sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Quem é tua cobertura?

                                                   QUEM É TUA COBERTURA?


                            "Com que autoridade estás fazendo estas coisas?E quem te deu autoridade?"

                                       ( Mateus 21:23 ),

 Uma multidão está presa a sistemas hierárquicos de sistemas eclesiásticos.

Por isso a pergunta do post : "Quem é tua cobertura?"

A palavra "cobertura" só aparece em 1 Coríntios 11:15 referindo-se ao vestuário feminino e no Velho Testamento a mesma coisa.

Esse sistema piramidal mundano não é o sistema bíblico

A reforma resgatou o ofício bíblico do sacerdócio universal dos cristãos.

No Novo Testamento,liderança é algo orgânico e funcional e não de títulos,onde o verbo é mais amado do que substantivo ( pastor,pastorear )

O modelo de Cristo não é feudal ( Mateus 20:25-28 )

"Praxis" é função nunca ofício e quando fala refere-se a dom.

A palavra no Novo Testamento é amor mútuo e "hipostase" é sujeição voluntária,jamais coercitiva ( Efésios 5:21).

Cristo é o único com autoridade ( exoussia) e delega para algo específico.

"Quem é tua cobertura?"

sábado, 10 de outubro de 2020

                          A INTERCESSÃO ( Hebreus 7:25)

3 Ofícios de Jesus : 

1.Profeta : Representa Deus para o homem ( Deuteronômio 18:18 - Atos 3:22 )

2.Rei : Exerce domínio e restabelece o domínio original do homem ( Salmo 103:19 - Atos 2:32-36)

3.Sacerdote : Representa o homem diante de Deus

"Koen" Revestido de autoridade ( hebráico )

"Hiereus"  Uma pessoa sagrada (grego)

Texto clássico Hebreus 5:1

. Tomado dentre os homens para ser representante

. Constituído por Deus (4)

. Age no interesse dos homens em relação à Deus

. Oferece dádivas e sacrifícios pelos pecados

- 7:25 Fazia intercessão pelos homens

. Como sacerdote ofereceu um sacrifício suficiente e eficiente ( simbolizada nos sacrifícios mosáicos )

. Aqui Cristo é o Cordeiro de Deus

Pergunta : Porque se nossos pecados foram expiados,Cristo intercede por nós?

 . Ele é nosso " advogado " ( intercessor )

 . Sua obra sacerdotal não está terminada,Ele é sacerdote celestial

 . Hebreus 8:2 Sua obra terrena está encerrada,mas a celestial continua

1. SÍMBOLOS DA SUA OBRA INTERCESSORIA

 A função sacerdotal foi mostrada pelos sacrifícios( altar de bronze ) e pela queima diária de incenso ( altar de ouro )

A nuvem de incenso simbolizava a oração sacerdotal de Cristo

. Simbolizava a aplicação do sangue no altar de incenso,espargido no propiciatório

. O Santo dos santos simbolizava a Jerusalém celeste

A intercessão era baseada no sacrifício,que a tornava eficaz

A obra intercessoria de Cristo está baseada na sua obra sacrificial

2. BASE NEO-TESTAMENTÁRIA DA OBRA INTERCESSORIA DE CRISTO

A palavra "Parakletos" é aplicada a Cristo e ao Espirito ( João 14:16,26)

. Chamado para estar ao lado ( passivo ) 1 João 2:1

. Consolar é secundário

. Pleiteia a causa do outro

Nós temos 2 advogados : Cristo e o Espirito Santo

1.Idênticos 

Jesus era o Advogado dos discípulos quando na terra

O Espirito Santo é o Advogado da Igreja

2. Diferentes

Cristo hoje advoga nossa causa junto ao Pai contra Satanás ( Zacarias 3:1-5 ,Apocalipse 12:10 )

O Espirito advoga a causa da Igreja contra o mundo e a causa de  Cristo ( João 14:26,15:26,16:14,Hebreus 9:24)

3. OS INTERCESSORES

Assim como Jesus manifesta seu Reino através da Igreja o Espirito Santo realiza a obra através dos seus "templos" os cristãos.( 1 Coríntios 6:19 )

- Ele se revela através do "veu da carne humana" cheios d'Ele (Romanos 12:1 )

- Precisamos ter a alegria de sermos salvos(Cristo) como tambem o poder do serviço(Espirito)

- Nosso encontro com o Espirito não é tão real como o encontro com o Espirito( Colossenses 3:2-3 )

  . Ele toma posse do que já é de Cristo

  . A cruz lidou com o pecado,o Espirito lida com o nosso EU

  . O que é comum a alguns não o é para quem nasceu de novo

  . Fomos transportados para outro reino

  . Estamos dentro do véu habitado pela Trindade ( rios fluem )

- Como proprietário Ele tem : 

1. Um cultivo intenso

2. Uma frutificação abundante

. Um dos seus cultivos é a INTERCESSÃO

- Intercessão é resposta ( significado dela )

- Intercessão é orientada pelo Espirito

 . Nos ensinará o quanto Ele ama alguém

 . Nos ensina a viver como "principes" ( Deus controlando nossas finanças )

A. O SEGREDO DA INTERCESSÃO É A IDENTIFICAÇÃO

- O intercessor é como alguém num naufrágio:

1. Alguns lutam com as águas e não pode interceder

2. Outros agarrados ao bote com as mãos impedidas

3. Descansando no bote com mãos livres

B. O PODER DA INTERCESSÃO ESTÁ NO PERMANECER

- Capacidade de deixar o Espirito viver o que Cristo viveria em seu lugar

- Permanece-se obedecendo os mandamentos

- Permanência há gráus,fases e posições

- Quanto mais permanencia mais poder ( + posições ganhas)

A permanência gera : obediência,santificação e autoridade ( seiva ) ( amizade )

CONCLUSÃO

.Todo aquele que tem o advogado (intercessor) dentro de si é um intercessor

. Se Ele "chora" através de você,você é o único que pode tocar o trono de Deus

. Ele dará as estratégias

. Ministério oculto

Romanos 8:27,34

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

A obra intercessória de Cristo

                                       A BASE DA NOSSA ORAÇÃO ( Hebreus 8:2)


A OBRA INTERCESSÓRIA DE CRISTO

A obra sacerdotal de Cristo não se restringe à oferta sacrificial de Si mesmo na cruz às vezes se declara que, ao passo que Cristo foi Sacerdote na terra, é Rei no céu. 
Isto cria a impressão de que a Sua obra sacerdotal está terminada, o que de modo nenhum é correto.
Cristo é um Sumo Sacerdote, não somente terreno, mas também, e especialmente, celestial.
Ele é, mesmo quando assentado à destra de Deus, com majestade celeste : “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem”, Hebreus 8.2.
Ele só principiou a Sua obra sacerdotal na terra, e a está completando no céu.
No sentido estrito da palavra, Ele não é contato entre os sacerdotes terrenos, que eram apenas sombras de uma realidade vindoura, Hebreus 8.4. Ele é o Sacerdote verdadeiro, o Sacerdote verdadeiro, o sacerdote de fato,a servir no verdadeiro santuário, do qual o tabernáculo de Israel era apenas uma sombra imperfeita. Ao mesmo tempo
Ele é agora o sacerdote que ocupa o trono, nosso Intercessor junto ao Pai.

