quarta-feira, 18 de outubro de 2017

PECADOS CONTRA O E S


A Blasfêmia contra o Espírito Santo

O pior pecado; para este pecado não há perdão. Todos os outros pecados contra o Espírito Santo são cometidos por crentes. Podemos nos arrepender deles, receber perdão e fazer um novo começo. A blasfêmia contra o Espírito Santo, chamado de “o pecado imperdoável”, é cometido por descrentes (Mt 12.31,32). O pecado imperdoável implica na rejeição total e irrevogável de Jesus Cristo.

Em Atos 7.51, Estevão estava dizendo aos seus ouvintes que eles eram culpados dos mesmos pecados que seus pais, que se tinham recusado a levar a sério as mensagens dos profetas.

O pecado infeccionou tanto o coração das pessoas não regeneradas que elas estarão sempre resistindo ao Espírito Santo. A carne e a mente perversa sempre O combatem. Estas pessoas não darão acolhida à Palavra de Deus enquanto o Espírito Santo não obtiver a vitória sobre eles. Estevão estava dizendo algo mais: da mesma maneira como o Espírito tinha lutado em vão com muitas pessoas no Antigo Testamento, que depois foram condenadas, também seus ouvintes, naquela época e hoje, seriam condenados se não prestassem atenção à atuação do Espírito em seu coração. Este pecado, resistir ao Espírito, quando praticado por muito tempo, leva à condenação eterna. A única maneira de o pecador receber o perdão por este pecado é deixar de resistir ao Espírito Santo e abrir o coração para Jesus, de quem o Espírito dá testemunho.
Cristãos devem hesitar muito para tomar dogmaticamente suas decisões próprias sobre se alguém cometeu o pecado imperdoável. Deixe esta decisão com o Espírito Santo e com Deus-Pai. Nossa parte é instar sempre com as pessoas para que se arrependam e se voltem para Jesus, porque nós não sabemos se o Espírito já cessou de atuar neles ou não.
O pecado imperdoável é rejeitar as verdades sobre Cristo. É rejeitar de maneira completa e definitiva o que o Espírito Santo diz sobre Jesus Cristo. Você rejeitou a Cristo, e disse em seu coração que o que a Bíblia diz sobre Ele é mentira? Se for este o caso, você está em uma situação perigosa. Você tem de aceitar as verdades sobre Cristo em confissão humilde, arrependimento e fé. Persistir na descrença poderia ser trágico, levando-o a uma eternidade sem Deus. Por outro lado, você pode ser crente, mas cometeu algum pecado o qual você até agora pensou que o impedisse de ser salvo. Não interessa o que é: lembre-se que Deus o ama, e que quer perdoar este pecado. Você só precisa confessar este pecado a Ele e perdi-Lhe perdão. Este pecado – o que quer que seja – não é o pecado imperdoável. Só que você tem de fazê-lo sair de sua vida (Sl 103.12).
Entristecer o Espírito
Pecados contra o Espírito Santo que podem ser cometidos por cristãos: entristecer e apagar o Espírito. Quase tudo o que nós fazemos de errado pode ser incluído em um destes dois termos.
Em Efésios 4.30, Paulo não está falando de julgamento, no sentido de que o que estamos fazendo aqui está nos separando do amor de Deus e nos fará ir para o inferno. Está, isto sim, falando de coisas que não combinam com a natureza do Espírito Santo e por isso O ferem em Seu ser e O entristecem. Podemos magoar ou irar alguém que não nos tem afeição, mas só podemos entristecer quem nos ama.
Como um cristão pode entristecer o Espírito Santo? Ler Efésios 4.20-32. Podemos saber o que entristece o Espírito analisando nossa conduta à luz das palavras que a Escritura usa para caracterizar o Espírito. O Espírito Santo é o Espírito da: [1] Verdade, Jo 14.17 (tudo o que é falso, enganoso e hipócrita O entristece); [2]Fé, 2 Co 4.13 (dúvidas, desconfiança, ansiedades e preocupações O entristecem); [3] Graça, Hb 10.29 (tudo em nós que é duro, amargo, malicioso, indelicado e indisposto para perdoar e amar O entristece); [4] Santidade, Rm 1.4 (tudo que é impuro, sujo ou degradante O entristece).
O que acontece quando nós entristecemos o Espírito Santo? Ele gosta de nos revelar o que é de Cristo. Também nos proporciona alegria, paz. Mas quando nós O entristecemos, Seu ministério fica interrompido. Quando eu me desvio do caminho claro da vontade de Deus, então o ministério do Espírito em minha vida está prejudicado. Sua atuação é interrompida, mas Ele continua presente. Ele não é afastado, somente Sua atuação é prejudicada. Assim que o fio partido é restaurado, Seu ministério pleno recomeça.
Entristecer o Espírito Santo não implica em perdê-lO. Eu continuo selado por Ele; Ele não deixa de morar em mim. Nenhum crente pode entristecê-lO a ponto de Ele o deixar totalmente (Ef 1.13; 4.30; Rm 8.23). Podemos escorregar, mas isso é bem diferente de cair da graça ou perder o Espírito Santo totalmente. Mas quando nós O entristecemos, Ele retira de nós a alegria e o poder até que renunciemos e confessemos o pecado. Estou convencido que, uma vez batizados no corpo de Cristo, tendo o Espírito Santo em nós, nunca mais seremos abandonados por Ele. Estamos selados para sempre. Ele é a garantia, o penhor do que virá. Ele nos concede alegria contínua por sabermos que somos de Deus; esta alegria só cessa quando alguma obra da carne entristece Aquele que nos selou (Tg 4.5).
Apagar o Espírito
Ler 1 Ts 5.19. Entristecer dá a ideia de mágoa, de sofrimento. Tem a ver com a maneira com que nós ferimos o coração do Espírito em nossa vida particular. Apagar significa “abafar, extinguir” e nos lembra do conceito bíblico de que o Espírito é um fogo. Não quer dizer que O expulsamos, mas que abafamos o amor e o poder do Espírito.
Um fogo se apaga quando lhe tiramos o combustível. O fogo do Espírito fica bloqueado quando deixamos de orar, falar de Cristo ou ler a Palavra de Deus. Estas coisas são veículos que Deus usa para nos dar o combustível para manter o fogo. Outra maneira de apagar um fogo é jogar água ou terra sobre ele, ou sufocá-lo com um cobertor. Um pecado intencional apaga o Espírito. O momento de confessar isto a Deus é exatamente este; arrependa-se. E depois viva cada dia na plenitude do Espírito, sensível à Sua orientação e ao Seu poder em sua vida.
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ENDIREITANDO AS VEREDAS

