes, dar o passo para  a  insegurança  infinita,  a  fim  de  reconhecer  o  que  Jesus  exige  e  o  que  ele  oferece.  Se  Levi continuasse em seu trabalho na alfândega, poderia ter sido aproveitado por Jesus como seu ajudante para o  que  fosse  necessário,  porém não  o  teria  reconhecido  como  único  Senhor  em cujas  mãos  deveria depositar toda a sua vida; não teria, portanto, aprendido a ter fé. É necessário criar a situação em que se pode crer em Jesus, o Deus que se fez humano, o tipo de situação impossível, em que tudo se volta para uma única coisa, isto é, a palavra de Jesus. Pedro tem de saltar do barco e andar sobre as águas revoltas a fim de vivenciar isso e, assim, perceber sua impotência diante da onipotência de seu Senhor. Se não tivesse  descido  daquele barco,  não  teria  aprendido  a ter  fé.  A situação  completamente  impossível  e eticamente irresponsável — no caso essa sobre o mar revolto — teve de ser criada para que a fé se tornasse  possível.  O  caminho  para  a  fé  passa  pela  obediência  ao  chamado  de  Cristo.  Esse  passo  é fundamental, do contrário o chamado de Jesus se perde no vazio e, com ele, todo suposto discipulado; sem esse passo ao qual Jesus chama, torna-se entusiasmo enganoso.É grande a dificuldade para se diferenciar uma situação em que a fé é possível de outra em que ela não o é. Em primeiro lugar, é preciso ficar muito claro que nunca se pode reconhecer ou descobrir na própria situação de que natureza ela é.  Somente o chamado de Jesus a classifica como situação em que a fé é possível.  Em segundo   lugar,  a  situação  em que  a  fé  é  possível  nunca  é  criada  pelo  ser  humano.  O discipulado não é uma oferta criada pelo ser humano; apenas o chamado é capaz de criar essa situação. Em terceiro lugar,  essa situação nunca contém em si um valor próprio;  ela se justifica somente pelo chamado. Por último e principalmente, também essa situação em que a fé é possível sempre e somente se torna possível na fé.O conceito de situação em que a fé se torna possível nada mais é que a paráfrase da circunstância em que os dois enunciados seguintes não só têm validade, como são igualmente verdadeiros: Só  o  que  crê  é obediente, e Só o obediente é que crê.Trata-se de uma perda significativa da fidelidade à Bíblia quando se expressa o primeiro enunciado sem o segundo. Só o que crê é obediente — é assim que queremos entender. Dizemos que a obediência resulta  da  fé,  assim como  todo  bom fruto  vem de  uma  árvore  boa.  Primeiro  é  a  fé,  e  só  então  a obediência. Caso se queira comprovar que a justificação vem pela fé somente, sem a necessidade do ato de obediência, estaríamos, na verdade, diante da premissa necessária e irrefutável de tudo o mais.  Se, com isso, queira se estabelecer alguma ordem cronológica em que primeiro se tem fé e só depois se exige obediência, estariam, portanto, fé e obediência separadas uma da outra, e isso daria margem à pergunta de  natureza  patentemente  prática:  quando  devemos  começar  a  obedecer?  Assim,  a  obediência  fica separada da fé. Por causa da justificação, a fé e a obediência devem ficar separadas uma da outra, mas essa separação não deve jamais destruir a unidade de ambas,  que reside no fato de a fé só existir na obediência, e nunca sem a obediência, e de que a fé é tão somente fé no ato da obediência.Por causa da impropriedade do discurso da obediência como consequência da fé,  e para chamar a atenção  à  unidade  indissolúvel  entre  fé  e  obediência,  deve-se  acrescentar  à  ideia  “Só  o  que  crê  é obediente”  um segundo  enunciado:  “Só  o  obediente  é  que  crê”.  Se,  na primeira,  a fé  é  premissa da obediência, na segunda, a obediência é premissa da fé. Exatamente da mesma forma que a obediência é considerada consequência da fé, também deve ser considerada premissa da fé.Só o obediente é que crê. É preciso praticar a obediência a uma ordem concreta, a fim de que possa haver fé. Um primeiro passo no caminho da obediência tem de ser dado, para que a fé não se transforme em ilusão piedosa imposta pelo próprio indivíduo, ou seja, em graça barata. Tudo depende do primeiro passo,  que  se  diferencia  qualitativamente  de  todos  os  que  vêm na  sequência.  O  primeiro  passo  de obediência exige que Pedro deixe as redes para trás e salte do barco; exige que o jovem abandone sua riqueza. A fé só se torna possível nessa nova existência que a obediência criou.Esse primeiro passo, portanto, deve ser visto como a obra externa que consiste na troca de um modo de existência por outro. Tal passo qualquer um pode dar; o ser humano é livre para isso. É um ato possível no âmbito da justitia  civilis [justiça civil], em que o ser humano é livre. Pedro não pode converter a si mesmo, mas pode deixar as redes para trás. Essencialmente, exige-se, nos Evangelhos, com o primeiro passo, um ato que comprometerá o resto da vida do indivíduo. A Igreja Romana ordenava esse passo apenas como possibilidade extraordinária da vida monástica, enquanto para os demais crentes bastaria a disposição de se submeter incondicionalmente à Igreja e a seus preceitos. A importância desse primeiro passo  também  é  reconhecida  de  modo  significativo  nos  escritos  confessionais  luteranos:  uma  vez afastado  fundamentalmente  o  perigo  de um mal-entendido  sinergístico,  pode-se  e  deve-se  dar  espaço àquele primeiro ato externo que não se pode deixar de fazer no caso da fé, isto é, o passo em direção à Igreja, onde a mensagem da salvação é proclamada. Esse passo pode ser dado com toda a liberdade.

