A teologia da prosperidade já apanhou demais. Seus grandes ícones já foram expostos e desmascarados. Infelizmente ela ainda faz vítimas pela falta de conhecimento do povo, principalmente nas periferias, público alvo desse tipo de “teólogos”. Felizmente ela está cada vez mais marginalizada e ficando limitada a determinadas igrejas. Um bom números de crentes tem um grande repúdio por esse tipo de abordagem “evangélica”. Pois bem, eis que temos uma substituta para a tal da teologia da prosperidade (TP). Eu a chamo de teologia do coaching (TC). Usareis as siglas a partir de agora.

A Cultura do Coaching

Sou formado em administração. Cursei quatro anos de faculdade e fiz outros cursos na área. Na época o coaching não era tão conhecido como hoje. Sempre valorizei cursos com conteúdos práticos como finanças, marketing e recursos humanos. Nunca fomos ensinados que precisaríamos de pessoas nos acompanhando para ensinar, direcionar, motivar e cobrar. Nós mesmos faríamos isso. Então a cultura do coaching chegou. Vá a uma seção de administração e negócios de uma livraria hoje e você perceberá o que estou dizendo. Nunca me dei bem com ela para ser sincero. E quero explicar a razão usando duas citações do Instituto Brasileiro de Coaching. Primeiro, o que é o coaching?
“Um mix de recursos que utiliza técnicas, ferramentas e conhecimentos de diversas ciências como a administração, gestão de pessoas, psicologia, neurociência, linguagem ericksoniana, recursos humanos, planejamento estratégico, entre outras visando à conquista de grandes e efetivos resultados em qualquer contexto, seja pessoal, profissional, social, familiar, espiritual ou financeiro”¹
Agora pergunto: como o coaching acontece?
“Conduzido de maneira confidencial, o processo de Coaching é realizado através das chamadas sessões, onde um profissional chamado Coach tem a função de estimular, apoiar e despertar em seu cliente, também conhecido como coachee, o seu potencial infinito para que este conquiste tudo o que deseja”²
Antes de continuar deixe-me dizer algo para que fique claro. Acredito na liberdade de trabalho honesto. Se você gosta ou trabalha honestamente com isso, ok, é a sua escolha. Por mais que eu tenha críticas a essa prática, aqui entrarei na relação do coaching com a igreja. Usarei essas duas respostas dadas para analisar biblicamente o que chamo de TC. Minha argumentação será essa: Igreja e evangelho não combinam com o coaching e não devem se misturar jamais. Quando isso acontece temos uma nova TP com uma roupagem mais humanista e existencialista.
Junto com o coaching cresceu o chamado empreendedorismo de palco (EP). São aqueles profissionais que trabalham com palestras motivacionais e grandes palestras de coaching. Esse mercado tem crescido assustadoramente e também tenho sérias dificuldades com ele. Aqui se aplica a mesma observação que fiz aos profissionais de coaching. Mesmo assim indico um ótimo texto escrito por Ícaro de Carvalho chamado Por que o empreendedorismo de palco irá destruir você. O autor começa com uma afirmação que capta bem o ponto onde quero chegar:
“O empreendedorismo é a nova religião do homem moderno. Materialista e secular, ele substituiu os Santos do seu altar por fotografias de homens bem sucedidos; os seus Evangelhos são livros como “O sonho grande” e “A força do Hábito”. Ele acredita, de alguma maneira, que tudo aquilo irá aproximá-lo do seu objetivo principal: sucesso, fama e dinheiro…de preferência agora!”³
Essa cultura construída em torno do coaching e do EP é em sua maioria materialista. O objetivo de muitos é o sucesso financeiro, e isso significa enriquecer. Com um fator especial: o mais rápido possível. É comum ler e ouvir grandes promessas e ensinamentos sobre como trabalhar menos e ganhar mais. O foco está no esforço intelectual e físico daquele que está buscando seu lugar ao sol. É dessa cultura de palco, sonhos, riquezas e promessas que estou falando. Já viu onde isso vai chegar na igreja? Vamos falar disso agora!