Texto: Pv 3.5,6.
Introdução
> Explicar o que significa “… e ele endireitará as tuas veredas …” (v. 6).
> Significa que Deus:
– Dirigirá os nossos passos
– Não deixará vacilar os teus pés (Sl 121.3)
– Não permitirá que tomemos decisões erradas
– Aplanará os nossos caminhos
– Fechará as portas pelas quais não devemos entrar e abrirá as portas pelas quais devemos entrar
– Nos dará a direção certa
Proposição
(AT) A vontade de Deus é que as veredas de seus servos sejam veredas retas.
(ST) O texto nos mostra algumas ATITUDES que devemos ter para que o Senhor endireite as nossas veredas.
I.) Confia no Senhor de todo o teu coração – Pv 3.5 a
> No Senhor, não em homens.
> A palavra hebraica traduzida por “confiar” tinha a ideia original de ‘ficar deitado, indefeso, com o rosto no chão’, ou seja, descansando!
> Exemplo de alguém que confiou no Senhor: Ezequias.
> Ver 2 Cr 32.1-23. Devemos confiar no Senhor:
– Mesmo que o inimigo seja poderoso – v. 1
– Mesmo que o inimigo te afronte – v. 9-12
– Mesmo que o inimigo procure te intimidar – v. 13,14
– Mesmo que o inimigo questione a sua autoridade – v. 15
> Atitude de Ezequias – v. 2-8,20.
> Resultado de se confiar no Senhor – v. 21-23.
> Ver ainda Jr 17.5-8; Sl 37.5; 125.1; Is 26.3,4.
> Em quem você prefere confiar? No homem ou no Senhor?
II.) Não te estribes no teu próprio entendimento – Pv 3.5 b
> Estribar-se significa ‘apoiar-se, depender de’.
> No Senhor, não em nós mesmos: “O que confia no seu próprio coração é insensato…” (Pv 28.26 a).
> Exemplo de alguém que confiou em si mesmo: Saul.
> Ver 1 Sm 13.8-14. Não coloque a sua confiança em você:
– Mesmo que Deus pareça tardio para agir – v. 8,9.
– Mesmo que as circunstâncias te pressionem, te forcem – v. 10-12.
> Resultado da autoconfiança – v. 13,14.
> Você prefere confiar no Senhor ou em você mesmo?
III.) Reconhece ao Senhor em todos os teus caminhos – Pv 3.6 a
> Reconhecer significa ‘saber; ter consciência de’
> Exemplos: reconhecer que Ele está no controle; fazer sempre menção dEle de coração; confessá-lo publicamente; reconhecer que tudo o que temos e somos provêm dEle.
> Exemplo de alguém que reconheceu o Senhor em todos os seus caminhos: José.
– Quando tentado pela mulher de Potifar – Gn 39.7-9.
– Quando interpretou sonhos na prisão – Gn 40.7,8.
– Quando interpretou sonhos de Faraó – Gn 41.15,16.
– Quando deu nome aos seus filhos – Gn 41.50-52.
– Quando seus irmãos o temeram – Gn 50.20.
> Você tem reconhecido a Deus em todos os seus caminhos?
Conclusão
> Lembrar que confiar no Senhor de todo o coração, não se estribar no próprio entendimento, e reconhecer ao Senhor em todos os nossos caminhos, são condições para que Ele endireite as nossas veredas!