Venha para a Igreja! É por meio de sua liberdade humana que você pode fazê-lo. Pode sair de casa aos domingos e ir para o culto.  Se não o fizer, por livre vontade afasta-se do local onde a fé é possível. Assim, os escritos confessionais luteranos revelam ter conhecimento de que existe uma situação em que a fé é possível, e outra em que ela não o é. Embora fique bem escondido esse conhecimento, quase como se fosse motivo de vergonha, ele continua disponível como conhecimento sobre o significado do primeiro passo na qualidade de ato externo.Assegurado esse conhecimento, é necessário dizer, em segundo lugar, que o primeiro passo, ato de todo externo, é e continuará a ser obra inútil da lei e que, em si, jamais conduz a Cristo. Como ato externo, a nova  existência  permanece  tal  qual  a  anterior;  na  melhor  das  hipóteses,  tornar-se-á  uma  nova  lei existencial, um novo estilo de vida, mas que nada tem a ver com a nova vida em Cristo. O bêbado que renuncia ao álcool e o rico que distribui seu dinheiro libertam-se do álcool e do dinheiro, mas não de si mesmos.  Não  conseguem  livrar-se  da  escravidão  de  si  próprios,  e  provavelmente  continuam mais escravos que antes. O que foi feito anteriormente ainda exerce poder sobre eles. Embora seja inegociável essa renúncia ao que se fez antes, ela não basta para afastar o discípulo da morte, da desobediência e da impiedade.  Se, por acaso,  entendermos nosso primeiro passo como premissa da graça,  da fé, então já seremos declarados culpados por nossas próprias obras e totalmente excluídos da graça. Assim, tudo que costumamos chamar de convicção, boa intenção, tudo que a Igreja Romana chama de facere  quod  in  seest [faça o que está ao seu alcance], está incluído na obra externa.  Se dermos o primeiro passo com a intenção de nos colocarmos numa situação em que a fé se torna possível, então essa possibilidade de crer nada mais é que uma obra, uma nova possibilidade de vida no âmbito da antiga existência; desse modo, por ser completamente mal entendida, continuamos na descrença.Todavia, é necessário que essa obra externa seja realizada, e temos de nos colocar na situação em que a fé se torna possível. Precisamos dar esse passo. O que isso significa? Significa que só daremos esse passo corretamente se o encararmos não como obra nossa que desejamos ver praticada,  mas somente como aquilo que é praticado em obediência à palavra de Jesus Cristo, que para isso nos chama. Pedro sabe que não pode saltar do barco por sua vontade; seu primeiro passo já significaria seu afogamento, e portanto ele diz: “Manda-me ir ter contigo, por sobre as águas”, ao que Cristo responde: “Vem”. Assim, Cristo deve ter antes chamado, e só com base em sua palavra é que o passo pode ser dado. Esse chamado é sua graça, que chama da morte para a nova vida de obediência. Agora, porém, que Cristo chamou, cabe a Pedro saltar do barco para ir até ele. Na realidade, portanto, o primeiro passo da obediência já é um ato de fé na palavra de Cristo. Mas a fé seria completamente mal entendida como fé se, a partir disso, se chegasse à conclusão de que o primeiro passo não é mais necessário, pois a fé já está ali, de qualquer modo.  Em contraponto  a isso,  deve-se  ousar  dizer  o  enunciado:  primeiro,  é  preciso  dar  o  passo  da obediência, antes mesmo que possa haver fé. O desobediente não pode crer.\bcê  se  queixa  de  não  poder  ter  fé?  Ninguém deve  se  surpreender  de  não  poder  crer  enquanto deliberadamente se recusar ou se opuser, em alguma circunstância, a aceitar o mandamento de Jesus. Não quer submeter a esse mandamento uma paixão pecaminosa, uma inimizade, uma esperança, os planos de sua vida,  a razão? Não se surpreenda se não receber o Espírito Santo,  se não conseguir orar,  se sua preces por fé caírem no vazio! Vá, antes, a seu irmão e faça as pazes com ele, abandone o pecado que o mantém cativo, e poderá crer novamente! Se rejeitar a palavra de ordem de Deus, também não receberá sua palavra de graça. Como é que quer encontrar a comunhão daquele de quem você propositadamente foge e com quem evita tratar de qualquer assunto? O desobediente não pode crer; só o obediente é que crê.É  assim que  o  chamado  da  graça  de  Jesus  Cristo  ao  discipulado  torna-se  lei  severa:  Faça  isto! Abandone  aquilo!  Salte  do barco  e venha até Jesus!  Àquele  que usa sua fé  ou sua falta  de  fé  como desculpa de sua desobediência efetiva ao chamado, Jesus diz:  Primeiro, seja obediente, pratique o ato externo, deixe para trás o que o prende, abandone o que o separa da vontade de Deus! Não diga que não tem fé para isso; você  não  a terá  enquanto permanecer na desobediência,  enquanto não  quiser  dar  o primeiro passo. Não diga: Eu já tenho fé, portanto não preciso mais dar o primeiro passo. \bcê não tem fé enquanto não der esse primeiro passo e porque não quer dá-lo; além disso, porém, também porque persiste na  falta  de  fé  que  se  esconde  detrás  da  aparência de  uma  fé humilde.  É  maldosa  artimanha responsabilizar  a  falta  de  obediência  pela  falta  de  fé,  e  a  falta  de  fé,  pela  falta  de  obediência.  A desobediência do “crente” ocorre justamente ao confessar sua falta de fé no instante mesmo em que a obediência lhe é exigida, e ao barganhar sutilmente com essa confissão (Mc 9.24).  Se você crê,  dê o primeiro  passo;  ele  conduz a  Jesus  Cristo!  Se  não  crê,  dê  igualmente  o  passo;  é  assim que  lhe  foi ordenado!  Não se aplica a você a questão sobre fé ou falta de fé,  mas  sim a obediência que lhe foi ordenada e de imediato deve ser cumprida. Nela está a situação em que a fé se torna possível e existe de fato.Portanto, não existe algo em que você pode crer, mas é Jesus Cristo que cria para você a situação em que a fé se lhe torna possível. É necessário chegar a essa situação, para que a fé seja fé verdadeira, e não ilusão autoimposta. Justamente por se tratar só da verdadeira fé em Jesus Cristo, por só a fé ser o único objetivo, agora e sempre (“de fé em fé”, Rm 1.17), é que essa situação é indispensável. Quem contestar isso de modo rápido e demasiado protestante deve perguntar a si próprio se não é a graça barata que ele defende; pois, na realidade, os dois enunciados, se postos lado a lado, não se tornarão obstáculo para a fé verdadeira; mas, se compreendidos separadamente, tornam-se impedimento ainda maior para ela. Só o que crê é obediente — diz-se ao obediente em situação de fé.  Só o obediente é que crê — diz-se ao crente em situação de obediência. Isolando o primeiro enunciado, o crente será entregue à graça barata, isto é, à condenação. Isolando o segundo enunciado, o crente será entregue às obras, ou seja, também à condenação.A partir deste ponto, abordemos um pouco do trabalho pastoral. É extremamente importante, para quem exerce esse ofício, que suas palavras sejam fundamentadas no conhecimento dos dois enunciados. Para ele, deve estar claro que a queixa sobre a falta de fé resulta, muitas vezes, da desobediência consciente, ou já  inconsciente,  e  que  a  essa  desobediência  corresponde  facilmente  o  consolo  da  graça  barata. Contudo,  a desobediência permanece intacta,  e a mensagem da graça serve de consolo com o qual  o próprio desobediente alivia seu sofrimento e torna-se o perdão dos pecados que ele outorga a si mesmo. A pregação,  porém,  torna-se  vazia,  e  ele já não  a  ouve.  E,  mesmo  que  perdoe  os  próprios  pecados milhares de vezes, não poderá crer no perdão verdadeiro, pois este, na verdade, nunca lhe foi dado. A falta de fé alimenta-se da graça barata porque deseja persistir na desobediência. É essa uma situação frequente no trabalho pastoral de nossos  dias.  Resulta daí  que,  ao outorgar a si mesmo o perdão dos pecados,  o indivíduo persiste na desobediência e,  desse modo,  alega não poder  conhecer o bem e o mandamento  de  Deus,  por  considerá-los  questões  ambíguas,  que permitem interpretações  diversas.  A consciência da desobediência, a princípio muito clara, turva-se cada vez mais, até finalmente tornar-se pura obstinação. Nesse ponto, o próprio desobediente enredou-se e emaranhou-se de tal modo que já não pode ouvir a Palavra. Com efeito, a fé se torna impossível. Ocorrerá, então, entre o obstinado e o pastor o provável diálogo: “Não consigo ter fé.” “Escute a palavra, ela lhe é anunciada!” “Eu a escuto, mas ela nada significa para mim, parece-me vazia, entra por um ouvido e sai pelo outro.” “\bcê não quer ouvir.” “Claro que quero.” Chega-se, assim, ao ponto em que o diálogo é interrompido, porque o pastor já não sabe o que dizer. Conhece apenas aquele enunciado:  só o que crê é obediente. E esse enunciado não é suficiente para ajudar o desobediente obstinado que não tem nem pode ter essa fé. O pastor parece estar diante do maior dos enigmas: Deus dá a fé a alguns, e a nega a outros. Com isso, desiste de curar a alma do obstinado, que acaba por isolar-se e, conformado, lamenta sua aflição. Mas é justamente esse o ponto mais importante da conversa, em que deve haver uma mudança radical. Nesse momento, abandona-se a argumentação, e as perguntas e aflições do descrente passam a não ser mais levadas tão a sério. Agora, o que se levará cada vez mais a sério é aquele que tenta se esconder detrás de suas perguntas e aflições. Oportunidade, portanto, para destruir a fortaleza que o obstinado construiu para defender-se, usando o enunciado “só o obediente é que crê”. Assim, a conversa é interrompida, e o pastor prossegue dizendo: “\bcê é desobediente, recusa a obediência a Cristo, quer preservar para si um pouco de controle. Não consegue ouvir a Cristo porque é desobediente, não consegue ter fé na graça porque não quer obedecer. \bcê se agarra a algum lugar de seu coração contra o chamado de Cristo.  Sua aflição é seu pecado”. Agora, o próprio Cristo entra em cena e ataca o demônio que se alojava no outro e que, até então, se escondia por detrás da graça barata. Agora, tudo depende de o pastor ter engatilhado, para uso imediato, os dois enunciados: só o obediente é que crê, e só o que crê é obediente. Em nome de Jesus, o pastor tem de chamar à obediência, ao ato, à realização do primeiro passo.  “Abandone o que o prende e siga-o!” Nesse momento, tudo depende desse passo. A posição assumida pelo desobediente tem de ser derrubada, pois nela Cristo não pode ser ouvido. O fugitivo tem de sair do esconderijo que construiu para si próprio; somente lá fora ele pode ver, ouvir, crer novamente como um ser humano livre. É verdade que, diante de Cristo, nada se ganhe por a obra ter sido realizada,  pois, em si, é apenas obra inócua. Mesmo assim, Pedro teve de saltar do barco e andar sobre o mar revolto para que pudesse crer.Em resumo,  a verdade  é  esta:  por  meio  do  enunciado  “só  o  que  crê  é  obediente”,  o  ser  humano envenenou-se com a graça barata. Persiste na desobediência e consola-se no perdão que ele a si mesmo outorga,  fechando-se assim à Palavra de Deus.  O ataque à fortaleza fracassa enquanto se continuar a repetir esse enunciado atrás do qual ele se esconde. Tem de haver uma mudança; o outro, o obstinado, tem de ser chamado à obediência: só o obediente é que crê!