O Coaching na Igreja

Eu já vi palestras de coaching acontecendo onde deveria haver uma pregação da Palavra. Isso mesmo, em pleno culto público. Infelizmente essa cultura chegou em muitas igrejas. E se eu já não me dou bem com ela no mercado de trabalho, na igreja não tenho medo de dizer que ela é minha inimiga. Assim como repudio a TP também o faço com essa nova onda da TC. Em alguns sentidos essa segunda chega a ser pior do que a primeira. Vamos analisar três pontos que constroem a TC.
Humanismo: O coaching utiliza de técnicas humanas num indivíduo que é o centro de tudo para que este alcance seus objetivos humanos. Muitos pastores e líderes tem enveredado por esse caminho. Tratam suas pregações como palestras motivacionais da fé que confundem fé com força e vontade, evangelho com motivacionismo e Cristo com um palestrante. O foco está naquilo que o homem pode fazer através da sua fé pessoal. Fé essa que passa por Cristo, mas que tem seu objeto na própria pessoa e nos seus esforços dirigidos. Muitas “pregações” tem o mesmo objetivo do coaching, ou seja, estão “visando à conquista de grandes e efetivos resultados em qualquer contexto, seja pessoal, profissional, social, familiar, espiritual ou financeiro”. O apelo pode ser até espiritual, mas ainda assim Você já deve ter escutado muito coisas do tipo “como ser o melhor marido”, “como atrair e fidelizar pessoas para o reino”, “alcançando sucesso através da fé.”. Tudo isso travestido de espiritualidade…
Materialismo: há um desejo enorme em conquistar coisas. Sejam elas produtos do mercado como carros, casas, roupas, viagens ou algo mais “espiritual” como paz, pessoas, bom casamento, filhos educados, castidade, etc. As pessoas querem conquistar, possuir e avançar, sendo tudo isso fruto não da humilhante auto confrontação e negação de si mesmo, mas da auto-afirmação. O papel do pastor se tornou muito parecido com o do coach: “estimular, apoiar e despertar em seu cliente (ovelha)… o seu potencial infinito para que este conquiste tudo o que deseja”. É exatamente isso que essa mistura humanista-materialista busca: o potencial infinito de cada ser humano para conquistar aquilo que ele deseja. Há uma conexão com o existencialismo, onde o indivíduo e sua busca pessoal por significado em si mesmo passa a ser o centro do pensamento filosófico.
Ceticismo: Humanismo e materialismo são marcas de seres céticos. A crença no Deus da Bíblia é cada vez mais fraca onde esse tipo de cultura se manifesta. Como eu já disse, a TC busca descobrir o potencial de cada pessoas para que ela alcance seus próprios objetivos. Dependência de Deus é algo apenas fantasiado. Orações são feitas apenas para que Deus abençoe nossos planos e para que Ele nos dê apoio em nossa própria empreitada. O sobrenatural é esquecido e Deus vai ficando cada vez mais distante. Na TC o soberano é o indivíduo com suas decisões de fé e sucesso. Em muitas igrejas tudo que você vai encontrar nos púlpitos são mensagens sobre o que os homens podem fazer para serem alguma coisa melhor do que já são. Até a mistura com conteúdos de coaching, marketing pessoal e psicologia você encontrará. Aliás, tem sido comum pastores e líderes entrarem nesses cursos e palestras para serem mais persuasivos, contagiantes e teatrais (pra não usar manipuladores). O Espírito Santo não tem muito espaço na TC, mesmo que usem seu nome.
São por esses motivos principais que digo que a TC está substituindo a TP. Esse discurso tem atraído jovens, empresários, profissionais liberais, e todo o tipo de gente, principalmente na classe média. E aqui está a transição entre as duas abordagens. A TP faz uma barganha com Deus crendo que Ele efetuará milagres para benefício material e espiritual do homem. A TC eliminou a barganha ao deixar Deus de longe, mas passou a ter no próprio homem a força “milagrosa” para seu benefício material e espiritual. Na TP ainda há uma certa dependência de Deus e seu agir sobrenatural, enquanto na TC o homem declarou sua independência. O relacionamento de barganha foi substituído para o relacionamento de platéia. O Deus da TC está assistindo e torcendo pelos grandes empreendedores no palco da fé. Talvez você ache ruim o uso do palavra coaching, mas pelo que você entenda a expressão completa “teologia do coaching” que estou usando para definir esse tipo de abordagem..
Essa é uma teologia mais sutil, que parece mais humilde, mas na verdade transborda soberba ainda mais do que a tenebrosa TP. Seu ambiente menos escandaloso e mais conformado a cultura secular permite que esse tipo de abordagem lote igrejas e obtenha grande aceitação. Geralmente se fala o que as pessoas querem ouvir e pecados são tratados como pedra e obstáculos no caminho que devem ser superados. A pregação fica até mais dinâmica, com uso de mídias, frases de efeito e motivação mútua. Tudo isso associado com o desejo material dos nossos dias só contribuem para que a TC ganhe terreno. Logo logo nós teremos grandes problemas com ela e talvez ela chegue ao mesmo patamar da TP. Que Deus nos livre e proteja disso!