pastores e lobos

Por Osmar Ludovico da Silva
Sobre Pastores e Lobos
Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. Isso porque lobos desenvolveram uma astuta técnica de se disfarçar em ovelhas interessadas no cuidado de outras ovelhas. Parecem ovelhas, mas são lobos.
No entanto, não é difícil distinguir entre pastores e lobos. Urge a cada um de nós exercitar o discernimento para descobrir quem é quem.
Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.
Pastores gostam de convívio, lobos gostam de reuniões.
Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
Pastores choram pelas suas ovelhas, lobos fazem suas ovelhas chorar.
Pastores têm autoridade espiritual, lobos são autoritários e dominadores.
Pastores têm esposas, lobos têm coadjuvantes.
Pastores têm fraquezas, lobos são poderosos.
Pastores olham nos olhos, lobos contam cabeças.
Pastores apaziguam as ovelhas, lobos intrigam as ovelhas.
Pastores têm senso de humor, lobos se levam a sério.
Pastores são ensináveis, lobos são donos da verdade.
Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
Pastores se extasiam com o mistério, lobos aplicam técnicas religiosas.
Pastores vivem o que pregam, lobos pregam o que não vivem.
Pastores vivem de salários, lobos enriquecem.
Pastores ensinam com a vida, lobos pretendem ensinar com discursos.
Pastores sabem orar no secreto, lobos só oram em público.
Pastores vivem para suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
Pastores vão para o púlpito, lobos vão para o palco.
Pastores são apascentadores, lobos são marqueteiros.
Pastores são servos humildes, lobos são chefes orgulhosos.
Pastores se interessam pelo crescimento das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento das ofertas.
Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e para a instituição.
Pastores são usados por Deus, lobos usam as ovelhas em nome de Deus.
Pastores falam da vida cotidiana, lobos discutem o sexo dos anjos.
Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
Pastores sujam os pés nas estradas, lobos vivem em palácios e templos.
Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
Pastores conhecem, vivem e pregam a graça, lobos vivem sem a lei e pregam a lei.
Pastores usam as Escrituras como texto, lobos usam as Escrituras como pretexto.
Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
Pastores lidam com a complexidade da vida sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas com jargão religioso.
Pastores confessam seus pecados, lobos expõem o pecado dos outros.
Pastores pregam o Evangelho, lobos fazem propaganda do Evangelho.
Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
Pastores tem dons e talentos, lobos tem cargos e títulos.
Pastores são transparentes, lobos têm agendas secretas.
Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
Pastores trabalham em equipe, lobos são prima-donas.
Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
Pastores constroem vínculos de interdependência, lobos aprisionam em vínculos de co-dependência.
Os lobos estão entre nós e é oportuno lembrar-nos do aviso de Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são devoradores” (Mateus 7:15).

PATERNIDADE II

I.) Proposições sobre a doutrina da Trindade

a. Há no Ser Divino apenas uma essência indivisível (ousia, essentia). Deus é um em Seu ser essencial, ou seja, em Sua natureza constitucional. Essência vem de esse, ser. Esta proposição concernente à unidade de Deus baseia-se em passagens como Dt 6.4; Tg 2.19, sobre a existência autônoma e a imutabilidade de Deus.

b. Neste único Ser Divino há três Pessoas ou subsistências individuais, o Pai e o Fi¬lho e o Espírito Santo. A variedade dos termos empregados mostra que sempre se sentiu que são inadequados. Na linguagem comum, a palavra “pessoa” designa um indivíduo racional e moral separado, dotado de consciência própria, e consciente da sua identidade em meio a todas as mudanças. Onde temos uma pessoa, temos também uma essência individual distinta. Toda pessoa é um indivíduo distinto e separado, em quem a natureza é individualizada. Mas em Deus não há três indivíduos justapostos e separados uns dos outros, mas somente auto-distinções pessoais dentro da essência divina, que é numericamente, uma só. Muitos preferiram falar de três diferentes modos, não de manifestação, como ensinava Sabélio, mas de existência ou de subsistência.
Diz Calvino: “Então, com pessoa, quero dizer uma subsistência na essência divina – uma subsistência que, conquanto relacionada com as outras duas, distingue-se delas por suas propriedades incomunicáveis”. As auto-distinções do Ser Divino implicam um “Eu” e “Tu” no Ser de Deus, que assumem relações pessoais uns para com os outros. Ver Mt 3.16; 4.1; Jo 1.18; 3.16; 5.20-22; 14.26; 15.26; 16.13-15.

c. Toda a indivisa essência de Deus pertence igualmente a cada uma das três pessoas. A essência não é dividida entre as três pessoas, mas está em cada uma das pessoas, de modo que têm unidade numérica de essência. A natureza divina distingue-se da natureza humana em que pode subsistir total e indivisivelmente em mais de uma pessoa. Três pessoas humanas têm apenas unidade de natureza ou essência, isto é, participam da mesma espécie de natureza ou essência, as pessoas da Divindade têm unidade numérica de essência, isto é, possuem a mesma essência, essência idêntica. A natureza ou essência humana pode ser considerada como uma espécie, da qual cada homem tem uma parcela individual. A natureza divina é indivisível e, portanto, idêntica, nas pessoas da Divindade. É numericamente uma e a mesma, pelo que a unidade da essência das pessoas é uma unidade numérica. A essência divina não é uma existência independente justaposta paralelamente às três pessoas. Ela não tem existência à parte e fora das três pessoas. Se tivesse, não haveria verdadeira unidade, mas uma divisão que levaria ao tetrateísmo. A distinção pessoal é una, dentro da essência divina. Esta tem três modos de subsistência. Não pode haver subordinação de uma pessoa a outra da Divindade quanto ao ser essencial, e, portanto, nenhuma diferença na dignidade pessoal. A única subordinação de que podemos falar é uma subordinação quanto à ordem e ao relacionamento. É especialmente quando refletimos na relação das três pessoas da essência divina, que todas as analogias nos falham e ficamos profundamente conscientes de que a Trindade é um mistério que ultrapassa a nossa possibilidade de compreensão. E a incompreensível glória da Divindade. Assim como a natureza humana é tão rica, em sua amplíssima plenitude, que não pode ser incorporada, toda ela, num só indivíduo, e só obtém adequada expressão na humanidade como um todo, também o Ser Divino só se revela em Sua plenitude em Sua tríplice subsistência de Pai e Filho e Espírito Santo.