Será que, assim, alguém pode acabar desencaminhado para o caminho das obras? De maneira nenhuma: mostrando-lhe que sua fé não é fé, ele será liberto do emaranhado em que se encontra. Ele tem de ser liberto para poder tomar a decisão e, assim, o chamado de Jesus à fé e ao discipulado tornar-se audível novamente para ele.Com essa discussão, entramos no âmago da história do jovem rico.E  eis  que  alguém,  aproximando-se,  lhe  perguntou: Mestre,  que  farei eu de  bom,  para  alcançar  a  vida  eterna?  Respondeu-lhe  Jesus:  Por  queme  perguntas  acerca  do  que  é  bom?  Bom  só  existe  um.  Se  queres,  porém,  entrar  na  vida,  guarda  os  mandamentos.  E  ele  lhe  perguntou:Quais?  Respondeu Jesus:  Não  matarás,  não  adulterarás,  não  furtarás,  não  dirás  falso testemunho;  honra  a  teu pai e  a  tua  mãe  e  amarás  oteu  próximo  como  a  ti  mesmo.  Replicou-lhe  o  jovem:  Tudo  isso  tenho  observado;  que  me  falta  ainda?  Disse-lhe  Jesus:  Se  queres  serperfeito,  vai,  vende  os  teus  bens,  dá  aos  pobres  e  terás  um  tesouro  no  céu;  depois,  vem  e  segue-me.  Tendo,  porém,  o jovem  ouvido  estapalavra, retirou-se  triste, por ser dono de  muitas  propriedades.Mateus  19.16-22A pergunta do jovem sobre a vida eterna é a pergunta sobre a salvação, a única pergunta séria que se pode fazer. Mas não é fácil fazê-la corretamente. Isso se comprova no fato de que o jovem, ao fazer essa pergunta  decisiva,  desejava,  na  verdade,  perguntar  algo  bem  diferente  e  que  efetivamente  foge  do verdadeiro problema. Sim, ele dirige sua indagação ao “Mestre”. Deseja ouvir a opinião, o conselho, o juízo  do  “Mestre”,  do  grande  doutrinador,  a respeito  dessa  pergunta.  Com isso,  revela  duas  coisas: primeiro, que, a seu ver, a pergunta é extremamente importante, e Jesus deve ter algo de significativo a dizer  sobre  isso.  Em segundo  lugar,  porém,  espera  que  o  “Mestre”,  o  grande  doutrinador,  faça  uma declaração importante, mas não espera por uma ordem divina que imponha uma ação. Para o jovem, a pergunta sobre a vida eterna é algo sobre o que ele deseja conversar e discutir com o “Mestre”. Mas, logo de início, as palavras de Jesus desarticulam suas intenções: “Por que me perguntas acerca do que é bom?  Bom só existe um”.  A pergunta já revelou seu coração.  Ele viera para conversar sobre a vida eterna com o bom rabino, mas, na verdade, percebe, com essa pergunta, que não se encontra diante de um “Mestre” humano, mas perante o próprio Deus. Portanto, não receberá resposta alguma do Filho de Deus que não aponte um caminho claro para o mandamento do Senhor Único. Não receberá a resposta de algum “Mestre” que meramente acrescente uma opinião pessoal à vontade já revelada de Deus. Jesus remete ao único bom Deus, demonstrando assim ser o Filho perfeitamente obediente do Pai.  Se, portanto, aquele que pergunta está ele próprio diante de Deus, está sendo imediatamente desmascarado como quem foge ao mandamento revelado, do qual já tinha conhecimento. O jovem conhece os mandamentos; mas, não se satisfazendo  com eles,  tenta  deles  se  esquivar.  Sua  pergunta  revela  uma  piedade  fantasiosa  que  ele mesmo escolheu para si. Por que não se dá por satisfeito com o mandamento revelado? Por que age como se já não soubesse, há muito, qual é a resposta à sua pergunta? Por que pretende culpar Deus por sentir-se deixado na ignorância com relação a essa questão decisiva da vida? Assim, o jovem já está preso e a ponto de ser julgado perante o tribunal. Partindo dessa pergunta descompromissada sobre a salvação, ele é chamado de volta à obediência aos mandamentos revelados.Segue uma segunda tentativa de fuga. A resposta do jovem é outra pergunta: “Quais?”. Nela oculta-se o próprio Satanás.  Era a única possibilidade de fuga para quem se via assim preso.  Claro que o jovem conhecia  os  mandamentos;  mas  quem poderia  dizer  qual  deles  lhe  seria  o  mais  adequado  naquele momento? A revelação dos mandamentos é ambígua e obscura, diz o jovem. Ele não vê os mandamentos; vê apenas a si próprio, seus problemas, seus conflitos. Dá às costas ao mandamento patente de Deus e volta-se para o âmbito interessante, inegavelmente humano, do “conflito ético”. Não que seja falso seu conhecimento desse conflito, mas é errado fazer uso dele para contrariar os mandamentos de Deus. Os mandamentos, aliás,  foram revelados exatamente para pôr fim ao conflito ético. O conflito ético como consequência ética primordial do ser humano após a queda representa, ele próprio, a oposição do ser humano a Deus. Foi a serpente que, no Paraíso, plantou esse conflito no coração do primeiro ser humano. “É assim que Deus disse?”  (Gn 3.1).  O ser humano é afastado do mandamento claro e da obediência simples  e  infantil  pela  dúvida  ética  que  insinua  que  o  mandamento  ainda  carece  de  explanação  e interpretação. “É assim que Deus disse?” O próprio ser humano teria de decidir o que é bom, embasado em seu conhecimento do bem e do mal  e ouvindo  a voz da consciência.  O mandamento teria,  assim, múltiplos sentidos, e a vontade de Deus seria que o ser humano o interpretasse e o explicasse e decidisse em liberdade.Desse  modo,  já  se  recusou  a  obediência  ao  mandamento.  Em  lugar  da  ação  simples,  surgiu  o pensamento dúplice. O ser humano de consciência livre gloria-se contra o filho da obediência. O apelo ao conflito ético é a recusa da obediência; é o retorno da realidade divina para a possibilidade humana, da fé para a dúvida. Assim, ocorre o inesperado: a pergunta mesma pela qual o jovem procura mascarar sua desobediência desvenda-o como ele verdadeiramente é: um indivíduo sob o pecado. Essa revelação consuma-se por meio da resposta de Jesus.  