PROVAS BÍBLICAS DA OBRA INTERCESSÓRIA

1. SÍMBOLOS DA SUA OBRA INTERCESSÓRIA

Enquanto que a obra sacrificial de Cristo foi simbolizada primordialmente pelas funções sacerdotais desempenhadas junto ao altar de bronze e pelos sacrifícios que nele eram apresentados, Sua obra intercessória foi prefigurada pela queima diária de incenso no altar de ouro, no Lugar Santo.
A nuvem de incenso a evolar-se constantemente não era somente um símbolo das orações de Israel; era também um tipo de oração sacerdotal do nosso grande Sumo Sacerdote.
Esta ação simbólica da queima de incenso não estava dissociada da apresentação dos sacrifícios no altar de bronze, mas, antes, estava sumamente relacionada com ela. Estava relacionada com a aplicação do sangue das mais importantes ofertas pelo pecado, sangue que era aplicado aos chifres do altar de ouro, também chamado altar do incenso, era borrifado em direção ao véu, e, no grande Dia da Expiação, era até levado ao Santo dos Santos e espargido no assento da misericórdia, isto e, no propiciatório.
Esta manipulação do sangue simbolizava a apresentação do sacrifício a Deus, que habitava entre os querubins.
O Santo dos Santos era claramente um símbolo e tipo da cidade quadrangular, a Jerusalém celeste.
Ainda há outra conexão entre a obra sacrificial realizada junto ao altar de bronze e a intercessão simbólica feita junto ao altar das ofertas queimadas era uma indicação de que a intercessão se baseava no sacrifício e de que, doutro modo, não seria eficaz
Isto indica claramente que a obra intercessória de Cristo no céu está baseada em Sua obra sacrificial consumada, e que só é aceitável sobre esta base.

2. OBRA INTERCESSÓRIA DE CRISTO NO NOVO TESTAMENTO

O termo "parakletos" é aplicado a Cristo ( Jo 14.16, 26; 15.26; 16.7; 1 Jo 2.1.) É traduzida por “Consolador” sempre que aparece no Evangelho Segundo João, mas por “Advogado” na única passagem em que ela se encontra na primeira Epistola de João. 

A forma é passiva e, portanto, só pode “significar propriamente ‘alguém chamado para o lado de outrem’, e isto incluindo a ação secundária de aconselhá-lo ou ajudá-lo”.
Assinala que a palavra tem este sentido no grego clássico, em Filo e também nos escritos dos rabis.
Muitos dos chamados “pais gregos”, porém deram à palavra um sentido ativo, traduziram-na por “Consolador”, e, assim, deram indevida proeminência àquilo que é apenas uma aplicação secundária do termo, embora percebendo que este sentido não poderia adequar-se a 1 Jo 2.1.
A palavra, então, denota alguém que é convocado como auxilio, como advogado, como alguém que pleiteia a causa de outrem e também lhe dá conselho. 

Naturalmente, a obra realizada por tal advogado pode trazer consolo e fortalecimento, e, portanto, ele também pode ser chamado consolador, num sentido secundário. 

Cristo é explicitamente chamado nosso Advogado unicamente em 1 Jo 2.1, mas implicitamente também o é em Jo 14.16.

A promessa, “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco”, implica claramente que Cristo também era um parakletos.
O Evangelho Segundo João aplica normalmente o termo ao Espírito Santo. 

Portanto, os dois Advogados, Cristo e o Espírito Santo. 

A obra de ambos é em parte idêntica e em parte diferente.

a)Quando Cristo estava na terra, Ele era o Advogado dos discípulos, defendendo sua causa contra o mundo e ajudando-os com sábio aconselhamento.
O Espírito Santo está continuando agora essa obra na igreja. Até aqui, a obra de ambos é idêntica

b)Cristo, como nosso Advogado, defende a causa dos crentes junto ao Pai e contra Satanás, o acusador (Zc 3.1; Hb 7.25; 1 Jo 2.1; Ap 12.10). O Espírito Santo não somente defende a causa dos crentes contra o mundo (Jo 16.8), mas também defende a causa de Cristo junto aos crentes e lhes ministra sábio aconselhamento (Jo 14.26; 15.26; 16.14). 

Resumidamente podemos dizer também que Cristo defende a nossa causa junto a Deus, enquanto que o Espírito Santo defende a causa de Deus junto a nós. 

Outros textos neotestamentários que falam da obra intercessória de Cristo acham-se em Rm 8.24; Hb 7.25; 9.24.

É evidente que a obra intercessória de Cristo não pode ser dissociada do Seu sacrifício expiatório, que compõe sua base necessária.É apenas a continuação da obra sacerdotal de Cristo, levada adiante até completar-se.

Comparado com a obra sacrificial de Cristo, o Seu ministério de intercessão recebe diminuta atenção.

Mesmo nos círculos fiéis ao Evangelho muitas vezes a impressão dada, embora talvez não intencionalmente, é a de que a obra realizada pelo Salvador na terra foi muito mais importante que os serviços que Ele agora presta no céu. 

Ao que parece, é para a compreensão de que, no Velho testamento, a ministração diária no templo culminava com a queima de incenso, o que se simbolizava o ministério da intercessão; e de que ritual anual do grande Dia da Expiação chegava ao seu ápice quando o sumo sacerdote passava além do véu com o sangue expiatório. Tampouco se pode dizer que o ministério da intercessão é compreendido suficientemente.

Esta pode ser a causa, mas também pode ser o resultado, da falha geral dos cristãos em não fixar a atenção nele.

A idéia predominante é que a intercessão de Cristo consiste exclusivamente das orações que Ele oferece em favor do Seu povo. 

Pois bem, não se pode negar que estas são uma parte importante da obra intercessória de Cristo, mas não são toda ela. 

O ponto fundamental que se deve lembrar é que o ministério da intercessão não deve ser dissociado da expiação, desde que ambos são apenas dois aspectos da mesma obra redentora de Cristo, e se pode dizer que os dois ministérios se fundem num só.Ambos aparecem constantemente em justaposição e são tão estreitamente interrelacionadas na Escritura, que se sente justificado ao fazer a seguinte afirmação:

“A essência da Intercessão é Expiação; e a Expiação é essencialmente uma Intercessão. 

Ou, talvez, para colocar o paradoxo mais suavemente: A Expiação é real – um sacrifício e uma oferta reais, e não mero sofrimento passivo – porque, em sua própria natureza, é uma intercessão ativa e infalível; 

Ao passo que, por outro lado, a Intercessão é uma Intercessão real – uma Intercessão judicial, representativa e sacerdotal, e não mero exercício de influencia – porque é essencialmente uma Expiação, ou seja, uma oblação substitutiva, feita uma vez por todas no Calvário, agora apresentada perpetuamente e usufruindo perpétua aceitação no céu”.

1. Exatamente como o sumo sacerdote, no grande Dia da expiação, entrava no lugar santíssimo, isto é, no Santo dos Santos, com o sacrifício consumado, para apresentá-lo a Deus, assim Cristo entrou no Santo Lugar celestial com o Seu sacrifício consumado, perfeito e todo suficiente, e o ofereceu ao pai.

E exatamente como o sumo sacerdote, ao entrar no santo Lugar, vinha à presença de Deus trazendo simbolicamente as tribos no seu peito, assim Cristo apareceu diante de Deus como representante do Seu povo, e assim restabeleceu a humanidade na presença de Deus. 

É a este fato que o escritor de hebreus se refere quando diz: “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus”, Hb 9,24.

Os teólogos reformados (calvinistas) freqüentemente dirigem a atenção ao fato de que a presença perpétua do sacrifício consumado de Cristo perante Deus contém em si mesma um elemento de intercessão como uma constante lembrança da perfeita expiação de Jesus Cristo. 

É um tanto semelhante ao sangue da páscoa, do qual disse o Senhor: “O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: quando eu vir o sangue, passarei por vós” (Ex 12.13).