d. A subsistência e as operações das três pessoas do Ser Divino são assinaladas por certa ordem definida. Há uma certa ordem na Trindade. Quanto à subsistência pessoal o Pai é a primeira pessoa, o Filho é a segunda, e o Espírito Santo é a terceira. Esta ordem não pertence a nenhuma prioridade de tempo ou de dignidade essencial, mas somente à ordem de derivação lógica. O Pai não é gerado por nenhuma das outras duas pessoas, nem delas procede; o Filho é eternamente gerado pelo Pai, e o Espírito procede do Pai e do Filho desde toda a eternidade. A geração e a processão ocorrem dentro do Ser Divino, e implicam certa subordinação quanto ao modo da subsistência pessoal, não porém subordinação no que se refere à posse da essência divina. Nada mais natural que a ordem existente na Trindade essencial se reflita nas opera ad extra (obras externas ao ser essencial) que se atribuem mais particularmente a cada uma das pessoas. A Escritura indica claramente esta ordem para expressar a ideia de que todas as coisas provêm do Pai, mediante o Filho, e no Espírito Santo.

e. Há certos atributos pessoais pelos quais se distinguem as três pessoas. Chamam- se opera ad intra, porque são obras realizadas no interior do Ser Divino. São operações pessoais, não realizadas pelas três pessoas juntas, e são incomunicáveis. A geração é um ato exclusivo do Pai; a filiação pertence exclusiva¬mente ao Filho; e a processão só pode ser atribuída ao Espírito Santo. Se distinguem das opera ad extra, que são as atividades e efeitos pelos quais a Trindade se manifesta exteriormente. Nunca estas obras se devem exclusivamente a uma das pessoas, mas sempre são obras do Ser Divino completo. Algumas das obras ad extra são atribuídas mais particularmente a uma pessoa, algumas mais especialmente a outra, e assim com cada uma das três pessoas divinas. Conquanto sejam obras das três pessoas conjuntamente, atribui-se a criação primariamente ao Pai, a redenção ao Filho e a santificação ao Espírito Santo. Esta ordem das operações divinas indica a ordem essencial de Deus e for¬ma a base daquilo que geralmente se conhece como Trindade econômica.


f. A igreja confessa que a Trindade é um mistério que transcende a compreensão do homem. A Trindade é um mistério; se trata de uma verdade anteriormente oculta e depois revelada; o homem não pode compreendê-la e não pode tomá-la inteligível. E inteligível em algumas de suas relações e de seus modos de manifestação, mas é ininteligível em sua natureza essencial. Esforços feitos para explicar o mistério redundaram no desenvolvimento de conceitos triteístas ou modalistas de Deus, na negação ou da unidade da essência divina ou da realidade das distinções pessoais dentro da essência. A real dificuldade está na relação em que as pessoas da Divindade estão com a essência divina e uma com as outras; e esta é uma dificuldade que a igreja não é capaz de remover, podendo apenas tentar reduzi-la mediante uma apropriada definição de termos. Ela jamais tentou explicar o mistério da Trindade, mas procurou somente formular a doutrina de modo que fossem evitados os erros que a ameaçam.
Cristologia (Parte 3) - A Humanidade de CristoII.) A subsistência pessoal do Filho
Os modalistas negam as distinções pessoais da Divindade. Pode-se consubstanciar a doutrina da personalidade do Filho como segue:
(1) O modo pelo qual a Bíblia fala do Pai e do Filho um ao lado do outro implica que um é tão pessoal como o outro, e também indica a existência de uma relação pessoal entre ambos.
(2) O emprego dos apelativos “unigênito” e “primogênito” implica que a relação entre o Pai e o Filho pode ser retratada aproximadamente como uma relação de geração e nascimento. O designativo “primogênito” encontra-se em Cl 1.15; Hb 1.6, e acentua o fato da geração eterna do Filho. Significa que Ele já existia antes da criação.
(3) O termo “Logos” é aplicado ao Filho para indicar a Sua profunda relação com o Pai, relação como a que existe entre uma palavra e o orador que a profere. Diferentemente da filosofia, a Bíblia apresenta o Logos como pessoal e o identifica com o Filho de Deus, Jo 1.1-14; 1 Jo 1.1-3. (4) A descrição do Filho como a imagem ou mesmo como a expressa imagem de Deus em 2 Co 4.4; Cl 1.15; Hb 1.3.
III.) A geração eterna do Filho

Ele é eternamente gerado do Pai (“filiação”) e toma parte com o Pai na espiração do Espírito. A doutrina da geração do Filho é sugerida pela representação bíblica da primeira e da segunda pessoas da Trindade como estando na relação do Pai e o Filho um com o outro. Não somente os nomes “Pai” e “Filho” sugerem a geração deste por aquele, mas também o Filho é repetidamente chamado “o Unigênito”, Jo 1.14,18; 3.16,18; 1 Jo 4.9.