Ao enumerar  os mandamentos revelados  de Deus,  ele os atualiza, confirmando-os, portanto, como mandamentos de Deus. Uma vez mais, o jovem é revelado no confronto. Esperava escapar por meio de uma conversa sem compromisso a respeito da vida eterna, na esperança de que Jesus lhe oferecesse uma solução para os conflitos éticos. Em vez disso, não se discute mais a pergunta; o assunto agora é o próprio jovem. A única resposta ao problema do conflito ético é o próprio mandamento de Deus e, com ele, a exigência, agora indiscutível, da obediência. O diabo somente tem uma solução a oferecer para o conflito ético, que é a seguinte: continue perguntando e, desse modo, estará desobrigado de obedecer. Jesus não tem como alvo o problema do jovem, mas o próprio jovem. Tampouco leva tão a sério o conflito ético que, para o jovem, é dos mais preocupantes. Para Jesus, só uma coisa importa, a saber, que o jovem finalmente ouça o mandamento e obedeça. É exatamente aí, onde o conflito ético requer ser levado a sério, onde atormenta e subjuga o ser humano, porque o impede de chegar ao ato libertador da obediência, é precisamente nesse ponto que toda a sua incrédula impiedade deve ser desmascarada como desobediência definitiva. Séria é apenas a ação obediente que põe fim ao conflito e o destrói, libertando-nos para sermos filhos de Deus. É a esse diagnóstico divino que o jovem é apresentado.Por duas vezes o jovem foi confrontado com a verdade da Palavra de Deus. Não pode mais fugir do mandamento de Deus; está claro, o mandamento é evidente, e deve ser obedecido! Porém— isso ainda não é suficiente! “Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?” Ao responder dessa forma, o jovem se mostra  convencido  de  sua  sinceridade,  como  estivera  a respeito  de  suas  preocupações  anteriores.  É justamente aí que reside sua obstinação contra Jesus. Ele conhece os mandamentos e os tem observado, mas põe em dúvida que constituam toda a vontade de Deus; deve haver algo mais, algo extraordinário, especial, e é isso que ele deseja cumprir. O mandamento revelado de Deus é incompleto, diz o jovem rico,  na  derradeira  tentativa  de  fugir  do  verdadeiro  mandamento,  de  afirmar  sua  autossuficiência  e, portanto, de poder decidir por conta própria sobre o bem e o mal. O mandamento, então, é reafirmado, mas, ao mesmo tempo, é atacado frontalmente. “Tudo isso tenho observado; que me falta ainda?” Aqui, o evangelho  de  Marcos  acrescenta:  “E Jesus,  fitando-o,  o  amou...”  (Mc  10.21).  Jesus  reconhece  que  o jovem se fechou, desesperançado, à palavra viva de Deus, que ele, com toda a seriedade, com todo o seu ser, se revoltou contra o mandamento vivo, contra a obediência simples. Ele quer ajudar o jovem, pois o ama. Assim, dá-lhe uma última resposta: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, veme segue-me”.Na resposta ao jovem, deve-se observar três circunstâncias. A primeira: agora é o próprio Jesus que ordena,  o mesmo Jesus  que havia pouco apontara ao jovem não o “Mestre”, mas o único que é bom, Deus;  passa  a  fazer  uso  da  autoridade  de  dizer  a  última  palavra  e  mandamento.  O  jovem precisa reconhecer que diante dele está o Filho de Deus. Foi essa condição de Jesus, oculta ao jovem, que lhe permite apontar para o Pai, revelando a perfeita união entre o Filho e o Pai. É essa mesma união que dá legitimidade para que Jesus pronuncie o mandamento do Pai.  Isso deve ter ficado muito claro para o jovem, quando ouviu o chamado de Jesus ao discipulado. Aí está a súmula de todos os mandamentos: o jovem deve viver em comunhão com Cristo, o Cristo que é a finalidade dos mandamentos, o Cristo que está diante dele e o chama. Já não é possível fugir para a ilusão do conflito ético. O mandamento é claro: “Siga-me”.A segunda  circunstância:  o  chamado  ao  discipulado  necessita ainda  de  esclarecimentos,  a  fim de haver total clareza. É preciso impedir que o jovem novamente procure interpretar o discipulado como uma  aventura  ética,  como  uma  possibilidade,  um  estilo  de  vida  extremamente  interessante,  mas revogável, se a ocasião assim exigir. O discipulado, portanto, continuaria mal interpretado se o jovem o visse  como  o  desfecho  de  suas  ações  e  questionamentos,  um  acréscimo  ao  que  veio  antes,  um complemento e acabamento, uma melhoria do que se realizara até então. Para que não reste dúvidas, é necessário criar uma situação que impossibilite o voltar atrás, isto é, uma situação irrevogável que, ao mesmo tempo, esclareça que não se trata, em hipótese alguma, de um mero acréscimo ao que já se havia feito. Essa situação da qual não se pode fugir foi criada com o chamado de Jesus à pobreza voluntária. É a circunstância existencial, o aspecto pastoral do episódio. O objetivo é ajudar o jovem a enfim entender corretamente e a obedecer per feitamente. A situação nasce do amor de Jesus por aquele jovem É apenas o elo entre o caminho que o jovem até então percorrera e o discipulado. Mas atenção: ela não se equivale ao discipulado propriamente dito, e também não é o primeiro passo no discipulado, mas sim a obediência dentro da qual o discipulado pode efetivamente se realizar. Primeiro, o jovem deve sair e vender tudo que possui e doá-lo aos pobres, e apenas depois seguir para o discipulado. A finalidade é o discipulado, e o caminho para o discipulado, nesse caso, é o da pobreza voluntária.