O que Jeremias e Tiago Diriam?

Não quero tornar esse texto num texto longo demais. Portanto, encerrarei apenas com três passagens bíblicas (quem sabe um artigo completo poderá sair em breve sobre o tema). Compare com as ideias da TC e veja como a Bíblia é contrária a isso. Jeremias profetizou para um povo orgulho e que confiava em suas próprias forças e em sua “tradição espiritual”. Contra isso Deus falou por meio do profeta:
“Assim diz o Senhor: “Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado”, declara o Senhor” (Jeremias 9:23,24) 
Num momento mais a frente ele resume bem sua mensagem ao povo:
“Assim diz o Senhor: Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do Senhor… Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está” (Jeremias 17:5-7)
Encerro com a passagem de Tiago, um verdadeiro balde de água fria na teologia do coaching:
“Ouçam agora, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro”. Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo”. Agora, porém, vocês se vangloriam das suas pretensões. Toda vanglória como essa é maligna.” (Tiago 4:13-16)
TP e TC, ambas são maléficas e distantes do cristianismo bíblico que leva o homem a negar a si mesmo, humilhar-se diante de Deus e depender dele em tudo. Ter sucesso profissional e conquistar riquezas não é pecado em si, mas isso não pode ser um dos pontos centrais de nossa espiritualidade cristã. Cuidado para não substituir a teologia da prosperidade pela teologia do coaching, em ambas o deus que adoram é o mesmo: o homem.

2 Co.11:2,3
O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura.
O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo.

Falar de batalha espiritual é um tema que incomoda a muitos, mas a questão é que mesmo que não queiramos o diabo declarou guerra à humanidade, ele deseja a todo o custo destruir a imagem e semelhança de Deus.
É preciso considerar que na batalha espiritual há três inimigos que combatem contra nós: o diabo (1Pe.5:8), o mundo (1Jo.2:15-17), nossa própria carne (Rm.7:18,24 / Gl.5:17). O diabo se aproveita das situações do mundo e das fraquezas de nossa carne para nos setar.
Há três áreas que o diabo sempre ataca. A primeira delas é a mente.
Se Satanás conseguir controlar minha mente, controlará toda a minha vida. É necessário atenção, se ele não conseguir controlar toda minha mente ficará satisfeito em controlar o que eu permitir. Por isso diz em Tiago 1:8 que o homem que tem a “mente dividida” é instável em tudo o que faz.
Paulo fala do cuidado que ele tinha para que a mente da igreja fosse livre as ciladas do inimigo.
Quais estratégias o inimigo usa para setar a nossa mente?
O inimigo trabalha em cima de legalidade, ou seja, ele só avança quando há trevas em alguma área de nossa vida, quando há alguma área que ainda não foi liberta ou que se corrompeu (Portanto, cuidado para que a luz que está em seu interior não sejam trevas.Lc.11:35).
Quando o diabo encontra brechas ele constrói fortalezas (construção fortificada para defender um espaço e impedir o acesso de outros). Logo a primeira estratégia do diabo é ganhar cada vez mais terreno em nossa vida.
 Há três fontes que geram fortalezas em nós:
a)      MundoTenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios deste mundo, e não em Cristo. (Cl.2:8).
Muitos mesmo estando na igreja ainda não se libertaram de pensamentos mundanos como: inveja, vingança, soberba etc (Ex: Eu não levo desaforo para casa, políticos são todos ladrões, nenhum homem presta, Deus tarda mas não falha, eu não vou dar dinheiro a pastor...)
b)      Experiências: muitos estão presos a experiências ruins do passado deixando de desfrutar o novo de Deus e isto impede tais pessoas de aprender e avançar.
(Ex. pessoas que se decepcionaram com alguém em quem um dia confiaram não confiam mais em ninguém e dizem que amigos não existe, pessoas que tiveram decepções amorosas e aconselham outros a não amar e não se casar, pessoas que se decepcionaram com igreja e se desviam passando a ser zombadores etc)
c)       Doutrinas erradas: Jesus alertou: Cuidado, que ninguém os engane. (Mt.24:4) Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos. (Mt.24:24)
Se há um pregador que prega o Evangelho e 10 pregadores distorcem o Evangelho as pessoas tem a tendência de crer nos 10 e questionar a pregação de um. Por que só ele prega isto? Pastor tal falou que não é assim, estar errado, pois todos pregam diferente eu vou pela maioria.
Muitos deixam de dar crédito ao seu pastor para acreditar em quem eles nem conhecem.
É difícil quebrar o poder do engano, pois a pessoa não reconhece que está no engano pois foi enganada.
Setas que o diabo lança contra nossas mentes:
a)      Tentação (pensamento interior que instiga a fazer o mal); nossa mente é a sede de nosso livre arbítrio, ou seja, é onde ocorre minhas escolhas. Podemos escolher não pecar. Então porque muitos caem em tentação?
Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem, vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz. (Rm.8:5,6)
Podemos escolher, nós somos os responsáveis por inclinar a nossa mente para as coisas da carne ou para as coisas do Espírito.
b)      Cegueira espiritual:  Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. (2Co.4:4)