Várias particularidades:
(1) É um ato necessário de Deus. A geração do Filho deve ser considerada como um ato necessário e perfeitamente natural de Deus. Não significa que este ato não esteja relacionado com a vontade do Pai. É um ato da vontade necessária do Pai; a Sua vontade concomitante agrada-se perfeitamente com ele.
(2) É um ato eterno do Pai. A geração do Filho naturalmente participa do Pai na eternidade. Não significa que seja um ato que se realizou completamente no passado distante, mas, antes, que é um ato atemporal, o ato de um eterno presente, um ato que se realiza continuadamente e, todavia, sempre de maneira completa. Sua eternidade segue-se não somente da eternidade de Deus, mas também da imutabilidade divina e da verdadeira divindade do Filho. Acresce que também se pode inferir das passagens bíblicas que ensinam ou a preexistência do Filho ou a Sua igualdade com o Pai, Mq 5.2; Jo 1, 14, 18; 3.16; 5.17, 18, 30, 36; At 13.33; Jo 17.5; Cl 1.16; Hb 1.3.
(3) É geração da subsistência pessoal, e não da essência divina do Filho. Alguns falam como se o Pai gerasse a essência do Filho, mas isto equivale a dizer que Ele gerou a Sua própria essência, pois a essência do Pai e do Filho é exatamente a mesma. É melhor dizer que o Pai gera a subsistência pessoal do Filho e Lhe comunica a essência divina em sua inteireza. Devemos evitar a ideia de que o Pai gerou primeiramente a segunda pessoa e depois comunicou a essência divina a esta pessoa; isto levaria à conclusão de que o Filho não foi gerado da essência divina, mas foi criado do nada. Na obra de geração houve comunicação da essência; foi um ato indivisível. Em virtude desta comunicação, o Filho também tem vida em Si mesmo, Jo 5.26.
(4) É geração que deve ser entendida como espiritual e divina. Não se deve entender esta geração de maneira física ou que lembre o processo de geração das criaturas, mas deve ser entendida como espiritual e divina, excluindo toda ideia de divisão ou mudança. Notável analogia acha-se no pensamento e na alocução do homem, e a própria Bíblia parece indicar isto, quando fala do Filho como o Logos. (5) Definição da geração do Filho: É o ato eterno e necessário da primeira pessoa da Trindade, pelo qual Ele, dentro do Ser Divino, é a base de uma segunda subsistência pessoal, semelhante à Sua própria, e dá a esta segunda pessoa posse da essência divina completa, sem nenhuma divisão, alienação ou mudança.

É agora minha convicção de que a geração da qual se fala em Salmos 2 e Hebreus 1 não é um evento que aconteceu no tempo. Mesmo que à primeira vista a Escritura pareça empregar terminologia com insinuações temporais (“hoje te gerei”), o contexto do Salmo 2:7 parece se referir claramente ao decreto eterno de Deus. É razoável concluir que a geração da qual se fala ali também é algo que pertence à eternidade, e não a um ponto no tempo. A linguagem temporal deveria ser entendida, portanto, como figurativa, não literal.
A maioria dos teólogos reconhece isso, e quando tratando com a filiação de Cristo, eles empregam o termo “geração eterna”. Eu não gosto da expressão. Nas palavras de Spurgeon, ela é um “termo que não nos transmite nenhum grande significado; ela simplesmente encobre nossa ignorância”. E, todavia, o conceito em si – estou agora convencido – é bíblico. A Escritura se refere a Cristo como o “unigênito do Pai” (João 1:14; cf. v. 18; 3:16, 18; Hebreus 11:17). A palavra grega traduzida como “unigênito” é monogenes. A ênfase do seu significado tem a ver com a unicidade absoluta de Cristo. Literalmente, ela pode ser traduzida como “um de um tipo” – e, todavia, ela claramente significa que ele é da mesmíssima essência que o Pai. Esse, creio, é o próprio cerne do que se quer dizer pela expressão “unigênito”.
Dizer que Cristo é “gerado” é em si mesmo um conceito difícil. Dentro do reino da criação, o termo “gerado” fala da origem da descendência de alguém. O gerar de um filho detona sua concepção – o ponto em que ele veio à existência. Assim, alguns assumem que “unigênito” refere-se à concepção do Jesus humano no ventre da virgem Maria. Todavia, Mateus 1:20 atribui a concepção do Cristo encarnado ao Espírito Santo, não a Deus o Pai. O gerar ao qual o Salmo 2 e João 1:14 se referem parece claramente ser algo mais do que a concepção da humanidade de Cristo no ventre de Maria.
E, de fato, há outro significado, mais vital, para a ideia de “gerar” do que meramente a origem da descendência de alguém. No desígnio de Deus, cada criatura gera sua descendência “segundo sua espécie” (Gênesis 1:11-12; 21-25). A descendência carrega a semelhança exata do pai. O fato de que um filho é gerado pelo pai garante que o filho compartilha a mesma essência do pai.
Eu creio que esse é o sentido que a Escritura deseja transmitir quando ela fala da geração de Cristo pelo Pai. Cristo não é um ser criado (João 1:1-3). Ele não teve princípio, mas é tão eterno quanto o próprio Deus. Portanto, o “gerar” mencionado em Salmo 2 e suas referências cruzadas não tem nada a ver com sua [de Cristo] origem .
Mas ele tem a ver com o fato de que ele é da mesma essência que o Pai. Expressões como “geração eterna”, “Filho unigênito”, e outras pertencentes à filiação de Cristo, devem todas ser entendidas nesse sentido: a Escritura as emprega para enfatizar a absoluta unicidade da essência entre Pai e Filho. Em outras palavras, tais expressões não pretendem evocar a ideia de procriação; elas pretendem transmitir a verdade sobre a unicidade essencial compartilhada pelos Membros da Trindade.
[…] relacionamentos humanos de pai-filho são meramente figuras terrenas de uma realidade celestial infinitamente maior. O relacionamento arquétipo verdadeiro Pai-Filho existe eternamente dentro da Trindade. Todos os outros são meramente réplicas terrenas, imperfeitas porque elas são limitadas pela nossa finitude, todavia, ilustrando uma realidade eterna vital.
Se a filiação de Cristo é toda sobre sua deidade, alguém se perguntaria por que isso se aplica somente ao Segundo Membro da Trindade, e não ao Terceiro. Afinal de contas, não nos referimos ao Espírito Santo como Filho de Deus, nos referimos? Todavia, ele também não é da mesma essência que o Pai?
Certamente ele é. A essência plena, não diluída e não dividida de Deus pertence igualmente ao Pai, Filho e Espírito Santo. Deus é apenas uma essência; todavia, ele existe em três Pessoas. As três Pessoas são co-iguais, mas elas ainda são Pessoas distintas. E as características principais que distinguem entre as Pessoas estão implicadas nas propriedades sugeridas pelos nomes Pai, Filho e Espírito Santo. Os teólogos têm chamado essas propriedades de paternidade, filiação e processão. Que tais distinções são vitais para o nosso entendimento da Trindade é claro a partir da Escritura. Como explicá-las completamente permanece de certa forma um mistério.
De fato, muitos aspectos dessas verdades podem permanecer inescrutáveis para sempre, mas esse entendimento básico das relações eternas dentro da Trindade, contudo, representa o melhor consenso do entendimento cristão durante muitos séculos da história da Igreja. Eu, portanto, afirmo a doutrina da filiação eterna de Cristo, enquanto reconhecendo-a como um mistério no qual não deveríamos esperar sondar muito profundamente.