A terceira  circunstância: à pergunta do jovem sobre o que ainda lhe falta, Jesus assim responde: “Se queres ser perfeito...”. Isso poderia dar a impressão de que se trata, afinal, de um acréscimo ao que ele até então já havia realizado.  E não deixa de ser um acréscimo,  mas  é um no  qual já está incluída a anulação do que se realizara no passado. O jovem, até então, não era perfeito, pois não só entendera mal, como também cumprira mal os mandamentos. É só agora, no discipulado, que pode entender e cumpri-los corretamente, porque Jesus Cristo o chamou para isso. Ao responder à pergunta do jovem, Jesus a tira das mãos  dele.  O jovem lhe perguntara sobre  o caminho para a vida eterna,  e Jesus responde:  Eu o chamo; isso é tudo.O jovem procurava uma resposta à sua pergunta. A resposta é: Jesus Cristo. O jovem desejava ouvir a palavra do  “Mestre”  e,  agora,  reconhece  que  essa palavra é  o próprio homem a quem perguntara.  O jovem está diante de Jesus, o Filho de Deus, e esse é o encontro pleno. Nessa situação, há apenas “sim” ou “não”, obediência ou desobediência. A resposta do jovem é “não”. Triste, foi embora dali, desiludido e enganado em sua esperança, incapaz de desvencilhar-se do passado. Ele tinha muitos bens. O chamado ao discipulado não revela, aqui, nenhum outro significado além do próprio Jesus Cristo, o compromisso e a comunhão com ele. No entanto, a existência do discípulo não consiste na adoração entusiástica de um bom mestre, mas, isto sim, na obediência ao Filho de Deus.A história do jovem rico tem sua exata paralela na introdução à parábola do bom samaritano.E  eis  que  certo  homem,  intérprete  da  lei,  se  levantou  com  o  intuito  de  pôr  Jesus  à  prova  e  disse-lhe:  Mestre,  que  farei para  herdar  a  vidaeterna?  Então,  Jesus  lhe  perguntou:  Que  está  escrito  na  Lei?  Como interpretas?  A  isto  ele  respondeu: Amarás  o  Senhor, teu Deus,  de  todoo teu coração,  de  toda  a tua  alma,  de  todas  as  tuas  forças  e  de  todo  o teu entendimento;  e: Amarás  o teu próximo  como  a  ti mesmo.  Então,Jesus  lhe  disse:  Respondeste  corretamente;  faze  isto  e  viverás.  Ele,  porém,  querendo  justificar-se,  perguntou  a  Jesus:  Quem  é  o  meupróximo?Lucas  10.  25-29A pergunta do intérprete da lei é idêntica à do jovem Neste caso, porém, constata-se, desde o início, que  na  verdade  se  trata  de  uma  armadilha.  Para  o  ardiloso  intérprete,  a  resposta  já  está  clara antecipadamente;  ela deveria culminar no  dilema  do  conflito ético.  A resposta de Jesus  é igualmente idêntica àquela dada ao jovem O homem que pergunta no fundo já sabe a resposta, mas, ao perguntar, quer esquivar-se à obediência ao mandamento de Deus.  Resta-lhe somente a informação:  “faze isto e viverás”.Assim procedendo, Jesus desqualifica o intérprete da lei. Ainda há, porém, como na situação do jovem rico, a possibilidade de fuga para o conflito ético por meio de outra pergunta: “Quem é o meu próximo?”. Desde então, ao longo dos tempos, a pergunta do ardiloso intérprete, aparentemente ingênua e ignorante mas de fato traiçoeira, vem sendo repetida inúmeras vezes, fazendo-se passar de pergunta séria e racional de um ser humano que busca o conhecimento. Verdade seja dita,  seu contexto não foi adequadamente interpretado. Toda a história do bom samaritano constituí, de fato, uma ação de defesa de Jesus contra essa pergunta satânica, destruindo-a ao mesmo tempo. Trata-se de pergunta sem fim e sem resposta. Ela surge do indivíduo que “é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de  que  nascem inveja,  provocação,  difamações,  suspeitas  malignas”  (lTm 6.4).  É  uma  pergunta  dos arrogantes  “que  aprendem sempre  e jamais  podem chegar  ao  conhecimento  da verdade”,  que  “tendo forma de piedade,  [negam-lhe],  entretanto,  o poder”  (2Tm 3.5).  São os incapazes  de crer,  que fazem perguntas  porque  “têm  cauterizada  a  própria  consciência”  (lTm  4.2),  porque  não  conseguem  ser obedientes à Palavra de Deus. “Quem é o meu próximo?” Existe uma resposta a essa pergunta, se é meu irmão na carne, meu conterrâneo, meu vizinho ou meu inimigo? Não se poderia afirmar ou negar tanto uma  coisa  como  outra,  com  o  mesmo  direito?  O  resultado  de  tal  pergunta  não  é  o  dilema  e  a desobediência? Sim, essa pergunta é a revolta contra o próprio mandamento de Deus. É meu desejo ser obediente, mas Deus não me diz como fazê-lo. O mandamento de Deus é ambíguo, deixa-me em eterno conflito  eterno.  A pergunta:  “O  que  devo  fazer?”  foi  o  primeiro  engano.  A resposta  é:  Obedeça  ao mandamento que você conhece. Não fique perguntando, mas faça! A pergunta: “Quem é o meu próximo?” é a pergunta derradeira do  desespero ou da autoconfiança com a qual  o desobediente  se justifica.  A resposta é:  \bcê mesmo é seu próximo.  Vá e seja obediente em seu ato de amor.  Ser próximo não é qualidade do outro, mas é o direito que o outro tem sobre mim; nada mais que isso. A todo momento, em toda situação, sou chamado a agir; é de mim que se exige obediência. Literalmente, não resta tempo para questionar sobre a qualificação do outro. Tenho de agir e tenho de obedecer,  sou eu quem deve ser o próximo para o outro. E, então, você pergunta mais uma vez, aterrorizado, se não deveria primeiro ter conhecimento e refletir sobre como agir — quanto a isso,  só há uma resposta:  Eu não posso saber e refletir a não ser na própria ação, pois já de início me reconheço como sendo aquele que foi chamado. Só posso aprender o que é obediência enquanto obedeço, e não ao fazer perguntas. É só na obediência que posso reconhecer a verdade. O chamado de Jesus atinge o conflito da consciência e do pecado e nos liberta para a simplicidade da obediência. O jovem rico foi chamado por Jesus à graça do discipulado; já o ardiloso intérprete da lei foi mandado de volta ao mandamento.