2. Há também um elemento judicial na intercessão, precisamente como na expiação. 

Mediante a expiação, Cristo satisfez as justas exigências da lei, de modo que nenhuma acusação legal pode, com justiça, ser feita contra aqueles pelos quais Ele pagou o preço. Contudo, Satanás, o acusador sempre está propenso a lançar acusações contra os eleitos; mas Cristo as refuta todas, mostrando a obra que Ele consumou. Ele é o Paráclito, o Advogado do Seu povo, dando resposta a todas as acusações lançadas contra os Seus. Fazem-nos lembrar isto, não somente o nome “Paraclito”, mas também as palavras de Paulo em Rm 8.33, 34: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”. Aí o elemento judicial está claramente presente. Cf. também Zc 3.1, 2.
3. A obra intercessória de Cristo não se restringe a responsabilizar-se Ele pelo nosso estado judicial; relaciona-se também com a nossa condição moral, com a nossa santificação gradativa. Quando nos dirigimos ao Pai em nome de Cristo, Ele santifica as nossas orações. Elas precisam disto porquanto muitas vezes são muito imperfeitas, triviais, superficiais, e até insinceras, ao passo que são dirigidas Àquele que é perfeito em santidade e em majestade. E, alem disso, tornando aceitáveis as nossas orações,
Ele também santifica os nossos serviços no reino de Deus. Isso também é necessário, porque muitas vezes tomamos consciência de que eles não provem dos motivos mais puros; e de que, mesmo quando provem, estão longe daquela perfeição que os tornaria, em si mesmo, aceitáveis a um Deus santo. A doença do pecado acha-se neles todos. Daí dizer Pedro: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”, 1 Pe 2.4, 5.
O ministério intercessório de Cristo é igualmente um ministério de amorosa atenção ao Seu povo. “Porque não temos um sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, antes foi ele tentado em todas as cousas, à nossa semelhança, mas em pecado. Pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados”, Hb 4.15; 2.18.
4. E em meio e por meio disso tudo, também há, finalmente, o elemento de oração pelo povo de Deus. Se a intercessão é parte integrante da obra expiatória de Cristo, segue-se que a oração intercessória se relaciona necessariamente com as coisas concernentes a Deus (Hb 5.1), para a consumação da obra da redenção. A Oração intercessória de Jo 17 evidencia que este elemento está incluído; ali Jesus diz explicitamente que ora pelos apóstolos e por todos aqueles que, pela palavra deles, viriam a crer nele. É um pensamento consolador este, que Cristo está orando por nós, mesmo quando somos negligentes em nossa vida de oração; que Ele está apresentando ao pai aquelas necessidades espirituais que não estavam presentes em nossas mentes e que freqüentemente omitimos, negligentes, em nossas orações; e que Ele ora para nossa proteção contra perigos dos quais nem sempre estamos cônscios , e contra os inimigos que nos ameaçam, embora não o percebemos. Ele está orando para que a nossa fé não feneça, e para que saiamos vitoriosos no fim.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Vencendo os vales

                                              O que é um vale

. Lugar sombrio, profundo

. Lugar de experiências dolorosas.

Alguns vales da vida:

 1- Vale de Sidim: Vale da grande perda (Gn 14:1-3; 10-16)

Vale onde houve a guerra de 4 reis contra 5. Nesse vale eles travaram batalha e os 4 reis venceram e levaram. Os 4 reis venceram e levaram cativos a Ló sobrinho de Abraão que morava em Sodoma. A noticia ruim chegou a Abraão que logo percebera que se tratava de uma grande perda.

Mas, para quem é valente do Senhor, se levantará na unção da conquista e pelejará contra os inimigos e trará tudo o que perdeu de volta.

Quando Abraão soube dessa notícia, ele se armou e levou consigo 318 homens valentes e venceram os reis e trouxe de volta seu sobrinho Ló e seus pertences, assim como as mulheres e os homens.

2- Vale de Gerar O Vale das Afrontas (Gn 26: 1-2)

Isac pensou em se refugiar no Egito, mas Deus lhe disse que não fosse para o Egito.

Nas horas de dificuldades em quem você se refugia?

Como é difícil depender de Deus nessas horas.

Nessa situação difícil, Deus faz promessas a Isac ( v.3-5).

E ele ficou em no vale de Gerar. (v6)

Gn 26:12 Isac começou a trabalhar. Foi à luta. Não ficou acomodado esperando que os outros trouxessem um pedaço de pão e sabe o que aconteceu:

Deus colocou no caminho de Isac os degraus da prosperidade. (v.13-14)

Mas naquele vale começou a surgir inimigos invejosos, que tentaram de tudo para impedir o progresso de Isac. (v. 15-21). Esses inimigos entulharam os poços que Isac abrira para impedirem seu progresso.

Com você aconteceu o mesmo. Quando você começou a crescer, quando as coisas começaram a dar certo em sua vida; os inimigos se levantaram para tentar lhe impedir. Se levantou família, amigos invejosos…Começaram a colocar defeitos no seu trabalho, se levantou patrão, chefe, encarregado… Fizeram de tudo para que ele perdesse as bênçãos.

Quantos aqui já desistiram por causa das afrontas dos inimigos? Quantos aqui se frustraram porque colocaram impedimentos? Porque entulharam seus sonhos?

Irmão Se o inimigo fechou uma porta em sua vida, saiba que o céu está aberto ao seu favor!

Olhe para o céu agora! Deus está dizendo recomece novamente! Estou contigo! Você é capaz! Você vai vencer!

Isac não desanimou, perseverou, cavou outros poços e quanto mais os inimigos entulhavam ele abria mais poços até chegar ao ápice da vitória: A estabilidade em todas as áreas. Ele chegou ao Reobote, (v.22) que quer dizer, “espaços largos”.

Deus tem espaços largos na sua vida profissional, material, financeira. Casa nova, Família restaurada, tudo novo, vida nova!

Deus vai tirar você do estreito desse vale de precariedade financeira; Tome posse da promessa de Isaías 54:2-2

3- O Vale de Baca (Sl 84:4-6)

“Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente. Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques”.

O Vale de Baca era também conhecido como “vale das lágrimas” – o trecho mais difícil da estrada… o vale de lamentar! O vale tinha o nome de “Baca”, porque essa palavra hebraica significa justamente isto: lágrima, choro. Algumas versões trazem o seguinte: “Vale das Lágrimas”.

Se fisicamente você, assim como eu, nunca visitou o Vale de Baca, qual de nós podemos dizer que nunca passamos, emocionalmente, por esse vale: o vale das lágrimas?

A passagem pela vida nos faz chegar a esse vale.

A Palavra de Deus (longe de minimizar esse fato), nos mostra que por vezes (e muitas vezes), no nosso caminhar nem tudo são rosas, nem tudo é “planícies”. Isso quer dizer que na vida de todos nós existem vales profundos, vales secos, áridos; há ermos, há desertos – há um vale de lágrimas.

Quantos tem chorado desesperadamente porque precisam de soluções, precisam de cura, precisam ver sua família restaurada…

Deus quer nos tirar desse vale

MAS O QUE FAZER?

Os salmistas que passaram essa terrível experiência nos dão a fórmula para quem quer atravessar esse vale e sair dele.

1. É PRECISO TER DEUS COMO FONTE DE NOSSA FORÇA

V.5 diz assim: “Como são felizes os que em Ti encontram sua força” ou “que de Ti recebem forças”. Só vence o vale de lágrimas aquele que faz de Deus a sua Fonte, o seu Gerador, a sua Usina de vitalidade. Existem hoje em dia muitos livros de auto-ajuda, do tipo: Como Vencer ou Como Superar Um Mau Hábito (livros que vendem milhões de exemplares). Mas só que estes livros dizem o que fazer, mas não oferecem poder para fazer. Portanto, só vence o vale de Baca quem já entra nele afirmando de onde vem a sua força.

A nossa força não vem do pensamento positivo, não vem do dinheiro, não vem do nosso líder, não vem da família – a nossa força vem do Senhor.

2. É PRECISO VIVER A LIÇÃO DA GRAÇA.

Essa lição está em todo o Salmo 84, mas o v.11 resume tudo numa afirmação dizendo: “Porque o SENHOR Deus é Sol e Escudo; o SENHOR dá Graça e Glória”.