A PATERNIDADE I

A PATERNIDADE


A Paternidade de Deus é uma verdade que consola, conforta, encoraja e fortalece o nosso coração e a nossa mente.  

Em toda Escritura, suficiente Palavra de Deus, esta verdade é recorrente. Deus é um Pai cujo amor excede infinitamente o amor de mãe. Esta é secundária, mas Deus, nosso Pai, é primário. 

Precisamos ver algumas características desse Pai tão amoroso, cuja natureza é amor (1 João 4.8). 
Neste livro, vamos considerar três traços da paternidade de Deus e a nossa resposta como filhos obedientes. 

1.A PATERNIDADE DE DEUS SE CONHECE PELO SEU AMOR.

Há um texto clássico em Isaías 49.15, que diz: “Pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda amamenta, a ponto de não se compadecer do filho do seu ventre? Mas ainda que ela se esquecesse, eu não me esquecerei de ti”. 

O amor de Deus é infinitamente maior do que o amor de mãe. 
O Seu amor cria, salva, santifica e glorifica ao que crê. Ele também corrige com firmeza e zelo (Hb 12.6). 

O amor do Pai é um amor encorajador, pois “Ele dá força ao cansado e fortalece o que não tem vigor. 
Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os moços cairão, mas os  que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; andarão e não se fatigarão” (Is 40.29-31). 

Na Parábola dos três pródigos (Lc 15.11-32), nós temos um pai de amor, de amor extravagante, incomparável, que perdoa, recebe, se alegra sobremaneira e dá festa pela volta do filho que estava perdido. A três parábolas contados por Jesus em Lucas 15: Da dracma, da ovelha e do filho perdidos revelam um Pai que procura, que atrai no Seu próprio amor. É o Pai incrível na linguagem de Wayne Jacobsen. Este maravilhoso Pai faz festa, pois há celebração no céu  quando  um pecador,  uma criatura se torna filho (Lc 15.7). A Sua natureza é salvar. Ele é o Autor da salvação. Mas há uma outra  característica da Sua paternidade.

2. A PATERNIDADE DE DEUS SE CONHECE PELA SUA VERDADE ABSOLUTA.

O nosso Deus é vivo e verdadeiro. A experiência de Elias diante dos 450 profetas de Baal revela a verdade de Deus em contraposição à mentira do homem (1 Rs 18.20-39). Jesus sempre manifestou a coerência do Pai. Toda a vida de Jesus Cristo foi a verdade do Pai revelada em carne e osso (João 14.6). Ele é a imagem visível do Deus invisível (Cl 1.15). Jesus Cristo cumpriu toda a Escritura. A Sua Revelação é a verdade absoluta. Todo o ministério de Jesus, o Filho, foi fundamentado na coerência do Pai. O Filho é a verdade com o Pai. Todos os milagres de Jesus foram feitos com base nessa realidade. O Pai revelou no Filho toda a verdade do evangelho que sempre foi um contraponto à mentira e hipocrisia da religião sistemática, preconceituosa e escravizadora, representada pelos religiosos judeus. Deus, o Pai, revelou a exatidão de Sua revelação no ministério do Filho. Podemos testemunhar a verdade absoluta por meio da fé.  A verdade nos leva a conhecer outra característica muito importante do nosso Pai.