Os 5 pontos do calvinismo e o aconselhamento pastoral

   IMPLICAÇÕES DOS 5 PONTOS DO CALVINISMO NO ACONSELHAMENTO PASTORAL


Esses ponto quando abandonados provocam ruína no meio cristão.

Quem exerce o ministério é de suma importância ter por base os 5 pontos no aconselhamento pastoral,por fornecerem subsídios úteis e efetivos para produzirem esperança e frutos de amor na vida dos que foram alvos da soberana,graciosa,incondicional,imutável e eterna obra redentora de Cristo.

Qualquer teologia que desconsidera a soberania divina é rebelião,essa visão irá definir nossa paciência ou não no aconselhamento

1. A DEPRAVAÇÃO TOTAL E O ACONSELHAMENTO

Fomos corrompidos em nosso ser,assim a natureza humana é vivida em todo ser,logo nenhum ato é bem visto diante de Deus(Isaías 64:6).

Isso nos torna incapazes de agradarmos a Deus,incapazes de obedecer,incapazes de crer.

Isso significa que o aconselhador e o aconselhado encontram-se na mesma condição,e se seguimos uma linha sem esta visão,seguimos a linha da auto estima,e como fica o problema do homem que é o pecado?

Discipulado : A verdadeira libertação ( Obediência simples )

                        DISCIPULADO: O VERDADEIRO DISCIPULADO


Terceiro : Obediência Simples


A situação de poder ser voluntariamente pobre coloca o jovem entre :obedecer ou não

   - Com Levi foi assim

   - Com Pedro foi assim

Em ambos os casos necessitou-se de uma obediência:confiar na palavra

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Discipulado A verdadeira libertação ( O chamado )

                                          DISCIPULADO: A VERDADEIRA LIBERTAÇÃO


SEGUNDO O CHAMADO ( Marcos 2:14 )

A resposta do  discípulo não  é uma confissão  oral  da fé  em Jesus,  mas  um ato  de  obediência

  .  Isso contraria a razão natural e, por isso, ela se esforça para separar esses fenômenos tão inter dependentes.

. Algo tem que ser esclarecido:

- O publicano já conhecia Jesus,por isso estava predisposto a segui-lO?

- Não há explicações a no ser uma só: O próprio Jesus:

1. Autoridade de Jesus e não explicações

2. Por ser o Cristo, Jesus tem autoridade e direito de exigir obediência

3. Nosso olhar deve recair não sobre o que obedece,mas sobre o que chama

4. Seguir Jesus não exige ter um conteúdo lógico,um ideal a ser alcançado ou um programa de vida

5. Apenas é largar tudo e segui-lo por causa do poder do seu chamado

6. É deixar sua segurança para uma vida de insegurança (seguro será apenas a comunhão)

7. Deixar o previsível para viver o imprevisível ( necessária )

8. Deixar as possibilidades limitadas ( realidade libertadora )

9. Não é uma lei de caráter moral,mas de subversão à todo legalismo

10. è ter a pura ligação com Jesus ( Jesus é o plano,o conteúdo,único )

Libertação é um discipulado com um compromisso único com Jesus

. Chamado da Graça e o mandamento da Graça

. É mais que o antagonismo entre lei e evangelho

E andarei com largueza, pois me empenho pelos teus preceitos” (SI 119.45)."