É impressionante a redundância intencional do salmista ao falar da Graça de Deus: “SENHOR dá Graça”. A palavra “Graça” já significa “dar”; “dar graça” então é graça em dobro.

O que significa isto? …Significa que se seu vale de lágrimas (de tristezas…), seja do tamanho que for, da fundura que for, da largueza que for Deus envia a graça no tamanho da sua dor; ela ganha a dimensão do seu sofrimento. Enfrentamos situações para além dos nossos recursos, mas nunca para além dos recursos de Deus.

Esta é a lição da graça: quanto maior a dor, maior a quantidade da Graça enviada por Deus em nossa vida. E no vale de Baca, Deus vem com poder e Graça nos consolar dizendo:


“Assim diz o Senhor: Reprime a tua voz do choro, e das lágrimas os teus olhos; porque há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor, e eles voltarão da terra do inimigo. E há esperança para o teu futuro, diz o Senhor; pois teus filhos voltarão para os seus termos”( Jer 31:16-17)

Existem muitos vales na bíblia que poderiam ser citados aqui, mas, como nosso tempo é curto, falarei de mais um:

4- Vale de Hebrom: Vale da Traição e da Escravidão

Vai, pois, ver se tudo corre bem a teus irmãos e ao rebanho, e traze-me notícias deles.” Enviou-o do vale de Hebron, e José foi a Siquém. (Gn 37:14)

José obedeceu seu pai e foi a procura de seus irmãos. No verso 18-19, a bíblia diz que seus irmãos planejavam a morte dele, porque o odiavam porque ele era um sonhador. Seus próprios irmãos o estavam traindo. Pessoas da sua própria família estavam planejando mata-lo. Isso é terrível. Mas, infelizmente é o que acontece com muitas pessoas aqui.

Quantos dos seus familiares lutaram para matarem seus sonhos? Quantas pessoas de sua família você ajudou e quando você precisou deles, do apoio deles, de uma ajuda deles eles te traíram virando-lhes as costas?

Quantas pessoas aqui tem familiares que estão na umbanda fazendo trabalhos de feitiçaria para te prejudicar para te matar?

Pessoas de sua família se reuniu contra você por causa de seu relacionamento, de seu casamento. E todos te viraram as costas. Outros Se revoltaram contra sua decisão de ter aceitado a Jesus.

José não foi literalmente assassinado pelos irmãos, mas foi violentado, roubado, preso na cisterna e vendido, para os Ismaelitas que o vendeu como escravo ao Egito.

Meus irmãos criaram um plano de apagar sua memória da sua família ao imergirem sua túnica no sangue de um cabrito e a mandaram levar a seu pai dizendo que ele fora morto por uma fera.

Quantos aqui já foram esquecidos pela sua família? Rejeitados, esquecidos como se estivesse morto?

Mas, quando o inimigo pensa que nos derrotou no vale, Deus tem seu planos infalíveis.

O escravo José, esquecido pelos irmãos, e pela família. Foi conduzido ao Egito para cumprir o plano de Deus.

Deus tem um plano vitorioso nessa situação que você está vivendo!

Para muitos será seu fim! Mas, para Deus é o começo de uma grande prosperidade e vitória

Jeremias 29:11 Jó 42:1

O escravo José se tornou Governador do Egito. E havendo uma grande fome na terra, seus irmãos se prostraram diante dele em busca de ajuda no Egito.

Sua família, que te esqueceu no vale, que te abandonou no vale, verá seu progresso e prosperidade. E você ainda os ajudará, porque em seu coração não há lugar para o ódio, para a mágoa, mas para o amor e o perdão.


O Deus dos Montes e não de Vales

 

Andando Nos Vales


"E chegou o homem de Deus, e falou ao rei de Israel, e disse: Assim diz o SENHOR: Porquanto os sírios disseram: O SENHOR é Deus dos montes, e não Deus dos vales; toda esta grande multidão entregarei nas tuas mãos; para que saibas que eu sou o SENHOR." I Reis 20.28

                                          INTRODUÇÃO

Paz seja convosco meus amados irmãos. Meu desejo é que mais uma vez cada um de nós possamos ter nossas vidas edificada pela palavra do Senhor. Eu sempre digo que é a palavra de Deus que edifica, da fé, salva, cura, batiza, vivifica, fortalece, e muito mais do que possamos pensar ou precisar, vem sempre da palavra de Deus.

Mais uma vez venho em nome do Senhor dos exércitos quero trazer-lhes uma mensagem abençoadora que irá lhes fortalecer os músculos espirituais, para estar forte na hora da batalha e na hora de tomar posse da sua benção.

Assim mais uma vez quero lhes dizer que esta mensagem é benção para mim e para a igreja e sei que será benção para sua vida. Peço que abra seu coração e deixe a palavra de Deus fazer morada em você, Ele é poderoso guerreiro, forte na batalha. Nunca perdeu uma luta sequer, e com certeza. Então viva o sobrenatural do Senhor em sua vida. Creia!

NOTA IMPORTANTE:

A palavra VALE é encontrada na Bíblia cerca de 188 vezes no Velho Testamento e 1 vez no Novo Testamento. Vale é um lugar plano, uma depressão alongada, planície entre montes ou no sopé deles e quase sempre banhada por um rio. 

ISRAEL E SÍRIA

Resumidamente quero junto com você amado leitor, recordar sobre o contexto inserido no capítulo 20 de I Reis, pois bem verdade é que texto sem contexto é pretexto para heresias (hermenêutica). Tenho muito receio em pessoas que pegam versículos isolados para levar uma mensagem.

No capítulo 20 de I Reis vemos que ainda estava no trono de Israel o maléfico rei chamado Acabe, e certo dia veio o rei da Síria, terra conhecida no Velho Testamento com Arã, este rei chamado Ben-Hadade. Ben-Hadade era um título religioso dado aos reis da Síria, visto que Ben, é filho e Adade siginifica “deus da tempestade”. É provável que este homem fosse Ben-Hadade II, que de acordo com alguns estudiosos seria filho de Ben-Hadade I que se chamava Rezom, aquele que depois de Davi ter conquistado Zobar (II Sm 8:3-8) juntamente com seus homens tomaram Damasco e estabeleceram uma forte dinastia dos reis Sírios que tanto prejudicaram Israel no século 9 a.C. Este Ben-Hadade teria governado a Síria de 861-841 a.C. Com certeza pelos relatos bíblicos foi um homem mau, e em uma de suas peripécias ele ajuntou todo seu exercito, tendo sob  suas ordens 32 reis, que provavelmente fosse reis de cidades-estados dependentes da terra da Síria. Com ele veio ainda muitos cavalos e carros de guerras.
 
Ben-Hadade cercou Samaria e mandou mensageiros ao rei Acabe dizendo que iria cobrar impostos e Acabe vendo a superioridade de seu adversário mostrou-se disposto a atender, mas não contente Ben-Hadade mostrando sua maldade enviou novos mensageiros a dizer que iria saquear Israel e a casa, ou seja, o palácio do rei Acabe. Diante dessa situação Acabe não aceitou, e então Ben-Hadade disse que destruiria tudo e todos, mas o rei Acabe lhe disse algo que eu acredito ter sido uma das poucas boas coisas que Acabe fez ou disse. Disse Acabe: “Não se gabe quem se cinge como aquele que vitorioso se descinge. Vr.11”. Ben-Hadade se gabava que seu exército reduzira o Monte de Samaria a pó, mas Acabe lhe respondeu que ele não deveria se gabar do resultado da batalha antes de ela ter começado.

Nesse momento aparece um profeta, não com uma “profetada”, mas com uma mensagem de Deus, pois o meu Deus não usa meninos de recado, mas profetas. A Bíblia não fala quem era esse profeta, mas uma coisa eu creio e quero que você guarde bem isso que vou escrever agora: “Deus sempre tem um profeta em posição e a disposição para ser usado na hora que precisar, seja para exortar, ou anunciar a vitória.” Então esse profeta, que pode ser um da escola de Elias, vem e lança a palavra de Deus ao rei Acabe e para que Israel soubesse que o seu Deus tem nome e sobrenome.