O diabo traz a cegueira para que não possamos entender os planos de Deus.
O povo se perde pela falta de entendimento. Foi o que ele fez em Jerusalém:

Quando se aproximou e viu a cidade, Jesus chorou sobre ela e disse: "Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que traz a paz! Mas agora isso está oculto aos seus olhos. Virão dias em que os seus inimigos construirão trincheiras contra você, e a rodearão e a cercarão de todos os lados. Também a lançarão por terra, você e os seus filhos. Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus a visitaria". (Lc.19:41-44)

c)       Incredulidade: a dúvida e a descrença são setas que nos impedem de andar pela fé. E sem fé é impossível agradar a Deus. Então surgem pensamentos de derrota, fracasso, pensamentos negativos em geral (desânimo).

d)      Confusão: o diabo traz desordem aos pensamentos e convicções. Foi o que ele fez com Eva no jardim.

E o Senhor Deus ordenou ao homem: "Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá". (Gn.2:16,17)

Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: "Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’? "Respondeu a mulher à serpente: "Podemos comer do fruto das árvores do jardim, mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’ "
Disse a serpente à mulher: "Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal". (Gn.3:1-5)
A confusão na mente muitas vezes é causada por espíritos dominadores:
Pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. (Ef.6:12).
São espíritos que fazem as pessoas cometerem atos irresponsáveis: estupro, assassinatos, espancamentos, bebedeiras etc. Depois que o delito é cometido a pessoa quando cai em si, não se lembra ou chora copiosamente pois nem ela acredita que foi capaz de cometer tal delito.
e)      Perturbação: insônia, pessoa que ouve vozes ou vê vultos, pesadelos, pornografia, espíritos de loucura, ansiedade, depressão, epilepsia (Mc.9:17-27), desejos suicidas, pensamentos de traição, desejo de vingança, anorexia, bulimia etc.
O diabo não tem o poder de saber o que nós pensamos, só Deus pode, mas o diabo usa estímulos externos, muitas vezes através de nossos sentidos para descobrir nossa reação e então descobrir nosso ponto fraco.
Muitos pensamentos de perturbação podem ser consequência daquilo que se coloca diante dos olhos e ouvidos: filmes de terror, materiais pornográficos, músicas mundanas, novelas etc.
Precisamos vigiar o que se coloca diante dos nossos sentidos.