3. A PATERNIDADE DE DEUS SE CONHECE PELA SUA SANTIDADE.

“Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou Santo”(Lv 19.2). O fundamento para sermos santos é a santidade de Deus, nosso Pai. A santidade é Seu atributo moral. De Gênesis a o Apocalipse temos um Pai santo e devemos ser santos em todo o nosso procedimento (1 Pe 1.16). 

Esta é a palavra segura de Pedro. Ao receber o chamado profético, Isaías teve a visão da santidade de Deus (Is 6.1-8). Os anjos declararam entre si ou uns aos outros: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos (Is 6.3). É maravilhoso sabermos que o nosso Pai é Santo. Ele é o nosso modelo de santidade. Devemos sempre olhar para o nosso Pai através do Filho pela revelação das Escrituras. Sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14). Deus determinou a Josué que o povo se santificasse antes de atravessar o rio Jordão nas suas cheias (Js 3.5). A santificação do povo era a condição essencial. O povo atravessou porque foi obediente à determinação do Pai. Há muitos insucessos em nossa vida espiritual porque vivemos uma vida profana, carnal e centrada em nós mesmos. O nosso Pai não aceita a periferia, mas a centralidade em nossas vidas. Ele deve ser sempre a prioridade. Consideremos um último ponto muito importante.

4. A PATERNIDADE DE DEUS DEVE TER A NOSSA RESPOSTA COMO FILHOS.

O apóstolo Paulo escreve aos irmãos em Filipos, dizendo: “Fazei todas as coisas sem queixas nem discórdias; para que vos torneis filhos de Deus irrepreensíveis, sinceros e íntegros no meio de uma geração corrupta e perversa, na qual resplandeceis como luminares no mundo, retendo a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu tenha motivo de me orgulhar do fato de que não foi em vão que corri ou trabalhei” (2.14-16). Este texto é precioso e revela o nosso privilégio e a nossa responsabilidade como filhos de Deus. Há, então, três características dos filhos obedientes ao Pai.   

Filhos irrepreensíveis ou inculpáveis (amemptós). “Sem defeito, inculpável. Descreve a postura do cristão no mundo. Ele deve estar acima de qualquer suspeita; ninguém tem do que o acusar”. 

Filhos sinceros (akéraios). “Puros, sem mistura, sem mescla, não adulterados. A palavra é aplicada ao leite que não é misturado com água e, também, à pureza do metal. Descreve o que o cristão deve ser em si mesmo: puro, sem dissimulação, sem segundas intenções. Jesus Cristo e o apóstolo Paulo recomendaram tal atitude (Mt 10.16; Rm 16.19). 

Filho Inculpáveis (ámonos). Sem mancha, imaculados, sem nódoas, inocentes. A palavra era usada para animais usados para o sacrifício; eles não podiam ter defeito. Esta palavra descreve o que o cristão deve ser diante de Deus. A Bíblia nos diz que foi assim que Jesus Cristo se ofereceu vicariamente por nós (Hb 9.14; 1 Pe 1.19): sem mancha, sem pecado. O Cordeiro de Deus foi imolado por nós (1 Co 5.7), a fim de nos tornar sem mácula, nem ruga, nem impureza alguma (Ef 5.25-28), cumprindo assim, parte do objetivo da nossa eleição eterna (1.4). 
Concluindo, precisamos confiar no Pai. Teologicamente, nada é mais exato do que dizer que Deus é Fiel e Digno de confiança. Mas aprender a crer nessa confiança em meio às guinadas de nossas vidas é o desafio mais difícil que enfrentamos (Jacobsen, 20.12: 51). 

A paternidade de Deus nos traz segurança. Jesus se referia ao Pai com muita ternura: “Eu e o Pai somos um” (João 10.30).  A paternidade de Deus foi perdida no Éden, mas reconquistada na cruz e na ressurreição pela Pessoa de Jesus Cristo. Os que estão em Cristo são do Pai por direito de criação e por direito de redenção. O  nosso Pai é cheio de graça e de verdade. Como filhos desse Pai, devemos sempre ser obedientes e, acima de tudo, glorificá-lO.   

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

VIVENDO DEBAIXO DE UMA PROMESSA

VIVENDO DEBAIXO DE UMA PROMESSA ( I REIS 6:8-17 )


VIVENDO DEBAIXO DE UMA PROMESSA ( 1 REIS 6:8-17 )

INTRODUÇÃO

VISITA A CAROLINA(MA) E AS CHAVES DA CIDADE

ELUCIDAÇÃO

O DISPOSITIVO PELO QUAL DEUS AGE É A FÉ
DEUS NOS DEU,PODEMOS NÃO SENTÍ-LA,MAS QUANDO PRECISAMOS ELA ESTÁ A NOSSA DISPOSIÇÃO,COMO OS BRAÇOS DO CORPO