Note que este profeta tem uma característica do profeta Elias, ele aparece do nada e fala diretamente sem titubear, ele diz o que escrito está no vr. 13, (Assim diz o Senhor: viste toda essa grande multidão? Pois, hoje, a entregarei nas tuas mãos, e saberás  que eu sou o Senhor). Isso é que é Deus de verdade, Hein!
 
Acabe não tinha um grande exército, muito menos um pelotão, ele tinha na verdade uma “pelotinha” de gente, perto do exército da Síria, mas Deus nunca se importou com quantidade e sim com qualidade. Ben-Hadade, que era um bebum, estava se embriagando e não deu crédito aos homens de Deus, assim como muitas vezes fazem conosco, mas os moços de Israel botaram todos para correr.

Novamente aparece o profeta e avisa que dentro de um ano o inimigo voltaria, pois Deus revelou ao profeta aquilo que aconteceu dentro do exército da Síria, quando os soldados disseram a Ben-Hadade: “que o Deus de Israel era Deus dos montes e não Deus dos vales, se pelejarmos contra Israel nos vales, eles perecerão (vr.23)”. E o rei da Síria acreditou e voltou para tentar tomar aquilo que o Senhor decidiu proteger.
 
Sete dias ficaram acampados um de frente para o outro, Israel frente a Síria, o povo de Deus frente ao inimigo, e no sétimo dia o vale se transformou em um campo de batalha e Israel feriu naquele dia cem mil homens e o restante fugiram, e o rei Ben-Hadade passou a se esconder em buracos, temendo Israel.    
    

DEUS É DEUS DE MONTES E VALES

A primeira batalha foi travada nos montes e agora os conselheiros de Ben-Hadade lhe dizem que Israel venceu a batalha porque o seu Deus é Deus dos montes uma vez que a região de Samaria era montanhosa e que se lutassem nos vales certamente a Síria seria a vencedora, pois o Deus de Israel não era Deus dos vales. Essas palavras soaram como afronta aos ouvidos do verdadeiro Deus, o Senhor forte e poderoso Rei dos reis, grande Senhor Yhavé.

Vejo que hoje muitos dentre o povo de Deus vêm sendo afrontado no vale, travando intensas batalhas em lutas incansáveis, tendo suas forças afligidas e menosprezadas, e é para esses homens e mulheres que estão em vales passando por momentos aflitivos que quero direcionar esta palavra.

Quando os inimigos de Israel lutaram a primeira vez com os Sírios esta batalha foi entre montes e agora querem levar Israel para os vales. Minha indagação a Deus é o porquê de tantas batalhas serem levadas para os vales? Porque tantas menções de vales no contexto bíblico? Por que passamos grande parte de nossas vidas no vale de batalhas em meio a lutas sangrentas?       

Alguns Vales

 

ALGUNS VALES DE BATALHAS

Vi dentre os muitos relatos bíblicos que existem vales, locais estes onde ninguém deseja passar, pois nesses lugares nossos sonhos são metralhados pelo desânimo, nossos projetos são apedrejados pela desesperança, e muitos caem e não mais se levantam, e outros quando conseguem se levantarem caminham cabisbaixo e desiludidos. Quero com essa palavra lhes dizer que ainda há um Deus que não se assenta para descansar, ou dorme durante dia e noite, pois seus olhos estão atentos a todos que neste momento estão no meio de um vale. A diferença é: Você serve a esse Deus? Agora veja os vales que achei. Será que você nunca esteve em algum deles?
 

O VALE DE SIDIM – Gn 14:1-11

Este vale fica localizado na região onde se localiza as cidades de Sodoma e Gomorra. Nos dias de Ló este vale era uma região muito produtiva e verdejante, pois ao se separar de seu tio Abraão foi para este vale que Ló decidiu ir.

O nome Vale de Sidim quer dizer “Vale dos Campos”, onde se localizava as cidades de Sodoma cujo nome pode significar “Sal”, e Gomorra, que significa “Submersão”. Mas com o crescimento das abominações nessas cidades Deus as destruiu, e aquilo que era verdejante se tornou lugar de mau cheiro e sequidão, tornou-se o Vale salgado.

 
Nesse vale ouve uma grande batalha entre nove reis, quatro contra cinco, que se enfrentaram em meio a um mar de sangue.

É isso que vemos pessoas que estão passando por um vale salgado, de mau cheiro, de solidão e angustia. Pois o sofrimento é uma constante em suas vidas, filhos em meio a drogas, filhas em meio à prostituição, casamentos em ruínas. A batalha é covarde e desigual. Mas o que fazer? O que dizer para essas vidas que só sabem chorar de desespero? E como se isso inda não bastasse outros vales estão por vir.
 

O VALE DE GERAR – Gn 26:01,02

Abraão era morto, e agora Isaque tinha que levar à frente os planos de Deus. Isaque constituiu família e uma fome sobreveio naqueles dias, ou seja, um período de estiagem, seca, sem chuva, sem água, mas não era uma fome passageira como algumas outras que com certeza ele já havia enfrentado. Isaque pensou em se refugiar nas terras do Egito, e bem sabemos que no contexto bíblico Egito representa o mundo, então diante dessa adversidade foi lá que Isaque pensou em se esconder.

Assim como Asafe no Salmo 73, diz que o ímpio sempre tem uma vida mais regalada do que o justo, Isaque tem a mesma visão e pensa em ir para o Egito. Nas horas de dificuldade, adversidade, seca fome, eu te pergunto em quem confiar? Talvez nesse momento você esteja pensando em ir para o Egito. Onde está Deus nessas horas? Quantas pessoas estão agora mesmo no Vale de Gerar, vivendo uma vida seca e morrendo de fome, suplicando por um pedaço de amor, ou um gole de afeto? E o que dizer a estas pessoas?
 

O VALE DE BACA – Sl 84:5-6

Não se sabe a localização exata desse local, mas dependendo da tradução bíblica ele pode ser citado como vale de lágrimas, vale das lamentações, vale árido, pois o termo Baca significa “Choro, lágrimas”, talvez tenha esse nome por existir naqueles dias plantas de bálsamo que choravam, ou seja, destilavam um líquido aromático agradável.

Parece que até já estivemos lá, mas com certeza cada um de nós já se mergulhou em um vale de lágrimas, onde gritamos, berramos em alta voz, mas ninguém ouve ninguém vem a nosso socorro, tudo é só lamento, lágrimas. E o que dizer a estes que nesse momento estão gritando em meio ao Vale de Baca? Que se sente fragilizadas e vulneráveis a todas as dores? O que dizer a estas pessoas? Que o choro pode durar uma noite, mas a alegria virá pela manhã? Se já se faz dias, meses, ou até anos que eles estão no vale de Baca.
 

O VALE DE ELÁ – I Sm 21:9

Mais um vale no contexto de nossas vidas, um vale que muitos de nós parece me sair e votar a todo o tempo. Um lugar onde tudo que acontece é a afronta, a humilhação, a vergonha. O Vale de Elá foi o palco onde um homem abominável se levantava duas vezes ao dia e afrontava o povo de Deus. Seu nome era Golias, o gigante, que aproximava dos três metros de altura, uma aberração da natureza e ainda amedrontava qualquer mortal. Golias insultava Israel e desafiava qualquer homem que ali estivesse a lutar contra ele.

Isso é mesmo uma verdade diária, pois afrontas e gigantes aparecem todos os dias em nossas vidas, mas viver em constante Vale de Elá é muito ruim, pois é gigante atrás de gigante, que se levantam e abrem a boca para nos amaldiçoar, e com suas aparências de câncer, insuficiência renal ou cardíaca, falam que vamos morrer. Que a doença não tem cura. Isso é mesmo terrível.