f)       Pensamentos mausHá seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, mente que traça planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos. (Pv.6:16-19)
Há pessoas que tem a mente poluída, só pensam o mal dos outros, só pensam em acusar, pensamentos de quebra de aliança (divórcio, abandonar a igreja e o pastor etc.) ...
O conflito na mente é uma batalha seríssima e inevitavelmente nos veremos dentro dela mais cedo ou mais tarde. Como então poderemos vencer esta batalha?
a)     Fazer uma auto- análise Muitas vezes, enxergamos o diabo em tudo, como uma válvula de escape para não assumirmos que o erro é nosso, vem do nosso "EU", que é o responsável por determinados comportamentos pecaminosos. Se isto acontecer, seja humilde, reconheça isto diante de Deus e exponha a ferida para que Ele a cure. Não procure justificar seus erros. Localize a raiz do problema.
Não havia nenhuma fortaleza, nenhuma coisa errada nem tão pouco pensamentos pecaminosos em Jesus: pois o príncipe deste mundo está vindo. Ele não tem nenhum direito sobre mim. (Jo.14:30)
Quando as fortalezas de nossa mente forem derrubadas, devemos nos certificar de que a verdadeira Fortaleza que é Jesus está nos guardando: Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. (Sl.91:2).
Existem situações que realmente são ataques do exército de Satanás. O conflito na mente tende a escravizar alguém se nenhuma medida for tomada. Os versículos abaixo nos alertam disto:
  • Provérbios 5:22
    "Quanto ao ímpio, as suas próprias iniquidades o prenderão, e pelas cordas do seu pecado será detido."
  • Gálatas 5:1
    "Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jogo de escravidão."
A batalha é diária, então;
b)     Tenha Esforço:
Não se conformem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm.12:2)
 Isto somos nós que temos que fazer! É a nossa parte, e não a parte de Deus! Ele, através do Espírito Santo, nos dá a direção sempre. Porém, nós, de nosso livre arbítrio, temos que tomar a iniciativa de renovar nossa mente. Em Romanos 12:2, a Palavra não diz "e Deus transformará e renovará vossas mentes", mas diz "transformai-vos pela renovação da vossa mente". Quem tem que se transformar (ser renovado) na mente somos nós!
Neste processo de renovação da nossa mente, muitas vezes teremos conflitos. Você com certeza brigará com seu "EU" muitas vezes, exatamente porque sua mente carnal tenderá para pensar conforme a carne e não conforme o Espírito. É aí que muitos param e desistem.
c)     Use armas espirituais, leve cativa sua mente a mente de Cristo:
As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. (2 Co. 10:4,5)
Armas espirituais:
- Capacete da Salvação: Ef.6:17 Cristo é a nossa salvação, temos que ter nossa mente cheia de Cristo.
-Palavra de Deus: Sl.1:2 Ela é que é poderosa para renovar nossa mente.
d) Devemos nos conformar a vida de Cristo, pensar como Cristo pensa:
Mas nós temos a mente de Cristo. (1Co.2:16)
Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. (Fp.4:8)
Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade. (Ef.4:22-24)
e) Não deixe sua mente ociosaO que ocorre muitas vezes é a passividade da mente. A pessoa se converte e acha que a mente agora não é mais do controle dela, mas de Deus. Querem ver um erro muito constante? A pessoa lê o que está em Romanos 8:37:
"Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou."
E então ela diz: Já sou mais que vencedor, não preciso fazer mais nada agora. É um erro porque alguém já viu vitória sem antes a luta? Alguém só é vencedor de algo que lutou e venceu. O versículo não afirma que não precisamos mais lutar, mas que precisamos lutar, porque em Cristo, certamente a vitória será nossa.
Uma pessoa com mente passiva é o que o diabo precisa porque ele poderá manipulá-la e controlá-la como bem quiser. Vou mais além: por que será que, em exercícios de yoga ou similares, a pessoa precisa recitar um mantra para esvaziar a mente? Romanos 12:2 não nos diz para esvaziar ou pôr nossa mente em passividade, mas nos instrui a renová-la enchendo-a de Cristo! Em outras palavras, domínio próprio é pré-requisito para renovar nossa mente e alinhá-la com a mente de Cristo.
g)      Entrega total: Não há renovação da mente sem uma entrega total a Deus. Devemos nos humilhar diante da vontade de Deus. Quanto mais você se encher de Deus, mais sua mente estará protegida, pois onde o Espirito de Deus está, aí há liberdade. (2Co.3:17)
É possível vencermos a batalha na mente, e a palavra de Deus é a melhor arma:
Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração. (Hb.4:12)

Sua mente será livre hoje em nome de Jesus