HEBREUS 11 DA-SE UMA IDEIA DO QUE É FÉ

1. FÉ É SUBSTÂNCIA(NITIDEZ) DO QUE SE ESPERA
IDÉIA VAGA NÃO E SUBSTANCIA,LOGO NÃO É FÉ
2.FÉ É UMA SUBSTANCIA ARDENTE
HIPOSTASIS: DOCUMENTO LEGAL,LEGALIDADE DE SER SUA
"SUBSTANCIA ARDENTE SEGURA
3. O OBJETO DESSA FÉ É DEUS
ELE CUMPRE SUAS PROMESSAS...
NÃO SÃO SALTOS NO ESCURO,MAS PRINCÍPIOS

CONTEXTO

ISRAEL GUERREAVA COM A SÍRIA E DEUS REVELAVA A ELISEU AS ESTRATÉGIAS DELES

REI DA SÍRIA ACHOU QUE TINHA UM TRAIDOR

ALGUEM DESCOBRE QUE ELISEU SABIA DE TUDO

MANDA UM GRANDE EXERCITO E CERCA A CIDADE

O MOÇO SAI CEDO E VÊ O EXÉRCITO A REALIDADE NATURAL

ELISEU TAMBÉM VÊ O EXÉRCITO,MAS DEBAIXO DE UMA PROMESSA VÊ OUTRA REALIDADE A ESPIRITUAL

AMBOS POSSUEM PRINCÍPIOS

O PRINCÍPIO DA ESPIRITUAL É A FÉ

A)ABRAÃO QUANDO MORREU TINHA 7 FILHOS

DEUS CHAMA A EXISTÊNCIA O QUE NÃO EXISTIA:PAI DE MULTIDÕES ( ROMANOS 4:17)

ROMANOS 10:9-10 E 2 CORINTIOS 4:13 FÉ FALA AGE

B) JACÓ E AS CANAS DE ÁLAMO,AVELEIRA E PLATANO

REMOVE AS CASCAS E AS DEIXA RISCADAS E FAZ UMA CERCA
JACÓ USAVA A FÉ PARA ENROLAR(FRACASSOS)
DEUS O ENSINA A USAR A FÉ PARA VER A REALIDADE ESPIRITUAL
AS VARAS REPRESENTAM AS PROMESSAS

LIÇÕES

1) ABRA MEUS OLHOS PARA EU VER A REALIDADE ESPIRITUAL( EFÉSIOS 4:13)

2) ABRA OS MEUS OLHOS PARA VER DEUS AGINDO( NÚMEROS 11:23

3) ABRA OS MEUS OLHOS PARA EU VER O MEU PAPEL

terça-feira, 10 de outubro de 2017

JACÓ E A LUTA CONSIGO MESMO

          O CONFRONTO ( GÊNESIS 32:1-26 )




                       INTRODUÇÃO



No seu artigo " MAL ESTAR NA CIVILIZAÇÃO ", Freud apresenta a sua preocupação com o homem moderno e sua angustia moderna  e sua incredulidade para uma possível mudança de sí mesmo e ao mundo...


                                                              CONTEXTUALIZAÇÃO


Para entender  esse confronto é necessário relembrar a história da " benção roubada " e entender os terríveis atos de Jacó e sua mãe Rebeca.( 27:41-45 )

Jacó não apenas foge de Esaú,mas também dos seus problemas.

Isso explica a necessidade desse confronto.

Para isso temos que explicar alguns pontos:

"Também seguiu o seu caminho, e mensageiros de Elohim (malakhê = יֵכֲאְלַמ)

“Este é o acampamento de Elohim (mahaneh= הֵנֲחַמ)

Malakhê jamais pode ser traduzido como anjo,pois significa apenas "mensageiro"

Mahaneh jamais pode ser traduzido por exèrcito,pois significa apenas " acampamento "


O temor de Jacó era porue sabia o que tinha feito e chegou a hora do confronto


E um homem ( [ישִא - ish)  lutou com ele até surgir a aurora."

Jacó luta com um homem e nada mais....

A oração intensa concentra-nos e arranca-nos o desejo de comida e bebida e nos arremessa a fronteira da vida espiritual,território inexplorado,ao profunda e elevada obra do espirito humano

Só a oração cria e transforma a vida e foi esse o contexto de Jacó: CONFRONTO CONSIGO MESMO



 I. JABOQUE O LUGAR DE CONFRONTO( 22-25 )


A) CONFRONTO CONSIGO MESMO ( 9-12 ). Sofremos

Oração reconhecendo os erros

B) CONFRONTO COM O PRÓXIMO ( 43-55 ) Ferimos

Seu sogro e seu irmão

C) CONFRONTO COM DEUS ( 24-25 ) 
Somos marcados

Após confrontar-se o anjo o esperava


II. PENIEL O LUGAR DO ENCONTRO COM DEUS(26-32)


A) ENCONTRO CONSIGO MESMO ( 27 )

Reconhece que era enganador

B) ENCONTRO COM O PRÓXIMO ( 33:10 )

Reconhece a presença de Deus na vida do seu irmão 

C) ENCONTRO COM DEUS ( 28 )

Recebe a benção e um novo nome


                CONCLUSÃO


NÃO ADIANTA MUDAR DE LUGAR SE NÃO PASSARMOS POR UMA TRANSFORMAÇÃO.

ESSA TRANSFORMAÇÃO COMEÇA DE DENTRO

DE QUE LADO DO RIO ESTAMOS?

OLHANDO PARA DENTRO E PARA O LADO SABEREMOS: JABOQUE OU PENIEL