Você tem uma palavra para essas pessoas nesse momento? Você ousaria se levantar e dizer alguma coisa para os que estão no Vale de Elá?

O VALE DE AIJALOM – Js 10:12-14

Moisés já havia sido inutilizado por Deus, eu escrevi inutilizado e não morto, pois ele não morreu (mas isso é outra história). Agora Josué era o líder que iria levar o povo de Deus a possuir a terra prometida. Logo que Israel entra em Canaã, reinos vão sendo tomados. Mas em meio a conquista havia um povo chamado de Os Gibeonitas, de Gibeão. Esses vieram pedir ajuda para Josué, pois os povos que habitavam as montanhas, conhecidos por Amoreus, haviam se juntado para disseminar os Gibeonitas, assim Josué decide ajudar e vencer estes inimigos e sai ao encontro deles em um vale chamado de o Vale de Aijalom. Esse local ficava a 24 Km de Jeruzalém, ao noroeste, com 18 Km de extensão e 9 Km de largura, grande não é?.

Mas os inimigos de Josué conheciam o Vale de Aijalom e ao escurecer todo o povo de Israel seriam mortos. E assim ainda nos dias de hoje, precisamos prosseguir e na caminhada em busca da conquista das promessas entramos em territórios que não conhecemos, e durante essa caminhada somos surpreendidos por situações que não esperávamos. Não que somos imprudentes, mas é preciso entrar no Vale de Aijalom, é inevitável, e muitos ali perdem o direcionamento da ação. E mais uma vez eu lhes pergunto. O que dizer para estes que cheios de ânimo e esforço entraram no Vale de Aijalom e foram surpreendidos pela escuridão da noite?
       

O VALE DOS OSSOS SECOS – Ez 37:1-14

Talvez este seja um dos piores, senão o pior. O Vale dos ossos secos é o que eu chamo de a pior visão bíblica. Até existe um sermão que prego denominado “O poder da palavra Profética”. Esse como o outro que veremos provém de uma visão de um profeta, e não está fisicamente descrito na bíblia. Talvez para nos mostrar que nossas lutas estão no mundo físico e também no espiritual.

Foi ali que o profeta Ezequiel viu uma multidão de pessoas mortas, que se derreteram após mortos. Uma visão que mostra não uma nem duas, mas milhares e milhares de pessoas que morreram por terem entrado em um dos vales acima e não conseguiram sair, mas morreram no meio do vale.

Quando olhamos para um monte de esqueletos jogados no chão, achamos que para eles não há mais saída, ou solução. Não foi para isso que eu nasci.

No mundo ignorante que vivemos, ouvimos dizer que existe jeito para tudo, só não tem jeito para morte. Isso é uma mentira, pois Deus, o verdadeiro Deus o qual servimos disse que Ele, somente Ele pode ressuscitar aquele que está morto. Você tem uma palavra para os moradores do Vale dos ossos secos?

O VALE DA SOMBRA DA MORTE – Sl 23:4

Davi faz menção a outro vale que a meu ver é muito espiritual. Ele o chama de o Vale da Sombra da morte, com certeza um lugar horrível, tenebroso, e sem igual. Creio que este lugar é o limite da estrutura humana, o limiar das forças que uma pessoa possa ter em seu interior. Creio ser um lugar onde as pessoas praticamente já se dão por vencidas. Onde o câncer já se enraizou, e contaminou grande parte do corpo. Lugar onde as esperanças se foram, e a angustia é o sentimento mais concreto.

Haveria saída para estas pessoas que andam errantes pelo Vale da sombra da morte, lugar onde não há mais o brilho do sol da esperança, mas já foram cobertos pela sombra maldita da palavra mais temida, a morte!

A minha pergunta não muda. O que dizer para estes quando já foram desenganados pelos médicos? Existe uma palavra de esperança para aqueles que estão a beira da morte? Por que nos sentimos mais nos vales do que em montes? Assim as aflições dessa vida vão nos minando e tirando as forças.

CONCLUSÃO

Quando os conselheiros de Ben-Hadade abrem a boca para declararem que o Deus de Israel só é Deus em cima dos montes, que só pode dar livramento para aqueles que estão em cima, em destaque, em lugar das alturas, eles mau sabiam que estavam provocando ou cutucando um vespeiro, pois escute bem:

“O MEU DEUS, O SEU DEUS, O NOSSO DEUS, É DEUS EM CIMA NOS CÉUS E DEUS EMBAIXO NA TERRA, É DEUS DOS MONTES E DEUS DOS VALES.”

Então eu tenho uma palavra para aqueles que estão nos vales tenebrosos da vida. Para o que estão em dificuldades extremas:

1. Vales da Bíblia : Vale do Jordão

                                                      VALES DA BÍBLIA


"Por que a terra que passais a possuir não é como terra do Egito, da onde saístes, em que semeáveis a vossa semente, com o pé, e que regáveis como a uma horta, mas a terra que passais a possuir, é terra de montes e de vales: da chuva dos céus beberás as águas" ( Deuteronômio 110-11)

Na palestina a chuva cai somente durante certo período do ano, a paisagem é recortada por muitos vales estreitos e leitos de riachos que só possuem água durante as estações chuvosas. Alguns rios que atravessam vales e planícies mais largos, ou então cortam gargantas estreitas através das rochas.

Os vales são depressões alongadas entre montes ou quaisquer outras superfícies. E assim como com as planícies não vamos poder estudar aqui todos os vales da palestina, mas somente os principais.

1. Vale do Jordão

O Vale do Jordão é uma longa depressão que se estende por Israel, Jordânia, Cisjordânia e chega ao sopé dos Montes Golan. Na região encontram-se o rio Jordão, o Vale de Hula, o Lago de Tiberíades e o Mar Morto, o local de menor altitude da Terra.

É rico em patrimônio natural de interesse para a paleogeografia. Constitui a região agrícola mais fértil de Israel e Jordânia.

Cobre entre 1640 e 2500 km² (consoante o critério para a sua definição) e abriga 52 132 habitantes,apenas do lado de Israel e mais de 85 000 do lado jordano, a maior parte deles agricultores. Uma parte da vertente oriental é controlada por Israel, e a outra pela Jordânia.
Este é o maior vale de Israel, começa no pé do monte Hermom e vai até o Mar Morto, ele é cortado longitudinalmente pelo rio Jordão. Constitui-se em uma grande fenda geológica, em seu ponto inicial, o poço é de largura de 100 m, e alargando-se pouco a pouco chega ao mar da Galiléia com 3 km de largura e do mar morto com 15 km, mas depois dele passa a estreitar se novamente. Este é o vale mais profundo da terra, chega a alcançar 426 m abaixo do nível do mar. Ele nunca foi uma barreira intransponível para invasores, somente dificultava um pouco a comunicação entre as suas margens.

Josué 1.1-9

INTRODUÇÃO

1. O raiar de um novo ano abre diante de nós novos desafios. 

Atravessamos o deserto, enfrentamos lutas, tentações, batalhas, perigos. Nesse ano que se passou tivemos dias de festa e dias de luto; dias de celebração e dias de choro; dias em que a nossa cabeça estava untada pelo óleo da alegria e dias em que estávamos cobertos pelas cinzas da tristeza.

2. Como o povo de Israel agora chegou a hora de cruzar o nosso Jordão. 

Há uma terra a ser conquistada. Há inimigos a serem vencidos. O povo de Israel ansiava por esse momento desde a promessa feita a Abraão. Mais de 500 anos haviam se passado. Mas, agora, chegara o momento. O tempo da oportunidade batia à porta. O tempo oportuno de Deus havia chegado. Era hora de tomar posse da herança.