. Só implica o discipulado ( segui-lo )

. Cristianismo sem discipulado é um mito,uma ideia

. Crer em Deus sem discipulado é uma fé que até o diabo tem

. Lucas 9:57-62

1. Oferecer-se para seguir não é chamado ( deixa os mortos enterrar os seus mortos )(não seguiu)

. Não é escolha própria

. Ninguém chama a si mesmo

. Há um abismo entre a oferta espontânea e o discipulado

2. Saber o que deve fazer e o quer mas ter obrigações não é chamado

. O chamado se contrapõe à isso ( lei humana )

. Nada por mais sagrado que seja pode ser barreira

. Só Cristo tem autoridade para falar assim

3. Discipulado é chamado que não impõe condições

. O discipulado opõe-se à disposição condicional

. O discipulado não é um programa a cumprir-se

- Não quer o que Jesus quer

- Não quer o que ele mesmo quer

Ser discípulo implica dar passos:

1. Separar-se da sua existência anterior

Cria uma nova situação

. O publicano abandonou a coletoria

. Pedro as redes

. Discipulado não é uma doutrina,mas uma nova maneira de ser:caminhar com Jesus

2. Só no abandono a fé se torna possível

. Sem segui-lo ficamos para trás e não aprendemos a crer

. Não um programas,apenas a comunhão com Jesus

. Sem abandono seremos bons e honrados profissionais,mas ignorantes na fé

3. Crer implica e não ficar escondido

. Discipulado não é viver recluso e no anonimato

. Discipulado significa ir com Ele ( ir com Jesus é ser notado )

. Discipulado é derrubar todas as pontes por amor a Ele

4. Viver na nova situação : sua palavra

. Saltar do barco e andar sobre as águas,mas também afundar ( reconhecer o senhorio de Jesus,mas

também a fraqueza humana )

. Viver situações impossíveis e eticamente irresponsáveis

. Deus cria situações para vivermos sua palavra

. Mais que um entusiasmo enganoso

- Somente no discipulado teremos discernimento

- Somente no discipulado as situações são criadas por Deus

. Fidelidade à Palavra segue a frase : " Somente o que crê obedece e só o obediente crê

- Obediência é premissa da fé

- Fé é premissa da obediência

- Fé só é obediência quando baseada na palavra,fora é obra e obra não é discipulado

- Romanos 1:17 " de fé em fé " de situação em situação

CONCLUSÃO

A falta de fé está mais para a desobediência consciente e isso é graça barata

Mateus 19:16-22 Jovem rico

Faz uma pergunta,mas queria saber outra coisa

1. Jesus tinha algo a dizer sobre,pois a pergunta era importante

2. Espera de Jesus uma declaração importante não uma ordem

Isso mostra a piedade fantasia que vivia

Jesus o chama à obediência

3. A pergunta "quais" esconde satanás

Qual seria o mandamento adequado para aquele momento?

. Só vê seus problemas ( conflito ético )Gênesis 3:1 põe em dúvida a palavra de Deus

. Conflito ético é recusa à obediência ,é a dúvida que impede a fé,logo à obediência

2 fé em Jesus, mas um ato de obediência

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Discipulado o caminho da verdadeira libertação ( João 8:31-32 ) A Graça Preciosa

                           DISCIPULADO : A VERDADEIRA LIBERTAÇÃO

 João 8:31-32 "Se permanecerdes na minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos.E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

                                                          INTRODUÇÃO

A verdadeira libertação é um processo.

- Processo que começa com o discipulado

  - Discipulado que crê nas palavras de Jesus ( doutrinas )

  - Discipulado que permanece em Jesus ( discerne onde Jesus está )

  - Discipulado que conhece a verdade ( valores da vida )

  - Discipulado que vive a liberdade ( do EU=nova pessoa,dos outros=agrada a Deus,do pecado=domínio )

Um discípulo que não entende o que é graça,não sabe o que é a verdadeira libertação

  - Ser discípulo é estar "em Cristo" e estar em Cristo é estar "em comunidade"

  - Não tem como ser discípulo fora da comunhão 

  - É na comunhão que conheceremos essa graça

                                                    INTRODUÇÃO

1. GRAÇA PRECIOSA E NÃO GRAÇA BARATA

A graça barata é inimiga da Igreja

. Inverte o esforço da reforma ( justifica o pecado ao invés do pecador )

. A graça preciosa vê a obediência a Cristo um compromisso,mesmo que nos leve a morte

( Diertrich,seu irmão e cunhados rejeitam a ideologia nazista,ficam presos 18 meses,são encaminhado par um campo de extermínio,julgados sem direito de defesa e enforcados no dia 9 de abril de 1945 )

. Foi nessa prisão que esse pastor escreveu várias cartas,que foram os melhores frutos da sua contribuição teológica.

. Sua integridade de vida ( discipulado )é o maior legado à Igreja de Cristo

. Uma vida de coerência existencial,mostra sua vida de discipulado "em Cristo"

A graça preciosa mostra que não existe um centímetro da realidade que esteja fora da soberania de Deus

 - Quem é Cristo para a Igreja hoje?

 - O que Cristo espera de nós hoje?

A graça barata criou novas leis humanas

A graça barata criou falsas esperanças

A graça barata criou falsas esperanças e falsos consolos

A graça barata continua a turvar a mensagem cristalina de Jesus

- O que dificulta a chegada  do ímpio à Igreja é o nosso superficial discipulado

- Ser discípulo de Jesus é um peso?