3. Há muitos sonhos que você tem nutrido há anos: 

No seu casamento, na sua família, no seu trabalho, nos seus estudos, na sua vida financeira, na sua vida espiritual. Agora, chegou a hora de você também cruzar o seu Jordão, entrar na sua terra prometida.

4. O que você precisa fazer para cruzar o seu Jordão?

I. É PRECISO TIRAR OS OLHOS DA CRISE E SABER QUE DEUS ESTÁ NO CONTROLE – V. 1-2

1. Moisés está morto, uma crise real está instalada – v. 1-2

Moisés o grande líder, o grande libertador, o grande legislador, o grande intercessor está morto. A crise chega repentinamente. Ela vem a todos. Vivemos um crise internacional. O terrorismo ainda é uma ameaça. A paz mundial parece cada vez mais distante. A violência campeia bem ao nosso lado. A miséria convive com a fartura. O desemprego assusta os pais de família. O tráfico de drogas parece resistir a todo expediente da lei e da justiça. O desmoronamento dos valores morais e a desintegração das famílias são verdadeiros terremotos. Os fenômenos da natureza parecem anunciar que estamos mais perto do fim do que jamais imaginamos.

2. Moisés está morto, mas Deus continua no trono – v. 1-2

A obra continua. Precisamos assumir o nosso papel histórico. Às vezes, damos desculpas, dizendo para Deus que não estamos preparados para cruzar o nosso Jordão e tomar posse da terra prometida. Mas com a nossa idade, alguns homens já tinham influenciado o mundo: 1) Alexandre, o Grande já havia conquistado o mundo aos 23 anos de idade; 2) Mozart já havia sido consagrado como o grande gênio da música mundial; 3) Cristóvão Colombo já tinha seus planos feitos para entrar na Índia aos 28 anos; 4) Lutero iniciou a Reforma com 38 anos e Calvino com 21 anos; 5) Joana D’arc fez todos os seus trabalhos e terminou sua missão na fogueira aos 19 anos; 6) Billy Graham aos 40 anos já tinha pregado ao mundo inteiro.

3. Moisés está morto, mas o povo precisa cruzar o Jordão e conquistar a terra prometida – v. 2

Nossa confiança está no Senhor. Nossa vitória não vem dos homens, mas de Deus. Os homens passam, mas Deus continua no trono. Cada geração precisa se levantar e cruzar o seu Jordão, manter o ideal aceso.

João Wesley disse: “Senhor, dá-me 100 homens que não temam outra coisa senão o pecado, não amem ninguém mais do que a Deus, e eu abalarei o mundo”. Ashbell Green Simonton ao morrer aos 34 anos disse para sua irmã: “Deus levantará os seus próprios instrumentos para continuar a sua obra.”

II. PRECISAMOS SAIR DO DESERTO E CRAVAR OS OLHOS NOS NOVOS DESAFIOS – V. 1-2

1. O deserto estéril não é o nosso paradeiro

Não fomos chamados para fazer do deserto o nosso cemitério, mas para conquistar a terra que Deus nos prometeu. Aqueles que duvidaram da promessa foram enterrados no deserto. A incredulidade nos planta no deserto, mas a fé nos leva a cruzar o Jordão.

2. O Jordão precisa ser atrevessado

Aquilo que é impossível para você, é possível para Deus. O Senhor pode realizar o seu sonho neste ano. Você pode cruzar o seu Jordão. Você pode tomar posse da sua terra prometida. Este pode ser o ano da sua vitória: vitória na vida familiar, vitória na vida financeira, vitória na vida espiritual. Aquilo que parecia impossível para você, pode se abrir diante do seus olhos, como o Jordão se abriu para o povo que creu.

Quando abraçamos o projeto de Deus nossos sonhos deixam de ser medíocres. Precisamos ter grandes sonhos, grandes alvos, grandes anseios. João Wesley pregou mais de uma vez por dia durante 54 anos. Viajou a cavalo 200.000 Km. Publicou um comentário de 4 volumes sobre a Bíblia, 1 dicionário de inglês, 5 volumes sobre Filosofia, 4 volumes sobre História da Igreja. Escreveu 3 volumes sobre Medicina e 6 volumes sobre Música Clássica. Seu Jornal ao fim da sua vida, totalizou 50 volumes. No final da sua vida a Igreja Metodista era a terceira maior força evangélica do mundo e a maior igreja evangélica dos Estados Unidos no século XIX.

3. As cidades fortificadas precisam ser conquistadas

Deus não nos chamou para contar os inimigos, mas para vencê-los. Há inimigos que nos espreitam. Há batalhas que precisam ser travadas. Mas a vitória vem do Senhor. Ele vai à nossa frente. Ele quebra o arco e despedaça a lança. Nenhuma arma forjada contra você vai prosperar. Deus é o seu escudo. Possua a sua terra. Desaloje o inimigo. Entre nessa peleja sabendo que o Senhor é quem o conduz em triunfo.

4. O tempo de agir é agora

A vida não é um ensaio. Muitos vivem como se a vida fosse um ensaio. Muitos entram em cena e fazem as coisas sem excelência, pensando que poderão repetir aquele ato. Ledo engano. A vida não se repete. A vida não espera. O que você precisa fazer, deve fazer agora, porque é mais tarde do que você imagina.

III. PRECISAMOS SABER QUE A VITÓRIA VEM DE DEUS, MAS SOMOS NÓS QUE TEMOS QUE CRUZAR O JORDÃO – V. 2

1. Precisamos desromantizar a vida, pois entre a promessa e a terra prometida há um Jordão

Entre nós e os nossos sonhos há sempre um Jordão. Sempre haverá um Jordão a atravessar para tomarmos posse da terra prometida. Não há vitória sem luta. Deus nos promete força e consolo e não ausência de lágrimas.

Há obstáculos em nossa vida que poderíamos chamar do nosso Jordão pessoal: uma pessoa, uma doença, um relacionamento quebrado, um problema financeiro, um pecado, um sonho não realizado.

Deus mostrou o Jordão e lhe deu ordem para atravessá-lo, mas não lhe disse como. Deus não lhe mostrou uma ponte. A ponte para atravessar o Jordão é a fé. Devemos cruzar o nosso Jordão mesmo quando somos fracos, doentes, sozinhos.

Charles Spurgeon – Ele sempre exerceu suas múltiplas atividades quando estava doente. Sofria de gota e atravessava crises terríveis de depressão. Houve época em que sua saúde se achava tão abalada que teve de passar a maior parte do tempo no sul da França para se recuperar. Sua esposa, que ficou inválida após o nascimento dos filhos gêmeos, também superou suas limitações . Embora paralítica, ela dirigiu da cama, um trabalho pioneiro de distruibuição de livros do seu marido. Com 20 anos Spurgeon atraía pessoas de longe para ouvi-lo. Então decidiu construir um templo para 5.500 pessoas. Chamou sua liderança e disse que, se alguém duvidasse de que Deus poderia realizar aquele plano, que saísse. 23 líderes de Spurgeon o deixaram e só ficaram 7. Veja o Jordão de Spurgeon. Ele levou o seu sonho adiante com aqueles 7 líderes. Construiu o templo e durante 30 anos, lotou manhã e noite o Tabernáculo Metropolitano de Londres.

Irmãos, há sempre um Jordão a ser atravessado. Mas o que é o Jordão para aquele que lançou os fundamentos da terra? Que é o Jordão para o Senhor que a mede as águas do oceano na concha da sua mão?

2. Precisamos saber que a vitória vem de Deus e não da nossa força – v. 2

Saber que a vitória vem de Deus nos torna destemidos.

Saber que a vitória vem de Deus nos ajuda a enfrentar os gigantes com ousadia. Podemos dizer aos Golias: “Tu vens contra mim com espada com e com escudo, mas eu vou contra ti em nome do Senhor dos exércitos”.

Saber que a vitória vem de Deus nos impede de cair na fogueira das vaidades. Isso nos mantém humildes.

IV. PRECISAMOS DISCERNIR A VISÃO DE DEUS PARA A NOSSA VIDA – V. 2-4

1. Josué recebeu visão clara sobre o que fazer, onde ir e a quem levar – v. 2-4

O chamado de Deus para Josué foi claro. Deus não o estava chamando para outra coisa, senão para cruzar o Jordão e conduzir o povo à terra prometida. Aquela era a meta de Deus para a sua vida. Josué tinha absoluta certeza acerca daquilo que Deus queria da sua vida.

Deus respondeu três perguntas de Josué:

a) A quem? Todo o povo.

b) Aonde? À terra que eu dou aos filhos de Israel, Canaã.

c) Quando? Agora.

Deus mostra os limites da ação de Josué (v. 2-3): “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés. Desde o deserto e o Líbano até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus e até ao mar Grande para o poente do sol será o vosso termo” – Josué não deveria digirir-se à Mesopotâmia, Índia, China nem para a Europa. É importante discernir onde devemos colocar o nosso pé. O mesmo Deus que disse que todo lugar que pisar a planta do vosso pé, delimita a geografia da bênção.

2. Qual é o grande propósito de Deus para a sua vida?

O que Deus chamou você para fazer? O que ele colocou em suas mãos para realizar? Qual é a visão de Deus para você? Você está no centro da vontade de Deus? Tem fugido como Jonas? Quem caminha com base na visão, caminha com objetividade. Paulo disse: Uma coisa eu faço. Quem caminha com base na visão caminha com propósito.

Qual é a paixão da sua vida? O que inflama o seu coração?? A visão de Deus para sua vida está relacionado com aquilo que lhe pesa no coração. Deixe de reclamar. Deixe de murmurar. Há um chamado de Deus para você. Há uma obra a ser feita. Qual é a visão de Deus para sua vida?

a) Minha paixão é pregar! Há alguns anos eu tiro parte das férias para pregar. Eu preguei em média uma vez por dia este ano. Preguei pouco.

b) No peito de Hudson Taylor ardia a evangelização da China.

c) John Knox sonhava com a Escócia sendo ganha para Jesus.

d) William Wilberforce sonhava com o término da escravidão na Inglaterra.

e) Spurgeon dizia para os seus alunos: “Meus filhos, se o mundo os chamar para serem reis, não se rebaixem deixando a posição de embaixadores do céu”.

Deus diz para Josué: “Não to mandei eu? Por que estamos ainda acomodados? Por que ainda não colocamos a mão no arado? Por que ainda não cruzamos o nosso Jordão? Por que ainda não tomamos posse da Terra Prometida?

V. É PRECISO VIVER COM O PEITO ENCHARCADO DE ÂNIMO E CORAGEM – V. 6,7,9

1. Deus é contra o desânimo – v. 6,7,9

Deus falou três vezes para Josué ser forte, ter coragem e ânimo. O desânimo é contagioso. Foi por causa dele que toda uma geração de 2 milhões de pessoas morreram no deserto. Sem ânimo ninguém se levanta na crise. Sem ânimo ninguém cruza o Jordão. Sem ânimo ninguém enfrenta o inimigo. Sem ânimo ninguém toma posse da terra prometida. Sem ânimo não se restaura casamento. Sem ânimo não se evangeliza nem se experimenta o avivamento da igreja.

Sem coragem, podemos ter visão que não sairemos do lugar. Quem crê corre riscos. Quem confia sai à batalha em nome do Senhor. Quem crê no Senhor vence os Golias da vida. Josué ganhou tremendas batalhas. Ele não temeu. Ele confiou que do Senhor vem a vitória.

Exemplo: Davi em Ziclague: “… mas Davi reanimou no Senhor seu Deus”.

2. O desânimo nos impede de cruzar o nosso Jordão

a) Há pessoas que são desanimadas por uma causa física – A mulher hemorrágica estava anêmica há 12 anos. Quando Jesus a curou, disse para ela: “Tem bom ânimo” . Por que? Porque ela já tinha cacuete de desanimada. Adquiriu o hábito de desânimo. Agora ela tinha que adotar outro estilo de vida. Tem gente que vive reclamando.

b) Há pessoas que precisam ser curadas do desânimo antes da cura física – O paralítico de Cafarnaum. Além de deficiente, era desanimado. Chegam os 4 amigos e dizem: “Olha, nós vamos te levar até Jesus.” – Ah! Eu quero ficar na cama. – “Você vai então com cama e tudo”. Chegam na casa e a multidão socada na porta e o homem diz: – Eu não falei, tem muita gente. Me leva para casa. Mas eles insistem. Abrem um buraco no telhado. Os amigos têm ânimo, mas ele está desanimado. Quando chega, Jesus antes de curá-lo, diz: “Homem tem bom ânimo”. O que adianta Jesus curar o homem se ele iria continuar desanimado? Ele nem iria fazer festa.

3. O ânimo precisa ser cultivado no coração

O texto nos mostra que o ânimo é gerado no coração de 3 formas:

a) O que produz o ânimo é a promessa de Deus – v. 6 “Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento prometi dar a seus pais”.

b) O que gera o ânimo é agir de acordo com a vontade de Deus – v. 7 “…”. O ânimo é resultado da obediência.

c) O que mantém o ânimo é a consciência da presença de Deus – v. 9: “Porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.” Deus oferece a Josué uma base histórica para a sua confiança: “Assim como fui com Moisés, assim serei contigo” (v. 5). Deus também oferece a ele sua presença contínua e manifesta: “Eu serei contigo, eu não te desampararei”.

VI. PRECISAMOS NOS CONDUZIR SEGUNDO A PALAVRA DE DEUS – V. 7-8

1. Para cruzar o Jorão não basta apenas coragem, é preciso ter também santidade

A geração atual tem sido chamada a geração coca-cola, a geração shopping center, a geração virtual, mas também tem sido chamada a geração analfabeta da Bíblia.

Se queremos cruzar o Jordão precisamos ter uma vida conduzida pela Palavra de Deus. Josué nos dá três princípios e um resultado:

a) Meditar (v. 8) – Quando? Dia e noite.

b) Fazer (v. 7-8) – Como? Não se desviando nem para direita…

c) Falar (v. 8) – De que forma? Sem cessar.

d) Resultado (v. 8b) – Sucesso e prosperidade.

2. Sucesso e prosperidade sem santidade não sucesso nem prosperidade segundo Deus

Deus é quem chama, desafia, dá visão, dá poder e dá vitória. Ele promete um fim glorioso, mas também estabelece os meios. Precisamos agir segundo a Palavra. Precisamos conhecer, viver e proclamar a Palavra. Há poder na Palavra de Deus.

Ilustração: Na pequena cidade de Rochester, Inglaterra, o presbítero John Egglen observava da janela a nevasca. Ele precisava ir abrir a igreja porque o pastor certamente náo conseguiria chegar à igreja naquela noite. Havia poucas pessoas na igreja devido à nevasca. Ele não era pregador, mas abriu a Bíblia no profeta Isaías e pregou: “Olhai para Mim sede salvos, diz o Senhor”. Ali estava um rapaz de 13 anos e essas palavras atingiram o seu coração. O nome do adolescente era Charles Haddon Spurgeon. Quando a Palavra de Deus é anunciada, há virtude do alto!

CONCLUSÃO

1. Estamos no apagar das luzes de um novo ano. Nosso peito se enche de novas esperanças. Temos novos desafios na igreja, na família, no trabalho. Precisamos atravessar o nosso Jordão. Há uma terra a ser conquista e possuída.

2. Ao seu redor há crise. Mas, chama você e lhe faz promessas. É tempo de se levantar e obedecer. É tempo de experimentar os milagres de Deus, pois quando agimso em nome de Deus e para glória de Deus, o Jordão se abre, os inimigos fogem e nós possuímos a terra da Promessa.