Discipulado é libertação logo não pode ser peso (graça barata)

 - Discipulado é duro para que se opõe a ele,mas para quem se permite ele é leve

 ( 1 João 5:4 "Seus mandamentos não são penosos" )

 - A libertação real é viver a vida cristã com a força que Cristo nos dá

 - A libertação com "esforço" é externa,logo mentirosa (difícil manter aparências)

A graça não é barata ela é preciosa 

 - Ela não é algo automático ( odeio o termo conectado )

 - Ela não é algo sem arrependimento ( não quer mudança)

 - Ela justifica o pecador e não o pecado ( ser diferente )

 - Ela não é uma vida sem cruz ( comunhão sem confissão )

 - É a graça que vende tudo que tem para adquirir o grande tesouro

 - Ela arranca o órgão que o atrapalha seguir

 - Abandona as redes e O segue

 - Pode custar até a vida 

Por 2 vezes Jesus chamou Pedro ( Marcos 1:17 e João 21:22)

 - A vida se situa entre os dois chamados 

1. Lago de Nazaré,larga as redes para o discipulado

2. Lago de Nazaré,larga as redes após o discipulado

  - No meio desses 2 chamados está a confissão de Pedro

Nos 3 momentos foi a graça que encontrou Pedro e interveio na sua vida

  - A graça preciosa o chamou a tudo largar

  - A graça preciosa o fez confessar quem era o Cristo

  - A graça preciosa o chamou de infiel para uma comunhão definitiva

A secularização da igreja essa graça foi perdendo a essência

- A graça como propriedade da Igreja tornou-se barata

- O monasticismo foi um ponto positivo do catolicismo

   - Junto da igreja estava presente o discipulado

   - Pessoas abandonavam tudo para viverem uma vida de mandamentos no cotidiano

   - Os mosteiros foram um protesto contra a graça barata

   - Teve um problemas : a massa não podia participar ( apenas selecionados ),seguiam um caminho mais fácil

   - A vida nos Mosteiros tornou-se meritória a troféus

Foi num Mosteiro que Deus encontrou Lutero ( era monge )

  - Aprendeu que discipulado não é recompensa para alguns por comportamento

  - Discipulado que foge do mundo não é amor,mas monasticismo( meritório)

  - Vida piedosa não garante frutos ou troféus

  - Deus chama Lutero a abandonar essa crença meritória

  - Abandona o mosteiro e volta para o mundo,pois o Mosteiro também era o mundo

  - Viveu a verdadeira liberdade quando se torna discípulo

  - Obediência absoluta no cotidiano

O discipulado é o que mais pode afetar o mundo

  - A graça preciosa não nos dispensa do discipulado

  - A graça opera sozinha,se não não é graça preciosa

  - Essa graça não me leva a pecar à vontade,mas ao discipulado que tem preço:seguir

  - Essa graça perdoa a quem diariamente abdica do pecado,que impede o discipulado

                                                  CONCLUSÃO

Que resultados a igreja recebe e o mundo recebe desse evangelho secularizado?

   - O que essa graça barata traz como resultado?

   - O que acontece com um mundo cristianizado?

   - Carlos magno assassinou 3 mil saxões

   - Quantos milhões de almas nós assassinamos hoje?

Uma vida sem discipulado é uma vida de graça barata ( escrava )

    - Uma vida sem discipulado é uma vida sem  libertação:

        . Escravos do fatalismo da graça barata

        . Escravos do legalismo meritório

    


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

A orientação sexual de Jesus

                                                Teria Jesus orientação sexual?


"Completando-se os oito dias para o ritual de circuncisão do menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, o qual já havia sido outorgado pelo anjo antes de Ele nascer."

                                                                                                                   Lucas 2:21


Questionar a orientação sexual de Jesus não é tão absurdo,pois ha no mundo 3 visões sobre o assunto:

1. Tradicionais : Jesus era hétero

2. Secular : Jesus era homo

3. Científico : Assexuado ( sem orientação sexual )

A Bíblia afirma que Jesus nos levaria à toda verdade,logo se soubermos quem Ele é isso facilita saber a verdade.

Ao contrário do que alguns afirmam a Bíblia dá luz sobre esse assunto

"O nascimento de Jesus Cristo ocorreu da seguinte maneira: Estando Maria, sua mãe, prometida em casamento a José, antes que coabitassem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Então, José, seu esposo, sendo um homem justo e não querendo expô-la à desonra pública, planejou deixá-la sem que ninguém soubesse a razão. Mas, enquanto meditava sobre isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do SENHOR, dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber a Maria como sua mulher, pois o que nela está gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o SENHOR havia dito através do profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e Ele será chamado de Emanuel”, que significa “Deus conosco”. José, ao despertar do sonho, fez o que o Anjo do SENHOR lhe tinha ordenado e recebeu Maria como sua mulher. Contudo, não coabitou com ela enquanto ela não deu à luz o filho primogênito. E José lhe colocou o nome de Jesus."

1. Jesus tinha uma natureza humana e divina

2. Como natureza humana Jesus era homem ( sexo masculino )

Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz »um filho«, e por-lhe-ás o nome de »Jesus«.” Lucas 1:30-31

“E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. E foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o »menino« deitado na manjedoura. E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do »menino« lhes fora dita.” Lucas 2:15-17

As Testemunhas,                     
O texto claramente diz que Ele nasceu Homem (menino), e para comprovar esse facto, os pastores verificaram presencialmente com os seus próprios olhos, que Jesus não era assexuado – tinha pênis, quando O viram deitado na manjedoura, pondo-se posteriormente a divulgar o acontecimento do Seu nascimento.

3. Como homem em tudo Ele foi tentado 

"Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que »como nós em tudo foi tentado«, mas sem pecado.” Hebreus 4:1

Como homem também na questão da sua sexualidade em tudo foi  tentado.Jesus não teria qualquer limitação sexual

                                A CIRCUNCISÃO DE JESUS

Além da importância para a saúde e religião,essa cirurgia tinha uma importância de identidade de Israel como nação.

A circuncisão manteve a unidade do povo hebreu em seus costumes,dificultando a assimilação de outros povos e isso marcava a identidade cultural desse povo.

A depender da história hebreia a circuncisão marcava o macho da passagem da fase infantil para a fase adulto ( foi assim quando estavam no Egito ),para isso recebiam uma educação diferenciada.

A circuncisão fazia o homem ter mais desempenho em sua fase jovem.( Essa foi uma das razões da mulher de Potifar desejar José e não os outros empregados )

A lei da purificação ( dias que a mulher ficaria afastada das pessoas )definiria a identidade da criança ( se parisse menino ficaria 6 dias considerada impura e mais 33 dias afastada da comunidade,se fosse a criança menina 14 dias considerada impura e 66 dias afastada da comunidade.

A circuncisão portanto marca a identidade da criança como judeu,por isso era uma purificação ritualística,pois o menino passava a ser educado dentro da sua identidade com obrigações e deveres.

Jesus por ser circuncidado estava dentro do pacto de santidade,separação e purificação